Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




Posts com tag ‘adubos’

A adubação foliar é um processo de nutrição complementar à adubação via solo, acrescentando inclusive que deve haver a preocupação em aplicar adubos de solo que forneçam outros nutrientes além do NPK.

Este tipo de adubação é mais comumente utilizado na agricultura, em produções como as de arroz, café, soja, laranja, entre outros. Já para as plantas ornamentais, aquelas que se utilizam em paisagismo, o uso se restringe a algumas espécies de bromélias e orquídeas.

De qualquer maneira, é imprescindível que seja feita uma consulta detalhada com profissional especializado, o qual poderá indicar a melhor solução para cada caso. As principais vantagens da adubação foliar são:
* Os nutrientes aplicados via foliar são rapidamente absorvidos pelas folhas das plantas, corrigindo as deficiências ou evitando que as mesmas se manifestem – as plantas absorvem cerca de 90% do adubo, sendo que uns elementos são mais assimiláveis que outros, enquanto isso, o adubo colocado no substrato perde cerca de 50% de sua eficiência – minutos após a aplicação do adubo, ele completa uma primeira fase de absorção e no fim de algumas horas chega às raízes.
* Aumenta o aproveitamento dos adubos colocados no solo, principalmente os NPK, pois as plantas terão maior capacidade de absorção.
* Pode-se aplicar o nutriente específico na fase em que a planta apresentar maior demanda deste, isto é, nos momentos mais críticos.
* Estimula o metabolismo vegetal devido à rápida absorção e utilização dos nutrientes, o que proporciona estímulo na formação de aminoácidos, proteínas, clorofila, etc.

Na aplicação das soluções para este fim, é importante observar o PH (acidez/alcalinidade), pois as plantas só absorvem os nutrientes numa estreita faixa de PH e esses valores irão variar dentro de certos limites de acordo com cada espécie vegetal.

Como é o mecanismo de absorção? Os estômatos (as estruturas que compõe a camada superficial das folhas) são os responsáveis pela maior parte da absorção dos nutrientes, mas a própria cutícula que recobre as folhas, quando hidratada, permite a passagem dos nutrientes; ela é permeável à água e às soluções de adubo.

Para melhorar as condições de absorção das folhas, costuma-se adicionar às soluções nutritivas substâncias denominadas agentes umectantes, que pela sua ação adesiva, impedem que a solução escorra por ação da gravidade, e por sua ação umectante dificultam a evaporação da água, mantendo os nutrientes mais tempo em contato com a superfície foliar. A concentração da solução depende da tolerância de cada planta, e não devem ser aplicadas nas horas mais quentes do dia (entre 9 e 16 horas).

O uso simultâneo do adubo com pesticidas, fungicidas, etc., se não for bem equacionado, pode trazer problemas de incompatibilidade ou desequilíbrio da fórmula do adubo.
Algumas pessoas argumentam que a adubação foliar é muito cara, no entanto, deve-se lembrar que ela deve ser complementar, sendo que as quantidades utilizadas são pequenas.

E mais, observe que a escolha do adubo é muito importante, pois alguns elementos utilizados de maneira errada podem queimar as plantas.

adubação orgânica

A adubação orgânica é, realmente, uma ótima opção para melhorar um solo pobre.
Os resíduos orgânicos são aqueles provenientes de podas e cortes de árvores, grama, restos de cozinha (restos de alimentos, cascas de frutas, verduras, legumes), resíduos de capina, folhas, palhada, estercos de animais, restos de culturas agrícolas, etc.

O processo de compostagem é o meio de transformação destes resíduos orgânicos em composto ou adubo orgânico utilizável na agricultura. Este processo envolve transformações de natureza bioquímica, promovidas por milhões de microorganismos do solo que têm na matéria orgânica in natura sua fonte de energia, nutrientes minerais e carbono. Estes microorganismos ao degradar a matéria orgânica acabam por disponibilizar nutrientes responsáveis pelo desenvolvimento das plantas. A diversidade dos materiais utilizados significa menor prazo e maior qualidade do composto produzido.

Um composto para ser produzido não requer grandes espaços. Basta oferecer condições favoráveis ao desenvolvimento e reprodução destes microorganismos, sendo que a pilha de composto deve possuir resíduos orgânicos, umidade e oxigênio. É possível através desta técnica reduzir a quantidade de resíduos que são produzidos, uma vez que os resíduos orgânicos representam grande parte do volume total de lixo.

A compostagem é a destinação ambientalmente correta para os resíduos orgânicos, eliminando o processo de queima (aquecimento global/efeito estufa), o depósito clandestino em bota-fora, a ocorrência de vetores e animais peçonhentos (riscos à saúde pública nos bota-fora), a contaminação e degradação do solo, dos cursos d’água e da paisagem urbana. Além destes benefícios citamos a excelente qualidade do composto produzido para as hortas, jardins, praças públicas e recuperação de solo estéril.

Como preparar um composto orgânico:
Pequenos volumes
Material:
- 1 caixote de madeira: 30cm de comprimento, 20 cm de largura e 10 cm de altura.;
- Saco plástico;
- 2 medidas de pó de serragem, ou poda de árvore triturada, ou folhas secas;
- 2 medidas de terra;
- 1 e ½ medida de resíduo orgânico picado (restos de comida, cascas de frutas e legumes, borra de café, cascas de ovos, etc.)

Modo de fazer: Você deve forrar o caixote com o saco plástico, pois desta forma evita-se a perda de umidade. Misturar os resíduos bem fragmentados neste caixote, reservando um pouco da terra para fazer a cobertura (aproximadamente 3 cm de espessura).

Não tampar o caixote, mantendo-o protegido da chuva, preferencialmente na sombra.
O material precisa ser revolvido num intervalo de 3 em 3 dias e se necessário umedecer este material durante os 30 primeiros dias. Sempre que fizer isso, cobrir com uma camada de terra. Nos próximos 60 dias, se necessário revolver e umedecer este material semanalmente. No final de 90 a 120 dias, o composto estará pronto para uso em hortas, vasos e jardins.

Atenção: Deve-se ficar atento quanto à umidade da mistura. Ela é essencial para a decomposição da matéria orgânica pelos microorganismos. Uma dica importante para verificar a umidade ideal é apertar uma quantidade desta mistura nas mãos: se escorrer água entre os dedos, o composto estará muito molhado, mas se formar um torrão e este se desmanchar com facilidade, a umidade estará ideal. Mas é preciso ter cuidado ao manusear a mistura, já que nos primeiros dias a temperatura pode chegar a 70ºC.

Observar quando for revirar a mistura se há existência de um mofo branco em alguns locais no meio da mistura, o que indicará que a umidade está baixa.
O composto estará pronto quando não for mais possível distinguir as folhas e os restos orgânicos e a temperatura estiver próxima à temperatura ambiente. Se o composto for produzido de maneira correta ele não terá cheiro e nem atrairá insetos.

Uso do Composto: Para gramados, hortaliças, árvores frutíferas, vasos de flores, viveiros de mudas.

A disponibilidade do material utilizado neste minhocário reduz o custo que não passa de R$ 30,00.  Mas não é só isso. O bambu facilita a aeração e deixa a temperatura mais amena, o que é ideal para a criação. Este tipo de canteiro tem capacidade para receber 60 centímetros cúbicos de resíduo orgânico.

O tempo de vida útil deste minhocário é de cerca de quatro anos. Para que ele dure, mantenha-o sempre limpo. Isto também evita o ataque de predadores, como rãs, sapos, cobras, aves e lesmas. Outra dica é construí-lo acima do nível do solo, em chão de terra batida. O local deve ser de fácil acesso à água e com boa incidência de sol.

Material
Para fazer um minhocário de dois metros de comprimento por um metro de largura e 40 centímetros de profundidade, você irá precisar de:
• 10 pedaços de bambu de seis metros de comprimento e seis centímetros de diâmetro cada;
• 2 quilos de arame 16;
• 18 estacas de sabiá (sansão-do-campo) de 60 centímetros de comprimento cada;
• 1 pedaço de sombrite (tela utilizada na construção de viveiros de planta) de três metros de comprimento por dois de largura;
• Marreta
• Serrote
• Tesoura

Uso de bambu no minhocário facilita a aeração, deixando a temperatura em seu interior mais amena, o que é ideal para a criação.

Minhocário 2

Montagem
• 1º passo

As estacas darão sustentação à estrutura do minhocário. Elas devem ser cravadas no solo com marreta, a 20 cm de profundidade. Os cantos são formados com três estacas: duas no lado interno e outra no externo. Em cada lateral de 2m, coloque duas estacas a uma distância de, aproximadamente, 60 cm entre elas. Nas bases de 1 m de largura, fixe também uma estaca a meia distância dos cantos.

• 2º passo
Serre os bambus em pedaços de 1 e 2 m. Separe as peças de mesmo tamanho e encaixe-as umas sobre as outras até atingir 40 cm de altura.

• 3º passo
Passe o arame entre as peças de bambu e as estacas, em ziguezague e de baixo para cima. Reforce bem a amarração nos cantos, para garantir sustentação. É mais fácil montar a estrutura em “L”, juntando uma das laterais de dois metros com uma de um metro e depois unir tudo.

• 4º passo
Uma vez montado o minhocário, cubra o fundo e as laterais com sombrite. Passe o arame em ziguezague “costurando” as bordas da tela aos bambus superiores das paredes do minhocário. Corte as sobras de tela com uma tesoura. Encha o canteiro com os resíduos orgânicos da propriedade, misturando com palha, e então coloque as minhocas. É importante que o material seja mantido sempre úmido.

gifs2

Disseminado entre produtores e colecionadores de plantas como um produto milagroso, o bokashi vem conquistando cada vez mais adeptos no Brasil. “0 nome em japonês significa farelos fermentados, indicando a composição do famoso adubo”, explica o engenheiro agrônomo Roberto jun Takane, professor de floricultura da Faculdade Cantareira, de São Paulo, SP.
Trata-se de um composto orgânico feito com diversos tipos de farelos de cereais como arroz, trigo e soja, fermentados por microorganismos benéficos que fornecem diversos tipos de micro e macronutrientes à planta. A partir dessa composição básica, cada produtor pode acrescentar diversos ingredientes, a fim de encontrar o produto ideal para cada tipo de cultura. Isso mesmo: há bokashi para orquídea, bonsai, bromélia, hortaliças e plantas ornamentais, sendo que cada composição procura fornecer à planta o que ela mais precisa.
Takane faz experiências com diferentes misturas a 12 anos e explica que há dois processos diferentes de fabricação. No método aeróbio, os farelos misturados passam pelo processo de fermentação ao ar livre. Nesse caso, além da produção de mau cheiro, a dispersão de nitrogênio é muito grande. Ele defende o uso do processo anaeróbio, no qual a mistura fica acondicionada em sacos plásticos resistentes que retêm o nitrogênio.

Além de funcionar como adubo, o produto também tem ação fungicida. “Os microorganismos benéficos incorporados impedem a proliferação dos fungos que causam doenças nas plantas”, defende. Outra grande vantagem é o baixo custo do bokashi em relação aos produtos químicos à base de nitrato, os famosos NPK. Takane revela que 1.000 litros do bokashi custam por volta de R$ 130.
0 surgimento de bolor indica ação correta dos fungos do bokashi, responsáveis pelo fornecimento de fósforo e nitrogênio às plantas.

Composição do bokashi tradicional
50% de farelo de arroz
20% de farelo de soja
15% de casca de arroz carbonizada
10% de farelo de trigo
Para cada tonelada do produto deve-se adicionar:
1,5 l de água
1,5 kg de açúcar cristal ou mascavo
1,5 l de microorganismos favoráveis (EM)
10 g de sulfato de potássio diluído em água

Como fazer – Apesar de parecer simples, a produção do bokashi é lenta e cheia de detalhes. Primeiramente, devem-se misturar os farelos de arroz, trigo e soja com a casca de arroz carbonizada (1) (2) (3), até que fiquem bem homogêneos. “0 carvão é muito importante para o controle da acidez”, explica Takane.
Em seguida, adiciona-se a água, com pH 5,5. 0 profissional não recomenda o uso de água de torneira, mas, caso essa seja a única opção, aconselha que permaneça em um recipiente até o cloro evaporar. Em seguida, acrescentam-se os temperos: açúcar cristal ou mascavo, sulfato de potássio e o EM (microorganismos eficazes) diluído em água (4). Para finalizar, o engenheiro agrônomo coloca uma pequena quantidade de lactobacilos. 0 composto é misturado e, antes de embalar, é preciso conferir sua consistência, que não pode ser muito pastosa. “0 ponto ideal é quando conseguimos modelá-la com as mãos sem que libere água”, esclarece.
Aliado ao baixo custo do produto, a dificuldade do processo faz com que as pessoas prefiram comprar o produto industrializado, vendido em casas de artigos para jardinagem, orquidários e lojas de produtos naturais.
0 acondicionamento é um passo muito importante. Takane recomenda o uso de sacos resistentes (5), como os de ração para animais, que não podem ter furos. Após ensacar a mistura, aperte bem a embalagem para retirar o máximo possível de ar e deixar o produto bem compactado.
Feche a boca do saco com fita adesiva, vedando, também, os possíveis furos (6). A partir da embalagem, mantenha o produto fechado por vinte dias em local seco e longe de animais. “Por ser fonte protéica, cães, gatos e outros bichos podem ingerir a mistura”.
Quando for abrir o saco, certifique-se de que ele libera um leve odor de álcool, sinal que a fermentação teve êxito, e de que contenha bolor por cima, indicando ação correta dos fungos. “São eles que vão liberar o fósforo e nitrogênio para as plantas.” Ao aplicar nos vasos, verifique se o mesmo bolor é formado.
Bokashi pronto para ser usadom

Como usar? O bokashi é um adubo de liberação lenta, que deve ser aplicado a cada quatro ou cinco meses. “Durante esse período, o produto libera o nutrientes aos poucos”, garante Takane. Um cuidado importante na manutenção é evitar o uso de fungicidas bactericidas. “O segredo da composição é a presença do microorganismos. Ao aplicar produtos de combate, eles serão dizimados e o adubo perde seu efeito”, alerta.
No momento de aplicar, não exagere na dose. “Meia colher de sopa, colocada na borda do vaso, longe da planta, é mais do que suficiente para o bom desenvolvimento.” Usar quantidade maior do que a indicada pode deixar as folhas amarelas e, em casos mais graves, culminar na perda do exemplar. Takane ensina que não se deve usar o produto no período de floração.
A única desvantagem do bokashi é o eventual aparecimento de lesmas. Fique atento aos sintomas, como brotos e folhas comidas.

Microorganismos eficazes – EM é a sigla para microorganismos eficazes. A emulsão produzida pelos adeptos da Igreja Messiânica, reúne 116 tipos de microorganismos benéficos que ajudam no desenvolvimento saudável das plantas.