O processo de mergulhia é normalmente usado para reproduzir arbustos difíceis de enraizar, como as azaléias. A mergulhia também funciona bem em arbustos que tenham ramos rasteiros ou pequenos, como o alecrim rasteiro. Os caules reproduzidos desenvolvem raízes, embora ainda presos à planta-mãe, o que ajuda a estimular o processo de enraizamento. Siga esses passos para fazer a mergulhia:
- na primavera, escolha um ramo flexível e pequeno que dobre até o chão com facilidade;
- deixe o solo bem drenado, porém que retenha umidade, onde o caule tocará o solo;
- corte a casca da lateral do caule que tocará o solo e retire as folhas próximas ao corte.
- limpe o corte com hormônio de enraizamento;
- cubra a terra estéril e o caule cortado com o solo. Tampe com uma pedra ou prenda no lugar com uma estaca ou pino metálico;
- a ponta do ramo se transformará na nova planta. Se for uma planta vertical, fixe a ponta perpendicularmente para que fique com uma aparência bonita;
- mantenha a área de enraizamento úmida durante alguns meses, até que as raízes se desenvolvam e tornem-se grandes o suficiente para suportar a nova planta;
- corte a nova planta livre do ramo-mãe e transplante-a para um vaso ou um novo local no jardim.
Transplantando Se sua nova planta originar-se de suas próprias mudas, de mudas de caules ou do centro de jardinagem, deve-se tomar cuidado quando chegar a hora de plantá-la no jardim. O ideal é fazer o transplante ao anoitecer ou em um dia nublado para evitar que o sol cause perda de água nas plantas e queime as raízes ou folhas mais delicadas. Siga as dicas a seguir para ajudá-lo a transplantar sua nova planta com sucesso.
* Não transplante as mudas para um vaso maior até que tenham um ou dois pares de folhas verdadeiras. Isso faz com que as mudas desenvolvam as raízes o bastante para se auto-sustentarem, mesmo se algumas raízes se perderem no processo. Também chega o momento em que as raízes da muda ficam completamente retas e firmes, facilitando sua separação das plantas próximas.
Como você pode saber quando chegou a hora? Não é tão simples quanto contar o número de folhas no caule, pois a muda geralmente possui um par de folhas adicional, chamadas de cotilédones, ou folhas da semente. Elas surgem primeiro e fornecem o alimento que nutre as mudas que estão brotando. Ao chegar perto, você verá que os cotilédones têm um formato diferente das folhas verdadeiras. As mudas de abóbora, por exemplo, possuem cotilédones ovaladas que são fáceis de reconhecer. Mas as folhas verdadeiras são largas e lobuladas.
* “Endureça” as mudas e os cortes antes de irem para o jardim. Quando crescem sob a proteção de um peitoril, de um jardim de inverno ou de uma estufa, as plantas novas ficam delicadas e podem ser facilmente danificadas por ventos fortes ou pelo sol. Endureça-as (um processo chamado de endurecimento) para fazer a transição de dentro de casa para fora com sucesso.
Primeiros dois dias: coloque as plantas novas com bastante água ao ar livre, em um local com sombra, durante várias horas. Leve-as de volta para dentro de casa quando o tempo acabar.
3º e 4º dias: aumente o tempo em que as mudas permanecem na sombra fora de casa.
5º a 7º dias: quando bem adaptadas à sombra, mude gradualmente as plantas que gostam de sol para um local com luz mais clara, começando com uma hora de sol no primeiro dia.
A partir do 8º dia: quando as mudas conseguem permanecer ao ar livre o dia inteiro sem queimarem ou murcharem, elas estão prontas para o transplante.
O “crescimento” de uma nova planta a partir de uma velha, seja através de mudas, cortes ou mergulhia, pode ser gratificante. Seguindo as sugestões desse artigo, você terá tantas plantas novas que não saberá o que fazer com elas.