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Mini Hortas

Agora você vai poder cultivar seus próprios temperos e ervas mesmo morando em apartamento! É possível cultivar as ervas em qualquer cantinho do quintal, na varanda, numa sacada, na sala, na cozinha e até na área de serviço! A única exigência é que o local escolhido receba pelo menos de 3 a 4 horas de sol por dia.
E se você tem mais espaço, pode organizar vários kits, aumentando a quantidade de plantas.

Do que você vai precisar
- vários vasinhos plásticos
- envelopes de sementes (01 manjericão, 01 cebolinha verde, 01 aneto, 01 orégano, 01 manjericão vermelho rubi, 01 coentro português, 01 salsa lisa e 01 salsa crespa)

Veja como é fácil plantar:

1. Prepare uma mistura (substrato) juntando em partes iguais:
* 1 parte de terra vegetal
* 1 parte de composto orgânico (húmus de minhoca)
* 1 parte de areia
Se preferir, utilize uma mistura pronta, facilmente encontrada no mercado (ex. Biomix)

2. Coloque a mistura de solo em cada vasinho, sem encher demais e sem apertar. Antes de colocar a mistura, se desejar facilitar a drenagem na hora da rega, forre o fundo de cada vaso com um pedaço de manta de drenagem (ex. bidim), também facilmente encontrada no mercado. Evite usar pedras ou cascalhos para não deixar o conjunto muito pesado.

3. Espalhe algumas sementes por cima e cubra com uma fina camada da mistura. Guarde as sementes restantes no próprio envelope, bem fechado.

4. Regue suavemente com um borrifador ou regador de crivo fino. Sem colocar água demais, espere escorrer e encaixe os vasos no suporte.

Como Cuidar de sua Mini Horta:

* Quanto ao local para colocar sua Mini Horta, procure, se possível, um lugar onde haja a incidência de sol por três horas diárias.
Pode ser na varanda, numa sacada, no parapeito largo de uma janela ou na área de serviço. O sol da manhã é o melhor para as plantas.

* Após a brotação, se houver muitas mudinhas, faça um desbaste, ou seja, retire algumas delas (as mais fracas) para que haja espaço para as outras se desenvolverem fortes e saudáveis.

* O ciclo de cada tempero varia (observe detalhes no verso das embalagens das sementes), mas, basicamente, coincide com o tempo necessário para o tradicional cultivo em hortas e canteiros.

* A irrigação segue a regra básica: molhe as plantas diariamente, no início do dia ou no final da tarde. Importante: Procure não colocar muita água, para não deixar o vaso encharcado e correr o risco de surgir doenças e/ou pragas em suas plantas.

* Os principais inimigos dos temperos são os fungos e as cochonilhas.
Os fungos podem ser evitados tomando cuidado para não exagerar nas regas. Muita umidade favorece seu surgimento.
Já as cochonilhas são pequenos insetos que se alojam geralmente na parte inferior das folhas, sugam a seiva da planta e liberam uma substância que deixa as folhas com aparência de enceradas, atraindo fungos e formigas.
Elas podem ser combatidas com receitas naturais, como calda de fumo, chá de cavalinha e emulsão de óleo. Veja algumas receitas naturais para combater pragas no final da matéria. E lembre-se que embora as receitas sejam naturais, as ervas devem ser bem lavadas antes de serem consumidas.

* Adubações periódicas devem ser feitas com adubo orgânico ou húmus de minhoca, a cada 2 ou 3 meses.

* Alguns temperos e ervas são perenes, como o orégano, a salsinha e a cebolinha. Outros, como o coentro e o aneto são anuais e exigem novo plantio a cada ano.
Já o manjericão é bianual, mas pode se comportar como perene em algumas condições.

Conheça as ervas que poderão compor a sua Mini Horta:

Orégano (Origanum vulgare L.)
Outros nomes: Manjoran
Os gregos usavam o orégano para fazer vinhos aromáticos e temperar carnes. Planta perene, tem as folhas bem parecidas com as da manjerona e, por isso, também é chamado “manjerona-selvagem”.
O orégano produz flores que podem surgir nas cores púrpura, rosa ou quase branca.
Culinária: Tem o sabor típico da cozinha mediterrânea, sobretudo da italiana e da grega. Vai bem em pizzas, molhos, saladas, sopas, omeletes, ensopados e picadinhos.
Medicina Popular: estimulante das funções gástricas e biliares e emenagogo. Usa-se as folhas e flores dessecadas em infusões e decocção.

Aneto/Endro (Anethum graveolens)
Outros nomes: Dill
Planta herbácea anual, cujo aroma lembra o da erva-doce. Suas folhas são finamente divididas em segmentos presos a talos verde-esbranquiçados e as flores amarelas e pequenas surgem em grandes agrupamentos.
Culinária: Na panificação, pastelaria, como tempero de hortaliças e molhos. Usa-se as sementes inteiras ou moídas.
As folhas frescas são usadas para temperar peixes, carnes e frangos. Amassadas, as folhas frescas também são usadas em compressas para aliviar inflamações.
Medicina Popular: infusão das sementes são usadas contra cólicas e insônia, estomatite e problemas de intestino.

Cebolinha Verde (Allium fistulosum)
Outros nomes: Onion Evergreen Bunching, Cebollino Verde
Chegou ao Brasil trazida pelos portugueses, tornando-se presença quase obrigatória na culinária.
Planta perene, de fácil rebrote, apresenta folhagem ereta e talos verdes na parte superior, que vão ficando brancos perto das raízes.
Culinária: Toda planta é utilizada para tempero. O sabor é muito agradável, suave e delicado, podendo ser consumido até como salada.
Os talos são utilizados para temperar batatas, omeletes e vários outros pratos com ovos. Podem ser salpicados em sopas, batatas assadas, purês ou servidos ao natural, na decoração de pratos. A parte branca (bulbo) pode substituir com sucesso o alho-poró.
Medicina Popular: Tem vitaminas A e C, cálcio, fósforo e estimula o apetite.

Salsa Crespa (Petroselinum crispum)
Outros nomes: Parsley Moss Curled, Perejil Crespo
Há muito tempo, as folhas aromáticas e decorativas são bem aproveitadas na culinária. Erva de cultivo simples e fácil rebrote. Pode ser usada como ornamental ou tempero.
A variedade crespa é muito usada como guarnição na decoração dos pratos.
Culinária: Bastante aromática, costuma se usada em dupla com a cebolinha para realçar o sabor de omeletes, sopas, saladas, suflês, carnes e patês.
Medicina Popular: Seu consumo é indicado por ser muito rica em vitamina A e ferro.
Na forma de emplastro feito com as folhas frescas, é usada para amenizar dor nas picadas de insetos.

Salsa Lisa (Petroselinum crispum)
Outros nomes: Parsley Plain, Perejil Liso, Persil Lisse, Parsley Moss Curled, Perejil Crespo
Há muito tempo, as folhas aromáticas e decorativas são bem aproveitadas na culinária. Erva de cultivo simples e fácil rebrote.
Culinária: Bastante aromática, costuma se usada em dupla com a cebolinha para realçar o sabor de omeletes, sopas, saladas, suflês, carnes e patês.
Medicina Popular: Seu consumo é indicado por ser muito rica em vitamina A e ferro.
Na forma de emplastro feito com as folhas frescas, é usada para amenizar dor nas picadas de insetos.

Coentro Português (Coriandrum sativum)
Outros nomes: Coriander Portuguese, Ciliantro Português
Erva muito antiga, mencionada no Velho Testamento, pois, junto com o cominho e o vinagre, ajudava a conservar carnes.
Era usada pelo grego Hipócrates, o Pai da Medicina, para acalmar espasmos, gases intestinais e auxiliar nas funções digestivas e hepáticas.
É originário do sul da Europa ou da África, de onde foi trazido para o Brasil logo no início da colonização.
Culinária: Folhas e sementes são usadas para dar sabor a peixes, sopas, carnes e embutidos. O coentro é consumido como tempero verde em uma variedade muito grande de pratos. No Nordeste, ele é utilizado em praticamente todos os pratos.
Apesar de ser da mesma família que a salsa e ter aspecto muito semelhante, o sabor e aroma das duas ervas são bem diferentes.
Além das folhas, a semente também é utilizada pela indústria de conservas de pepino.
Medicina Popular: o chá das folhas é indicado para o tratamento de dores estomacais e para alivar gases.

Manjericão Vermelho Rubi (Ocimum basilicum)
Outros nomes: Basilicão/Alfavaca Vermelho Rubi
Há 4 mil anos, o manjericão já era cultivado por indianos e egípcios. O aroma das folhas lembra o limão e o anis.
Natural da Ásia tropical, África e Ilhas do Pacífico, é uma planta herbácea bianual ou perene (quando em condições favoráveis).
Produz flores pequenas, esbranquiçadas ou levemente púrpuras. A variedade rubi pode ser usada também como ornamental.
Culinária: Usado em molhos para massas e carnes, omeletes, ensopados de carnes, peixe, frango e saladas, e até em doces e licores.
Deve ser adicionado no final do cozimento ou pouco antes de servir, para que não perca o sabor e aroma.
Medicina Popular: erva digestiva, também é usada contra mau-hálito, inflamações na boca e garganta. A infusão é estimulante contra o cansaço e alivia problemas gastro-intestinais.

Manjericão (Ocimum basilicum)
Outros nomes: Basilicão/Alfavaca
Há 4 mil anos, o manjericão já era cultivado por indianos e egípcios. O aroma das folhas lembra o limão e o anis.
Natural da Ásia tropical, África e Ilhas do Pacífico, é uma planta herbácea bianual ou perene (quando em condições favoráveis).
Produz flores pequenas, esbranquiçadas ou levemente púrpuras.
Culinária: Usado em molhos para massas e carnes, omeletes, ensopados de carnes, peixe, frango e saladas, e até em doces e licores.
Deve ser adicionado no final do cozimento ou pouco antes de servir, para que não perca o sabor e aroma.
Medicina Popular: erva digestiva, também é usada contra mau-hálito, inflamações na boca e garganta. A infusão é estimulante contra o cansaço e alivia problemas gastro-intestinais.

Receitas naturais para combater pragas:

Extrato de fumo com pimenta contra lagartas
Todas são muito vorazes e algumas têm hábito noturno.
Para espantá-las pulverize extrato de fumo com pimenta sobre as lagartas.
Veja como fazer:
Numa garrafa de 1 litro, misture 50 g de fumo de rolo picado e pimenta malagueta. Complete com água e deixe repousar por uma semana. Dilua em 10 litros de água e pulverize.

Controle de lesmas
Apresentam o corpo mole e segmentado. Quando se deslocam, deixam para trás um rastro de substância viscosa e brilhante.
A solução é a catação manual.
Veja como fazer:
Use iscas de pão embebido em leite ou cerveja e coloque-as perto da planta que precisa de proteção. As lesmas virão até as iscas, simplificando a catação manual.

Sabão e fumo contra cochonilhas
As cochonilhas são insetos sugadores com ou sem carapaça, que retiram os açúcares da seiva. Elas vivem em colônias e não têm asas. A solução é pulverizar com calda de sabão e fumo. Se as cochonilhas apresentarem carapaça, acrescente óleo mineral à calda.
Veja como fazer:
Pique 10 cm de fumo de rolo e 50 g de sabão de coco ou neutro, junte 1 litro de água morna água e misture bem. Deixe curtir por cerca de 24 horas. Coe e pulverize as plantas atacadas.

condimentos

aromáticas

Temos no Brasil uma exuberância em plantas aromáticas, cujas folhas, caule, flores, frutos, ou raízes, exalam seus odores característicos, que em muitas vezes atraem nossos sentidos de tal modo que vamos logo identificá-las. Essas plantas distinguem pela produção de substâncias ou óleos essenciais, que geralmente são voláteis, principalmente em contato com o sol. Tais aromas e a denominação dessas plantas são extremamente elásticas, pois elas procedem de diferentes famílias, que vai desde os simples arbustos como a erva-cidreira até grandes árvores, a exemplo do eucalipto. Melhor definindo, plantas aromáticas são aquelas que possuem aroma e/ou perfume, capazes de sensibilizar nosso olfato de modo agradável. A percepção dos aromas depende da sensibilidade de cada pessoa: umas são mais sensíveis, podendo até desenvolver alergias e, outras menos sensíveis, desfrutam simplesmente do prazer em sentir o aroma das plantas.

Essa riqueza da flora às vezes se subtrai pela invasão dos roçados e culturas, mas sobrevivem em sua maioria em locais preservados e contribuem para a pesquisa, desde que a maioria delas é medicinal. É interessante perceber, que muitas plantas apresentam três propriedades simultaneamente: são aromáticas, medicinais e condimentares.Desde a antiguidade o homem vem utilizando essas plantas para os mais diversos fins, como chás, cozimentos e banhos. Segundo a lenda, o imperador chinês, Shen Nung, ficou conhecido como “Pai do Chá”, que descobriu ao acaso diante suas observações quando algumas folhas caíram na água que ele fervia, produzindo um agradável aroma e um sabor especial, o que lhe causou ótimo bem-estar ao beber. Baseado em seus experimentos Shen escreveu diversos documentos sobre plantas, difundindo seu uso no oriente. Depois vieram os egípcios que utilizavam as ervas aromáticas na cosmética, culinária e medicina. Eles já usavam plantas que são comuns em nosso dia-a-dia como cebola, coentro, cominho, papoula, tominho e alho. De uma forma geral, os estudiosos costumam apresentar a história das ervas medicinais a partir do Oriente, em um longo caminho que evolui até, mais recentemente, a América. Entretanto, naquele tempo Shen já avisava que os chás aromáticos não devem ser ingeridos a esmo, pois muitas plantas com aromas e sabores excepcionais são, na verdade tóxicas, e podem causar sérios danos à saúde.

Em seguida o uso de ervas aromáticas se difundiu pelo mundo e hoje, uma em três pessoas, não passa sem o uso do chá em seu dia a dia uma vez que o café, embora tido como bebida independente é, na verdade, um tipo de chá.

Observa-se também na cultura popular o uso de plantas aromáticas para fins mais ecléticos. Algumas pessoas acreditam que dormir sobre um travesseiro contendo plantas aromáticas pode fazer bem à saúde, principalmente naquela soneca da tarde. Diz-se que o alecrim tonifica a mente, portanto é ótimo para o cansaço mental; o alfavacão é um excelente antisséptico pulmonar e expectorante; a alfazema serve para insônia e TPM. Além dessas, utiliza-se muito a camomila, o capim limão, a erva doce, que são calmante, o guaco, que é antitussígeno. E a lista vai do hortelã à sávia, passando pelo levante, majericão, melissa, poejo e por aí afora.

mal-me-quer

sementes

A forma mais econômica de cultivar ervas é a partir de sementes, mas isso exige grande paciência e, em geral, produz mais mudas que se precisa. Ervas de crescimento lento, como orégano, tomilho, salsa, hortelã e cebolinho podem ser plantadas dentro de casa, num período de um mês e meio a dois, antes de serem colocadas do lado de fora, ou, nas regiões frias, antes da última geada. Outras espécies não devem ser cultivadas em interiores além do tempo de aproximadamente um mês.
Prepare as bandejas de sementes ou vasos com terra tratada, esterilizada e já misturadas com perlita. Plante as sementes, cubra-as com plástico e ponha-as num lugar aquecido com luz fraca. Devem ser conservadas úmidas até germinar. Se a terra secar, pulverize-a com um regador, ou coloque o recipiente em água morna até que a parte de cima apresente gotas de condensação. Assim que os brotos aparecerem, remova o plástico e ponha as mudas num local claro, mas não sob sol. Só as exponha a pleno sol quando brotarem as primeiras folhas verdadeiras, isto é, o segundo par. Certifique-se de que haja boa ventilação no local escolhido, para evitar que apodreçam devido ao excesso de umidade.
Antes que as mudas se tornem finas e compridas, é preciso fortalecê-las, aclimatá-las gradualmente à exposição ao ar livre. Isso deve ser feito quando a temperatura estiver suficientemente amena para plantá-las no jardim. Você pode pôr as mudas do lado de fora num lugar abrigado ou debaixo de uma tela, protegendo-as do sol quente ou das noites frias, ou do lado de fora durante o dia e dentro de casa à noite. As mudas devem ser transplantadas para o jardim em dias frescos ou nublados.
Salsa, aneto, camomila e anis não são transplantados com facilidade. Se você os semeou dentro de casa, ponha-os em pequenos recipientes de onde possam ser transplantados sem ferir as raízes; ou então ponha as sementes na terra, no lugar em que quer que cresçam, depois de passado todo o perigo do inverno. Prepare uma sementeira para ser posta do lado de fora com terra fina e enriquecida com adubo. Espalhe as sementes com parcimônia em fileiras. Cubra-as de terra fina com cerca de duas vezes o diâmetro das sementes. Conserve-as úmidas até germinarem e ficarem firmes. Desbaste as mudas quando tiverem mais ou menos 3 cm de altura.

sementes

cestaPense na idéia de plantar ervas de uso culinário o mais perto possível da cozinha, para poder tirar uma ou duas flhas mesmo no escuro ou na chuva. Um jardim como esse não precisa ser grande. Meio metro basta para seis ervas muito usadas: manjericão, cebolinho, salsa, alecrim, tomilho e hortelã. Se quiser fazer um jardim maior, acrescente à lista aneto, orégano, louro, gerânio, segurelha e estragão; as duas últimas pela cor e aroma.

Uma faixa estreita de terreno ao longo de uma parede é um excelente local para o jardim de ervas culinárias; o calor refletido torna mais intenso o sabor e o aroma das ervas que gostam de sol.

Para criar um jardim definitivo, e muito fácil de cuidar, examine a possibilidade de plantar ervas entre os degraus de uma escada, entre os aros da roda de uma velha carroça, ou até mesmo entre a moldura envidraçada de uma pequena janela velha. Apóie a moldura de madeira com um ou dois tijolos sobrepostos e preencha cada espaço com a mistura de solo apropriada à erva a ser plantada ali. Para salsa, cebolinha, hortelã, segurelha e aneto, utilize terra enriquecida, cheia de húmus, e para a maioria das outras ervas, terra fofa e arenosa.

A maioria das ervas culinárias, especialmente manjericão, cebolinho, aneto e sálvia, produzem folhas maiores e melhores quando aparadas. Se aparar demais, cave em volta e ponha um pouco de adubo ou acrescente, na próxima vez que for regar, um pouco de farinha de peixe, para estimular o novo crescimento.

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