São plantas sem sementes que não apresentam sistema de condução de seiva (avasculares), sendo os nutrientes e a água transportados por difusão simples de célula a célula. Por esse motivo, as briófitas, popularmente chamadas de musgos, vivem em locais úmidos pois dependem da água para sobreviver e para reproduzir. São facilmente localizadas no solo, sobre rochas, troncos de árvores.
As briófitas, como os demais representantes do Reino Plantae, possuem clorofilas A e B, carotenos, xantofilas, amido, gorduras, celulose e hemicelulose. São criptógamas (sem flores), avasculares (sistema de condução ausente) e como uma alternativa à condição cormófita, são poiquilohídricas, não tendo controle sobre a perda de água do ambiente. Pertencem ao sub-reino Embryophyta (que inclui as plantas vasculares) porque o embrião se desenvolve a partir do zigoto, que é o produto da união das células sexuais.
Reprodução:
Apresentam reprodução assexuada e sexuada. No caso da reprodução sexuada existe um ciclo marcado pela alternância de gerações, isto é, uma fase haplóide (gametofítica) que é duradoura e outra, transitória, que é a fase diplóide (esporofítica).
Ciclo de vida das Briófitas:
Reprodução sexuada com alternância de gerações.
Como nas plantas vasculares, o ciclo de vida das briófitas é caracterizado pela alternância de duas gerações diferentes (ciclo haplodiplobionte), uma gametofítica (haplóide) e outra esporofítica (diplóide); estas gerações, apresentam forma, função e número cromossômico distintos. O gametófito é originado a partir do esporo produzido pelo esporófito, é livre e dominante e produz os gametângios masculino, o anterídio, e feminino, o arquegônio, que dão origem aos gametas, anterozóides e oosfera, respectivamente. O esporófito é fixo e dependente do gametófito.
As briófitas são o segundo grupo de plantas com maior riqueza de espécies, catalogadas cerca de 15.000, contribuindo significativamente para a biodiversidade do planeta. Estão intimamente relacionadas com a dinâmica da maioria dos ecossistemas terrestres, pois são importantes no balanço hídrico, contribuindo na captação e manutenção da umidade atmosférica, e na prevenção da perda de água, na retenção da umidade do solo, na ciclagem de nutrientes, e nas interações ecológicas, fornecendo habitat para outros organismos.
Por serem mais sensíveis a distúrbios ambientais do que a maioria dos outros grupos vegetais, já que não possuem cutícula e absorvem água por todo corpo vegetativo (poikilohídricas), são utilizadas como bioindicadoras climáticas (reagem aos fatores climáticos), como indicadoras na avaliação dos efeitos da fragmentação de habitat (principalmente epífilas), da qualidade do ar, da água e do solo etc.