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Aloe aristata

Os nomes populares de vários seres vivos costumam ser um tanto quanto imprecisos, visto que o mesmo organismo pode ser chamado por diversos apelidos, podendo também ocorrer o contrário, quando diferentes espécies acabam recebendo a mesma alcunha.

Não que a taxonomia científica nos livre deste mal, o mesmo fenômeno ocorre com frequência neste universo. A suculenta rabo-de-tatu, por exemplo, é uma planta bastante popular.

Ainda que diferentes indivíduos possam ser assim nomeados, o mais comum é que este termo se refira à espécie botânica Aloe aristata, também conhecida como Aristaloe aristata.

Como uma prova de que a nomenclatura oficial também pode ser confusa, alguns estudiosos agora decidiram que esta planta pertence ao gênero Haworthiopsis. Mudanças desta natureza são bastante comuns, particularmente no âmbito dos estudos botânicos.

Polêmicas à parte, quando se fala em suculenta rabo-de-tatu, o mais provável é que a planta mencionada seja a Aloe aristata. Trata-se de uma prima da popular babosa, cujo nome científico é Aloe vera.

Ainda que ambas as plantas organizem-se sob a forma de folhas suculentas e triangulares, dispostas em rosetas, a suculenta rabo-de-tatu apresenta um porte muito mais compacto, o que torna o seu cultivo dentro de casas e apartamentos mais prático e conveniente.

Vista de longe, e por cima, a Aloe aristata pode até ser confundida com uma suculenta dos gêneros Echeveria ou Haworthia. No entanto, ao observarmos suas folhas com mais atenção, percebemos os detalhes típicos das Aloes, tais como as estruturas em forma de dentes afiados, nas margens laterais.

A suculenta rabo-de-tatu pertence à família Asphodelaceae, que reúne os gêneros Aloe, Haworthia, Haworthiopsis e Gasteria, entre outros. De fato, ao observarmos a planta de lado, temos uma imagem que nos remete à aparência de uma tocha.

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As inflorescências desta espécie também lembram tochas, principalmente devido à coloração alaranjada de suas flores. Outra estrutura característica desta suculenta é a ponta da folha bastante afilada, que lembra um fiapo de tecido.

Assim como acontece com sua prima mais famosa, Aloe vera, a suculenta rabo-de-tatu também costuma ser utilizada como fonte de substâncias emolientes para a pele, principalmente no exterior, graças ao sumo gelificado contido em suas folhas.

No entanto, sua produção é menor, devido ao porte compacto, quando comparado às proporções gigantescas que as folhas da babosa podem atingir.

Típica suculenta do continente africano, a planta rabo de tatu é originária de países como Lesoto e África do Sul. Ainda assim, esta espécie não necessita de sol pleno para um bom desenvolvimento, podendo se adaptar ao cultivo em ambientes internos.

A Aloe aristata contenta-se com bons níveis de luminosidade indireta, vinda de uma janela que receba uma boa iluminação natural. Sua aparência é mais pálida quando cultivada em ambientes mais sombreados. Quanto mais luz a planta  receber, mais escuras ficarão suas folhas.

Como toda suculenta, a planta rabo-de-tatu ressente-se do excesso de regas. O primeiro indício de que a planta está recebendo água demais é observado pelo amarelamento de suas folhas próximas à base.

Além disso, elas ficam mais amolecidas e destacam-se com facilidade, graças à ação destrutiva de bactérias, que se proliferam em razão do excesso de umidade.

Para que não corramos o risco de esta tragédia acontecer, devemos controlar bem a frequência das regas. Elas somente devem acontecer quando o solo estiver bem seco.

aloe aristata

Percebe-se que o momento certo para uma nova irrigação chegou quando o vaso está bem leve, sinal de que o substrato está suficientemente livre de umidade. Além disso, eu costumo observar a coloração da terra.

Quanto mais seca, mais clara é a sua aparência. Por este motivo, minhas suculentas e cactos costumam ser cultivados sem aquela camada de pedrisco branco por cima, que tem função apenas decorativa.

Outro elemento essencial para um bom cultivo da suculenta rabo-de-tatu é o substrato. É importante que tentemos mimetizar a natureza do solo presente nos locais de origem desta planta. O ideal é que ele seja bem aerado, rapidamente drenável, e que não fique muito compactado.

Estas características podem ser encontradas em substratos comerciais, próprios para o cultivo de cactos e suculentas. Alternativamente, pode-se preparar uma versão caseira, através da mistura de terra vegetal e areia grossa de construção, em partes iguais.

Convém salientar que a areia da praia não pode ser utilizada para esta finalidade, por apresentar uma salinidade excessiva, prejudicial às raízes das plantas.

Como a suculenta rabo-de-tatu está habituada à vida em ambientes áridos, que apresentam solos arenosos e pobres em matéria orgânica, não é necessário adubar a planta com muita frequência.

Pelo mesmo motivo, não é preciso adicionar muitos compostos orgânicos ao substrato. Caso o intuito seja estimular a floração da Aloe aristata, uma formulação mais rica em fósforo, a letra P do NPK, pode ser fornecida, nos meses que antecedem o surgimento de hastes florais.

Ainda que não seja o principal atrativo da suculenta rabo-de-tatu, suas flores são bastante chamativas, com uma coloração coral, sob a forma de inflorescências no topo de longas hastes eretas.

As flores da Aloe aristata costumam surgir durante os meses do verão, sendo conhecidas por sua capacidade de atração dos beija-flores. Muitos cultivadores, no entanto, costumam evitar que seus exemplares floresçam, de modo a priorizar o crescimento vegetativo e a aparência compacta das rosetas.

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Em resumo, a suculenta rabo de tatu é uma planta de fácil cultivo, bastante resistente, que se multiplica com facilidade, emitindo novos brotos a partir da base da planta mãe.

Seu porte compacto a torna ideal para o cultivo dentro de casas e apartamentos, desde que seja possível lhe fornecer bons níveis de luminosidade. Para quem gosta de suculentas em forma de rosetas, esta é uma valiosa adição à coleção, graças aos exóticos detalhes de suas folhas pontiagudas.

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Obrigada pela sua visita. Se você tem sugestões ou dicas sobre o assunto, coloque aí nos comentários, eles podem acabar virando temas para novos posts.

OBS: Este site não trabalha com vendas de plantas,sementes e afins, apenas são postados artigos com informações sobre como cultivar as plantas. Você pode adquirir sua planta desejada em qualquer bom Garden Center de sua região.


Kalanchoe orgyalis4

Acho que poucas plantas suculentas ostentem um nome popular tão fidedigno, em relação à sua aparência, quanto a Kalanchoe orgyalis, cujo apelido mais conhecido é colher-de-cobre. Também existe a versão prateada, representada pela Kalanchoe bracteata, que é conhecida como colher-de-prata.

Kalanchoe bracteataKalanchoe bracteata

De fato, o gênero Kalanchoe está repleto de espécies surpreendentes, não somente por suas características ornamentais, mas também pela resistência, facilidade de cultivo e rapidez de multiplicação.

Além da belíssima coloração, as folhas da suculenta colher de cobre apresentam um interessante aspecto aveludado, similar ao encontrado em outra espécie do gênero, Kalanchoe tomentosa, mais conhecida como orelha-de-gato.

As estruturas que se assemelham a pelos recebem a denominação técnica de tricomas, nos tecidos vegetais. No caso da colher de cobre, eles são mais curtos, lembrando um veludo. Já na orelha de gato, eles se apresentam mais longos, conferindo às folhas desta suculenta a aparência de um bicho de pelúcia.

Devido à cor das folhas e à presença dos tricomas, a suculenta colher de cobre é conhecida, no exterior, como cinnamon bear, urso de canela. Além disso, o apelido brasileiro também costuma ser utilizado em países de língua inglesa, copper spoons, colheres-de-cobre.

Uma característica interessante da Kalanchoe orgyalis é que a coloração acobreada de suas folhas muda ao longo do tempo. Elas nascem mais claras, vão adquirindo a tonalidade de canela conforme amadurecem, e acabam apresentando uma coloração mais esverdeada na região mais próxima à base desta suculenta.

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A face inferior das folhas é sempre mais clara. Outra marca registrada desta espécie são as folhas em formato oval, levemente dobradas para cima, em seu sentido longitudinal.

A suculenta colher-de-cobre somente é encontrada naturalmente em algumas regiões da ilha de Madagascar. Em seu habitat de origem, a planta enfrenta a aridez do clima local, vegetando sobre solos secos, arenosos, em meio às rochas. Suas folhas suculentas e pilosas são resultado de uma adaptação a estas condições mais insalubres de vida.

Esta é uma planta bastante resistente, que requer baixa manutenção. Evidentemente, as regas não devem ser frequentes, precisando ser realizadas apenas quando o solo estiver bem seco.

Um bom espaçamento entre as irrigações garante que as raízes da suculenta colher-de-cobre não sejam atacadas por fungos e bactérias, que podem destruir a planta rapidamente.

Por este mesmo motivo, a suculenta colher-de-cobre deve ser plantada em um solo arenoso, pobre em matéria orgânica, bastante aerado e que permita uma drenagem rápida da água.

Kalanchoe orgyalis

Estes requisitos podem ser satisfeitos através da utilização de uma mistura de terra vegetal e areia grossa de construção, em partes iguais. A areia da praia deve ser evitada, já que contêm elevados níveis de salinidade, prejudiciais ao desenvolvimento das plantas, de maneira geral.

Para quem gosta de praticidade, existem diversos substratos específicos para o cultivo de cactos e suculentas, já vendidos prontos para o uso.

Não é necessário adicionar grandes quantidades de compostos orgânicos ao substrato, como húmus de minhoca ou esterco curtido, já que a Kalanchoe orgyalis está habituada a solos menos férteis, em seu habitat de origem.

A adubação deve ser apenas de manutenção, havendo formulações inorgânicas, do tipo NPK, apropriadas para o cultivo de plantas suculentas.

Os vasos para o cultivo da suculenta colher de cobre podem ser feitos dos mais diferentes materiais. Contudo, é sempre bom ter em mente que os vasos de plástico tendem a reter a umidade por mais tempo, de modo que as regas devem ser mais espaçadas.

O mesmo vale para os vasos de cerâmica impermeabilizados. Aqueles feitos de barro, por outro lado, são mais porosos e permitem que o substrato seque mais rapidamente. Este material não é muito prático, já que requer regas mais frequentes.

O crescimento da suculenta colher-de-cobre é relativamente lento. Quando cultivada dentro de casas e apartamentos, no entanto, existe a tendência de a planta ficar estiolada, situação em que o crescimento de seu caule ocorre de forma acelerada, com um grande distanciamento entre os pares de folhas, de modo que a suculenta acaba tornando-se pescoçuda.

Kalanchoe-orgyalis
A espécie Kalanchoe orgyalis é ideal para compor o paisagismo de áreas externas, principalmente em jardins rochosos, de inspiração desértica. A suculenta colher de cobre fica belíssima em meio a outras suculentas, principalmente dos gêneros Kalanchoe e Echeveria.

Evidentemente, não há par mais perfeito para esta planta do que a igualmente bela suculenta colher de prata. Para fechar o trio de metais preciosos, nada melhor do que o Sedum Oro, que também adora sol pleno.

Em ambientes internos, contudo, é importante prestar atenção e garantir que a suculenta colher de cobre fique próxima a uma janela bem ensolarada. Esta planta também vai muito bem em varandas  e coberturas que recebam sol pleno.

Na ausência destas localidades, uma floreira posicionada do lado de fora das janelas também garante um bom desenvolvimento à Kalanchoe orgyalis.

A luminosidade é outro fator importante para fazer a suculenta colher de cobre florescer. Ainda que este não seja o objetivo principal da maioria dos cultivadores, a floração desta planta é bastante chamativa, sob a forma de inflorescências em um tom bem vivo de amarelo.

As flores não se abrem completamente, apresentando o formato de um sino. A colher de cobre produz suas hastes florais predominantemente durante os meses da primavera.

A suculenta colher-de-cobre, como outras espécies do gênero Kalanchoe, de modo geral, multiplica-se com bastante facilidade, através de diferentes maneiras. Novos brotos são produzidos a partir da base da planta mãe.

Kalanchoe orgyalis3

Estas mudas podem ser destacadas e plantadas separadamente, gerando novas suculentas. Além disso, é possível destacar as folhas em forma de colher de cobre e colocá-las em um berçário de suculentas, para que produzam novas mudas.

Bonita, versátil e resistente, a suculenta colher de cobre é perfeita para o cultivo em ambientes externos e internos, desde que haja boa luminosidade. Trata-se de uma espécie bastante admirada pelos colecionadores, pela sua aparência e colorido únicos.

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Crassula-campfire

Ainda que nem sempre percebamos, a maioria das plantas suculentas que cultivamos, com fins ornamentais, pertence à família botânica Crassulaceae.

Vamos destacar uma ilustre representante de um seleto grupo de crassuláceas, conhecidas pela incrível organização geométrica de suas folhas suculentas. São as chamadas stacked Crassulas, ou Crassulas empilhadas.

A Crassula capitella ‘Campfire’ é simétrica e exótica, cujas folhas lembram várias cruzes perfeitamente sobrepostas. Além da geometria raramente encontrada na natureza, esta espécie de planta suculenta é famosa pelo seu colorido único.

Quando expostas à luz solar direta, as folhas da Crassula capitella, outrora verdes, adquirem um esfuziante tom avermelhado, em dégradée, que mistura as cores verde, laranja, pink e escarlate.

Quanto mais luz solar a Crassula capitella ‘Campfire’ recebe, mais coloridas, simétricas e compactas ficam suas folhas suculentas. A luminosidade no ambiente de cultivo é o principal fator determinante para a obtenção de plantas suculentas coloridas, de maneira geral.

No entanto, esta também é uma questão genética. Nem todas as espécies ficarão coloridas quando expostas ao sol.

 Crassula capitella 'Campfire'

A Crassula capitella ‘Campfire’ também pode ser encontrada como Crassula ‘Red Pagoda’, por ser uma versão vermelha deste tipo de suculenta geométrica, em forma de pagoda.

É interessante notar que a Crassula capitella ‘Campfire’ fica avermelhada exatamente nas regiões da planta que recebem sol. Esta é uma planta suculenta nativa do continente africano, ocorrendo em maior abundância em diversas províncias da África do Sul.

A Crassula capitella ‘Campfire’ também pode ser encontrada em algumas regiões da Namíbia e Botsuana. O nome da espécie, capitella, é derivado da palavra em latim capitellum, que significa pequena cabeça.

As flores da Crassula capitella ocorrem sob a forma de pequenas estrelas brancas, de efeito ornamental secundário, quando comparadas à exuberância das folhas suculentas incandescentes.

O néctar das inflorescências tem a capacidade de atrair abelhas e borboletas. As raízes desta planta suculenta costumam ser utilizadas pelos nativos africanos na cicatrização de ferimentos, sendo maceradas e transformadas em pó.

Ainda que possa ser cultivada dentro de casas e apartamentos, em vasos, desde que em locais com bastante luminosidade, a Crassula capitella ‘Campfire’ fica mais exuberante em jardins de inspiração desértica, sob sol pleno, onde forma pequenos arbustos em diferentes tonalidades de vermelho vivo. Pode ser utilizada de forma solitária, como ponto focal, ou em bordaduras.

Crassula-Capitella
Quando cultivada sob condições mais sombreadas, a Crassula capitella tende a ficar estiolada, crescendo de forma acelerada, em busca de luz. As folhas mais próximas à base da planta vão secando e caindo, de forma que a suculenta se torna pescoçuda.

Esta situação pode ser facilmente corrigida através de uma poda drástica, conhecida como decapitação de suculentas. Este processo, além de melhorar a estética da planta, também pode ser utilizado para multiplicar a Crassula capitella, uma vez que o caule remanescente continuará a produzir novas brotações.

A multiplicação da Crassula capitella ‘Campfire’ é bastante tranquila. Esta suculenta produz inúmeros brotos ao longo de seu caule, principalmente na região próxima ao solo. Além disso, as folhas destacadas da planta podem ser colocadas em um berçário de suculentas, onde irão produzir novas mudas com facilidade.

Esta é uma suculenta que aprecia um solo mais arenoso, pobre em matéria orgânica, bem aerado e facilmente drenável. Solos próprios para o cultivo de cactos e suculentas são perfeitos para esta planta.

Alternativamente, pode-se preparar um substrato caseiro através da mistura de terra vegetal e areia grossa de construção, em partes iguais. O importante é que o vaso tenha um bom sistema de drenagem, de modo a evitar que a água fique acumulada no substrato.

Crassula-capitella-Campfire

O excesso de água faz com que um fungo esbranquiçado se desenvolva na superfície das folhas, arruinando sua aparência. Além disso, a umidade excessiva pode causar o apodrecimento do sistema radicular, matando a planta.

As regas devem ser bem espaçadas, de modo que permitam a secagem completa do substrato. A Crassula capitella ‘Campfire’ não necessita de uma adubação muito elaborada, uma vez que o solo em seu habitat de origem é pobre em nutrientes.

A aplicação de um fertilizante de manutenção, do tipo NPK, é mais que suficiente para um bom desenvolvimento da suculenta. Existem formulações inorgânicas próprias para o cultivo de cactos e suculentas, à venda no mercado.

Dentro de casas e apartamentos, é possível cultivar a Crassula capitella, uma vez que a suculenta tolera uma situação de meia sombra. Sob estas circunstâncias, é importante que o vaso fique bem próximo a uma janela ensolarada.

Crassula capitella 'Campfire'

Caso a planta possa receber algumas horas de sol direto por dia, ainda que no começo da manhã ou final da tarde, seu aspecto ficará mais simétrico e compacto, com as folhas mais coloridas. Varandas ensolaradas e jardineiras no lado externo das janelas são locais perfeitos para o cultivo desta planta.

Para quem gosta de suculentas coloridas, a Crassula capitella ‘Campfire’ ou Crassula ‘Red Pagoda’ é uma excelente aquisição. Trata-se de uma planta resistente, que se desenvolve vigorosamente e se multiplica com rapidez.

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Sedum rubrotinctum

Existe uma variedade imensa de suculentas, mas dentre as suculentas coloridas, a espécie popularmente conhecida como dedinho-de-moça, Sedum rubrotinctum, é a que mais se destaca pela esfuziante variedade de colorações em suas folhas, que se modificam conforme a luminosidade à qual a planta é exposta.

Muitas suculentas apresentam este comportamento de camaleão, mudando radicalmente sua aparência, conforme o local em que são cultivadas. O apelido curioso desta espécie botânica originou-se do fato de as pontas das folhas, cilíndricas e gorduchas, ficarem tingidas de vermelho, como os dedos de uma dama com unhas pintadas.

O nome científico da suculenta dedinho-de-moça, Sedum rubrotinctum, somente foi estabelecido oficialmente em 1948. Trata-se de uma espécie originária do México.

Também é importante não confundir a suculenta dedinho de moça com outra espécie do gênero, Sedum morganianum, cuja aparência é bem diferente. Neste caso, as folhas são mais foscas, cobertas por pruína, e os caules adquirem o aspecto pendente. A confusão costuma acontecer devido ao seu apelido, suculenta dedo-de-moça.

Sedum morganianum

As suculentas do gênero Sedum pertencem à família botânica Crassulaceae, repleta de espécies frequentemente cultivadas com fins ornamentais. São plantas que apresentam uma grande variabilidade quanto aos seus aspectos vegetativos, havendo representantes arbustivos, outros rasteiros, formando densos tapetes, além daqueles cujo hábito é pendente.

Em comum, todas estas espécies, incluindo a suculenta dedinho-de-moça, apresentam a necessidade de uma grande exposição à luz solar, para um bom desenvolvimento. Quanto maior for a luminosidade no ambiente de cultivo, mais compacta será a disposição das folhas.

Nos casos em que estas suculentas são cultivadas em locais muito sombreados, existe uma grande tendência ao crescimento estiolado, no qual a planta se torna fina e comprida, com um grande espaçamento entre as folhas.

Sedum rubrotinctum

Além disso, particularmente no caso do Sedum rubrotinctum, a exposição ao sol intensifica o colorido de suas folhas suculentas. O mesmo não acontece com as demais espécies acima mencionadas, cuja coloração não se altera significativamente em resposta à luminosidade.

A suculenta dedinho-de-moça é predominantemente verde, quando cultivada em locais à meia sombra, adquirindo diversas nuances de amarelo, laranja e vermelho, quando exposta à luz solar direta. Quando bastante estressada, em ambientes de muita luminosidade, a planta pode adquirir um aspecto nas tonalidades de bronze ou púrpura.

Ainda que a planta adapte-se ao cultivo tanto em ambientes mais sombreados como sob sol pleno, é importante fazer a transição de forma gradativa. Uma planta acostumada ao cultivo em interiores pode ter suas folhas queimadas, caso seja repentinamente exposta à luz solar direta. O problema no sentido inverso também ocorre. Neste caso, a planta tende a estiolar rapidamente.

Tomando-se estes cuidados, a suculenta dedinho-de-moça pode ser tranquilamente cultivada dentro de casas e apartamentos. Basta que o local receba bastante luz e tenha uma boa ventilação.

O Sedum rubrotinctum é de fácil cultivo e propaga-se facilmente. É comum que, durante o manuseio da planta, algumas folhas sejam facilmente destacadas do caule. Neste caso, basta colocá-las em um berçário de suculentas e aguardar pelas brotações, que irão gerar novas mudas.

Frequentemente, este processo ocorre de forma espontânea, sem que precisemos nos preocupar com o desenvolvimento dos bebês. Com o tempo, o vaso vai formando grandes touceiras repletas de dedinhos-de-moça.

Outra forma bastante tranquila de se propagar esta suculenta é através do método da decapitação. Quando o Sedum rubrotinctum se torna muito comprido, pescoçudo, pode se tornar desejável fazer uma poda drástica.

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Para tanto, basta cortar a roseta apical e plantá-la separadamente, o que irá resultar em uma nova planta. Durante este processo, é aconselhável aguardar algumas horas ou dias, até que o corte fique bem cicatrizado, antes de colocá-lo em contato direto com o solo. Desta forma, prevenimos o apodrecimento da estaca pelo ataque de fungos ou bactérias.

Devido à sua grande capacidade de armazenar água, a suculenta dedinho de moça sobrevive a longos períodos de estiagem. Sendo assim, esta é uma planta de fácil cultivo e baixa manutenção.

O único cuidado a ser tomado é quanto ao excesso de regas. É importante aguardar que o solo seque completamente, antes de regar novamente.

Para garantir que a umidade não se acumule em torno das raízes do Sedum rubrotinctum, o ideal é utilizar um substrato apropriado para o cultivo de cactos e suculentas, que já é vendido pronto para o uso.

Alternativamente, pode-se preparar uma versão caseira, através da mistura de terra vegetal e areia grossa de construção. A mistura deve ser bem aerada, facilmente drenável e não compactada.

Também é importante que o vaso tenha uma boa camada de drenagem, no fundo. É interessante utilizar uma manta geotêxtil, entre o substrato e o material de drenagem, para evitar que a areia escape pelos furos inferiores.

Sedum rubrotinctum

Não é necessário adicionar matéria orgânica ao substrato, como esterco de galinha ou estrume curtido. A suculenta dedinho-de-moça está habituada a solos pobres em nutrientes, em seu habitat de origem.

Uma adubação de manutenção, do tipo NPK, própria para cactos e suculentas, é mais que suficiente para garantir um bom desenvolvimento do Sedum rubrotinctum. Convém salientar que uma adubação em excesso, principalmente aquela rica em nitrogênio, contribui para que a planta cresça de forma estiolada, adquirindo um aspecto esteticamente desagradável.

Por fim, é preciso alertar os cultivadores da suculenta dedinho-de-moça quanto à toxicidade de suas folhas com aspecto de jujubas. Como são muito fofinhas e coloridas, estas estruturas tendem a atrair a atenção de crianças pequenas e animais de estimação.

No entanto, sua ingestão acidental pode causar problemas gástricos. É importante deixar esta planta fora do alcance de pequenos curiosos.

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