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A costela-de-adão é uma planta com origem no México, sendo muito utilizada para decoração de ambientes internos como casas, apartamentos e escritórios. Ela deve ser cultivada em ambientes de meia sombra ou luz difusa. As folhas grandes dão vida aos espaços e trazem um pouco de verde para os lares de grandes cidades.

De porte arbustivo, a planta simboliza boas energias, e é um ótimo presente de aniversário ou de casa nova para distribuir.

Como cultivar
A Monstera deliciosa é comumente cultivada ao ar livre como planta ornamental nos trópicos e subtrópicos. A planta requer muito espaço e um solo rico e solto.

Se crescer no chão, é melhor plantá-lo perto de uma árvore, onde possa subir, se não contra uma treliça. É moderadamente ávida a água e precisa ser regada apenas para manter o solo um pouco úmido.

Sua resistência é 11 (ou seja, a mais fria a -1°C). Ele não suporta essas temperaturas por mais de algumas horas, mas pode viver fora em certas regiões (costa do Mediterrâneo, Bretanha). É preferível uma temperatura mínima constante de pelo menos 13–15°C, permitindo crescimento contínuo.

O crescimento cessa abaixo de 10°C e é morta pela geada. Ele precisa de uma exposição muito brilhante, mas não de sol pleno.

Forçar uma Monstera deliciosa a florescer fora de seu habitat tropical típico prova ser difícil. Condições específicas precisam ser atendidas para que a planta floresça. No entanto, em seu habitat tropical e subtropical, a planta floresce facilmente. Em condições ideais, floresce cerca de três anos após o plantio. A planta pode ser propagada pegando entrenós de uma planta madura.

A costela-de-adão costuma ser utilizada em jardins residenciais e comerciais. Ela também pode ser vista em decorações de ambientes internos. Na natureza, pode atingir até 20 metros e comprimento.

É uma planta ornamental que pode ser cultivada em vasos, cachepôs, em jardins terrestres e embaixo da sombra de árvores onde ela possa subir escorando nos troncos dessas árvores, formando uma belíssima composição.

Esse processo de subir nas árvores não a caracteriza como parasita, pois ela não suga a seiva dessas árvores, apenas as usa como ferramenta de sustentação.

Quando deve regar?
É preciso regar de duas a três vezes por semana, diminuindo a frequência para uma vez por semana em períodos chuvosos. Para tirar a dúvida se sua planta precisa de rega, basta utilizar a ‘regra do dedômetro’: coloque o dedo na terra, se sair limpo, sua planta está pronta para receber a rega.

Caso queira deixar as folhas mais “vistosas”, os donos de plantas também podem limpá-las com um pano úmido para retirar a poeira.

Essa planta também gosta de claridade, mas não pode ser deixada em contato direto com o sol, para não queimar as folhas.

Qual vaso ideal?
Para cuidar de uma costela-de-adão, é preciso ter um vaso 1,5 vezes o tamanho da planta, assim como ter:
* Substrato fresco, leve e com matéria orgânica;
* Boa drenagem para não acumular umidade.

É recomendado trocar o vaso e o substrato entre uma a duas vezes por ano, para o bom desenvolvimento da planta.

Quais os tipos de costela-de-adão?
O gênero Monstera, do qual integra a costela-de-adão, possui mais de 60 espécies de planta. Dentre as mais conhecidas e cultivadas, estão:
* Monstera Deliciosa;

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*
Monstera Adansonii;

Monstera Adansonii;

* Monstera Obliqua.

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Todas possuem origem no México, mas conseguem se adaptar ao clima tropical brasileiro.

Dúvidas frequentes
Como fazer a muda de costela-de-adão?
A muda pode ser feita a partir de galhos cortados na poda de plantas saudáveis. O ideal é fazer o corte com tesoura de jardinagem, cortando abaixo do nó e preservando a haste com 2 folhas e uma raiz aérea, cada fragmento cortado vai gerar uma nova muda a ser plantada.

Além disso, é possível realizar a:
* Multiplicação por sementes;
* Divisão de touceiras (em que se retira a planta mãe do caso e replanta os “filhotes” em vasos individuais).

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Obrigada pela sua visita. Se você tem sugestões ou dicas sobre o assunto, coloque aí nos comentários, eles podem acabar virando temas para novos posts.

OBS: Este site não trabalha com vendas de plantas,sementes e afins, apenas são postados artigos com informações sobre como cultivar as plantas. Você pode adquirir sua planta desejada em qualquer bom Garden Center de sua região.


Laelia purpurata

Conhecida em todo o mundo como a representante mais emblemática do gênero Laelia, sendo chamada de Laelia purpurata há mais de um século, recentemente decidiram que ela deveria mudar de gênero botânico. Só não sabem exatamente para qual.

A distribuição natural da Laelia purpurata ocorre, predominantemente, nos estados do sul do Brasil, ainda que esta espécie também possa ocorrer no sudeste, principalmente em São Paulo.

Esta é uma orquídea frequentemente encontrada vegetando sob a forma epífita, com suas raízes aéreas aderidas aos troncos das árvores de florestas litorâneas. Curiosamente, a ocorrência natural de Laelia purpurata somente não é observada no litoral do estado do Paraná.

A descoberta da Laelia purpurata, e sua introdução no seleto mercado europeu, resultou em uma coleta predatória desta orquídea, em seus habitats de origem.

Durante a Era Vitoriana, as orquídeas eram consideradas símbolos de status e exclusividade, sendo acessíveis apenas aos mais abastados, capazes de investir elevados valores em viagens transatlânticas, para a coleta destas espécies exóticas e tropicais. Além disso, sua manutenção em solo europeu somente era possível em custosas estufas climatizadas.

Um fato curioso, típico da cobiça e vaidade humana, salvou a Laelia purpurata e centenas de outras espécies nativas brasileiras da completa extinção.

laelia purpurata algodão

Com o intuito de obter exemplares cada vez mais perfeitos, com flores simétricas e vistosas, os cultivadores passaram a realizar sucessivos cruzamentos seletivos, ao longo de décadas, na tentativa de efetuar um melhoramento genético da espécie.

Esta soberba fez com que estes exemplares melhorados, muitas vezes clonados e reproduzidos aos milhares, em laboratórios, fossem mais valorizados pelos colecionadores, atingindo grandes cifras no mercado. Desta forma, os exemplares nativos, coletados da natureza, passaram a ser considerados inferiores, em termos de forma e simetria.

Graças a esta procura por orquídeas cada vez mais perfeitas, a Laelia purpurata ainda pode ser encontrada em alguns dos seus habitats originais, ainda que em menor quantidade. Outro fator importante para a preservação da espécie foi a proibição da coleta de exemplares nativos da flora brasileira.

Ainda que esta atividade continue a acontecer, descaradamente, hoje esta prática é considerada ilegal. Em teoria, as orquídeas comercializadas, atualmente, são produzidas em laboratório, fruto de técnicas avançadas de germinação de sementes e propagação de tecidos meristemáticos.

A forma tipo da orquídea Laelia purpurata, aquela primeira descrita no século XIX, e a mais comumente encontrada na natureza, apresenta pétalas e sépalas rosadas, em um tom mais claro, com o característico labelo púrpura, que conferiu o nome à espécie.

Uma variedade bastante famosa e apreciada pelos colecionadores é a Laelia purpurata carnea. Neste caso, as pétalas e sépalas são completamente alvas, destacando um labelo em um tom rosado bem característico desta variedade, que tende ao cereja, bem claro.

Laelia Purpurata Carnea
A variedade de cores apresentadas pelas diferentes formas de Laelia purpurata é imensa. Temos exemplares com labelos em tonalidades de roxo violeta, roxo bispo, vinho, avermelhado, branco, cada qual com sua nomenclatura botânica apropriada.

A Laelia purpurata é uma orquídea de grande porte, que forma touceiras respeitáveis, quando bem cultivada. Além disso, trata-se de uma espécie que precisa de elevados níveis de luminosidade, para que possa florescer adequadamente. Estes dois fatores tornam esta planta, apesar de belíssima, uma escolha mais complicada para quem cultiva orquídeas em apartamentos.

É muito difícil que a luz fornecida por uma janela possa ser suficiente para que a Laelia purpurata floresça, em ambientes internos. Ela aprecia níveis de luminosidade semelhantes àqueles requeridos no cultivo da Cattleya labiata, por exemplo.

Já para quem dispõe de varandas ensolaradas, ou uma bela cobertura, o cultivo da Laelia purpurata é bem tranquilo. No entanto, ela precisa ser protegida do sol direto, nas horas mais quentes do dia, por uma tela de sombreamento.

O ideal é que este material seja capaz de filtrar 50% dos raios solares. O sol da manhã é o ideal para o cultivo de orquídeas, em geral. É comum observarmos, na natureza, a ocorrência de orquídeas em árvores posicionadas em locais estratégicos, que se beneficiam da irradiação solar matinal.

Casas e apartamentos com janelas ou varandas face norte são ideais para o cultivo da Laelia purpurata, uma vez que são mais ensolaradas. Já as construções voltadas ao sul são mais sombreadas, sendo apropriadas para o cultivo de orquídeas de sombra, que se contentam com menos luminosidade.

Ainda em relação à luminosidade, os híbridos descendentes da Laelia purpurata tendem a ser menos exigentes, podendo ser cultivados mais facilmente, no interior de casas e apartamentos.

Embora esteja habituada à intensa irradiação solar filtrada pelas copas das árvores, a Laelia purpurata é uma orquídea que não aprecia muito o calor. Localidades de climas muito quentes e secos costumam apresentar um desafio maior ao cultivo desta espécie de orquídea, que é típica de regiões que apresentam temperaturas amenas, de clima subtropical, mais úmidas e frias.
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Neste sentido, é importante manter elevados níveis de umidade relativa do ar, no ambiente de cultivo da Laelia purpurata, idealmente em valores acima de 60%. Um termo higrômetro é bastante útil, para um melhor controle da temperatura e dos níveis de umidade no local de cultivo.

Em varandas fechadas por vidro, o uso de umidificadores de ar é aconselhável. Já em localidades abertas, o ideal é recorrer às bandejas umidificadoras, aparatos contendo uma camada de areia, brita ou argila expandida, com uma lâmina de água permanente, ao fundo.

Os vasos com a Laelia purpurata assentam-se sobre este material, sem que as raízes fiquem em contato direto com a água. Desta forma, a planta beneficia-se da umidade extra proporcionada pela bandeja, sem sofrer com o encharcamento do substrato.

Por ser uma planta tipicamente epífita, o ambiente ideal para o cultivo da Laelia purpurata é sob a copa de uma árvore. Como, infelizmente, nem todos temos acesso a esta condição, fazemos uso de artifícios capazes de mimetizar este habitat.

Um método bastante utilizado, neste sentido, é colocar a orquídea em placas de madeira, cachepots vazados, pedaços de troncos ou cascas de árvore. O problema, neste caso, é que as regas devem ser constantes, já que as raízes secam rapidamente. Além disso, como a Laelia purpurata é de grande porte, e cresce rapidamente, o material precisa ser substituído ou aumentado frequentemente.

É com o intuito de facilitar o cultivo e reduzir o trabalho com manutenção que recorremos aos vasos e substratos. O vaso mais recomendado para o cultivo de orquídeas é aquele de barro, mais largo e raso, com furos nas laterais.

Esta configuração facilita a aeração das raízes, permitindo que estas estruturas sequem rapidamente, após as regas.

O vaso de plástico, por outro lado, apresenta a vantagem de ser mais leve e reter a umidade por mais tempo, diminuindo a necessidade de regas frequentes. No entanto, o cuidado deve ser redobrado, para evitar o encharcamento do substrato, por um período prolongado. Como sempre, o uso do pratinho sob o vaso é dispensável.

Conforme o recomendado para a maioria das orquídeas, as regas devem ser moderadas, sendo somente realizadas quando o substrato estiver seco. A aferição desta situação é bastante tranquila, bastando colocar o dedo sobre o material e afundar levemente. Se estiver úmido, postergamos a rega para outro dia.

O peso do vaso também é um excelente indicativo da umidade presente no substrato. Quanto mais pesado estiver, maior a quantidade de água retida dentro do vaso.

Nesta situação, o ideal é utilizarmos um substrato bastante aerado e rapidamente drenável. A composição típica para o cultivo de orquídeas epífitas é aquela mistura de casca de pinus, carvão vegetal e fibra de coco. Existem compostos prontos para este fim, à venda em casas especializadas e garden centers.

Laelia purpurata “Flâmea Sanguinea”

Alternativamente, há quem tenha sucesso no cultivo da Laelia purpurata com outros materiais, tais como brita pura, casca de macadâmia ou musgo sphagnum. Sempre vale a pena testar diferentes possibilidades, adotando aquela que melhor atende às necessidades de cada cultivador, com seus hábitos específicos de rega.

A orquídea Laelia purpurata floresce, tipicamente, durante os meses do verão. É comum termos exposições dedicadas a esta floração, nesta época do ano. Trata-se de um evento nacional. Para que tudo corra bem, é necessário adubar corretamente a planta, nos meses antecedentes a este acontecimento.

Durante o inverno, por exemplo, é importante que tanto as regas quanto a adubação sejam consideravelmente reduzidas, já que o metabolismo da planta está mais lento. O correto balanço na proporção dos nutrientes também é importante, como veremos a seguir.

A adubação da Laelia purpurata pode ser química ou orgânica. No cultivo de orquídeas, é bastante comum o uso do adubo bokashi.

As alternativas inorgânicas, industrializadas, apresentam a vantagem de fornecerem uma dose balanceada de macro e micronutrientes, em formulações específicas para cada etapa de vida da orquídea.

Existem adubos, do tipo NPK, específicos para as fases de crescimento (mais nitrogênio), manutenção (níveis equilibrados de todos os componentes) e floração (mais fósforo) de orquídeas em geral.

Alguns adubos orgânicos, quando em contato direto com as raízes das orquídeas, podem causar queimaduras. O mesmo ocorre quando o excesso de adubação química deixa resíduos de sais minerais, frequentemente acumulados no substrato.

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Embora não seja a primeira opção que me venha à mente, ao recomendar orquídeas para quem cultiva plantas dentro de casas e apartamentos, a Laelia purpurata possui atrativos inquestionáveis, que fazem com valha a pena um esforço extra para sua manutenção nestas condições não ideais.

Em interiores, é bastante frequente que uma iluminação artificial suplementar seja utilizada, principalmente em países do hemisfério norte. Além disso, varandas e coberturas ensolaradas são perfeitas para este tipo de orquídea. O importante é que as temperaturas sejam amenas e o clima não seja muito seco.

Uma das muitas icônicas orquídeas brasileiras, a Laelia purpurata é capaz de, sozinha, preencher um orquidário com as mais diversificadas cores. Além da beleza, esta espécie carrega consigo uma série de simbolismos, sendo uma das representantes mais ilustres da flora nacional.

Cada variedade traz consigo décadas de história, sendo que algumas nunca mais foram encontradas na natureza. Cultivar a Laelia purpurata é, mais do que um hobby, a sagração da arte e cultura, materializadas em forma de um ser vivo.

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gerânio

Os gerânios estão entre as flores mais cultivadas em todo o mundo, principalmente em jardins e áreas externas, locais que recebem bastante luminosidade. Dentro de casas e apartamentos, é mais difícil que um gerânio consiga produzir flores, devido à luz filtrada e indireta, típica deste tipo de ambiente.

Embora poucos se apercebam do fato, os gerânios podem ser considerados plantas suculentas. Ainda que suas folhas tenham a aparência normal, os caules do gerânio possuem a capacidade de armazenar água em seus tecidos vegetais, de modo similar às begônias.

Não por acaso, as diferentes espécies que originaram os híbridos de gerânios ornamentais são nativas de regiões localizadas ao sul do continente africano. Sendo assim, estas plantas podem resistir a temperaturas elevadas e períodos de estiagem.

Existem, basicamente, duas variedades de gerânio mais cultivadas, em função de suas flores bastante ornamentais. Uma é mais ereta, arbustiva, representada por híbridos descendentes da espécie Pelargonium hortorum.

Devido ao aspecto de suas folhas, este cultivar costuma ser popularmente chamado de gerânio ferradura. De modo geral, tanto as folhas como as flores deste tipo de gerânio são bastante perfumadas, apresentando uma grande diversidade de aromas, dependendo do cultivar.

É das folhas do gerânio que o óleo essencial geraniol, bastante utilizado na indústria de perfumes, é extraído. Há quem afirme que o gerânio aromático, capaz de exalar um perfume cítrico, pode ser usado como repelente de mosquitos, assim como a citronela.

Já a variedade híbrida, que possui o Pelargonium peltatum em sua ascendência, apresenta um porte mais herbáceo, de aspecto prostrado. Por este motivo, estas plantas são conhecidas como gerânios pendentes.

Ao contrário da variedade ereta, eles formam belas cascatas floridas, de grande efeito ornamental, em vasos suspensos. Neste caso, no entanto, as flores não são perfumadas.

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As flores dos gerânios, além de belíssimas, servem para distinguir os dois principais gêneros desta família botânica. Aquelas produzidas pelas espécies do gênero Geranium apresentam cinco pétalas idênticas, dispostas ao redor de um eixo central.

Desta forma, a simetria da flor deste gerânio é radial. Já as flores dos gerânios pertencentes ao gênero Pelargonium possuem as duas pétalas superiores diferentes das três basais. Deste modo, a flor torna-se zigomorfa, apresentando uma simetria bilateral.

Atualmente, no entanto, vários híbridos comercializados de gerânio apresentam flores com pétalas dobradas. Neste caso, há várias camadas de pétalas sobrepostas, o que confere à inflorescência o aspecto de um mini bouquet natural, extremamente ornamental.

A variedade de cores e perfumes é incrível, fruto de décadas de cruzamentos sucessivos, entre diferentes espécies de gerânios. Atualmente, podemos encontrar gerânios com flores em diferentes tonalidades de branco, rosa, vermelho, laranja e púrpura. Existem variedades mais raras, capazes de produzir flores amarelas. Outro híbrido digno de nota é o gerânio com flores em um tom bem fechado de vermelho, quase negro.

A floração do gerânio costuma ocorrer durante os meses mais quentes do ano, iniciando-se na primavera e prolongando-se até o outono. De modo geral, os gerânios de porte arbustivo costumam ser cultivados em quintais e jardins ensolarados, formando maciços e bordaduras bastante floríferos.

Já os gerânios pendentes ficam belíssimos em vasos suspensos ou floreiras na parte externa das janelas. Também são ideais para quem mora em apartamento e dispõe de uma varanda que receba bastante luminosidade.

Pelargonium híbrido

Por serem plantas de natureza suculenta, mais resistentes aos períodos de seca, os gerânios costumam ser indicados para aquelas varandas de apartamentos localizados em andares mais altos, onde venta muito, já que a umidade do ar nestes locais é mais baixa. Neste tipo de ambiente, jardins verticais ornamentados com gerânios pendentes ficam um espetáculo.

Os vasos e floreiras para o plantio do gerânio devem ser preparados com uma camada de drenagem no fundo, composta por qualquer material particulado, como cacos de telha, argila expandida ou brita. Por cima desta camada, pode-se posicionar uma manta geotêxtil, para evitar que o solo escape durante as regas. Alternativamente, há quem reutilize o filtro de café, para esta finalidade.

O substrato ideal para o gerânio é aquele rico em matéria orgânica. Porém, como se trata de uma planta de origem africana, de natureza suculenta, convém adicionar uma parte de areia à mistura.

O importante é que o solo fique bem aerado, facilmente drenável, além de ser capaz de fornecer nutrientes às raízes do gerânio. As regas devem ser moderadas, ocorrendo apenas quando o substrato estiver seco. Pode-se fazer esta aferição com a ponta do dedo, para sentir a umidade do material, ou através do peso do vaso.

Quanto mais leve estiver, mais seco estará o solo em seu interior. De modo geral, mas principalmente em relação ao gerânio, convém evitar o uso do pratinho sob o vaso, que pode aumentar a umidade e causar o apodrecimento das raízes. Outro hábito prejudicial, no caso do gerânio, é o de borrifar as folhas e flores.

Este procedimento também pode facilitar o desenvolvimento de fungos e bactérias, nestes tecidos vegetais, prejudicando sua aparência.

A manutenção dos gerânios é bastante tranquila. Basta retirar as folhas amarelas, mais antigas, que vão secando com o tempo, além de hastes florais que já finalizaram o processo. No caso dos gerânios pendentes, que vão ficando cada vez mais compridos, pode-se fazer uma poda nas extremidades do caule, utilizando os segmentos cortados como mudas para a formação de novas plantas.

Este procedimento também ajuda o caule remanescente a se ramificar, produzindo uma touceira mais densa.

Embora os gerânios possam ser plantados a partir de sementes, o método de estaquia, acima descrito, é o mais prático e rápido para se realizar a multiplicação desta planta. Tanto as sementes como as estacas devem ser plantadas no início da primavera, quando o metabolismo do gerânio está mais ativo.

O excesso de adubação, no caso do gerânio, pode prejudicar sua floração, principalmente se a fórmula utilizada for rica em nitrogênio. Para que as flores surjam com mais vigor, pode-se estimular o processo com um adubo rico em fósforo.

Pelargonium híbrido3

Existem formulações específicas para estimular a floração de plantas ornamentais, à venda em lojas especializadas. Não é necessário aplicar muito fertilizante químico, nos casos em que o substrato já tiver sido bem preparado, com uma terra adubada, rica em matéria orgânica.
Embora seja belíssimo, perfumado e de fácil cultivo, o gerânio apresenta a desvantagem de ser bastante tóxico a animais domésticos, principalmente gatos e cachorros, se ingerido acidentalmente.

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Portanto, ele deve ser plantado em locais inacessíveis a estes pets. Tomado este cuidado, o gerânio é um espetáculo de planta, podendo inclusive ser cultivado apenas pela sua folhagem perfumada e ornamental.

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vanda amarela

O gênero Vanda é relativamente pequeno, dentro da família Orchidaceae. Ele é composto por aproximadamente 80 espécies, que ocorrem naturalmente em diferentes localidades na região sudeste do continente asiático, bem como em algumas ilhas do Pacífico.

Atualmente, a Tailândia está entre os principais países produtores e exportadores da orquídea Vanda, fornecendo inúmeras espécies, variedades e híbridos ao mercado consumidor mundial.

De forma mais abrangente, no entanto, diversos outros gêneros e espécies de  orquídeas são informalmente chamados de Vanda, por pertencerem à mesmo tribo botânica, Vandeae. Neste contexto, são exemplos de vandáceas as orquídeas dos gêneros Aerides, Ascocentrum, Renanthera, Rhynchostylis, entre muitos outros.

Em comum, todas estas orquídeas apresentam um crescimento monopodial, produzindo novas folhas a partir de um único ponto apical, umas sobre as outras. Outras características típicas das orquídeas Vanda são a ausência de pseudobulbos e o hábito epífito de vida.

Mais do que qualquer outra orquídea, a Vanda é mundialmente conhecida por emitir uma grande quantidade de raízes aéreas, que atingem grandes comprimentos. Por este motivo, é muito comum que as vandáceas sejam cultivadas em ausência de vasos e substratos, apenas acondicionadas em suportes suspensos, com as raízes pendentes.

Outro grande atrativo, para aqueles que cultivam a orquídea Vanda, é sua capacidade de florescer várias vezes ao ano. Suas inflorescências são grandes e vistosas, sendo que algumas espécies e híbridos apresentam a característica especial de produzirem flores perfumadas.

Além disso, a Vanda é uma das poucas orquídeas capazes de produzir flores azuladas. De modo geral, são híbridos descendentes da espécie Vanda coerulea. O pigmento encontrado nesta orquídea não é verdadeiramente azul, mas a combinação de diferentes tons de púrpura acaba produzindo flores com uma intensa tonalidade azulada.

Apenas lembrando que outra vandácea comumente encontrada no mercado, a Phalaenopsis Blue Mystique, é uma orquídea azul colorida artificialmente. Nas próximas florações, ela volta à sua coloração original, que é branca.

A cor azul é tão rara no reino vegetal que a Vanda coerulea encontra-se, atualmente, sob risco de extinção, em seu habitat de origem. Assim como acontece no Brasil, a coleta e comercialização de orquídeas nativas é proibida, em muitos países do sudeste asiático, onde a orquídea Vanda é encontrada na natureza.

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Dentre os híbridos azulados mais famosos, podemos citar a Vanda Sansai Blue e Vanda Pachara Delight.

Outra cor rara entre as orquidáceas é a vermelha. Na aliança Vanda, a representante mais famosa por produzir flores vermelhas é a Renanthera coccinea. Além desta espécie, há alguns híbridos de Ascocentrum, outra vandácea, capazes de produzir flores avermelhadas.

As orquídeas amarelas do gênero Vanda, por sua vez, costumam ser descendentes da espécie Vanda dearei. É o caso da Vanda híbrida apresentada na foto de abertura deste artigo. Belíssimos híbridos da orquídea Vanda, na coloração amarela, são a Vanda Kultana Gold e Vanda Fuchs Gold.

Mas as possibilidades de cores nas flores das orquídeas Vanda são praticamente infinitas, graças à intensa hibridização e melhoramento genético que vêm sendo efetuados ao longo dos anos.

Há Vandas com flores brancas, amarelas, alaranjadas, em diversos tons de púrpura, pink, azuladas e avermelhadas. Muitas delas possuem o característico padrão pintalgado em suas imensas flores arredondadas, que costumam durar entre duas a três semanas.

O sucesso da orquídea Vanda como planta ornamental é tamanho que, há alguns anos, os produtores começaram a cultivá-la com o intuito de fornecer flores de corte ao mercado consumidor.

Muitas orquídeas, genericamente comercializadas no mercado apenas como Vandas, são na realidade híbridos intergenéricos. Isto significa que estas orquídeas descendem de outros gêneros, tais como Ascocentrum e Rhynchostylis, por exemplo.

Sendo assim, temos a Ascocenda, que é fruto do cruzamento entre Ascocentrum e Vanda. Vandacostylis, por outro lado, descende de Vanda e Rhynchostylis. Aranda é outro híbrido primário, descendente dos gêneros Arachnis e Vanda.

Já o gênero trigenérico Mokara é resultante da mistura entre Arachnis, Ascocentrum e Vanda. Indo mais além, o híbrido intergenérico Darwinara é ainda mais complexo, fruto do cruzamento envolvendo quatro gêneros diferentes: Ascocentrum, Neofinetia, Rhynchostylis e Vanda. Como podemos constatar, as possibilidades são infinitas.

O cultivo da orquídea Vanda é bastante simples, mas pode tornar-se um desafio, dependendo das condições climáticas de cada localidade. Por ser uma planta tipicamente tropical, originária de florestas quentes e úmidas do sudeste asiático, a Vanda não se desenvolve bem em regiões que apresentam temperaturas mais baixas.

Além disso, como é cultivada com as raízes pendentes, sem substrato, esta orquídea sofre quando os níveis de umidade relativa do ar são muito reduzidos.

Dentre todas as orquídeas epífitas, a Vanda é a que mais se ressente quando suas raízes ficam abafadas, acondicionadas em vasos com substrato. Por este motivo, é comum o cultivo da orquídea Vanda em pequenos cestos vazados e suspensos, que podem ser de plástico ou madeira, de modo que as raízes fiquem completamente livres, pendentes.

Vanda-Coerulea

Também há quem apenas prenda a Vanda em uma haste de metal, de forma a mantê-la pendurada. Qualquer outro tipo de cultivo que abafe as raízes da orquídea Vanda deve ser evitado, a todo custo. Caso fiquem úmidas por muito tempo, estas estruturas apodrecem rapidamente, matando a planta por desidratação.

Quando cultivada da forma correta, com as raízes aéreas, as regas da orquídea Vanda devem ser bastante frequentes. Em ambientes mais secos, ou com ventilação excessiva, as irrigações podem ser efetuadas mais de uma vez por dia.

O ideal é borrifar apenas as raízes, evitando-se molhar as folhas. Caso a água fique acumulada nos interstícios, pode causar o apodrecimento destas estruturas. Este cuidado é ainda mais importante durante os meses de outono e inverno.

As regas da Vanda devem ser intensas, de modo que o velame em torno das raízes passe da coloração branca, quando está seco, para um aspecto esverdeado, indicando que a raiz foi completamente hidratada.

É muito comum que as orquídeas do gênero Vanda sejam cultivadas sobre pequenos lagos ou tanques de peixes. Desta forma, a umidade é constantemente fornecida às raízes, sem encharcá-las diretamente.

Quando mantidas em estufas, frequentemente estes espaços não têm um piso de concreto, de modo que a terra úmida ajuda a proporcionar um ambiente saudável para o cultivo destas orquídeas. Também vale a pena manter bromélias e samambaias, na parte inferior do orquidário, pelo mesmo motivo.

Em ambientes fechados, protegidos de correntes de vento, vale a pena utilizar umidificadores de ar, para um melhor cultivo da orquídea Vanda. Alguns americanos conseguem a proeza de cultivar Vandas no porão, embaixo da casa, com iluminação artificial, circuladores e umidificadores de ar.

A orquídea Vanda aprecia elevados níveis de luminosidade. Embora haja espécies que tolerem o sol pleno, o ideal é proteger estas orquídeas com uma tela de sombreamento, geralmente capaz de filtrar 50% dos raios solares incidentes.

Desta forma, as folhas ficam livres das queimaduras, que podem ocorrer nas horas mais quentes do dia, principalmente durante os meses do verão. Quanto mais luz puder ser fornecida à Vanda, sem que suas folhas se queimem, mais abundantes e frequentes serão suas florações.

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No inverno, os cuidados com a orquídea Vanda devem ser redobrados. Isto porque, se submetida a temperaturas muito baixas, a Vanda pode entrar em dormência, deixando de produzir novas folhas, raízes e flores. Seu metabolismo somente voltará ao normal quando as condições se tornarem mais favoráveis, com o aumento das temperaturas.

Portanto, o ideal é que o ambiente de cultivo tenha algum tipo de aquecimento, durante o inverno mais rigoroso. Sei de pessoas que se dão ao trabalho de colocar as orquídeas Vanda dentro de casa, durante as noites mais frias do inverno. Além disso, durante este período, as regas devem ser reduzidas.

Deve-se evitar molhar folhas e flores, sob condições de temperaturas mais baixas. O excesso de umidade pode causar a proliferação do fungo Botrytis cinerea, que ocasiona manchas amarronzadas nos tecidos florais. Embora não ofereça risco à vida da Vanda, esta praga danifica as flores, arruinando sua aparência.

Em qualquer época do ano, mas principalmente durante os meses mais frios, o excesso de vento pode causar a desidratação da orquídea Vanda. Portanto, é muito importante que ela seja cultivada em um local mais protegido, que tenha uma ventilação controlada, apenas para garantir que as raízes possam secar ao longo do dia.

Durante o inverno, é importante regar apenas no início da manhã, de forma que haja tempo hábil para que o excesso de umidade seja evaporado, no decorrer do dia.

A adubação da orquídea Vanda deve ser mais intensa e elaborada. Esta exigência decorre do seu metabolismo mais acelerado e de suas florações mais frequentes, ao longo do ano. Como está sempre produzindo novas raízes, folhas e flores, a Vanda precisa de uma dose mais reforçada de nutrientes.

Além disso, como suas raízes são aéreas, não ficam em contato direto com nenhum material, o que faz com que qualquer adubação seja rapidamente eliminada com as próximas regas.

Por este motivo, a adubação orgânica somente faz sentido se for líquida, o que não é tão comum. De maneira geral, os adubos solúveis do tipo NPK, com macro e micronutrientes, utilizados de forma mais frequente e diluída, proporcionam bons resultados no cultivo da orquídea Vanda.

Pode-se, por exemplo, preparar soluções com metade ou um quarto da dose recomendada pelo fabricante, e aplicá-la semanalmente. Além do nitrogênio, fósforo e potássio do NPK, é importante que as formulações tenham cálcio e enxofre. Esta adubação química pode ser alternada com algum fertilizante orgânico, desde que possa ser aplicado sob a forma líquida, com pulverizador.

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Embora seja uma orquídea resistente, a Vanda costuma ser considerada de difícil cultivo, devido às suas exigências por um ambiente com bastante luminosidade e umidade. O primeiro indício de que algo não vai bem com a Vanda é o amarelamento e ressecamento das suas folhas, principalmente as mais próximas às raízes, na parte de baixo da planta.

É muito comum vermos Vandas que vão perdendo as folhas, de baixo para cima, ficando cada vez mais pescoçudas, até que acabam morrendo. Este é um sintoma de desidratação, que pode ocorrer tanto por falta de regas ou de umidade no ambiente, como por excesso de água nas raízes, por um período muito prolongado.

Na tentativa de salvar a orquídea Vanda, muitos cultivadores recorrem a tubetes com água levemente adubada, estrategicamente presos às pontas das raízes. No entanto, o procedimento mais correto e eficaz é simplesmente aumentar os níveis de umidade relativa do ar, no ambiente de cultivo.

É por este motivo que as condições aqui na sacada do apartamento são tão desafiadoras ao cultivo de Vandas, uma vez que o excesso de ventos retira toda a umidade do ambiente, causando uma frequente desidratação da orquídea, que não possui a proteção de um vaso ao redor das suas raízes.

Sob condições ideais de temperatura e pressão, no entanto, o cultivo da orquídea Vanda é bastante tranquilo e recompensador, dadas as suas abundantes e frequentes florações. O único inconveniente, quanto ao seu crescimento monopodial, é a dificuldade de propagação. Talvez por este motivo, a Vanda ainda seja uma orquídea de custo mais elevado.

Vanda-Sanderana-Alba

Diferentemente das tradicionais orquídeas que se desenvolvem de forma simpodial, emitindo novos pseudobulbos em diversas frentes de crescimento, a Vanda somente cresce para cima, sendo impossível dividi-la.

Como a multiplicação através de sementes de orquídeas é um processo bastante complicado e demorado, particularmente no caso da Vanda, cuja trajetória da semente até as flores pode levar dez anos, a única alternativa mais viável de propagação da Vanda é através de eventuais keikis. Trata-se de uma palavra havaiana que significa bebê.

A orquídea Vanda pode, ocasionalmente, produzir pequenos brotos laterais, a partir dos mesmos pontos que produzem as hastes florais. No entanto, este não é um processo líquido e certo, dependendo muito da sorte.

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Há quem diga que a orquídea produz keikis quando sente que sua vida está em perigo. Desta forma, as novas brotações seriam uma forma de garantir a perpetuação da planta.

Ainda que não seja a orquídea ideal para quem mora em apartamentos, a Vanda possui uma beleza que encanta a todos, a um tal ponto que algumas tentativas podem ser feitas.

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