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peonia

As peônias são plantas arbustivas de crescimento lento. Nativas da Ásia,  sul da Europa e oeste dos Estados Unidos, são geralmente plantadas em grupos nos jardins e muito usadas como flor de corte em arranjos.

Pertencentes à família Paeoniaceae, as plantas são divididas conforme suas características. O gênero Paeonia possui cerca de 30 espécies herbáceas perenes, de alturas entre 0,5 m e 1,5 m, e cerca de oito espécies lenhosas perenes, de alturas entre 1,50 m a 3 m.

Peônias e seus cuidados
Em primeiro lugar, devemos saber que o clima ideal para o seu desenvolvimento é temperado, assim evitaremos climas muito quentes a todo custo.

Dito isto, é importante considerar a iluminação correta, forneça os nutrientes necessários, documente os tempos corretos para remover a folhagem, as condições do solo (umidade, profundidade).

A planta requer pelo menos seis horas de sol por dia, direta ou indireta, esta última geralmente é prejudicial ao meio-dia. Deve garantir sua semeadura a uma distância segura de plantas homônimas e outras espécies para garantir uma boa iluminação.

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O uso excessivo de compostos pode ser prejudicial a floração das Peônias, não a folhagem, embora se seja nosso conhecimento que o solo possui os nutrientes necessários para o seu cultivo,  só se recomenda complementá-lo com o uso de um fertilizante que contenha, por exemplo, farinha de ossos e pouco nitrogênio. É importante não aplicá-lo na base da planta, mas em torno dela.

A remoção da folhagem prejudica prematuramente o processo de floração, enquanto a planta está em processo de floração, deve ser deixado intacta. O momento ideal para fazer isso é assim que o outono começar.

A planta é uma herbácea, por isso  a profundidade que deve ser plantada é de cerca de 5 cm, isso garante um bom estabelecimento das raízes e, em parte, o subsequente crescimento da planta.

A boa drenagem do solo onde queremos que cresça as peônias são uma prioridade, então, se observarmos que a água permanece parada ao redor da planta quer dizer que não tem uma boa drenagem e por isso a planta vai ficar danificada, o correto é que o solo fique úmido sem geada e recomenda-se regue-os cerca de 2 vezes por semana.

peonia

Transplante de peônias
Transplantes nessas plantas geralmente causar um atraso de um ano ou mais no seu florescimento, então se for o nosso caso, é preciso ter conhecimento e paciência para esperar.

Da mesma forma, ele deve garantir que o condições mínimas para cultivo, além do fato de que fenômenos climáticos como o frio extremo e a seca prematura ou prolongada afetam o desenvolvimento e a floração da planta.

Recomenda-se uma separação de aproximadamente 1 m entre uma planta peônia e outra, da mesma forma, mantenha o entorno das plantas livre de ervas daninhas para evitar infecções e que o ar circule entre elas de forma ideal.

É importante lembrar que as peônias são divididas em arbóreas e herbáceas. Elas são consideradas arbóreas, aqueles que desenvolvem um caule lenhoso cujo tamanho pode crescer e ultrapassar 2 m; As plantas herbáceas, por outro lado, podem crescer até um metro.

Esta flor, além de linda exala um aroma delicioso. Existem em belas cores como o vermelho, o violeta, o rosa e o branco e na sua variedade de formas podemos encontrá-las mais ou menos folhosas, determinados pelas suas fiadas de pétalas simples e duplas.

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Sua estação para florescer vai do início da primavera ao final do verão. É também um tipo de planta onde podemos encontrar algumas variedades que duram até 50 anos, desde que os devidos cuidados sejam naturalmente mantidos.

Algumas curiosidades, a planta é afetada em sua floração: quando é transplantada e quando a geada não dura há pelo menos 37 dias com uma temperatura que oscila entre 7º a -7ºC.

Peônias e seus cuidados
Em primeiro lugar, devemos saber que o clima ideal para o seu desenvolvimento é temperado, assim evitaremos climas muito quentes a todo custo.

Dito isto, é importante considerar a iluminação correta, forneça os nutrientes necessários, documente os tempos corretos para remover a folhagem, as condições do solo (umidade, profundidade).

A planta requer pelo menos seis horas de sol por dia, direta ou indireta, esta última geralmente é prejudicial ao meio-dia. Deve garantir sua semeadura a uma distância segura de plantas homônimas e outras espécies para garantir uma boa iluminação.

O uso excessivo de compostos pode ser prejudicial a floração das Peônias, não a folhagem, embora se seja nosso conhecimento que o solo possui os nutrientes necessários para o seu cultivo,  só se recomenda complementá-lo com o uso de um fertilizante que contenha, por exemplo, farinha de ossos e pouco nitrogênio. É importante não aplicá-lo na base da planta, mas em torno dela.

A remoção da folhagem prejudica prematuramente o processo de floração, enquanto a planta está em processo de floração, deve ser deixado intacta. O momento ideal para fazer isso é assim que o outono começar.

A planta é uma herbácea, por isso  a profundidade que deve ser plantada é de cerca de 5 cm, isso garante um bom estabelecimento das raízes e, em parte, o subsequente crescimento da planta.

A boa drenagem do solo onde queremos que cresça as peônias são uma prioridade, então, se observarmos que a água permanece parada ao redor da planta quer dizer que não tem uma boa drenagem e por isso a planta vai ficar danificada, o correto é que o solo fique úmido sem geada e recomenda-se regue-os cerca de 2 vezes por semana.

peonia branca

Transplante de peônias
Transplantes nessas plantas geralmente causar um atraso de um ano ou mais no seu florescimento, então se for o nosso caso, é preciso ter conhecimento e paciência para esperar.

Da mesma forma, ele deve garantir que condições mínimas para cultivo, além do fato de que fenômenos climáticos como o frio extremo e a seca prematura ou prolongada afetam o desenvolvimento e a floração da planta.

Recomenda-se um separação de aproximadamente 1 m entre uma planta peônia e outra, da mesma forma, mantenha o entorno das plantas livre de ervas daninhas para evitar infecções e que o ar circule entre elas de forma ideal.

É importante lembrar que as peônias são divididas em arbóreas e herbáceas. Elas são consideradas arbóreas, aqueles que desenvolvem um caule lenhoso cujo tamanho pode crescer e ultrapassar 2 m; As plantas herbáceas, por outro lado, podem crescer até um metro.

Esta flor, além de linda exala um aroma delicioso. Existem em belas cores como o vermelho, o violeta, o rosa e o branco e na sua variedade de formas podemos encontrá-las mais ou menos folhosas, determinados pelas suas fiadas de pétalas simples e duplas.

Sua estação para florescer vai do início da primavera ao final do verão. É também um tipo de planta onde podemos encontrar algumas variedades que duram até 50 anos, desde que os devidos cuidados sejam naturalmente mantidos.

Algumas curiosidades, a planta é afetada em sua floração: quando é transplantada e quando a geada não dura há pelo menos 37 dias com uma temperatura que oscila entre 7º a -7ºC.

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Senecio crassissimus8

Esta é uma planta suculenta que apresenta um design minimalista, com linhas aerodinâmicas raramente encontradas na natureza. Embora ter uma aparência discreta, o Senecio crassissimus pode atingir um tamanho considerável, principalmente em altura.

Seu caule se desenvolve predominantemente na vertical, que é o mesmo posicionamento adotado por suas folhas suculentas. Embora seja uma planta que aprecia bastante luminosidade, sendo ideal para jardins de inspiração desértica, ainda assim é possível cultivar o Senecio crassissimus dentro de casas e apartamentos, desde que alguns cuidados sejam tomados.

Por incrível que pareça, o gênero botânico Senecio pertence à família Asteraceae, a mesma da prosaica margarida.

É comum nos depararmos com várias suculentas muito parecidas entre si. Isso acontece, frequentemente. Quando se trata do Senecio crassissimus, no entanto, este problema não acontece. Seu porte ereto, com as folhas em forma de remos, apontados para o alto, tornam esta planta suculenta única e inconfundível.

Outro aspecto extremamente ornamental do Senecio crassissimus é o contraste de suas folhas foscas, em um tom verde acinzentado, com as margens em um tom vívido de púrpura. O caule desta suculenta também apresenta nuances de roxo, quando a planta é cultivada sob elevados níveis de luminosidade.

A aparência empoeirada das folhas é devida à presença de uma substância cerosa, denominada pruína, que recobre a superfície como um fino acabamento de pó translúcido. Quando passamos o dedo sobre as folhas, acabamos retirando esta cobertura, deixando um rastro com nossas digitais.

Como a planta não é capaz de repor este acabamento de pruína, sua aparência fica prejudicada, devido ao constante manuseio de suas folhas.

Senecio_crassissimus

A suculenta Senecio crassissimus apenas revela seu parentesco com outros membros da família Asteraceae quando floresce. Neste momento, pequenas e delicadas margaridas amarelas são produzidas, nos topos de longas hastes florais, que surgem a partir do ponto mais apical de seus caules.

Outro fato curioso é que sua floração ocorre durante o outono e inverno, período no qual muitas outras plantas encontram-se em dormência.

Assim como diversas outras suculentas, apreciadas por suas características ornamentais, o Senecio crassissimus é endêmico da ilha de Madagascar, localizada a sudeste do continente africano.

O Senecio crassissimus não é encontrado nativamente em nenhum outro lugar do mundo. Em seu habitat de origem, esta suculenta está habituada à vida em solos arenosos, pobres em matéria orgânica, com uma intensa exposição à luz solar.

Para sobreviver em um ambiente tão árido e desafiador, o Senecio crassissimus desenvolveu uma estratégia para evitar que suas folhas fossem intensamente atingidas pela radiação solar. Neste sentido, elas se posicionam na vertical, ficando eretas, diminuindo a superfície de exposição ao sol direto.

Outra adaptação, obviamente, é a natureza suculenta das folhas, que lhes confere a aparência de pás de uma hélice propulsora de navio. Sendo assim, o Senecio crassissimus também é conhecido no exterior como propeller plant.


Senecio crassissimus4

A melhor forma de se cultivar o Senecio crassissimus é plantando-o em jardins rochosos, diretamente no solo de natureza arenosa, sob sol pleno. Esta é a clássica suculenta que aprecia pouca água e muito sol.

No entanto, como nem sempre somos agraciados com tais condições, em nossos lares, podemos tentar seu cultivo em interiores, desde que tomemos cuidados para mimetizar o ambiente de origem desta suculenta.

O ideal, neste caso, é colocar o vaso em uma varanda ensolarada, ou em uma jardineira externa, do lado de fora das janelas de casas e apartamentos. Em ambientes internos, é importante que o Senecio crassissimus fique próximo a uma janela bastante ensolarada, preferencialmente face norte.

Quando cultivado em ambientes muito sombreados, este Senecio tende a ficar estiolado, situação na qual seu caule cresce aceleradamente, ficando fino, frágil e comprido, em uma tentativa de buscar mais luminosidade.

Quando esta situação ocorre, a melhor forma de consertá-la é através de uma poda radical, também conhecida como decapitação de suculentas. Basta cortar a parte superior da planta, que cresceu demais, e plantá-la separadamente.

Estas ponteiras enraízam-se com facilidade, sendo uma excelente forma de propagação do Senecio crassissimus. A parte remanescente continuará a emitir novos brotos. Após este procedimento, é importante que a planta seja transferida para um ambiente com mais luminosidade, após o seu enraizamento, para que não se torne pescoçuda, novamente.

Senecio crassissimus

O solo ideal para o cultivo do Senecio crassissimus é aquele arenoso, próprio para cactos e suculentas. Podemos preparar uma versão caseira, através da mistura de terra vegetal e areia grossa, em partes iguais. É importante que o vaso tenha uma boa camada de drenagem, no fundo, composta por brita, argila expandida ou qualquer outro material particulado.

As regas do Senecio crassissimus devem ser bem espaçadas. O solo deve secar completamente, entre uma irrigação e outra. O melhor método para se realizar esta aferição é colocando o dedo sobre o substrato, afundando levemente.

Se estiver úmido, a rega deve ser postergada para outra ocasião. Durante o inverno, é importante tomar o cuidado de diminuir ainda mais a frequência das irrigações. Esta suculenta é extremamente resistente à seca, não suportando solos úmidos por longos períodos.

Devido à natureza árida do seu habitat de origem, o Senecio crassissimus não necessita de muita matéria orgânica em seu substrato. Além disso, as adubações não precisam ser intensas ou regulares. Qualquer fórmula de manutenção, do tipo NPK, pode ser aplicada, ocasionalmente, sem muita assiduidade.

Este é outro exemplo de planta suculenta que não é a primeira escolha para ser mantida dentro de casas e apartamentos. No entanto, existem sempre casos de pessoas que dispõem de jardineiras externas ou varandas bem iluminadas, situação nas quais o cultivo do Senecio crassissimus é perfeitamente viável.

Ainda que não fique esplendoroso, em ambientes internos, vale sempre a pena tentar manter um exemplar em nossas coleções, já que se trata de uma planta bastante resistente, belíssima e de aparência única.

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Nepenthes bicalcarata

Nativa de florestas úmidas, especialmente na região da Malásia, a Nepenthes é uma família de plantas carnívoras endêmicas de ilhas de solo pobre. Elas se desenvolveram nestes lugares e, por uma questão de sobrevivência, adquiriram jarros que capturam os insetos.

Apesar de abrangerem mais de 100 espécies, as Nepenthes possuem estruturas parecidas: uma folha com pecíolo na ponta (parte que liga o limbo ao caule), que dá origem ao ascídio; e a “bolsa” que pode ser grande ou pequena, e é usada para prender os insetos. Dentro dele temos um líquido, que é como um suco digestivo, responsável por fazer a absorção das enzimas e a digestão dos insetos.

Diferente de algumas espécies, entretanto, as Nepenthes podem se alimentar de outros seres que não os insetos, como roedores, lagartos e pequenos mamíferos. É justamente por esta característica que o termo correto para as Nepenthes é “carnívora”, e não “insetívora”, apesar de se alimentar principalmente de insetos.

Como cultivar a Nepenthes em casa
Ainda que incomuns nos jardins, as Nepenthes não são consideradas plantas difíceis de se cultivar e manter em casa. Elas se dão bem em solos “pobres, já que não necessitam dos nutrientes da terra para se desenvolverem, por isso, a adubação também não é o cuidado número um.

Como fator principal para cultivar as Nepenthes, o sol precisa ser livre, mas não completamente direto. Apesar de aceitarem meia-sombra, a luz natural solar e da lua precisa cair sob as espécies para garantir o seu desenvolvimento.

No que diz respeito ao substrato, é indicado o musgo esfagno, um entre os melhores para mimetizar o ambiente natural da espécie, que gosta de solo ácido e pobre. Sugere-se ainda sugere que não sejam usados hormônios para o crescimento da planta, por criarem fungos e não serem necessários para o vigor das Nepenthes.

Além disso, as espécies podem ficar livres no jardim, sem a necessidade de estufa, vasos e coberturas. Elas gostam de tomar banho de chuva, de lua… quando colocamos em uma estufa fechada, atrapalhamos seu jeito natural de vivera.

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Por serem originárias de climas tropicais, elas apreciam a luz natural, por isso, é indicado um banho de sol pela manhã, mas evitando os horários do meio-dia em diante, que pode queimar a planta.

Na rega, espécies deste tipo preferem irrigação abundante a cada dois dias e apreciam água nas folhas, mas se forem plantadas em vasos, a água que fica no pratinho abaixo do recipiente deve ser descartada para não apodrecer as raízes.

Na natureza, as plantas desta família estão sempre penduradas em árvores, por isso, apesar de se darem bem em vasos, preferem o plantio em outras espécies, em sacadas e janelas, ainda que sempre respeitando a regra da presença de luz natural, mas sem raios solares após o período da manhã.

A propagação das Nepenthes é tão simples quanto o seu cuidado. A principal maneira é através das sementes, em um substrato de chips de coco e musgo esfagno, mas também acontece por estaquia.

É cortado um pedaço da planta que, em seguida, é colocado no musgo esfagno ou na água, onde se criarão as raízes. A taxa de germinação por estaquia é de 75%, mas se a estaca for uma ponta do galho, as chances sobem para 90%, porém, se for uma brotação basal, temos 95% de chances.

Se a muda for adquirida de lojas de jardinagem, entretanto, a dica é primeiro olhar o substrato. No caso das terras pretas, é necessário trocar o substrato pelos indicados, e se os jarros estiverem sem líquido, é possível completá-los até a metade com água.

Eventualmente, se o jarro da Nepenthes secar e morrer, é possível cortá-lo, poupando a folha, que ainda pode servir para a fotossíntese e o desenvolvimento da planta, mesmo que não produza um jarro novo.

Nepenthes

É possível ter uma Nepenthes com pets e crianças?
Sim, é possível e incentivado criar uma espécie de Nepenthes em casas com cachorros, gatos e crianças.

O cuidado principal fica para pequenos pássaros e roedores, que podem entrar em contato com a planta, mas, no geral, elas não são tóxicas e auxiliam o ambiente através do controle de pragas e até mesmo na qualidade do ar.

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Laelia purpurata

Conhecida em todo o mundo como a representante mais emblemática do gênero Laelia, sendo chamada de Laelia purpurata há mais de um século, recentemente decidiram que ela deveria mudar de gênero botânico. Só não sabem exatamente para qual.

A distribuição natural da Laelia purpurata ocorre, predominantemente, nos estados do sul do Brasil, ainda que esta espécie também possa ocorrer no sudeste, principalmente em São Paulo.

Esta é uma orquídea frequentemente encontrada vegetando sob a forma epífita, com suas raízes aéreas aderidas aos troncos das árvores de florestas litorâneas. Curiosamente, a ocorrência natural de Laelia purpurata somente não é observada no litoral do estado do Paraná.

A descoberta da Laelia purpurata, e sua introdução no seleto mercado europeu, resultou em uma coleta predatória desta orquídea, em seus habitats de origem.

Durante a Era Vitoriana, as orquídeas eram consideradas símbolos de status e exclusividade, sendo acessíveis apenas aos mais abastados, capazes de investir elevados valores em viagens transatlânticas, para a coleta destas espécies exóticas e tropicais. Além disso, sua manutenção em solo europeu somente era possível em custosas estufas climatizadas.

Um fato curioso, típico da cobiça e vaidade humana, salvou a Laelia purpurata e centenas de outras espécies nativas brasileiras da completa extinção.

laelia purpurata algodão

Com o intuito de obter exemplares cada vez mais perfeitos, com flores simétricas e vistosas, os cultivadores passaram a realizar sucessivos cruzamentos seletivos, ao longo de décadas, na tentativa de efetuar um melhoramento genético da espécie.

Esta soberba fez com que estes exemplares melhorados, muitas vezes clonados e reproduzidos aos milhares, em laboratórios, fossem mais valorizados pelos colecionadores, atingindo grandes cifras no mercado. Desta forma, os exemplares nativos, coletados da natureza, passaram a ser considerados inferiores, em termos de forma e simetria.

Graças a esta procura por orquídeas cada vez mais perfeitas, a Laelia purpurata ainda pode ser encontrada em alguns dos seus habitats originais, ainda que em menor quantidade. Outro fator importante para a preservação da espécie foi a proibição da coleta de exemplares nativos da flora brasileira.

Ainda que esta atividade continue a acontecer, descaradamente, hoje esta prática é considerada ilegal. Em teoria, as orquídeas comercializadas, atualmente, são produzidas em laboratório, fruto de técnicas avançadas de germinação de sementes e propagação de tecidos meristemáticos.

A forma tipo da orquídea Laelia purpurata, aquela primeira descrita no século XIX, e a mais comumente encontrada na natureza, apresenta pétalas e sépalas rosadas, em um tom mais claro, com o característico labelo púrpura, que conferiu o nome à espécie.

Uma variedade bastante famosa e apreciada pelos colecionadores é a Laelia purpurata carnea. Neste caso, as pétalas e sépalas são completamente alvas, destacando um labelo em um tom rosado bem característico desta variedade, que tende ao cereja, bem claro.

Laelia Purpurata Carnea
A variedade de cores apresentadas pelas diferentes formas de Laelia purpurata é imensa. Temos exemplares com labelos em tonalidades de roxo violeta, roxo bispo, vinho, avermelhado, branco, cada qual com sua nomenclatura botânica apropriada.

A Laelia purpurata é uma orquídea de grande porte, que forma touceiras respeitáveis, quando bem cultivada. Além disso, trata-se de uma espécie que precisa de elevados níveis de luminosidade, para que possa florescer adequadamente. Estes dois fatores tornam esta planta, apesar de belíssima, uma escolha mais complicada para quem cultiva orquídeas em apartamentos.

É muito difícil que a luz fornecida por uma janela possa ser suficiente para que a Laelia purpurata floresça, em ambientes internos. Ela aprecia níveis de luminosidade semelhantes àqueles requeridos no cultivo da Cattleya labiata, por exemplo.

Já para quem dispõe de varandas ensolaradas, ou uma bela cobertura, o cultivo da Laelia purpurata é bem tranquilo. No entanto, ela precisa ser protegida do sol direto, nas horas mais quentes do dia, por uma tela de sombreamento.

O ideal é que este material seja capaz de filtrar 50% dos raios solares. O sol da manhã é o ideal para o cultivo de orquídeas, em geral. É comum observarmos, na natureza, a ocorrência de orquídeas em árvores posicionadas em locais estratégicos, que se beneficiam da irradiação solar matinal.

Casas e apartamentos com janelas ou varandas face norte são ideais para o cultivo da Laelia purpurata, uma vez que são mais ensolaradas. Já as construções voltadas ao sul são mais sombreadas, sendo apropriadas para o cultivo de orquídeas de sombra, que se contentam com menos luminosidade.

Ainda em relação à luminosidade, os híbridos descendentes da Laelia purpurata tendem a ser menos exigentes, podendo ser cultivados mais facilmente, no interior de casas e apartamentos.

Embora esteja habituada à intensa irradiação solar filtrada pelas copas das árvores, a Laelia purpurata é uma orquídea que não aprecia muito o calor. Localidades de climas muito quentes e secos costumam apresentar um desafio maior ao cultivo desta espécie de orquídea, que é típica de regiões que apresentam temperaturas amenas, de clima subtropical, mais úmidas e frias.
Laelia purpurata v. russelliana
Neste sentido, é importante manter elevados níveis de umidade relativa do ar, no ambiente de cultivo da Laelia purpurata, idealmente em valores acima de 60%. Um termo higrômetro é bastante útil, para um melhor controle da temperatura e dos níveis de umidade no local de cultivo.

Em varandas fechadas por vidro, o uso de umidificadores de ar é aconselhável. Já em localidades abertas, o ideal é recorrer às bandejas umidificadoras, aparatos contendo uma camada de areia, brita ou argila expandida, com uma lâmina de água permanente, ao fundo.

Os vasos com a Laelia purpurata assentam-se sobre este material, sem que as raízes fiquem em contato direto com a água. Desta forma, a planta beneficia-se da umidade extra proporcionada pela bandeja, sem sofrer com o encharcamento do substrato.

Por ser uma planta tipicamente epífita, o ambiente ideal para o cultivo da Laelia purpurata é sob a copa de uma árvore. Como, infelizmente, nem todos temos acesso a esta condição, fazemos uso de artifícios capazes de mimetizar este habitat.

Um método bastante utilizado, neste sentido, é colocar a orquídea em placas de madeira, cachepots vazados, pedaços de troncos ou cascas de árvore. O problema, neste caso, é que as regas devem ser constantes, já que as raízes secam rapidamente. Além disso, como a Laelia purpurata é de grande porte, e cresce rapidamente, o material precisa ser substituído ou aumentado frequentemente.

É com o intuito de facilitar o cultivo e reduzir o trabalho com manutenção que recorremos aos vasos e substratos. O vaso mais recomendado para o cultivo de orquídeas é aquele de barro, mais largo e raso, com furos nas laterais.

Esta configuração facilita a aeração das raízes, permitindo que estas estruturas sequem rapidamente, após as regas.

O vaso de plástico, por outro lado, apresenta a vantagem de ser mais leve e reter a umidade por mais tempo, diminuindo a necessidade de regas frequentes. No entanto, o cuidado deve ser redobrado, para evitar o encharcamento do substrato, por um período prolongado. Como sempre, o uso do pratinho sob o vaso é dispensável.

Conforme o recomendado para a maioria das orquídeas, as regas devem ser moderadas, sendo somente realizadas quando o substrato estiver seco. A aferição desta situação é bastante tranquila, bastando colocar o dedo sobre o material e afundar levemente. Se estiver úmido, postergamos a rega para outro dia.

O peso do vaso também é um excelente indicativo da umidade presente no substrato. Quanto mais pesado estiver, maior a quantidade de água retida dentro do vaso.

Nesta situação, o ideal é utilizarmos um substrato bastante aerado e rapidamente drenável. A composição típica para o cultivo de orquídeas epífitas é aquela mistura de casca de pinus, carvão vegetal e fibra de coco. Existem compostos prontos para este fim, à venda em casas especializadas e garden centers.

Laelia purpurata “Flâmea Sanguinea”

Alternativamente, há quem tenha sucesso no cultivo da Laelia purpurata com outros materiais, tais como brita pura, casca de macadâmia ou musgo sphagnum. Sempre vale a pena testar diferentes possibilidades, adotando aquela que melhor atende às necessidades de cada cultivador, com seus hábitos específicos de rega.

A orquídea Laelia purpurata floresce, tipicamente, durante os meses do verão. É comum termos exposições dedicadas a esta floração, nesta época do ano. Trata-se de um evento nacional. Para que tudo corra bem, é necessário adubar corretamente a planta, nos meses antecedentes a este acontecimento.

Durante o inverno, por exemplo, é importante que tanto as regas quanto a adubação sejam consideravelmente reduzidas, já que o metabolismo da planta está mais lento. O correto balanço na proporção dos nutrientes também é importante, como veremos a seguir.

A adubação da Laelia purpurata pode ser química ou orgânica. No cultivo de orquídeas, é bastante comum o uso do adubo bokashi.

As alternativas inorgânicas, industrializadas, apresentam a vantagem de fornecerem uma dose balanceada de macro e micronutrientes, em formulações específicas para cada etapa de vida da orquídea.

Existem adubos, do tipo NPK, específicos para as fases de crescimento (mais nitrogênio), manutenção (níveis equilibrados de todos os componentes) e floração (mais fósforo) de orquídeas em geral.

Alguns adubos orgânicos, quando em contato direto com as raízes das orquídeas, podem causar queimaduras. O mesmo ocorre quando o excesso de adubação química deixa resíduos de sais minerais, frequentemente acumulados no substrato.

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Embora não seja a primeira opção que me venha à mente, ao recomendar orquídeas para quem cultiva plantas dentro de casas e apartamentos, a Laelia purpurata possui atrativos inquestionáveis, que fazem com valha a pena um esforço extra para sua manutenção nestas condições não ideais.

Em interiores, é bastante frequente que uma iluminação artificial suplementar seja utilizada, principalmente em países do hemisfério norte. Além disso, varandas e coberturas ensolaradas são perfeitas para este tipo de orquídea. O importante é que as temperaturas sejam amenas e o clima não seja muito seco.

Uma das muitas icônicas orquídeas brasileiras, a Laelia purpurata é capaz de, sozinha, preencher um orquidário com as mais diversificadas cores. Além da beleza, esta espécie carrega consigo uma série de simbolismos, sendo uma das representantes mais ilustres da flora nacional.

Cada variedade traz consigo décadas de história, sendo que algumas nunca mais foram encontradas na natureza. Cultivar a Laelia purpurata é, mais do que um hobby, a sagração da arte e cultura, materializadas em forma de um ser vivo.

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