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Ipomoea purpurea

A adubação química é aquela em que o adubo usado é formado por compostos químicos originados por mineração ou industrialmente. Na adubação química, adicionam-se aos solos adubos sintéticos que contêm nitrogênio fixado por meios industriais e transformado em nitrato.

Nos adubos químicos, além de nitratos, geralmente estão presentes outros produtos, como o fósforo e o potássio e o (K).

A fim de atender à crescente necessidade de alimentos ocorrida pelo crescimento populacional, a produção e o uso de adubos sintéticos vêm sendo intensificados progressivamente. Para a produção desses adubos a indústria de fertilizantes retira elevadas quantidades de nitrogênio do ar e fosfatos das rochas.

O uso excessivo de fertilizantes gera um desequilíbrio ecológico. Os agentes decompositores não conseguem reciclá-la na mesma proporção em que são adicionados ao solo provocando eutrofização, bem como alterações características pelo decréscimo de matérias orgânicas e retenção de água.

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Antes de aplicar qualquer adubação é preciso separar as orquídeas em grupos. Não se pode generalizar. Há orquídeas que necessitam de adubo, como todas as orquídeas terrestres, há plantas que aproveitam bem um adubo, como por exemplo as Laelias e principamente as Laelia purpurata, por serem plantas vigorosas e muitas veze encontradas crescendo sobre pedras em seu habitat, em cima de camadas de terra vegetal e assim podem até ser consideradas semiterrestres, e há orquídeas, que dispensam o adubo, como Rodriguezias, Miltonias e outras de raízes delicadas. E mesmo as Cattleyas, se não usarmos uma adubação muito criteriosa, faremos a elas mais mal do que bem. Uma planta saturada de adubos deixa de gerar raízes e a planta sem raízes deixa de se alimentar e acaba morrendo.

Há quem afirme que as orquídeas epífitas se alimentam exclusivamente de ar e de água. Mas não é bem assim. Se observarmos um tronco de árvore veremos líquens, musgos, detritos entre os galhos e também folhas em vários estágios de decomposição, misturados com corpos de insetos , tudo isso representa matéria orgânica, que as orquídeas assimilam pelas raízes e pelas folhas. E também já sabemos que elas realizam a chamada fotossíntese através da clorofila de suas folhas e pseudobulbos verdes.

Estudando o fenômeno nutrição e adubação das orquídeas epífitas, fica claro e evidente que elas exigem muito pouco para o seu crescimento e sua sobrevivência. O fato de elas possuírem os pseudobulbos que armazenam reservas durante 7 a 10 anos de sua formação, funcionam como depósitos de nutrientes, e também num ambiente úmido da mata, existe uma evaporação muito maior e muito mais contínua e é essa evaporação que deve elevar para o ar elementos e substancias contidas no solo das florestas, também acontecem as vezes queimadas espontâneas nas florestas, e então o vento leva as cinzas para a atmosfera, fertilizando as plantas epífitas.

Uma coisa é certa, todas as plantas, sem exceção, precisam do que chamamos de elementos básicos de crescimento que são: água, luz, ar, temperatura e nutrientes. Os nutrientes além da matéria orgânica são compostos de três elementos básicos e compõem o conhecido NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) e mais 2 elementos auxiliares que são o cálcio e magnésio, e uma série de micronutrientes como: boro, cloro, ferro, zinco. manganês, sódio, molibdênio, cobalto, iodo, vanádio e outros.

Como na cultura artificial dificilmente conseguimos condições ideais ou idênticas ás da natureza, então seria aconselhável usar uma adubação leve e criteriosa, como à base de fosfatos para melhorar a floração ou à base de potássio, que tem efeito o fortalecimento da estrutura física das plantas, aumentando a sua rigidez e maior resistência às moléstias e pragas, desde que tenhamos condições ambientais mínimas exigidas e principalmente de luminosidade, sem as quais as orquídeas não se beneficiarão dos adubos.

Não adianta adubar uma planta sem raízes, porque ela não tem como assimilar o adubo, ou plantas crescidas a sombra, onde não podem realizar fotossíntese e assim aproveitar o adubo.
Não é aconselhável o uso de adubo animal para orquídeas epífitas, em forma de estrume seco triturado e esparramado em cima ou no meio do xaxim, principalmente o estrume de aves, pois este é forte demais e queima as raízes. O estrume de cavalo introduz a praga de tiririca, o que não acontece com o estrume de vaca, porque a vaca é um animal ruminante e então a semente de tiririca passa duas vezes pelo seu estômago, deixando-a inativa.
E este é o único que se pode usar, quando bem curtido e diluído em água, em uma razão de um quilo de estrume para 20 litros de água, deixar o estrume por uma semana na água e depois colocar uma xícara dessa diluição em cada planta. Essa diluição também só deve ser usada na época de brotação.

Quanto aos adubos químicos, podem ser aplicados se o NPK estiver muito bem equilibrado. Há várias fórmulas conhecidas, como: 30 10 10, 10 6 14, 10 10 10. Esta mistura de NPK é usada em uma razão de 1 grama por litro de água. Também deve ser usada uma vez por ano, na época de brotação, essa mesma adubação pode ser usada para orquídeas saprófitas.

Para orquídeas terrestres, segue aqui a receita: 30% de argila, 40% de terra vegetal, 20% de pó de xaxim, 5% de farinha de osso e 5% de farinha de sangue.
Existe também adubo foliar para orquídeas epífitas como o Hyponex, que é especifico e fabricado no Estados Unidos . Esse adubo deve ser aplicado depois de uma rega ou uma chuva, pulverizando as folhas úmidas, ele é absorvido pelos estômatos e também pelas raízes.

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Coelogyne Cristata
Muitos são os equívocos e dúvidas no que se refere à adubação de orquídeas. Estes equívocos e dúvidas referem-se, principalmente, quanto ao modo de aplicação, se pela irrigação ou foliar, em que época do ano realizar a adubação de forma mais intensa, quais horários e qual a freqüência para realizá-la.

Assim, tem-se por objetivo apresentar algumas informações que contribuirão para uma prática de adubação mais eficiente para as orquídeas, ou seja, um menor esforço associado a um melhor resultado.

Primeiramente, convém diferenciar a forma de absorção de nutrientes pelas bromélias e pelas orquídeas. Nas bromélias existem células modificadas, denominadas células escama, localizadas em maior densidade na base da roseta formada pelas folhas, elas são uma adaptação para a absorção de nutrientes. Já as orquídeas não possuem estas adaptações nas folhas. Por isso, o potencial de absorção de nutrientes pelas orquídeas variará de acordo com alguns aspectos, como a idade da folha e o próprio estado nutricional da planta.

Ressalta-se que todo o potencial de absorção de nutrientes minerais pelas folhas das orquídeas é muito aquém da quantidade demandada pela planta em relação à maioria dos nutrientes, especialmente os macronutrientes, que são os requeridos em maior quantidade.

Em contrapartida, suas raízes são as mais evoluídas da natureza para absorção destes nutrientes, devido a uma série de adaptações morfológicas e fisiológicas. A eficiência de absorção varia em função da espécie, de suas necessidades no local onde a mesma evoluiu, ou seja, se há maior disponibilidade de nutrientes, como nos ambientes terrestres sob mata densa ou menor disponibilidade, como nos casos de epífitas sobre árvores do cerrado, neste último caso elas tendem a serem mais ávidas à aquisição destes.

Quanto à adubação foliar, os resultados satisfatórios que são obtidos ocasionalmente, provavelmente, se devem ao fato da lavagem eventual dos sais acumulados nas folhas, após a evaporação da água, para o substrato sob influência das raízes, através das chuvas e regas.

A fertirrigação apresenta-se como a melhor forma de adubação, pois, associa um melhor uso de energia, tempo e produto. Para instrumentá-la, é necessário que a solução água mais adubo seja dirigida diretamente sobre a superfície do substrato, com este previamente umedecido para colaborar com uma maior absorção, uma maior homogeneidade da concentração de adubo ao longo do volume do substrato e, também, para uma diminuição da perda por escorrimento direto do adubo, caso o substrato esteja muito seco, principalmente, se o substrato for a fibra de coco.

Juntamente com a irrigação propriamente dita, a fertirrigação torna-se mais eficiente, se feita em determinados horários. Assim, no geral, o melhor horário para ocorrer a adubação é no final de tarde. Isto se deve ao mecanismo fotossintético das orquídeas de maior representatividade em coleções que determina a abertura de estômatos à noite, ou próxima dela, e, conseqüentemente, propicia a entrada e movimentação de água e nutrientes nas plantas aí. Com isso, a planta estará regada e adubada para uma situação relativamente mais próxima do ótimo de absorção.

Outro ponto que merece destaque é cautela quanto a não promover o excesso de adubação. Portanto, o orquidófilo também deve ficar atento quanto à necessidade de lavagem do excesso de sais acumulados nos substratos e paredes dos recipientes, geralmente, sinalizados pelo aspecto esbranquiçado dos mesmos, pois, na mesma medida que as raízes são eficientes em absorver, elas também são sensíveis ao excesso de sais. Basicamente, a lavagem se dá com uma rega mais demorada com a mangueira, vaso a vaso, periodicamente, sendo que uma vez ao mês é suficiente.

O sintoma mais característico de salinidade alta no substrato é a queima dos ponteiros das raízes, a necrose na região apical.

Outro ponto de significativa relevância é a escolha do tipo de adubo. Dispor de adubos minerais que apresentem altos teores de alguns poucos nutrientes, em geral preocupando-se apenas com o N-P-K, em detrimentos de outros tão importantes quanto, mas em quantidades menores, acaba criando uma maior necessidade de se conciliar aquele adubo com outros, o que muitas vezes torna-se uma atividade pouco prática.

Para escolha do adubo, é importante saber que a quantidade de cada nutriente a planta necessita na adubação depende principalmente da espécie, do atual estágio de desenvolvimento (brotação, floração, etc.), e do quanto seu ambiente já é capaz de suprir, por exemplo, quanto e em que velocidade a decomposição do substrato forneceria de nitrogênio. Todavia, não tendo informações precisas neste grau de refinamento e considerando que, em condições amadoras, tem-se que trabalhar com situações médias, recomenda-se, portanto, conciliar um adubo mineral com uma composição qualitativamente ampla.

É sempre interessante conciliar a adubos minerais, ou “químicos”, com adubos orgânicos ou organominerais, que possuem composição complexa, com gradual taxa de fornecimento de nutrientes às plantas.

Convém esclarecer que, se a mistura conter cinzas, que são minerais, não caberá mais a denominação orgânica unicamente e que o papel do adubo orgânico ou organomineral é suprir uma eventual demanda não atendida plenamente com o mineral.

Quanto à periodicidade, quando aplicada quinzenalmente, a adubação mineral é considerada satisfatória, durante o ano todo, mesmo no inverno, pois se existe brotação há necessidade de se fornecer nutrientes, e também ocorrendo a “lavagem” mensal do substrato, não haveria grandes problemas de excesso, caso as plantas não estejam em pleno crescimento.
Alguns resultados dessa freqüência são que algumas espécies e híbridos são estimulados a florir mais de uma vez por ano pela adubação, as flores sempre vindo com os brotos novos, e mesmo para aquelas espécies mais “disciplinadas”, que só brotam e florescem em uma época bem definida do ano, a freqüência citada não tem trazido prejuízos .Logo, pode-se afirmar que conciliar a forma de adubação com o tipo de adubo adequado pode facilitar o cultivo de orquídeas e propiciar o alcance de resultados mais satisfatórios.

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A adubação foliar é um processo de nutrição complementar à adubação via solo, acrescentando inclusive que deve haver a preocupação em aplicar adubos de solo que forneçam outros nutrientes além do NPK.

Este tipo de adubação é mais comumente utilizado na agricultura, em produções como as de arroz, café, soja, laranja, entre outros. Já para as plantas ornamentais, aquelas que se utilizam em paisagismo, o uso se restringe a algumas espécies de bromélias e orquídeas.

De qualquer maneira, é imprescindível que seja feita uma consulta detalhada com profissional especializado, o qual poderá indicar a melhor solução para cada caso. As principais vantagens da adubação foliar são:
* Os nutrientes aplicados via foliar são rapidamente absorvidos pelas folhas das plantas, corrigindo as deficiências ou evitando que as mesmas se manifestem – as plantas absorvem cerca de 90% do adubo, sendo que uns elementos são mais assimiláveis que outros, enquanto isso, o adubo colocado no substrato perde cerca de 50% de sua eficiência – minutos após a aplicação do adubo, ele completa uma primeira fase de absorção e no fim de algumas horas chega às raízes.

* Aumenta o aproveitamento dos adubos colocados no solo, principalmente os NPK, pois as plantas terão maior capacidade de absorção.

* Pode-se aplicar o nutriente específico na fase em que a planta apresentar maior demanda deste, isto é, nos momentos mais críticos.

*Estimula o metabolismo vegetal devido à rápida absorção e utilização dos nutrientes, o que proporciona estímulo na formação de aminoácidos, proteínas, clorofila, etc.

Na aplicação das soluções para este fim, é importante observar o PH (acidez/alcalinidade), pois as plantas só absorvem os nutrientes numa estreita faixa de PH e esses valores irão variar dentro de certos limites de acordo com cada espécie vegetal.

Como é o mecanismo de absorção?
Os estômatos (as estruturas que compõe a camada superficial das folhas) são os responsáveis pela maior parte da absorção dos nutrientes, mas a própria cutícula que recobre as folhas, quando hidratada, permite a passagem dos nutrientes; ela é permeável à água e às soluções de adubo.

Para melhorar as condições de absorção das folhas, costuma-se adicionar às soluções nutritivas substâncias denominadas agentes umectantes, que pela sua ação adesiva, impedem que a solução escorra por ação da gravidade, e por sua ação umectante dificultam a evaporação da água, mantendo os nutrientes mais tempo em contato com a superfície foliar. A concentração da solução depende da tolerância de cada planta, e não devem ser aplicadas nas horas mais quentes do dia (entre 9 e 16 horas).

O uso simultâneo do adubo com pesticidas, fungicidas, etc., se não for bem equacionado, pode trazer problemas de incompatibilidade ou desequilíbrio da fórmula do adubo.

Algumas pessoas argumentam que a adubação foliar é muito cara, no entanto, deve-se lembrar que ela deve ser complementar, sendo que as quantidades utilizadas são pequenas. E mais, observe que a escolha do adubo é muito importante, pois alguns elementos utilizados de maneira errada podem queimar as plantas.

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