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peperomia caperata

A Peperomia caperata, apesar de seu porte compacto, rouba os olhares através do efeito dramático das suas nervuras em baixo relevo, ornamentando as folhas brilhantes em forma de coração, sempre apresentando uma paleta sóbria de cores, que mescla de diversas tonalidades de um verde bem fechado.

Existem diferentes variedades de Peperomia caperata disponíveis no mercado. A mais comumente encontrada é esta em destaque na foto de abertura deste artigo.

Outro cultivar que faz bastante sucesso é a Peperomia caperata ‘Rosso’, que possui folhas mais alongadas, em uma tonalidade mais clara de verde, sendo que a parte inferior é surpreendentemente escarlate. A palavra rosso significa vermelho, em italiano.

Esta é uma espécie originária do Brasil, bastante apreciada em todo o mundo como planta ornamental de interiores. A Peperomia caperata é ideal para o cultivo dentro de casas e apartamentos porque está habituada à vida em ambientes de sombra, desenvolvendo-se bem apenas com luz difusa, indireta.

Ironicamente, o único aspecto comprometedor, do ponto de vista estético, fica por conta das florações da Peperomia caperata. Tratam-se, na realidade, de inflorescências sob a forma de hastes finas e compridas, cuja aparência nos remete à cauda de um rato.

Olhando com mais atenção, dá para perceber que a estrutura tem a arquitetura de uma espiga, composta por minúsculas flores brancas. Ainda que não tenham uma época definida para aparecerem, estas florações são mais comumente vistas durante os meses que vão do verão ao outono.

peperomia

Inflorescências como estas, em forma de rabo de rato, são a marca registrada de diversas espécies de peperômia.

O único cuidado a ser tomado, no cultivo da Peperomia caperata, é o excesso de sol, que pode queimar sua folhagem delicada. Dentro de casas e apartamentos, esta planta fica perfeita próxima a uma janela com luminosidade indireta.

Nas horas mais quentes do dia, é importante protegê-la do sol pleno com a ajuda de uma cortina fina. Varandas face oeste, que recebem o sol da tarde, não são indicadas para o cultivo desta peperômia.

Por apreciarem ambientes úmidos e sombreados, as peperômias, e particularmente a Peperomia caperata, costumam ser utilizadas na composição de terrários. O porte compacto da planta ajuda a tornar os arranjos mais delicados, evitando o retrabalho com podas de manutenção.

Neste tipo de ambiente, o principal cuidado a ser tomado é quanto ao excesso de regas. Como não há por onde a água escapar, seu acúmulo pode provocar o apodrecimento das raízes. Uma generosa camada de drenagem, com pedriscos no fundo, é essencial para o cultivo bem-sucedido desta peperômia em terrários.

Sendo uma planta de origem tropical, acostumada à vida no chão das florestas úmidas, a Peperomia caperata aprecia um solo rico em matéria orgânica. Aquela mistura clássica para jardinagem amadora, que compramos pronta, pode ser acrescida de húmus de minhoca ou esterco curtido, para um maior aporte de nutrientes.

Peperomia-caperata-Rosso

Alternativamente, uma adubação inorgânica, do tipo NPK, de manutenção, será suficiente para manter a folhagem desta peperômia bonita. Ainda que as florações não costumem ser priorizadas, neste tipo de planta, o uso de um fertilizante mais rico em fósforo poderá ajudar a promover o aparecimento das inflorescências.

É sempre aconselhável evitar o excesso de adubação, que pode resultar no acúmulo de sais minerais no solo, prejudicando o desenvolvimento das raízes.

A Peperomia caperata pode ser plantada em vasos de plástico ou barro, sem maiores problemas. No entanto, a frequência das regas deve ser ajustada de acordo com o material escolhido.

O plástico tende a reter a umidade do solo por um período mais prolongado. Já a cerâmica, por ser mais porosa, permite que o substrato seque mais rapidamente. Esta espécie não tolera os extremos de umidade, o solo não pode ficar encharcado e nem seco por muito tempo. Sempre é válida a regra de se testar a umidade do substrato com a ponta do dedo.

Peperomia_caperata

Como não se dá bem com o frio, a Peperomia caperata é perfeita para o cultivo dentro de casas e apartamentos, onde as temperaturas se mantêm constantes ao longo de todo o ano.

É por este motivo que esta planta faz tanto sucesso em países de clima temperado, onde invernos mais rigorosos impedem seu cultivo em áreas externas.

Outro grande atrativo da Peperomia caperata, como planta de interior, é o fato de suas folhas não serem tóxicas, caso ingeridas acidentalmente por crianças ou animais de estimação.

A multiplicação da Peperomia caperata é bastante tranquila, podendo ocorrer através da divisão de touceiras ou a partir de folhas saudáveis e adultas, destacadas da planta mãe.

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O processo é semelhante ao utilizado na propagação da violeta africana. As folhas podem ser colocadas para enraizar na água ou plantadas diretamente em um vaso separado. As peperômias, de maneira geral, geram novas mudas com facilidade, a partir de suas folhas.

Com tantas variedades de formas e cores disponíveis, além da facilidade de cultivo e baixa manutenção, fica difícil resistir à tentação de se colecionar peperômias.

A espécie Peperomia caperata, particularmente, é um charme em qualquer ambiente, quebrando a monotonia do verde alface das folhagens em geral.

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Obrigada pela sua visita. Se você tem sugestões ou dicas sobre o assunto, coloque aí nos comentários, eles podem acabar virando temas para novos posts.

OBS: Este site não trabalha com vendas de plantas,sementes e afins, apenas são postados artigos com informações sobre como cultivar as plantas. Você pode adquirir sua planta desejada em qualquer bom Garden Center de sua região.


asplenium nidus

Esta é uma pertencente àquele grupo de vegetais que podem ser cultivados em ambientes de sombra, dentro de casas e apartamentos, sem maiores problemas. Bastante ornamental e de fácil cultivo, o asplênio é pouco lembrado, quando buscamos por plantas de interior para preenchermos nossas selvas urbanas.

Assim como a samambaia, o Asplenium nidus é uma espécie de feto, uma planta vascular que se reproduz através de esporos, não sendo capaz de produzir flores ou sementes.

Ainda que guarde parentesco com plantas como a samambaia americana, mini samambaia havaiana, e renda portuguesa todas pertencentes à família botânica Davalliaceae, o asplênio encontra-se, atualmente, classificado em sua própria família, denominada Aspleniaceae, estabelecida em 1840 pelo botânico inglês Edward Newman.

Embora os membros desta família encontrem-se distribuídos por todo o globo terrestre, com exceção das regiões glaciais, a espécie Asplenium nidus é originária de países localizados no sudeste asiático e em algumas ilhas do Pacífico.

Também há alguma ocorrência de asplênio nativo em regiões da Austrália e África. Trata-se de uma planta epífita, que vive sobre os troncos de árvores, principalmente palmeiras, no interior de florestas tropicais quentes e úmidas.

É por este motivo que o asplênio adapta-se tão bem ao cultivo em interiores, já que não tolera o sol direto incidindo sobre suas folhas. Esta é uma planta de sombra, habituada à luminosidade filtrada pelas copas das árvores, em seu habitat de origem.

Tudo o que necessita é de um local bem arejado, com níveis adequados de umidade relativa do ar, superiores a 60%, e uma fonte de luz difusa e indireta.

As folhas do asplênio são longas, firmes e onduladas, surgindo a partir de uma roseta central, que emerge a partir de um rizoma bastante intrincado.

Com o tempo, as folhas mais antigas vão secando e formando uma estrutura similar a um ninho, na base da planta. Por esta razão, o Asplenium nidus é conhecido como ninho de passarinho, faz alusão ao fato de as folhas do asplênio nascerem enroladas sobre si mesmas, como ocorre com as samambaias.

Asplenium_nidus

Estas estruturas bebês são bastante frágeis e não devem ser tocadas, sob o risco de atrofiarem e morrerem, antes mesmo de se desenvolverem.

Por esta razão, é importante proteger o vaso de asplênio de correntes de vento, principalmente se forem suspensos, para que a rotação constante não force as pontas dos fetos contra superfícies como muros ou paredes.

Neste contexto, os moradores de apartamentos, principalmente aqueles localizados em andares muito altos, precisam prestar atenção à incidência de vento, que costuma ser intenso, principalmente em varandas. Também é importante manusear a planta com cuidado, e apenas quando necessário.

O cultivo do asplênio é bastante simples e semelhante ao das samambaias. A espécie Asplenium nidus aprecia um solo rico em matéria orgânica, que não seja muito compactado. Além disso, é importante que ele seja facilmente drenável.

Uma mistura de terra vegetal, composto orgânico e substrato para epífitas, na proporção de um terço cada, produz um solo apropriado para o correto desenvolvimento do asplênio. O vaso, independentemente do material, se de plástico ou barro, deve ter furos no fundo e um sistema de drenagem, composto por pedrisco, cacos de telha ou argila expandida.

As regas devem ser moderadas, sem excessos. É importante evitar colocar água diretamente no centro do asplênio, no ninho, que pode ficar muito úmido e ser atacado por fungos e bactérias. O ideal é regar o solo e não a folhagem, principalmente se a planta for cultivada dentro de casas e apartamentos, onde a ventilação é menor e a secagem do vaso mais demorada.

Mais importante do que manter o solo sempre úmido, é manter os níveis de umidade relativa do ambiente em valores acima de 60%.

Para tanto, vale recorrer a umidificadores de ar, bandejas umidificadoras, com areia ou pedrisco no fundo e uma lâmina de água, com o vaso por cima, fontes de água ou aquários, etc. Ambientes de cultivo muito secos podem fazer com que as pontas das folhas do asplênio fiquem ressecadas e queimadas.

Este mesmo efeito pode ser causado pelo excesso de adubação, principalmente se ela for do tipo inorgânica,  composta por sais minerais que forneçam os macronutrientes NPK.

Durante o inverno, o fornecimento de fertilizantes pode ser suspenso. Existem formulações próprias para a nutrição de folhagens que, por não produzirem flores, não necessitam de elevados teores de fósforo na adubação.

É importante ressaltar que o asplênio não pode ser dividido como a maioria dos outros fetos. Como depende do tecido meristemático existente na roseta central, apenas uma planta pode surgir a partir desta estrutura.

De modo geral, a propagação do asplênio ocorre através dos esporos, mas este é um processo mais complicado, que costuma ser realizado apenas pelos produtores comerciais da planta.

A espécie Asplenium nidus não é tóxica para crianças e animais de estimação. Esta é uma planta consumida com fins medicinais, em algumas culturas. Em outros locais, como Taiwan, os brotos do asplênio são utilizados na culinária, consumidos em receitas de saladas. Este é outro fator que torna esta espécie ideal para o cultivo em ambientes internos.

Para quem deseja acrescentar um toque de novidade ao cenário dominado por samambaias e rendas portuguesas, o asplênio é uma excelente opção de diversificação.

Por possuir exigências semelhantes de cultivo, e uma aparência imponente e diferenciada, ele pode fazer belíssimas composições com vários outros tipos de plantas epífitas, como os fetos, bromélias, chifres de veado e orquídeas.

O único cuidado a ser tomado, quanto o cultivo do asplênio, é em relação ao espaço disponível para o seu desenvolvimento. Ainda que seja uma planta de crescimento lento, ela atinge grandes proporções, quando adulta.

Asplenium nidus

Para quem mora em apartamentos pequenos, este pode ser um empecilho para sua manutenção, uma vez que as pontas das folhas do Asplenium nidus não toleram o atrito constante com outras superfícies.

No mais, o asplênio é uma planta de interior belíssima, bastante resistente, que raramente apresenta problemas com doenças ou pragas, requerendo apenas aquela manutenção básica que todos já estão acostumados a fornecer, no cultivo de samambaias, por exemplo.

Outras considerações
*
Samambaias não gostam de vento, gerando queima nas folhas.
* Folhas feias ou deformadas devem ser periodicamente removidas.
* Quando se percebe que a planta precisa de mais espaço, deve-se providenciar o transplante para um vaso com tamanho mais adequado.
* Os asplênios gostam de umidade mas evite pulverizar suas folhas pois não apreciam tê-las umedecidas. Suas folhas quando empoeiradas podem ser limpas delicadamente com um pano úmido exceto as novas que estão saindo do centro.
* Mudanças constantes de lugar acabam estressando a planta.
* Evite colocá-la em locais onde pessoas ou animais possam encostar e danificar suas folhas.
* Tendo estes cuidados, sempre manterá a sua elegante beleza e será uma das plantas mais fáceis de cultivar em casa.

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Lírio do Zéfiro

Esta é uma delicada planta ornamental que atende por diversos nomes, populares e científicos, todos repletos de significados. Diferentes espécies pertencentes ao gênero botânico Zephirantes são comumente chamadas de lírios do vento.

Em países de língua inglesa, esta planta recebe os apelidos lírio da chuva ou flor da chuva. Por fim, outro termo popular bastante utilizado, aqui no Brasil, é lírio do Zéfiro. A seguir, conheceremos as razões para cada um destes nomes.

A primeira curiosidade é que, apesar dos apelidos, as espécies de Zephirantes não são lírios verdadeiros, uma vez que não pertencem à família botânica Liliaceae. O lírio do Zéfiro é, na realidade, uma planta bulbosa, parente da amarílis e do narciso, fazendo parte da família

O apelido lírio da chuva é o mais significativo, já que esta planta costuma florescer durante as estações mais chuvosas do ano, tipicamente durante o verão e início do outono. A característica ornamental mais interessante relacionada ao lírio do Zéfiro é o fato de ele produzir várias flores, simultaneamente, apenas alguns dias após uma chuva intensa.

Embora as flores do lírio do vento durem apenas um ou dois dias, isoladamente, grandes touceiras podem permanecer floridas por bastante tempo, graças às florações que ocorrem de forma sequencial.

As cores e fragrâncias variam conforme as espécies e híbridos, mas geralmente apresentam diferentes tonalidades entre o branco e o amarelo, havendo também espécies com as flores rosadas, como a Zephirantes grandiflora. Já a Zephirantes citrina, como o nome sugere, produz flores amarelas. Também há o lírio do Zéfiro branco, cuja espécie mais representativa é a Zephirantes cândida.

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Neste gênero botânico, as flores sempre apresentam três sépalas, três pétalas e seis estames, as estruturas que carregam o pólen. O lírio do Zéfiro é conhecido por suas flores delicadas, com um formato levemente afunilado na base. Nem todas são perfumadas, sendo que esta característica depende da espécie e híbrido em questão.

Ao que tudo indica, a dificuldade de se obter variedades perfumadas é o fato de este ser um traço recessivo, nos cruzamentos.

Para que floresçam na estação correta, os bulbos do lírio do vento devem ser plantados durante o outono. O solo ideal para o plantio da Zephirantes é aquele fértil, rico em matéria orgânica, de natureza mais ácida, levemente arenoso.

O material deve ser bem drenável, pouco compactado. Existem diversos substratos prontos para o cultivo de plantas floríferas, em lojas de jardinagem. Estes solos podem ser misturados a compostos orgânicos, como esterco curtido ou húmus de minhoca, em partes iguais.

Mesmo antes de brotarem, os bulbos de lírio do Zéfiro precisam ser regados moderadamente. Esta é uma planta que não tolera grandes períodos de estiagem. No entanto, é importante que a terra não fique demasiadamente encharcada.

Quando plantado em vasos, o lírio do vento precisa ter uma boa camada de drenagem no fundo, que pode ser composta por argila expandida ou cacos de telha. Por cima deste material, uma manta geotêxtil, ou mesmo um filtro de café reutilizado, ajuda a reter o solo, impedindo que o material se perca pelos furos do vaso, durante as regas.

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A condição ideal para que o lírio do Zéfiro floresça é o sol pleno. No entanto, a planta precisa ser protegida do sol mais intenso, nas horas mais quentes do dia. Dentro de casas e apartamentos, é importante que o vaso fique bem próximo a uma janela ampla e ensolarada. Coberturas, sacadas e jardineiras externas, que recebam bastante luz solar, também são locais apropriados para o cultivo do lírio do vento.

É importante lembrar que, em ambientes internos, o lírio do Zéfiro não se beneficiará da forte chuva, que é o fator desencadeador de suas florações. Portanto, para simular esta situação, basta regar a planta abundantemente, durante as estações tipicamente mais chuvosas do ano, no final da primavera e ao longo de todo o verão.

Após as regas intensas, é importante que todo o excesso de água escoe bem pelos furos no fundo do vaso, de modo que não fiquem acumuladas por muito tempo. Este é um fator que pode causar o apodrecimento das raízes, graças à proliferação de fungos e bactérias.

Após o término da floração, não é preciso cortar a folhagem, que tem o aspecto de um capim. As folhas continuarão a realizar fotossíntese, fortalecendo os bulbos para uma nova floração, no ano seguinte. Com o tempo, naturalmente, estas estruturas vão amarelando e secando, até que a planta entre em um período de dormência.

Lírio do Zéfiro

Nesta fase da vida do lírio do Zéfiro, não é necessário desenterrar o bulbo e guardá-lo em outro local, como fazemos com outras plantas bulbosas. Ele pode ficar no solo, mas as regas devem ser reduzidas, durante o inverno. Na época apropriada, uma nova planta surgirá e mais uma floração será produzida.

De modo geral, as espécies de Zephirantes não necessitam de uma adubação complementar, uma vez que o solo já é rico em nutrientes, fornecidos pelos compostos orgânicos, e os bulbos armazenam todos os elementos necessários para que a planta se desenvolva e floresça.

Caso o cultivador deseje, pode reforçar a adubação orgânica com um fertilizante de manutenção, do tipo NPK, durante os meses de crescimento vegetativo do lírio do vento.

Por fim, muito embora o lírio do Zéfiro tenha sido utilizado, por diversas culturas, como planta medicinal, seus efeitos terapêuticos ainda não foram comprovados. Além disso, suas estruturas vegetais são ricas em alcalóides, compostos químicos que podem ser tóxicos, caso ingeridos. Sendo assim, convém manter a planta fora do alcance de crianças pequenas e pets.

Para quem está acostumado a cultivar amarílis, os cuidados com o lírio do Zéfiro são muito parecidos. Vale a pena tentar.

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Raphidophora tetrasperma

A mini costela de Adão é uma planta de sombra ideal para o paisagismo de ambientes internos. Sua semelhança com a clássica costela de Adão (Monstera deliciosa), não é uma mera coincidência.

Apesar de pertencerem a gêneros distintos, ambas as plantas fazem parte da família botânica Araceae, conhecida por suas exuberantes folhagens tropicais, ideais para ambientes sombreados.

Sua origem é asiática. A espécie Raphidophora tetrasperma ocorre nativamente ao sul de países como Tailândia e Malásia. Devido ao seu grande apelo ornamental, vem sendo cultivada em várias partes do mundo, comercialmente, embora ainda seja mais difícil encontrá-la no Brasil.

Conhecida no exterior como mini Monstera, esta planta faz a alegria dos adeptos das florestas urbanas. Além de lembrar uma costela de mini costela de Adão requer pouca manutenção, sendo bastante resistente. Suas folhas fenestradas, de pequeno porte, partem de caules flexíveis, que apresentam o hábito de uma trepadeira. Através de suas raízes aéreas, a mini costela de Adão é capaz de subir pelas paredes, literalmente.

Sendo assim, é aconselhável oferecer um suporte para que a planta se enovele, da mesma forma que fazemos com as jibóias e filodendros. Quanto mais a planta se desenvolve, maiores ficam suas folhas, assim como suas fendas. Durante a fase juvenil, a mini costela de Adão apresenta folhas íntegras, sem as características fenestrações, assemelhando-se a um filodendro comum.

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A mini costela de Adão é uma planta de crescimento rápido. Aprecia ambientes com níveis de umidade relativa do ar superiores a 60%, não se desenvolvendo bem em cômodos muito secos, principalmente com aparelhos de ar condicionado.

Além disso, por ser de origem tropical, não aprecia temperaturas muito baixas. É por este motivo que a espécie faz sucesso em ambientes internos, mesmo em países do hemisfério norte.

Embora seja considerada uma planta de sombra, a mini costela de Adão precisa de uma boa luminosidade difusa, indireta, em seu ambiente de cultivo. Exemplares cultivados em locais muito sombreados tendem a ficar com as folhas menores e mais espaçadas, podendo perder as fendas.

Quando próxima a janelas face oeste, que recebem o sol da tarde, a mini costela de Adão precisa ser protegida por uma cortina fina, para que não sofra queimaduras em suas folhas. Em varandas e coberturas, também é preciso colocar telas de sombreamento ou outras plantas mais resistentes, que protejam a mini Monstera do sol pleno.

A mini costela de Adão aprecia um solo fértil, rico em matéria orgânica, bem aerado, capaz de escoar a água das regas rapidamente. Idealmente, o vaso deve ter uma boa camada de drenagem no fundo, composta por qualquer material particulado, como pedrisco, argila expandida ou brita. Uma manta geotêxtil pode ser posicionada acima desta camada, para reter o substrato e as raízes.

Uma mistura de terra vegetal e composto orgânico, que pode ser húmus de minhoca ou esterco curtido, em partes iguais, pode ser usada para o cultivo da mini costela de Adão. Além disso, existem substratos adubados, prontos para o uso, à venda em lojas de jardinagem.

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Como raramente floresce em ambientes internos, e devido ao pequeno valor ornamental de suas florações, a mini Monstera não precisa receber uma adubação específica para este fim. Como o substrato já é rico em matéria orgânica, um fertilizante de manutenção, do tipo NPK, pode ser fornecido mensalmente, durante os meses mais quentes do ano. Durante o inverno, a adubação pode ser suspensa.

As regas devem ser frequentes, de modo a manterem o substrato sempre ligeiramente úmido, sem que este fique encharcado. Embora aprecie a umidade no ambiente, a mini costela de Adão não suporta ficar com as raízes molhadas, por muito tempo.

Neste caso, o risco de que estas estruturas apodreçam é grande. Por outro lado, a mini costela de Adão aprecia ser borrifada com uma fina névoa, em suas folhas, diariamente. É importante evitar que o excesso de água caia no solo.

Em ambientes muito secos, o uso de uma bandeja umidificadora pode ajudar a tornar o ambiente mais saudável para a mini costela de Adão. Basta utilizar um recipiente raso preenchido com areia ou pedrisco, mantendo uma lâmina de água no fundo. O vaso não entra em contato direto com a água, que sobe por capilaridade.

Apesar de ser belíssima, resistente e de fácil cultivo, a mini costela de Adão apresenta a desvantagem, inerente a todas as aráceas, de possuir substâncias tóxicas em seus tecidos vegetais.

Raphidophora tetrasperma

As folhas, caules e raízes da Raphidophora tetrasperma são ricos em cristais de oxalato de cálcio, elemento químico capaz de causar complicações gástricas. Por este motivo, é importante manter esta planta longe do alcance de crianças e animais de estimação, que podem inventar de ingeri-la, inadvertidamente.

A multiplicação da mini costela de Adão ocorre a partir de estacas removidas da planta principal. Estes segmentos podem ser colocados em um recipiente com água, para que formem novas raízes. Alguns cultivadores preferem plantá-los diretamente no solo de um novo vaso, tomando o cuidado de mantê-lo sempre levemente úmido, até que as estacas enraízem.

Para quem é apaixonado pelas imensas folhas fenestradas da costela de Adão, mas não dispõe de espaço suficiente para cultivar esta planta, a espécie Raphidophora tetrasperma é uma excelente alternativa.

Por apresentar um porte mais compacto e ser mais versátil, podendo ser cultivada como planta pendente, em vasos suspensos ou como trepadeira.

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