O ser humano convencionou chamar os vegetais que crescem onde não são desejados de “Plantas Daninhas”, “Ervas-Más”, “Mato” ou “Plantas Invasoras das plantações”.
Ninguém até hoje definiu cientificamente as ervas daninhas. Essas plantas crescem em geral em áreas revolvidas pelo homem ou pelos animais domésticos. Qualquer planta pode ser daninha.
Uma planta que não se tenha pretendido cultivar é daninha, pois cresce onde não queríamos que crescesse. Um tomateiro no meio de um jardim será considerado erva daninha e um lírio o será numa plantação de tomates. O centeio e a aveia nos tempos pré-históricos eram as ervas daninhas dos campos de cultura do trigo e da cevada. As ervas daninhas se espalharam pelo mundo inteiro levadas pelos navios, trens, aviões, etc.
Antes de aparecerem esses meios de transporte, a disseminação das plantas era lenta e restrita. A competição das plantas daninhas com as culturas tem grande influência na produtividade, pois elas concorrem por água, luz e nutrientes, reduzindo a qualidade e a produção das plantas cultivadas. Para o desenvolvimento normal, o algodoeiro, por exemplo, exige solos livres das plantas daninhas que acabam prejudicando o tipo e as características tecnológicas da fibra.
Na cultura das plantas aromáticas e medicinais, o controle das plantas daninhas é uma tarefa importante, pois podem misturar-se por ocasião da colheita, ocasionando efeitos tóxicos, alérgicos, etc., e contribuírem negativamente quando da comercialização dos produtos. Muitas plantas daninhas são hospedeiras de insetos, ácaros, nematóides, vírus, bactérias e fungos, muitos deles nocivos às plantas aromáticas e medicinais.
Algumas crescem em abundância quando o solo é rico em matéria orgânica, como o caruru (Amaranthus) e a beldroega (Portulaca oleracea) rica em sais minerais, ferro, cálcio e fósforo. Uma única planta pode produzir 10 mil sementes que podem permanecer dormentes no solo por mais de 20 anos. Outro exemplo é a erva-de-são-joão, também conhecida por picão-roxo (Ageratum conyzoides) uma única planta chega a produzir cerca de 40 mil sementes. Outras invasoras são comestíveis como a serralha (Sonchus oleraceus), a serralhinha (Emilia sonchifolia), o mastruço (Lepidium sp) e o melão-desão-caetano (Marmodica charontia).
As plantas chamadas de daninhas desenvolveram mecanismos próprios de sobrevivência como: elevada produção de sementes com grande facilidade de dispersão e longevidade das mesmas, o que faz delas elementos de alta agressividade, competitivas em relação às plantas cultivadas pelo homem e isso lhes garante a perpetuação da espécie.
A maior parte das sementes produzidas por uma planta daninha se conserva em estado de dormência temporária, vindo a germinar muitos anos mais tarde, ao contrário das sementes das plantas cultivadas, que têm a sua viabilidade germinativa apenas durante alguns meses.
No Brasil, cujo clima equatorial tropical, subtropical e temperado, onde chove muito, o agricultor “pena muito” para manter suas plantações livres de ervas daninhas, tendo que para isso, capinar com muita freqüência. A tiririca (Cyperus) de origem indiana, já é cosmopolita. A erva-macaé (Leonurus sibiricus) de origem asiática, causa inúmeros danos às plantações.
As plantas chamadas “daninhas” vivem também em meios aquáticos, como o aguapé (Eichornia crassipes) e até como parasitas-cipó-chumbo (Cuscuta racemosa).
Nem todas as ervas chamadas de daninhas devem ser eliminadas. Algumas são medicinais, comestíveis, outras ajudam a sanear solos decaídos e há até aquelas que atuam como repelentes. As “plantas invasoras” surgem em circunstâncias bem definidas como indicadoras de carência ou excessos de elementos do solo.
Para combater as invasoras, não basta capinar para eliminá-las. É preciso saber por que elas aparecem.
Conhecendo as razões do seu aparecimento, ficamos mais preparados para combatê-las ou corrigir os desequilíbrios do solo.
Tuesday, 11. October 2011
ervas daninhas ….. eram para mim algo tenebroso , mas agora sei ki tem controle , e ser muitas vezes como uso medicinal … obrigado00 doguei ..