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Muitos amantes da natureza, imbuídos dos mais nobres sentimentos ecológicos, querem simplesmente plantar o maior número de árvores, flores e arbustos possíveis na área em que vive. Embora bem intencionados, alguns se esquecem de estudar com um pouco mais de profundidade as consequências futuras destes atos. Desde crescimentos radiculares inconvenientes, copas que atrapalham a fiação aérea, frutos que podem ferir transeuntes e causar danos à propriedade, folhas que não se degradam com facilidade até a toxicidade de algumas plantas, cada ato precisa ser previamente planejado para que não haja aborrecimentos com o passar do tempo.

Bauhinia blakeanaFlor da Bauhinia blakeana

Estas recomendações são importantes principalmente quando o assunto é o plantio de árvores em calçadas. Há uma legislação a ser observada e cuidados a serem tomados. E quando se trata de algumas espécies com diversas variedades, é preciso atentar para uma coisa que parece chata mas é essencial ao se escolher uma planta: sua classificação botânica binominal. Um bom exemplo é uma das vedetes do paisagismo urbano: a pata-de-vaca.

Bauhinia forficataBauhinia forficata

A Bauhinia blakeana, de origem asiática (mais especificamente da cidade de Hong Kong), de madeira maleável, que na natureza pode atingir até 12 metros. Nas cidades são podadas para que não ultrapassem os 6 m de altura, pois sua ramificação é intensa. As flores desabrocham no fim do Inverno e perduram por todo o Verão; são púrpuras, tem cinco pétalas, sendo que uma delas se modifica e se assemelha ao labelo de uma orquídea. Uma das principais vantagens do uso da pata-de-vaca Bauhinia blakeana no paisagismo urbano é o crescimento de suas raízes baseado no geotropismo positivo, ou seja, elas crescem para baixo na direção da força da gravidade.

bauhinia-variegata Bauhinia variegata

Contudo, existem outras variedades de pata-de-vaca endêmica da Mata Atlântica, com flores muito parecidas à da variedade asiática e que são pouco utilizadas como solução paisagística: a Bauhinia variegata L. e a Bauhinia forficata. Estas variedades são oriundas do que restou de Mata Atlântica no Sul e no Sudeste e são mais utilizadas na fitoterapia. Os princípios ativos de caules e talos estão sendo estudados por conta de sua aparente eficácia no combate à diabetes. Mas, por favor, não saia fazendo chá de casaca de pata-de-vaca indiscriminadamente! Todo e qualquer medicamento deve ser prescrito apenas por médicos.

Em comum, as variedades de pata-de-vaca são bastante rústicas, tropicais e muito resistentes a algumas mudanças climáticas não muito bruscas. O solo precisa do mínimo de nutrientes necessários à sobrevivência de uma planta e ser bem drenável. Para crescer e florescer com vigor deve ser plantada a pleno sol. A multiplicação é feita por sementes, principalmente a variedade B. blakeana, cujas flores são estéreis.

O nome popular origina-se do formato de suas folhas. Com tonalidade verde-escura e textura levemente coriácea, a folha divide-se em dois lóbulos, e sua separação faz com que ela pareça-se com o pisar de um ruminante. No caso, a vaca.

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chorão salix-babylonica

Nome que desperta curiosidade, mas que é tão comum nas ruas e praças de nossas cidades, com certeza você já deve ter apreciado esta bela espécie. Com nome popular de chorão, salgueiro-chorão ou salso-chorão, esta espécie da família dos salgueiros ou Salicaceae, tem sua origem na Ásia, mas foi disperso para todo o mundo.
Nome Científico: Salix x pendulina
Divisão: Angiospermae
Ciclo de Vida: Perene

Os salgueiros-chorões atuais mais difundidos como árvores ornamentais são resultantes da hibridização entre a cultivar Salix babylonica ‘Pendula’ com S. alba, originando S. x sepulcralis, e com S. fragilis , originando S. x pendulina. Sendo que S. x sepulcralis é um híbrido mais indicado para terrenos secos, enquanto que S. x pendulina é mais apropriado para terrenos úmidos.

Possui caule elegante, podendo ser tortuoso de casca parda-escura, que com o passar dos anos pode rachar, por ser frágil, com altura entre 10 e 25 metros é considerada de porte médio, mas de grande beleza ornamental, inclusive é uma das mudas mais vendidas na Multiflora Fernandopolis, todos se encantam com sua copa arredondada que é formada por um conjunto de ramos longos que de tão flexíveis até podem tocar o chão. Suas folhas de cor verde a verde amarelada dão ar de sofisticação, suas flores surgem na primavera, pequenas, esverdeadas, reunidas em inflorescênsias do tipo amentilho. Planta dióica (com sexos separados).

O fruto é do tipo cápsula. Sua aparência remete à contemplação, já que geralmente é plantada isolada, muito procurada para plantio junto a rios e lagos, possui crescimento rápido e atenção suas raízes invasivas podem danificar piscinas, tubulações de água e esgoto.

O chorão tolera curtos períodos de estiagem e em solos muito úmidos ajuda a absorver o excesso de água, prefere solo fértil enriquecido com matéria orgânica, deve ser cultivada sob sol pleno, não tolera ventos fortes e sofre com geadas. No primeiro ano após o plantio mantenha a regularidade da irrigação, multiplica-se por alporquia e por estaquia.

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flor de cambuci

O Cambuci (Campomanesia phaea) é uma árvore com porte que varia entre 5 a 8 m e é nativo da Mata Atlântica, na Serra do Mar de São Paulo e Rio de Janeiro, ocasionalmente em Minas Gerais. Seus frutos verdes redondo-achatados misturam-se à folhagem da planta e são ricos em polpa de sabor bastante ácido e adstringente, mesmo assim são apreciados por muitos. Isso porque sua polpa é utilizada em muitos pratos como tortas, empadas, geléias, mouses, molhos, sorvetes e recheios de bombons; e também em deliciosas bebidas como sucos e a famosa cachaça com Cambuci que pode ser feita facilmente cortando-se um fruto maduro em quatro pedaços introduzindo em um litro de aguardente de boa  qualidade  juntamente com  uns  três  grãozinhos de açúcar mascavo deixando curtir por trinta dias, depois disso é só servir aos amigos.

As flores do Cambuci são grandes e vistosas na coloração branca aparecendo de agosto a novembro e como a maioria das mirtáceas são bastante melíferas.

Um fato curioso sobre o Cambuci é  que  já está difícil de encontrá-lo em estado nativo, mas essa  espécie  não corre o risco de extinção pelo fato de ser bastante cultivada em pomares  domésticos e  também em pequenos plantios comerciais e isso se deve às inúmeras formas de utilização de sua polpa. Basta procurarmos na Internet e encontramos uma infinidade de receitas preparadas com a fruta.

Luz: Pleno sol e meia-sombra
Clima: Tropical e subtropical.
Solos: Vários tipos de solos. Em solos mais pobres a planta apresenta porte mais reduzido.
Origem: Brasil (Serra do Mar de São Paulo e Rio de Janeiro, ocasionalmente em Minas Gerais).

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Flamboyant

Com toda certeza uma das plantas mais belas do mundo. Sua beleza já foi descrita em vários poemas, até mesmo o rei Roberto Carlos já se rendeu a seus encantos:

A Delonix regia também conhecida por flor-do-paraísopau-rosaflamboyantacácia-rubra, é uma árvore da família das leguminosas (Fabaceae). É nativa da ilha de Madagascar, no continente africano.
Adaptou-se muito bem em toda a América tropical, sendo muito popularizada nas ilhas do Caribe. No Brasil é usada na arborização de ruas e praças e é cultivada pelo seu valor ornamental.

Alguns deles destacam-se tanto pela beleza quanto por terem características invasivas em alguns ecossistemas. O flamboyant (Delonix regia), que na natureza é uma espécie considerada vulnerável (com chances de extinção), consegue ser considerada árvore invasiva em alguns países, como a Austrália. Aqui no Brasil, graças às suas características, adaptou-se com galhardia. Como árvore nativa de uma floresta tropical decídua, onde o clima é quente e seco, ela tolerou muito bem o clima tropical e subtropical de nossas paragens. Não suporta o frio.

O flamboyant, apesar de belo e ornamental, tem muitas limitações paisagísticas por conta de seu porte e vigor. A copa forma uma área sombreada enorme, que recobre a totalidade de seu próprio caule. Como ela pode atingir até doze metros de altura, ela foi literalmente proibida de ser plantada em locais com fiação aérea (ou seja, em quase todo o perímetro urbano). Além do ar, existem as raízes; extremamente invasivas, elas podem danificar as tubulações de água e esgoto, além de danificar calçadas e edificações. Restaram ao flamboyant os parques e praças com grandes espaços abertos além das chácaras, sítios e fazendas, que dão à árvore africana o destaque que ela impõe naturalmente.

O tronco do flamboyant é forte e se ramifica para poder suportar o vigor de sua copa, já descrita acima. As folhas são bipinadas, com média de 60 centímetros, que se distribuem em vários pecíolos – média de 18 por folha – que sustentam cerca de 20 pares de folíolos alongados e que “grudam-se” no pecíolo (este tipo de folha é chamado de séssil). É este arranjo que  torna a sombra do flamboyant densa. Em locais onde os períodos de baixa umidade do ar são proeminentes, ela costuma ser decídua, caso contrário as folhas não caem e contrastam com as vistosas inflorescências que dão o nome mais conhecido à árvore.

Em algumas regiões ela é conhecida como flor-do-paraíso, acácia-rubra ou pau-rosa. O galicismo flamboyant é um dos mais usados e também sintetiza a aparência da árvore nos meses de floração, que coincidem com o alto Verão, Outubro a Dezembro: a palavra significa “flamejante” em francês e suas flores “vermelho-fogo” destacam-se ao longe. Suas cinco pétalas ovaladas e cinco sépalas na base abrem-se em uma ramificação própria, geralmente de duas em duas. As inflorescências tem boa durabilidade e recobrem toda a copa. Em Madagascar, há uma variedade de flamboyant, a flavida, que tem flores amarelas. Infelizmente ela corre sério risco de extinção na natureza.

Outro destaque do flamboyant são suas vagens. De grande porte – na verdade, se compararmos com outras leguminosas, são gigantes, podem chegar a 1,80 m. Se não forem retiradas, permanecem grudadas às árvores por pelo menos seis meses. As sementes são marrons, grandes e oblongas. A casca da vagem é tão resistente que ela é usada como instrumento de percussão, uma espécie de reco-reco rudimentar. E não é só o acaso que torna o flamboyant uma árvore “musical”: as sementes são usadas como recheio das maracas caribenhas.

Modo de cultivo
Desenvolve-se bem em locais ensolarados e aprecia solos bem drenados de fertilidade média.

As mudas em viveiro são comercializadas em tamanho padrão de 2,80m dentro de vasos.  Para plantar as mudas, abrir a cova o dobro do tamanho do torrão, acrescentar adubo animal curtido, cerca de 1 litro/cova, misturado com o composto orgânico. Adicionar adubo granulado tipo NPK formulação 10-10-10, cerca de 200 gramas/cova, misturando.

Colocar o tutor antes de colocar o torrão, amarrando a muda com cordão de algodão.  Colocar o restante do composto e apertar a muda para fixar. Regar bem.
Fazer um camaleão ao redor da muda, para regar sem que a água escorra para outro lugar. Regar novamente. Por mais de 10 dias regar a muda diariamente.Seu efeito cênico melhor é em parques ou jardins grandes. Desenvolve-se bem em regiões litorâneas, mas com vento moderado.
Pode ser cultivado desde o litoral norte do Rio Grande do Sul até São Paulo. Para jardins condominiais e particulares que têm piscina deverá ser evitado seu cultivo devido à queda das folhas no outono.

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