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coníferas

Os bosques de coníferas e as angiospermas que surgiram na era paleozóica datam de mais de 230 e 100 milhões de anos, respectivamente. Desde então, as árvores foram povoando a superfície do nosso planeta e têm servido de abrigo a numerosas comunidades de animais e plantas em todas as latitudes.

Uma árvore isolada é por si só um complexo ecossistema, que abriga muitas espécies de invertebrados, insetos, aracnídeos e miriápodes, bem como de vertebrados, aves, répteis e mamíferos, que encontram nela seu alimento, seja em forma de folha, brotos ou frutos.

Sobre seu córtex crescem fungos, liquens e plantas parasitas e epífitas, como as bromélias, que utilizam a árvore como suporte para alcançar a altura onde a luz é abundante. Entre as raízes encontram-se larvas de insetos, minhocas que vivem no subsolo, ácaros e roedores. Ou seja, a árvore hospeda uma infinidade de seres vivos.

Nas regiões frias, as coníferas mantêm os roedores e as aves; Nas savanas da África, constituem parte fundamental da dieta dos herbívoros ruminantes (que se alimentam de folhas e brotos dos ramos); Nas florestas, contribuem para formar um ambiente caracterizado pela umidade, onde proliferam plantas e animais;

Nas zonas temperadas, a árvore é uma das maiores fontes de riqueza. Nas regiões próximas ao círculo polar ártico predominam os bosques de coníferas: abetos, pinheiros e bordos cobrem extensas áreas do Canadá, Escandinávia, Sibéria e norte da Europa. Espécies importantes são o Pinheiro-Branco (Pinus strobus), o Pinheiro-Bravo (Pinus sylvestris) e o Abeto-Balsâmico-do-Canadá (Abies balsamea).

Mais ao sul, estende-se o bosque temperado, no qual predominam as árvores de folhas caducas, como o Bordo do Canadá (Acer saccharum), a Faia (Fagus sylvatica), o Castanheiro (Castanea sativa), o Olmeiro do gênero Ulmus, a Aveleira (Corylus avellana), os Carvalhos do gênero Quercus e muitos outros. Na zona temperada da Austrália abundam os bosques de eucaliptos, que servem de refúgio a marsupiais e aves.

Nas regiões próximas à linha do equador e nas situadas ao norte e ao sul de ambos os trópicos, estendem-se respectivamente as savanas e os cerrados, onde as massas arbóreas se reduzem e desaparecem para dar lugar aos pastos. Nas savanas africanas se erguem, rodeadas de girafas e elefantes, as Acácias.

Sem dúvida, porém, é nas selvas tropicais que as árvores atingem o máximo em densidade, variedade e exuberância. Algumas das representantes mais notáveis são na América do Sul, a Seringueira (Hevea brasiliensis), da qual se obtém a borracha, a Samaúma (Ceiba sumauma) e os Ipês, do gênero Tecoma.

Árvores e Flores
Todas as árvores produzem flores, ainda que em muitos casos sejam de dimensões insignificantes e se apresentam desprovidas dos elementos vistosos que outras plantas exibem. Certos grupos comuns na zona temperada, como as coníferas, têm os órgãos reprodutores (estame e pistilo) descobertos, razão por que recebem o nome de gimnospermas.

Outras árvores, como os Choupos, carecem de pétalas, embora sejam angiospermas. Há também árvores com flores grandes e vistosas, como a Magnólia, a Espatódia, o Flamboyant e o Abricó-de-Macaco. Este último emite flores que brotam do próprio tronco.

Nos casos em que a polinização se efetua pelo vento (anemogamia), os elementos reprodutores não são providos das atraentes corolas que adornam as outras espécies. As flores vistosas são indício de que a polinização se realiza com ajuda dos insetos, atraídos pela cor ou aroma dessas flores.

Em espécies como as palmeiras, os sexos são separados: existem árvores masculinas, que possuem flores apenas desse sexo, e árvores femininas. O mesmo ocorre com os salgueiros, os mamoeiros e os choupos.

Árvores e Folhas
Um grande número de árvores perde as folhas com a chegada da estação fria, razão por que são chamadas árvores de folhas caducas. Este mecanismo é necessário à sobrevivência das árvores nas regiões temperadas, onde, no inverno, os vegetais recebem menos luz e boa parte da água normalmente acessível às raízes congela e torna-se escassa no solo.

A menor disponibilidade de luz e água faz com que a árvore mantenha apenas a atividade fotossintética indispensável e economize o esforço de conservar as folhas e captar a água que por elas evapora. Algumas árvores de folhas caducas mais conhecidas são o álamo (ou choupo), o castanheiro, o carvalho e o plátano.

As árvores que conservam suas folhas durante todo o ano são chamadas de folhas perenes, e entre estas se encontra a maior parte das coníferas, como os pinheiros, os abetos, os cedros, os ciprestes, as sequóias e os zimbros.

Em todos esses casos, as espécies se acham perfeitamente adaptadas ao frio e às condições de escassez de água: suas folhas possuem formas especiais para evitar a perda de água (como as folhas em forma de agulha dos pinheiros e dos abetos). A maior parte das árvores de clima tropical ou subtropical tem folhas perenes.

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