A flor feijão-borboleta tem sido procurada por muitas pessoas por ser comestível. Ela é conhecida aqui no Brasil como Cunhã, mas é proveniente da Ásia e lá, eles a usam para pintar várias coisas, visto que a flor possui um azul bem forte e seu pigmento serve para corar.
Ela é uma planta leguminosa, ou seja, faz parte da mesma família que a vagem, a ervilha e o feijão, dai vem seu nome de feijão-borboleta por apresentar feijõezinhos de aspecto em borboleta; outros nomes que a dão: Palheteira, Ismênia e ervilha-borboleta.
O feijão-borboleta é também caracterizado como uma trepadeira, cresce se adaptando e utilizando um substrato próximo como apoio para se u desenvolvimento. Suas sementes vingam rápido e a planta também pode ser cultivada em vasos pois se adapta muito bem.
Como já dito, o feijão-borboleta vem da família das leguminosas, então, utilizam-na muito para fixar o nitrogênio na terra, ou seja, para locais onde há a depleção de nutrientes e é necessário dar a terra sua riqueza para nutrir outros vegetais, as leguminosas fazem esse papel devolvendo o nitrogênio à terra e isso o feijão-borboleta faz.
O planta pode chegar até 4m de comprimento e por isso suas folhas e vagens são muito utilizadas. Diz-se que o feijão-borboleta tem várias propriedades. Utilizam suas vagens para comer, suas flores para embelezar e também na culinária. Como suas flores são muito azuis, são utilizadas como corantes naturais de chás, comidas, temperos e líquidos em geral.
Acredita-se que possui propriedades terapêuticas também, apesar de corar a água de azul, seu sabor é neutro e acredita-se que seja um protetor do fígado, ansiolítico, propriedades antidiabéticas e para curar doenças de pele e várias outras coisas.
Aqui vão mais algumas informações resumidas sobre a planta: Ela é bastante rústica e trepadeira perene, se adapta a vários ambientes, sendo de fácil manuseio e plantio. Se você deseja uma planta bonita e gosta do azul, esta é a planta para você e ainda pode comer suas flores.
Para fertilizá-la não é necessário esforço, ela não é exigente quanto a isso, mas é claro que um composto orgânico pode a ajudar a se desenvolver e deixar as floradas mais vivas e fortes.
Quanto a seu chá, pode-se associar outras coisas, como erva-doce, anis-estrelado ou até manjericão-anis. Também há relatos de pessoas que colocam gotas de limão no chá, dando um gosto muito bom, apesar de o ácido do limão alterar as propriedades químicas da água e a coloração mudar, pois a substancia presente, antocianina é reagente ao pH ácido e reage, deixando o ambiente rosado.
Para fazer o chá basta ferver a água, desligar o fogo e colocar as flores feijão-borboleta, tampar e esperar de 10 à 15 minutos. Dá para servir quente ou gelado.
Outra propriedade para o uso medicinal também são suas raízes, diz-se que possuem propriedades emenagogas, ou seja, promovem o ato da menstruação. No Brasil há 8 espécies endêmicas de Clitoria.
Temos a C. cearensis huber que é endêmica da Caatinga; C. irwinii Fantz, endêmica do cerrado; C. mucronulata Benth, endêmica da Amazônia; C. selloi Benth, endêmica da Mata Atlântica; C. snethlageae Ducke, também endêmica da Amazônia; C. stipularis Benth, endêmica da Amazônica e Caatinga e por ultimo C. tunuhiensis Fantz, endêmica da Amazônica e Caatinga
Tuesday, 5. March 2019
Gostei muito da matéria! Tenho uma em meu jardim (Beberibe-Ce) e aqui ela é conhecida como “bucetinha”, é isso mesmo?