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Disseminado entre produtores e colecionadores de plantas como um produto milagroso, o bokashi vem conquistando cada vez mais adeptos no Brasil. “0 nome em japonês significa farelos fermentados, indicando a composição do famoso adubo”, explica o engenheiro agrônomo Roberto jun Takane, professor de floricultura da Faculdade Cantareira, de São Paulo, SP.
Trata-se de um composto orgânico feito com diversos tipos de farelos de cereais como arroz, trigo e soja, fermentados por microorganismos benéficos que fornecem diversos tipos de micro e macronutrientes à planta. A partir dessa composição básica, cada produtor pode acrescentar diversos ingredientes, a fim de encontrar o produto ideal para cada tipo de cultura. Isso mesmo: há bokashi para orquídea, bonsai, bromélia, hortaliças e plantas ornamentais, sendo que cada composição procura fornecer à planta o que ela mais precisa.
Takane faz experiências com diferentes misturas a 12 anos e explica que há dois processos diferentes de fabricação. No método aeróbio, os farelos misturados passam pelo processo de fermentação ao ar livre. Nesse caso, além da produção de mau cheiro, a dispersão de nitrogênio é muito grande. Ele defende o uso do processo anaeróbio, no qual a mistura fica acondicionada em sacos plásticos resistentes que retêm o nitrogênio.

Além de funcionar como adubo, o produto também tem ação fungicida. “Os microorganismos benéficos incorporados impedem a proliferação dos fungos que causam doenças nas plantas”, defende. Outra grande vantagem é o baixo custo do bokashi em relação aos produtos químicos à base de nitrato, os famosos NPK. Takane revela que 1.000 litros do bokashi custam por volta de R$ 130.
0 surgimento de bolor indica ação correta dos fungos do bokashi, responsáveis pelo fornecimento de fósforo e nitrogênio às plantas.

Composição do bokashi tradicional
50% de farelo de arroz
20% de farelo de soja
15% de casca de arroz carbonizada
10% de farelo de trigo
Para cada tonelada do produto deve-se adicionar:
1,5 l de água
1,5 kg de açúcar cristal ou mascavo
1,5 l de microorganismos favoráveis (EM)
10 g de sulfato de potássio diluído em água

Como fazer – Apesar de parecer simples, a produção do bokashi é lenta e cheia de detalhes. Primeiramente, devem-se misturar os farelos de arroz, trigo e soja com a casca de arroz carbonizada (1) (2) (3), até que fiquem bem homogêneos. “0 carvão é muito importante para o controle da acidez”, explica Takane.
Em seguida, adiciona-se a água, com pH 5,5. 0 profissional não recomenda o uso de água de torneira, mas, caso essa seja a única opção, aconselha que permaneça em um recipiente até o cloro evaporar. Em seguida, acrescentam-se os temperos: açúcar cristal ou mascavo, sulfato de potássio e o EM (microorganismos eficazes) diluído em água (4). Para finalizar, o engenheiro agrônomo coloca uma pequena quantidade de lactobacilos. 0 composto é misturado e, antes de embalar, é preciso conferir sua consistência, que não pode ser muito pastosa. “0 ponto ideal é quando conseguimos modelá-la com as mãos sem que libere água”, esclarece.
Aliado ao baixo custo do produto, a dificuldade do processo faz com que as pessoas prefiram comprar o produto industrializado, vendido em casas de artigos para jardinagem, orquidários e lojas de produtos naturais.
0 acondicionamento é um passo muito importante. Takane recomenda o uso de sacos resistentes (5), como os de ração para animais, que não podem ter furos. Após ensacar a mistura, aperte bem a embalagem para retirar o máximo possível de ar e deixar o produto bem compactado.
Feche a boca do saco com fita adesiva, vedando, também, os possíveis furos (6). A partir da embalagem, mantenha o produto fechado por vinte dias em local seco e longe de animais. “Por ser fonte protéica, cães, gatos e outros bichos podem ingerir a mistura”.
Quando for abrir o saco, certifique-se de que ele libera um leve odor de álcool, sinal que a fermentação teve êxito, e de que contenha bolor por cima, indicando ação correta dos fungos. “São eles que vão liberar o fósforo e nitrogênio para as plantas.” Ao aplicar nos vasos, verifique se o mesmo bolor é formado.
Bokashi pronto para ser usadom

Como usar? O bokashi é um adubo de liberação lenta, que deve ser aplicado a cada quatro ou cinco meses. “Durante esse período, o produto libera o nutrientes aos poucos”, garante Takane. Um cuidado importante na manutenção é evitar o uso de fungicidas bactericidas. “O segredo da composição é a presença do microorganismos. Ao aplicar produtos de combate, eles serão dizimados e o adubo perde seu efeito”, alerta.
No momento de aplicar, não exagere na dose. “Meia colher de sopa, colocada na borda do vaso, longe da planta, é mais do que suficiente para o bom desenvolvimento.” Usar quantidade maior do que a indicada pode deixar as folhas amarelas e, em casos mais graves, culminar na perda do exemplar. Takane ensina que não se deve usar o produto no período de floração.
A única desvantagem do bokashi é o eventual aparecimento de lesmas. Fique atento aos sintomas, como brotos e folhas comidas.

Microorganismos eficazes – EM é a sigla para microorganismos eficazes. A emulsão produzida pelos adeptos da Igreja Messiânica, reúne 116 tipos de microorganismos benéficos que ajudam no desenvolvimento saudável das plantas.

1. NPK: Não há segredos para identificar a dosagem do fertilizante NPK se você souber o que significam os números da fórmula. Cada número corresponde a dosagem garantida desses elementos no produto. Exemplo: NPK 18-8-6 significa que neste fertilizante tem 18% de nitrogênio (N), 8% de fósforo (P), e 6% de potássio (K).
2. Orgânico x Químicos: Prefira adubos orgânicos agem mais rapidamente e têm concentração mais forte, use-os para cultivos em solos comprovadamente pobres ou quando a planta estiver com deficiência nutricional.
3. O que significa e onde age cada elemento: O nitrogênio (N) estimula a brotação e o enfolhamento. O fósforo (P) é responsável pela produção de energia incentivando a floração e a frutificação. O potássio (K) fortalece os tecidos vegetais tornando as plantas mais resistentes as pragas e ao frio, além de atuar no crescimento das raízes.
4. Estimule a floração: A primavera é tempo de adubar as Plantas Ornamentais. Escolha entre esterco de gado bem curtido, farinha de osso e torta de mamona. Estes devem ser incorporados ao solo para não exalarem cheiro desagradável. O NPK 4-14-8 é outra boa opção.
5. Dicas para samambaia: Adube suas samambaias a cada dois meses com uma colher de chá de NPK 10-10-10 e uma de torta de mamona. Coloque os adubos sobre a terra e regue.
6. Água sobre adubo: Sempre regue depois de adubar. A água ajuda a diluir o produto e melhorar sua incorporação ao solo.
7. Raízes vigorosas: Árvores de raízes vigorosas, como a maioria das figueiras, não devem ser plantadas próximas a construções ou tubulação. O planejamento evita problemas futuros.
8. Olhe a piscina: Na hora de escolher uma árvore para plantar na área da piscina evite espécies caducas e principalmente as de folhas miúdas. Assim a água vai ficar limpa por mais tempo.
9. Descubra a sombra antes: Para ter uma idéia antecipada da direção da sombra que uma árvore proporcionará quando adulta, fixe no solo uma vara do tamanho semelhante ao porte que a árvore atingirá e observe a sombra produzida.
10. Poda correta das árvores: A poda correta das árvores evita o surgimento de fungos. O ideal é fazer um corte na parte inferior do galho até a metade de seu diâmetro, isso evita que o galho lasque. O segundo corte deve ser feito de cima para baixo uns 3 dedos adiante do primeiro até que o galho caia. Depois remova o tronco, serrando-o bem rente a árvore. Como no primeiro passo, serre de baixo para cima para evitar lascaduras. Em seguida corrija irregularidades do corte com uma faca bem afiada. Por fim, com uma espátula, cubra toda área cortada com uma pasta cicatrizante encontrada em lojas de jardinagem.
11. Pedras no chão: Se você tem árvore plantada em um gramado que está todo falhado devido a sombra, não insista. Retire a grama de baixo e cubra a região com pedras ornamentais ou folhagens que se desenvolvam bem na sombra.
12. Não se esqueça do tutor: Assim que plantar a muda e antes de fechar a cova, providencie um tutor de madeira. Ele vai ajudar a árvore a crescer reta e irá evitar que ela se quebre com ventos fortes.
13. Tinta jamais: Muita gente pinta o tronco de uma árvore para que ela fique mais bonita e para evitar a presença das formigas cortadeiras. Más, além de impedir que a árvore respire, essa prática não afasta as formigas. Fique longe da cal. Tinta óleo, então nem pensar!
14. Espinhos sem dor: Se os espinhos de um cacto ficarem espetados em sua pele, retire-os com ajuda de uma fita adesiva. Basta encostá-las várias vezes no local afetado, até que os espinhos saiam.
15. A importância dos pedriscos: Sempre utilize pedriscos com cactos. No fundo do vaso, eles evitam que as raízes saiam pelo orifício de drenagem. Por cima da terra, impede que as regas apodreçam a base do caule dos cactos. Além disso, eles deixam o vaso mais bonito.
16. Escolher hortênsias rosas ou azuis: A coloração depende dos níveis de acidez e alcalinidade do solo. Em um solo ácido, a hortênsia produz flores azuladas. Em um solo alcalino, produz flores róseas. Para intensificar o azul ou transformar hortênsias rosa em azuis, prepare uma solução com 20g de sulfato de alumínio ou de pedra-ume diluídos em 10 litros de água e regue a planta com mistura duas vezes ao ano. Mas se você quer hortênsias azuis produzam flores rosa, será preciso podá-las, eliminando boa parte das folhas, e transplantá-la para um canteiro preparado com 200 a 400g de calcário dolomítico por m².
17. Pode certo:Faça a poda de galhos com cortes em bisel (na diagonal). Caso contrário, você dificulta a cicatrização da planta e facilita o surgimento de infecções.
18. Amarração em “8”: Trepadeira e outras plantas de caule frágil precisam de tutores para que a ação de chuvas e de ventos fortes não as prejudique. O melhor amarrilho para prendê-las é o em forma de “8”.
19. Regador ideal: Prefira regadores de clivo fino para aguar as plantas, pois ele diminui o volume de água que recai sobre elas. Ainda assim, procure verter os jatos iniciais, sempre mais fortes, fora o local de rega. Com isso, você evita quebras de ramos e buracos no solo.
20. Tropicais no frio: Se você vive em regiões de clima ameno a frio e cultiva plantas tropicais, cubra-as com uma manta de TNT, um tecido bem leve, para evitar o congelamento.
21. Poda constante: A unha-de-gato plantada rente ao muro ou a uma parede precisa de poda constante. Caso contrário, seus ramos crescem muito e engrossam podendo prejudicar a construção.
22. Muro verdinho: Plante as mudas de unha-de-gato a cada 25 cm da extensão de um muro se quiser que ele fique coberto por ela em cerca de dois anos.
23. Botões caídos: Se sua camélia derruba os botões florais ainda fechados é sinal que o solo está acido demais. Aplique 200g de calcário dolomitico ou calcifico na projeção da capa uma vez por ano.
24. Conduzindo trepadeiras: Assim que a trepadeira atingir a altura desejada, corte um palmo da ponta mais alta para estimular brotações laterais. A partir daí, basta amarrar a trepadeira onde você quer que ela suba.
25. Geada no jardim: Não é propriamente a geada que queima as plantas, mas o sol da manhã, que derrete o gelo queima as folhas. Além de cobrir as plantas a noite, em especial as tropicais, regue o jardim pela manhã para fazer o degelo antes que o sol chegar forte.
26. Bromélias espalhadas: A maneira mais fácil de propagar bromélias é pelos brotos laterais formados após floração.
27. Para que serve cada tipo de poda: Poda de florescimento e frutificação: prepara a planta para que no próximo ano ela produza mais. Trata-se de eliminar os ramos que produziram no ano anterior. É comum em azaléias, roseiras e hortênsias. Pode de formação e manutenção: dá forma a planta quando jovem. Exige manutenção toda semana durante a primavera e o verão, e a cada 15 dias nas estações frias. É comum em frutíferas, como laranjeiras e o pessegueiro, e em plantas ornamentais, como o buxinho e o hibisco. Pode ser de limpeza ou fitos sanitária: pode ser feita em todas as plantas e serve para eliminar galhos secos, doentes e mal formados.
28. Para se fazer uma cerca viva de arbustos: O espaçamento ideal gira em torno de 40 a 80 cm entre as mudas. Isso proporciona um bom fechamento, ao mesmo tempo em que facilita a manutenção de cada planta.
29. Em vaso: Você pode cultivar frutíferas como acerola, laranja, pitanga e jabuticaba em vaso. Más será preciso podá-las depois de cada frutificação para que as plantas não ultrapassem as larguras dos vasos. Na mesma época, convém retirar o torrão do vaso e cortar as raízes que estiverem enrolando.
30. Plantas sem luz:
Sintomas - os caules crescem demais, as folhas velhas se alongam e as folhas novas não nascem.
Causas prováveis –
pouca luz e excesso de nitrogênio provocado por super adubação. Solução – coloque a planta num lugar mais iluminado e suspenda as adubações.

31. Planta com sede:
Sintomas – as pontas das folhas endurecem e murcham e as inferiores amarelam e caem.
Causa provável – pouca água.
Solução – regue até que a água escorra pelo fundo do vaso pelo furo de drenagem. Não regue até o solo secar.

32. Plantas sem flores:
Sintomas – a planta apresenta folhagem vistosa, mas floresce pouco ou nem chega a florescer.
Causas prováveis – Excesso de adubo, em especial do elemento nitrogênio, ou então o vaso pode estar pequeno para a planta.
Solução – evite adubos ricos em nitrogênio durante o crescimento da planta. Opte pela farinha de osso. Procure também passar a planta para uma vaso maior.

33. Luz por igual: Gire o vaso de suas plantas pelo menos uma vez por semana para que elas recebam luz por igual. Um truque ajuda muito a evitar o trabalho. Coloque um espelho atrás do vaso para que ele reflita a luz onde há sombra.
34. Vaso novo:De tempos em tempos, as orquídeas precisam de vasos novos. Primeiro porque os nutrientes esgotam e segundo, porque os vasos podem ficar pequenos diante do desenvolvimento da planta.
35. Cuide da rega:Em dias normais de sol faça regras diárias, de manhã cedo ou no final da tarde e em áreas sobre marquises e em vasos internos, executando 2 a 3 regas semanais.
36. Efetue cortes de grama com frequência quinzenal: Cortando apenas 1/3 da altura total das folhas de cada vez, pois cortes muito baixo prejudicam a rebrotação da grama.
37. Faça adubação trimestral do jardim externo com banho de terra: Ou adubação química. Em vasos e plantas de interior use adubo liquido diluído, aplicando-o a cada 20/30 dias.
38. Afofe os canteiros de folhagem mensalmente: Retirando os inços antes que floresçam e dêem sementes.
39. Evite podas em época de crescimento e florescimento: Procurando executá-las, quando necessário, no outono-inverno. 40. No plantio de arbustos e árvores coloque tutores para minimizar as ações do vento: Fazendo que a árvore desenvolva em tronco reto e não solte o torrão após o plantio.
41. Vasos de cimento exigem manutenção periodicamente: Devem ser lixados e pintados, com o passar dos anos, dependendo as plantas que encontram-se nele, faz-se necessária a substituição por um modelo de tamanho maior para reservar mais espaço a raiz que pode provocar rachaduras quando muito apertada.
42. Ao plantar uma muda: Cuidado para não “esfacelar” o torrão (“massa” de composto “fixa” ao redor das raízes) dela. Isto pode causar um déficit de adaptação da planta, ou mesmo, com seu estado geral.
43. Muito cuidado com a drenagem de vasos e floreiras: Sobretudo floreiras fixas. Quando o processo não é bem feito, pode ocasionar acumulo de água, que pode vir a causar a morte da planta.
44. Dentro do possível: Use “coberturas” em vasos e floreiras. Evitem respingos na rega, retém a umidade e garantem um interessante padrão estético.
45. Ao instalar vasos em coberturas: Observe o diâmetro do vaso em comparação à altura da planta. Uma desproporção muito grande (planta alta e vaso pequeno) acaba normalmente por ocasionar o tombamento em relação de ventos fortes, além do que, o maior volume de terra, torna as regas menos frequentes.
46. Recomenda-se o uso de pratos quando da instalação de vasos: Dependendo do ambiente, não marcam o revestimento pelo efeito da umidade e fornecem com acabamento ao conjunto.
47. Normalmente ao se realizar plantios em vasos: Floreiras ou mesmo canteiros, é natural que exista uma pequena variação para baixo no nível de terra, que ocorre em função da compactação do material.
48. Logo em seguida a qualquer conclusão de plantio: Regue intensamente a vegetação. Isto diminui o “trauma” de adaptação da planta.
49. Faça manutenção: Tão importante quanto a escolha das espécies adequadas para cada ambiente, cuidadoso transporte, criterioso manuseio e plantio, é indispensável prever um plano de manutenção desde a implantação de uma área verde ou conjunto de vasos e floreiras. Via de regra, recomenda-se que este trabalho seja realizado quinzenalmente, em alguns casos mensalmente. Consiste em podas, adubações específicas, tratamento de pragas, afofamento de solo, reposição de compostos orgânicos, corte de grama, retirada de inços e ervas daninhas (que possuem várias maneiras de propagação, se não devidamente controladas podem atingir níveis críticos), troca de mudas de época, reposicionamento de mudas, etc.

O tratamento profissional, com conhecimentos, produtos e ferramentas adequadas é fundamental para que o projeto inicial mantenha sua beleza e características peculiares.
Em resumo, uma correta manutenção faz a diferença no sentido de se ter uma área verde que progressivamente ganha mais imponência e destaque. A falta de cuidados com esta (composta de seres vivos), pode provocar perda de espécies e declínio contínuo de seu aspecto.

Nossos antepassados cultivavam a lavoura e faziam jardinagem utilizando os elementos de colheita que não serviam, como palha e folhas, enterrando para servir de adubo.
Com o uso de fertilizantes químicos muito deste uso parecia obsoleto, mas tem sido resgatado com este novo conceito de agricultura orgânica que se espalhou pelo mundo.
O que nossos avós faziam e que agora tentamos repetir é a confecção de composto orgânico para uso no solo para reposição de nutrientes e um melhor desenvolvimento das plantas.

O que é composto orgânico? Do que é feito? O que denominamos composto é uma mistura de resíduos oriundos de diversas fontes, aparentemente sem uso ou valor que pode ser reunido para a formação de um adubo.
A compostagem pode ser feita de resíduos vegetais de lavoura, aparas de grama e restos de vegetais oriundos da cozinha, esterco de animais vegetarianos, bem como de muitos outros materiais.

O que acontece no processo de compostagem?

Os materiais que tem os mais diversos tamanhos, formas e composição são misturados e colocados para decompor e passam por processos bioquímicos.

Estes processos são realizados por microorganismos que utilizam este material como fonte de energia, absorvendo os ingredientes minerais e carbono.

Ocorre a degradação deste material em presença de oxigênio e o produto é gás carbônico, água, calor e matéria orgânica utilizável pelas plantas. Nesta atividade microbiana o material aumenta a temperatura, ficando entre 50 e 70ºC.

O processo, conforme o manejo destes resíduos, leva em torno de 90 dias até 1 ano. Quanto mais revolvido for o material mais ar entrará na pilha e se a umidade estiver correta mais rápido será o processo. Também em climas quentes e no verão o tempo diminui pela maior atividade microbiana. A nível de propriedade rural é feita em grandes leiras, em geral revolvidas com trator.

Mas para quem deseja fazer em seu quintal, uma caixa de 1,0 x 1,0 x 1,0 metros sem fundo, direto no solo é mais do que suficiente.

Quem não tem muito espaço pode adquirir uma lata de lixo plástica grande e retirar boa porção do fundo para escoamento da água. Para cobrir, use uma lona ou chapa de papelão.

Passo à passo do preparo da compostagem:

Colocar os resíduos, alternando os vegetais com excrementos de animais herbívoros como gado, cabra e aves.

Usa-se restos de cascas de cozinha bem picados, aparas de grama, pó de café e folhas de chá, erva mate, o papel de filtro do café, guardanapos de papel usados, cascas de ovos bem trituradas, papel branco bem picado, papelão de caixa de ovos bem desmanchada, correspondência descartável de papel branco.

Cinzas de lareira ou fogão, também podem ser colocadas mas em pequena quantidade.

Quem tem tanque ou açude com plantas aquáticas, poderá aproveitar o excesso, pois estas dão excelente contribuição de nutrientes.

Cascas, folhas verdes de hortaliças, frutas, aparas de poda e estercos são considerados materiais verdes e são ricos em nitrogênio e carbono.

Já os materiais do tipo papelão de embalagem de ovos ou de tubos de papel toalha ou higiênico rasgados, papéis brancos, ramos de poda e pó de serra são chamados de materiais marrons, têm mais lenta decomposição, mas contêm muito carbono.

A proporção recomendada pela Embrapa é de uma relação de 75% de restos vegetais dos dois tipos para 25% de esterco animal.

Com tábuas e sarrafos pode construir uma no seu quintal. Um dos lados fica aberto e pode ir adicionando tábuas à medida que a pilha crescer. Facilita o revolvimento e a retirada depois do composto. Não pode ter fundo, a pilha fica em contato com o solo. Se quiser ajudar na percolação das chuvas e da água do composto, faça uma cama de areia de construção embaixo, antes de começar a colocar os materiais para compostagem.

Quando colocamos materiais de pedaços muito grandes, a aeração da pilha será maior, com mais oxigênio, mas também levará mais tempo.

Pedaços menores decompõem mais rápido. A mistura de tamanhos será então mais benéfica.

A cada camada colocada, adicionar areia ou terra em camada fina, para evitar a proliferação de moscas.

Umedecer a mistura sem encharcar, para que os microorganismos comecem a trabalhar. Cobrir sempre é bom, evita molhar demais com chuva e também a não dissipar odores. O teor de umidade deverá ficar entre 40 e 60%, isto é, levemente molhado.

Não use:

Comida cozida que contém sal, carnes cruas ou cozidas de gado, peixe ou aves, sebo, papel toalha usados para fritura, sementes de tomate, cascas de batatas, sementes de moranga e abóbora, sementes de inços, excrementos de cães e gatos, a areia do banheiro do gato, revistas, folders coloridos de propaganda. Também cinzas oriundas de churrasqueira por causa do sal e porque o carvão contém substâncias que podem prejudicar as plantas.

Jornais e papel branco podem ser usados, bem como folders brancos e cartas descartáveis de propaganda, não esquecer de rasgar fino. No entanto, se a quantidade de material for muito grande, considerar o destino dele para a reciclagem.

Na primeira semana recomenda-se revolver bem a mistura todos os dias e depois pelo menos uma vez por semana. Se o material ficar seco, irá esfarelar na mão, será necessário umedecer a pilha. Se por acaso começar a escorrer água, será necessário revolver bem, deixando arejar e ficar sem molhar por um tempo. Também a adição de materiais secos, como papel picado ajuda.

Quando sabemos quando o processo está decomposto ou curtido?

O produto final é o composto orgânico, de consistência fina, úmida e suave ao toque, com cheiro de terra e cor escura. Conforme o material compostado terá nutrientes minerais de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, ferro, zinco, cobre, manganês e boro.  O índice de acidez do composto fica em geral com pH acima de 6,0.

Para plantas que apreciam solos ácidos, como gardênias e azaléias se recomenda também a adição de turfa que tem pH muito baixo para um melhor equilíbrio.

O que acontece no solo com a adição de compostos?

1. As plantas se desenvolvem melhor, com maior quantidade de raízes e portanto com maior capacidade de absorver nutrientes e água do solo.
2. As águas de chuvas e regas penetram melhor no solo por causa da adição de composto orgânico, não ocorrendo os perigos da erosão superficial com a perda de nutrientes.
3. A temperatura do solo no verão mantém-se mais estável por causa da presença de matéria orgânica e também mantém estáveis os níveis de pH. Isto quer dizer que o calor do sol não afetará as raízes igual ao que acontece em solos arenosos com pouco composto.
4. Sementes de inços e invasoras não germinam no composto por causa da elevação da temperatura, então seu aparecimento será esporádico, trazido por pássaros ou mudas de plantas adquiridas.
5. A presença deste material orgânico aumenta a atividade benéfica de microorganismos que favorecem as plantas.
6. Quando o composto é feito da maneira como recomendamos, isto é, com o processo esquentando o material, os fungos que ocasionam as doenças das plantas em geral não sobrevivem.
No entanto, se o jardineiro reparar que a planta está obviamente doente, não colocar na compostagem, será melhor queimá-la para evitar a contaminação do produto.

Dicas para o preparo de compostagem:
1. Estou fazendo composto e apareceram formigas, o que faço?
Formigas são atraídas pelos restos de vegetais de frutas e algumas folhas, usam no seu processo de fabricação do fungo de que se alimentam. Irão cortar mais fino o material da pilha, o que será benéfico pra a aceleração do processo. Também é um sinal de que a pilha está com pouco teor de umidade, regue mais seguido. E ignore as formigas, estão ajudando no trabalho.
2. O composto poderá atrair ratos? Na primeira fase do processo de decomposição o material esquenta e dificilmente atrairá ratos. Talvez numa etapa posterior, quando já não há tanto calor e o composto entra na fase de maturação. Os ratos poderão fazer ninho dentro da pilha, principalmente se estiver meio seco. Regue mais frequente.
3. Posso colocar plantas tóxicas ou venenosas, o composto não irá prejudicar minhas plantas depois? As toxinas das plantas também sofrem decomposição e dificilmente estarão presentes no produto final. Mas se tiver grande quantidade deste tipo de material, melhor descartar.
4. Apareceram moscas de diversos tipos voando do composto – O aparecimento destas moscas é parte do processo de decomposição, atraídas pelas cascas ou partes de frutas presentes. Revolver a pilha, umedecer bem e tapar com papelão ou tampa. E nada de passar spray com veneno nelas.
5. Nada parece acontecer na pilha e está sem calor também – A. Pode haver poucos elementos com nitrogênio, coloque materiais ricos neste elemento, como excrementos de gado ou aves, aparas de grama ou cascas de frutas e umedeça, sem água nada acontecerá.
B. Folhas e aparas de grama não estão decompondo. A pilha tem pouca aeração ou falta de mistura. Evitar camadas grandes de um material só. Muitas folhas secas ou papel. Revolva bem a pilha e umedeça.
6. A pilha cheira a ranço, vinagre ou ovos podres – Não há oxigênio suficiente, a pilha está com umidade demais ou muito compactada. Misturar os materiais para melhor aeração. Se for muita umidade adicionar palha ou pó de serra secos. Para diminuir o cheiro, coloque materiais secos no topo da pilha, como maravalha e terra comum.
7. A pilha cheia a amônia (cheiro de urina) – Muito nitrogênio, falta carbono. Adicione materiais marrons, como folhas, maravilha e papel ou papelão rasgado.

Coisas a evitar:
1. Excesso de cascas de citros (laranjas, limões). Deve picar em tiras finas, mas evitar o excesso, pois além de atrair uma considerável quantidade de moscas também diminui o pH final do produto.
2. Se houve uso de defensivos agrícolas em gramados ou cultivo de lavoura, estes resíduos vegetais de aparas e palha de não podem ser adicionados ao composto.

Dos benefícios do composto orgânico no equilíbrio ecológico das cidades – Fazer composto dá trabalho.
Mas o jardineiro terá sua recompensa quando colher belas hortaliças na sua horta e suas plantas estarão mais bonitas, saudáveis e produzirão mais flores.
Além disto, estará contribuindo para diminuir a coleta de lixo municipal, diminuindo os lixões.

Todos comemos diariamente. Os alimentos são imprescindíveis para a vida. As plantas alimentam-se dos sais nutritivos que extraem do solo. O Bonsai, como vive em vasos pequenos, pode chegar a consumir todos os elementos nutritivos que há na terra. Temos que ir repondo por meio de adubos os elementos que a planta consome.

Quando se tem que adubar – É preciso adubar principalmente nos momentos de forte crescimento da planta: na primavera e no fim do verão.
Para evitar crescimentos desmesurados, ao contrário de outros cultivos, costumamos adubar os Bonsai mais no outono (fim do verão) do que na primavera.

Como se deve adubar – É preciso adubar a planta sem sobressaltos. É muito melhor adubar em pequenas quantidades mais freqüentemente, do que fazê-lo em excesso e de tempos em tempos. Não se deve esperar portanto que a árvore chegue a ficar fraca e amarelada para voltar a adubar.

Quais são os melhores adubos- Há dois tipos diferentes de adubos para o Bonsai: os adubos líquidos e os sólidos.
O adubo liquido dissolve-se na água de regar ou aplica-se com a água de pulverização por cima das folhas. É rápido e limpo, não produz cheiros desagradáveis, são fáceis de aplicar.
O adubo sólido coloca-se sobre a terra do vaso de maneira uniforme, evitando colocar ao lado do tronco das árvores. É de longa duração, não queima a planta, melhora muito a terra do Bonsai.

Quando não se deve adubar – Não devemos adubar no inverno nem durante os períodos de calor extremo do verão. Tal como nós, que quando adoecemos vamos ao médico, e não pretendemos curar-nos a base de comer mais, não devemos querer curar o Bonsai doente, adubando-os. Primeiro é preciso ver qual é a causa da doença e fazer o tratamento adequado. 0 adubo virá quando a planta comece a refazer-se. Pelo mesmo motivo não devemos adubar o Bonsai recém transplantado ou que ficou seco por um descuido.