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Os norte-americanos geram aproximadamente 210 milhões de toneladas de lixo ou resíduos sólidos anualmente. Os brasileiros são um pouco mais modestos: cerca de 84 milhões de toneladas (dados de 2000), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Nos Estados Unidos, a maior parte desse lixo (57%) é colocada em depósitos de lixo municipais. No Brasil, 37% têm o mesmo destino. Nos Estados Unidos, aproximadamente 56 milhões de toneladas (27%) são recuperadas através da reciclagem, no caso de vidros, produtos de papel, plástico ou metais ou através da compostagem, no caso do lixo doméstico. No Brasil, menos de 10% são reciclados, segundo estimativas. A compostagem é um método para tratamento dos resíduos sólidos no qual o material orgânico é decomposto por microorganismos na presença de oxigênio até o ponto em que poderá ser armazenado e manuseado com segurança e aplicado ao meio ambiente. A compostagem é essencial na redução de resíduos domésticos. Ela pode ser feita sem muitos gastos em qualquer domicílio e produz o composto fertilizante ou húmus, que pode beneficiar o meio ambiente como fertilizante natural em jardins e na agricultura.

Neste artigo, veremos o que acontece quando o resíduo sólido é transformado em fertilizante, como você pode fazer seu próprio fertilizante, quais os benefícios em se transformar lixo em fertilizante e como você pode fazer uma coluna de compostagem de bancada para estudar a transformação do lixo em fertilizante no laboratório da sala de aula ou no estande de uma feira de ciências.

Biologia na compostagem – A compostagem cria as condições ideais para os processos de decomposição que acontece na natureza. Ela requer o seguinte material:
- resíduos orgânicos: jornais, folhas, grama, restos de cozinha (frutas, vegetais), materiais de madeira
- terra: fonte de microorganismos
- água
- ar
: fonte de oxigênio

Durante a compostagem, os microorganismos da terra se nutrem dos resíduos orgânicos (contendo carbono) e os decompõem em suas menores partes. Isto produz um húmus rico em fibras, contendo carbono, com nutrientes inorgânicos como nitrogênio, fósforo e potássio. Os microorganismos decompõem o material através da respiração aeróbica e, portanto, precisam de oxigênio do ar. Eles também precisam de água para viver e multiplicar. Através do processo da respiração, os microorganismos liberam dióxido de carbono e calor e as temperaturas dentro das pilhas de compostagem podem atingir de 28°C a 66°C. Se a pilha ou recipiente de compostagem for ativamente cuidada, remexida e regada com água regularmente, o processo de decomposição e formação da compostagem final pode acontecer em apenas duas ou três semanas (do contrário, poderá levar meses).

As condições de compostagem devem ser balanceadas para uma decomposição eficiente. Deverá haver:
- ar em abundância: a mistura deve ser remexida diariamente ou a cada dois dias;
- água suficiente: a mistura deve ser umedecida, mas não encharcada;
- mistura apropriada de carbono e nitrogênio: a relação deve ser de aproximadamente 30:1 (consulte o box abaixo);
- tamanho de partícula pequena: pedaços grandes devem ser desmembrados, pois partículas pequenas se decompõem mais rapidamente;
- quantidade de terra adequada: deve fornecer microorganismos suficientes para o processo.

A pilha de compostagem tem, na verdade, uma organização complexa de organismos vivos ou cadeia alimentar. As bactérias e os fungos decompõem primeiramente a matéria orgânica do lixo. Organismos de uma única célula (protozoários), pequenos vermes (nematódeos) e aracnídeos se alimentam das bactérias e fungos. Nematódeos e aracnídeos predatórios e outros invertebrados (piolhos d’água, miriópodes, besouros) se alimentam dos protozoários. Todos esses organismos trabalham para balancear a população de organismos dentro do composto, o que aumenta a eficiência do processo inteiro.

fertilizantes

Veja como fazer para preparar composto orgânico, fertilizante orgânico líquido e inseticidas caseiros e naturais com receitas testadas pela equipe do Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá) que ministrou a Oficina de Capacitação em Produção de Mudas Nativas para Reflorestamento nos dias 17 a 19 de março, na Reserva Jequitibá, no município de Elísio Medrado.

Ingredientes: esterco bovino fresco e água não clorada.
Como preparar:
1. Em um recipiente de 500 litros, colocar partes iguais de esterco bovino fresco e água não clorada, deixando um espaço vazio de 15 a 20 cm;
2. Adaptar uma mangueira à tampa do tambor, cuja extremidade externa deverá ser imersa em uma vasilha com água, para que ocorra um processo de fermentação anaeróbico (sem a presença de ar). Deve-se tomar cuidado para a mangueira não ficar imersa no líquido em fermentação ou entupir, pois os gases produzidos pelo processo de fermentação poderão estourar o tambor;
3. Deixar o líquido fermentar por aproximadamente 90 dias, quando estará pronto para ser usado. O armazenamento do produto final não deve exceder a 30 dias depois de pronto, pois com o tempo ele diminui sua eficiência fitossanitária.

Como usar:
1. O produto fermentado pode ser utilizado de várias maneiras, porém o método mais eficiente é em pulverização foliar, que promove um efeito mais rápido. Neste caso, ele deve ser coado antes do uso e diluído em água na proporção de 01 litro de biofertilizante para 100 litros de água, e pulverizado nas plantas, chegando a ponto de escorrimento, para que cubra totalmente suas folhas e ramos.
2. Pode ser usado também no tratamento de sementes, as quais são mergulhadas na solução do biofertilizante puro por um período de 1 a 10 minutos, devendo secá-las á sombra por duas horas e plantá-las em seguida. As sementes tratadas não devem ser armazenadas, pois perdem muito rapidamente sua capacidade germinativa.
3. No caso de estacas, bulbos e tubérculos, pode-se utilizar o mesmo tratamento acima e se fazer o plantio imediato, o que aumenta o enraizamento das plantas.
4. Na produção de mudas, pode ser utilizado na rega de canteiros ou de sacos de plantio, e quando aplicado puro tem um excelente efeito bactericida. A parte sólida resultante da coagem pode ser usada nas covas de plantio, na compostagem, ou ainda na alimentação de peixes e suínos. No caso dos suínos, deve ser devidamente desidratada e adicionada à ração, na proporção máxima de 20%.

Para que serve:
1. Os testes com fertilizante orgânico comprovaram seu efeito na redução de incidência de pragas e doenças, além do aumento da produção e da produtividade das culturas onde foi utilizado.
2. Quando aplicado em pulverizações foliares, em diluições de 10 a 30% tem efeito fertilizante, contribuindo para o aumento da produtividade e dando mais resistência às plantas.
3. Em plantas frutíferas dever ser aplicado mensalmente nos períodos pós-colheita, quando apresentam deficiência ou desequilíbrio nutricional.
4. Para a fixação de flores e frutos deve ser aplicado o produto nas mesmas concentrações do período pós-colheita, prática que contribui para a elevação da produtividade.
5. Em plantas olerícolas (soja, mamona) as pulverizações devem ser semanais.
6. Com o uso do fertilizante orgânico observou-se que as plantas frutíferas têm uma florada mais intensa e uma ramagem mais abundante, ocorrendo um prolongamento do período de colheita.
7. No tratamento de estacas, rizomas e manivas ocorre uma grande emissão de raízes, favorecendo seu pegamento e seu vigor vegetativo.
8. Em plantas ornamentais estimula a emissão de flores fora de época, principalmente em violetas, roseiras e hortênsias.
9. No caso das olerícolas e folhosas, as plantas ficam mais sensíveis à falta de água, havendo a necessidade de maiores cuidados com a irrigação.
10. Em relação ás doenças fúngicas, o fertilizante orgânico reduziu a incidência da antracnose no jiló, da podridão do abacaxi, do mofo verde da laranja, das manchas deprimidas do maracujá, dentre outras.

Água das jarras que contiveram flores – Bom adubo para plantas

Restos de alimentos – Café, incluindo borras, chá, incluindo fragmentos, leite, caldo de legumes sem sal, casca de banana, etc.

Água de aquários – Adubo excelente

Cinzas da lareira – Melhor adubo natural, rico em potássio e fósforo

Vinho – Favorece o crescimento das plantas

Anis – Juntar um copo à água de regar as árvores de fruto, uma vez por mês, dará frutos mais doces

Vermute – Um copo por mês, após a rega, proporciona uma floração espetacular das gardênias

Tabaco – Um dos melhores adubos para roseiras; mergulhar as pontas de cigarros em água durante 8 dias, coar e regar a roseira

Pilhas velhas – Enterrar junto de plantas com necessidades ácidas como gardênias, camélias e hortênsias

Pregos e ferros velhos – Enterre-os na terra porque o óxido de ferro é de grande utilidade para as plantas

Excrementos de pássaros – Mergulhar em água durante uma hora e regar funciona como um alimento excelente

Maçã – Se a planta não floresce colocar vários pedaços de maçã ao redor da terra e cobrir o vaso durante 4 semanas com um plástico

AVISOS:
1. Não abusar destas receitas porque o excesso de alimento também prejudica as plantas podendo chegar a ser tóxico.
2. Estas sugestões não substituem completamente as necessidades indispensáveis de azoto, potássio e fósforo pelo que será preciso complementar com algum adubo mineral.
3. Não esquecer que as plantas não se alimentam apenas de água e que a terra tem de ser enriquecida com nutrientes porque estes esgotam-se com o tempo.

Fonte (s): http://maniadasplantas.blogspot.com

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Muitas pessoas ficam em dúvida na hora de adubar suas plantas com fertilizante químico: como funciona, qual fórmula usar, como aplicar? Para facilitar o trabalho, aí vão algumas dicas bem úteis:
1. Os adubos ou fertilizantes químicos geralmente são vendidos em lojas de jardinagem e até em supermercados. Na embalagem, trazem a sigla NPK, mostrando que o produto contém os elementos mais importantes para o desenvolvimento das plantas: o nitrogênio (N); o fósforo (P) e o potássio (K).

2. Existem formulações diferentes de fertilizantes NPK, baseadas na sua finalidade. Em geral, usa-se:

* NPK 4-14-8 (4 partes de nitrogênio, 14 partes de fósforo e 8 partes de potássio) para espécies que produzem flores e frutos. Ex. hibisco, azaléias, violetas, cítricos como a laranjeira, legumes, etc. Além disso, segundo a maioria dos fabricantes, esta formulação é ideal para ser aplicada no momento do plantio dos vegetais, no preparo do solo, pois o alto teor de fósforo proporciona uma melhor formação e desenvolvimento das raízes e estrutura das plantas;
* NPK 10-10-10 (partes iguais dos 3 elementos) para espécies que não florescem e não produzem frutos, como as samambaias. Segundo os fabricantes, esta formulação também é ideal para ser aplicada em plantas já formadas, na forma de cobertura. Neste caso, pode ser usada em flores, folhagens, hortaliças e frutíferas;
* NPK 15-15-20 (15 partes de nitrogênio, 15 partes de fósforo e 20 partes de potássio), rica em potássio, esta formulação é considerada bem prática, pois pode ser usada também no cultivo hidropônico, sendo indicada especialmente para hortas;
* Também existem no mercado as fórmulas preparadas especialmente para determinadas espécies de plantas ornamentais. É o caso das violetas, orquídeas, rosas e samambaias. Neste caso, os fabricantes elaboram uma fórmula adequada às necessidades nutricionais de cada espécie;
* Uma outra formulação especial já encontrada no mercado é o NPK granulado para gramados, que pode ser aplicado de uma forma bem rápida e prática, simplesmente espalhado sobre o gramado.

3. A frequência de adubação varia de acordo com a espécie cultivada. Algumas precisam mais outras menos, mas, de forma geral, a adubação pode ser feita a cada dois meses. Mas lembre-se: quanto à dosagem e forma de aplicação, siga rigorosamente as indicações do fabricante, que constam na embalagem do produto.