Hoje no mundo existem mais de 600 espécies de plantas carnívoras, algumas já foram extintas e outras correm risco por causa das ações humanas. As espécies mais comuns são as dionaeas, conhecidas pelas suas armadilhas. Elas vivem em ambientes pantanosos, solo ácido e pobre. Na verdade as plantas carnívoras não se alimentam de insetos.
Elas são seres vivos produtores de seu próprio alimento. Mas então o que ela quer com os pobres insetos? Como o solo é muito pobre em nutrientes, ela precisa de nitrogênio, então se adaptou para a captura de insetos e a digestão dos mesmos (através de enzimas digestoras).
As plantas carnívoras são divididas em 3 grupos:
•ativas;
•semi-ativas;
•passivas.
As ativas são aquelas que conseguem fazer movimentos muito rápidos, como por exemplo: as dionaeas possuem duas folhas modificadas chamadas laminas; cada lamina possui 3 a 4 pelos, chamados pelos sensitivos, que quando tocados funcionam como gatilhos ativando a armadilha; se o inseto não morrer, a planta começa a secretar as enzimas digestoras, a digestão demora uns dez dias.
Temos também as urtricularias, que “engolem” os insetos. Suas armadilhas estão localizadas em suas raízes, tem formato de uma bolsa com um orifício por onde o inseto é engolido.
As semi-ativas são as droseras ou as orvalhoras. Isso por que possuem pequenos tentáculos que fabricam um liquido brilhante e pegajoso que prende o inseto e imediatamente começa a liberar suas enzimas. São recomendadas para iniciantes no cultivo de plantas carnívoras.
As passivas são aquelas que não realizam nenhum movimento, são elas as nephentes e sarracenias. Ambas tem forma de jarros que armazenam néctar que atraem os insetos; e com isso os empurram para baixo e os digerem.
Todas as plantas carnívoras têm seu período de dormência, algumas no inverno e outras no verão. Se não forem tomados os devidos cuidados a planta morrerá no período de dormência. O ideal seria colocá-las em uma estufa com temperatura oscilando entre 5 a 18°c durante a época de dormência. Logo apos a dormência, a planta começa a produzir novas armadilhas, isso significa que acabou o período de dormência.
Deve-se por a planta em um local com luz suficiente (direta com sombra parcial) e com um pratinho com água desmineralizada ou diretamente da chuva. Se a planta estiver bem saudável, ela solta um tendão com flores na primavera, mas é preciso retirá-las, pois as flores retiram grande parte de nutrientes a enfraquecendo. Jamais aplique adubos e fertilizantes, pois eles são nocivos às raízes. Procure não ficar brincando com elas, pois isso acaba tornando-a doente. Não use terra convencional, pois possuem muitos nutrientes que são nocivos as raízes.
Não as alimente com pedacinhos de carne, pois possuem muita gordura e isso acaba tampando o sistema vascular da planta. A falta de iluminação pode deixar as armadilhas sem suas cores vibrantes e desfavorece a produção de néctar que atraem os insetos. As plantas carnívoras capturam os insetos sozinhas, não precisa alimentá-las, até por que ela consegue sobreviver sem eles, se for alimentá-las, dê somente insetos pequenos (moscas,pernilongos,etc.) e vivos. Os tipos de solos mais comuns são o pó de xaxim (hoje proibido), esfagno e turfas; areia e esfagno; ou substitutos do xaxim.
Um lugar perfeito para se criar essas plantas são varandas, salas, e até terrarios, desde que vôce as alimente. As plantas carnívoras do gênero nephentes são as únicas que não toleram o “pratinho” com água em baixo, dependendo do tamanho podem ate digerir pequenos pássaros, como a nephente allata, da Indonésia. As droseras possuem folhas em forma de espada, as vezes elas giram e rolam as folhas sobre os insetos.