Broca do gerânio (Cacyreus marshalli)
É uma praga originária do sudeste de África e que se acredita ter entrado na Europa na forma jovem, escondida no interior de gerânios advindos da África. Essa praga se alimenta exclusivamente de plantas pertencentes à família de Geraniaceae, afetando todas as variedades cultivadas do Geranium, sendo especialmente prejudicial para as variedades “grandiflora” e “capitatum”.
Essa praga é um lepidóptero pertencente à família Lycaenidae. O adulto é uma mariposa de vôo diurno, com asas de coloração marrom e parte superior branca nas bordas. Seus ovos são brancos, circulares e aplainados, depositados normalmente nas sépalas e nas brácteas do gerânio. As lagartas apresentam quatro estágios larvais, apresentando no primeiro estágio, coloração branca com tonalidade esverdeada e três franjas rosadas e possuindo pêlos de cor branca ao longo de todo o corpo à exceção da zona ventral. À medida que vão mudando de fase, a cor da lagarta vai passando a ser mais esverdeada e suas franjas rosadas vão se tornando mais aparentes. Suas crisálidas também são peludas e de coloração verde, se tornando marrom de 1 a 2 dias antes da eclosão do adulto.
Se o ovo for depositado na bráctea do gerânio, a lagarta se introduz imediatamente dentro do casulo da flor, alimentar-se de seus vasos e tecidos. Se o ovo for depositado em uma folha, a lagarta inicia uma galeria abaixo da epiderme, alimentando-se no parênquima foliar.
O gerânio assim que floresce apresenta folhas e brotos mortos devido à ausência da seiva. A duração média do ciclo completo dessa praga é de 62 dias a temperatura de 20ºC e de 33 dias a temperatura de 30ºC.
O controle dessa praga é dificultado pela ausência de inimigos naturais fora do Sudeste da África, o que acaba por favorecer sua rápida disseminação quando em condições favoráveis de temperatura. Desse modo, uma das melhores maneiras de controle dessa praga seria o uso de material vegetal com procedência.
Ácaro vermelho (Tetranychus urticae)
Alimentam-se da seiva que extraem das folhas mediante seu aparato bucal chupador. O principal sintoma da presença dessa praga é o aparecimento de pequenos pontos marrons amarelados. Posteriormente as folhas se encarquilham, secam e finalmente caem. Se o ataque for muito forte, a planta inteira amarela e logo acaba morrendo.
Como controle, recomenda-se efetuar os tratamentos durante o inverno, já que a praga nesse período permanece inativa, além disso pode-se usar controle químico com acaricida.