Ao planejar um jardim por vezes nos deparamos com recantos onde uma pérgula ou um caramanchão serão apropriados para decorar o espaço. Um lugar sem atrativos onde queremos adicionar alguma planta para conferir beleza ou mesmo um toque de privacidade a algum espaço familiar íntimo. Ao tentar escolher encontramos muitas plantas bonitas, de folhagem atraente e flores vistosas e a indecisão toma conta de nós. Tantas plantas bonitas, qual escolher? Tentaremos aqui ajudar.
Definindo o espaço que a planta irá ocupar – O primeiro passo é definir qual o espaço que a planta deverá ocupar. Pérgulas são construídas em geral de madeira tratada ou reciclada, no formato desejado e no tamanho adequado ao tipo de atividade para a qual se destina.
Uma pérgula pequena num corredor de passagem deverá ter boa altura, de modo que o crescimento das plantas não atrapalhe quem passe. Deve-se evitar neste caso plantas com espinhos. Também plantas que tenham inflorescência em cachos, como o amor-agarradinho (Antigonon leptopus), que também atraem abelhas. Um incoveniente que o proprietário deverá saber, principalmente em casos anteriores de alergias às picadas dos insetos. Este arbusto fica melhor em cercas, com seus grandes cachos de cor rosa e suas folhas em forma de coração.
Se o caso é apenas um arco para ornamentação de madeira ou ferro batido, pode-se optar por plantas como a Alamanda amarela (allamanda cathartica), rosada (Allamanda blanchetti), a Dipladênia (Dipladenia) ou a Flor-de-cera (Hoya-carnosa).
Já uma pérgula destinada a um recanto de lazer com mesa e cadeiras até par uma pequena refeição emfamília, terá um tamanho mínimo de 3,00 x 3,00 metros. Neste caso, a Bougainvillea (Bougainvíllea) poderá ser utilizada, conduzindo-se a planta para fechar todo espaço aéreo da armação, pois produz longos ramos e pode estender-se até 6,0 metros de comprimento.
Para o caso de espaços maiores usar duas mudas colocadas diagonalmente. Também o jasmim-estrela (Jasminum nitidum) é ótimo para grandes espaços além de perfumar o ambiente com suas flores brancas. Dificilmente teremos flores o ano inteiro, todas as plantas passam por um período onde ficam apenas vegetativas. As mais floríferas são a lágrima-de-cristo (Clerodendron thomsoniae), o amor-agarradinho e o jasmim (Jasminum nitidum).
Recipientes – No solo, em vasos ou jardineiras: Em geral cultivamos as trepadeiras no chão mesmo, mas quem tem um terraço e deseja muito cultivar uma, pode optar por grandes vasos de cimento ou jardineiras de alvenaria. Tratar o interior do vaso com pixe e deixar secar vários dias evitará que manchas de água e mofo apareçam na parte externa do vaso. Alguns tipos de bougaivileas são pequenos, como as de inflorescência em cor branca.
Para terraços e sacadas a alamanda, a dipladênia e a flor-de-cera são pequenas e poderão ser conduzidas em pequenas treliças de bambu, madeira ou ferro e ficarão muito bonitas na composição do jardim de sacada. Podemos escolher também plantas trepadeiras cuja folhagem é atrativa.
Para um recanto com meia sombra, a hera-do-cabo (Senecio macroglossus), com suas folhas triangulares e variegadas de creme poderá fazer uma cortina de folhagem e ainda de brinde produzir belas margaridinhas brancas no verão. A combinação das cores das flores das trepadeiras deverá estar harmônica com as flores do jardim para não haver uma saturação de matizes em determinadas épocas do ano, principalmente na primavera. Avaliando a época das florações poderemos obter o melhor efeito paisagístico para o espaço, realçando e valorizando a propriedade.
O lado positivo de pérgulas e ou mesmo de trepadeiras presas em treliças junto a paredes de casas e edifícios é o aumento da massa vegetal com o benefício de aumentar a eliminação da poeira das ruas, aumento do oxigênio e do conforto térmico para os moradores, principalmente em climas quentes. E por falar em tudo isto não nos esqueçamos da beleza, da alegria em aguardar a floração, de desfrutar da cor das flores, vendo o ambiente entorno ficar mais bonito.