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orquidea-rizoma

A maioria das orquídeas pode ser plantada em vasos de barro ou plástico de tamanho compatível com o da planta. É aconselhável o replante anual, ou pelo menos a cada dois anos, em virtude da decomposição ou deterioração do substrato e também pelo crescimento das mesmas, principalmente quando elas começam a deixar o espaço físico existente nos vasos, emitindo novos brotos e raízes fora dos mesmos.

Em primeiro lugar demos ter em mãos os materiais abaixo:
- Tesoura de poda
- Etiquetas de Identificação
- Estacas de Sustentação (Para orquídeas de hastes longas)
- Amarrilho (para fixar as plantas nas hastes)
- Pulverizador de água (pode ser aqueles modelos utilizados em salões de beleza para molhar os cabelos)

Basicamente devemos realizar os seguintes procedimentos, quando do plantio ou replante de orquídeas em vasos, sejam eles de barro ou plástico:
- Os vasos devem ser lavados em água potável, com adição de água sanitária, na proporção de 10%.
- O material para a drenagem a ser utilizado nos vasos, também deverá ser lavada em água potável com adição de água sanitária na proporção de 10%. O meio de drenagem mais utilizada é a brita, cujo tamanho deverá ser proporcional ao tamanho do vaso e da orquídea que será ali plantada. Aconselhamos não utilizar cacos de telhas e/vasos cerâmicos já utilizados, em função de que os mesmos podem ser hospedeiros de doenças e pragas entre outros.
- Deve-se adicionar uma pequena camada de brita no fundo do vaso, devendo a mesma ocupar cerca de 25% da área do vaso. Este procedimento irá permitir a drenagem rápida e constante do excesso de água, seja da chuva, seja da rega artificial.
- O restante da área do vaso deverá ser completado com o substrato a ser utilizado, podendo inclusive ser a própria brita que neste caso servira tanto como drenagem, como substrato. Devendo é claro deixar espaço físico para a planta e suas raízes.
- Algumas orquídeas apresentam crescimento apical limitado, também conhecida por simpodiais, ou seja, após o termino do crescimento de um caule ou pseudobulbo, o novo broto desenvolve-se formando o rizoma e um novo pseudobulbo, num crescimento contínuo. Crescendo em duas direções na Horizontal e na Vertical, originando os pseudobulbos. As Laelias e Cattleyas, por exemplo, e vão emitindo brotos um na frente do outro.

Para esse tipo de planta, devemos proceder ao seu plantio da seguinte maneira:
- Lave a orquídea em água corrente, limpando e tirando todo excesso de substrato existente em suas raízes.
- Corte com uma tesoura flambada (colocada em fogo por alguns minutos) as raízes mortas, folhas e pseudobulbos velhos, mortos ou muito desidratados.
- Após a realização destes cortes, a orquídea deverá ser colocada em água potável, (por alguns minutos) com adição de produto que ajudará no processo de emissão de novas raízes.
- Pegue a orquídeas com uma das mãos, revestindo suas raízes com o substrato escolhido (Fibra de Coco ou Sfagno), desfibrado e lavado, cuidando para deixar o rizoma (caule) na parte superior e totalmente descoberto.
- Logo após coloque a orquídea dentro do vaso com a parte traseira encostada na sua borda e a parte dianteira voltada para dentro do vaso.
- A seguir completa-se o vaso com o substrato escolhido, calcando levemente em volta da mesma.
- Após a colocação do substrato de forma que a orquídea fique firmemente plantada, se necessário, pode-se estaquear a mesma, com estaca de plástico ou fio galvanizado, fazendo que os pseudobulbos fiquem mais que possível na vertical em relação ao vaso.
- As orquídeas nunca devem ser plantadas rente as bordas do vaso e sim abaixo dessas uns 2,00 cm.
- É aconselhável que fiquem em ambiente arejado e sombreado, diminuindo-se as regas. Podendo-se realizar algumas pulverizações diárias quando possível.
- Para se realizar o plantio, devemos deixar a traseira da orquídea, encostada na beira do vaso e espaço na frente para dar lugar a novos brotos. Não se deve enterrar o rizoma, somente as raízes.
- Algumas orquídeas tem dificuldades de se adaptarem dentro de vasos, quando plantadas de maneira convencional. Nesse caso, o ideal é plantá-las em casca de peroba, devendo ser colocado entre as raízes e casca de peroba, esfagno ou xaxim desfibrado prendendo as mesmas através de cordão de algodão ou arame galvanizado. Alguns: exemplos dessas espécies são: C. walkeriana, C. schilleriana, C. aclandiae.
- Podemos ainda utilizar cachepôs, para o plantio deste tipo de orquídea, desde que seja utilizado como substrato, pedaços de casca de peroba, cubos de xaxim ou mesmo brita com tamanho médio, tudo isto para tornar a drenagem eficiente.
- Orquídeas monopodiais que crescem na vertical como Vandas, Ascocendas, Rhynchostyls, Ascocentrum, devem ser plantadas no centro do vaso ou serem colocados em cachepôs sem nenhum substrato. Nesse caso as mesmas exigem um cuidado especial. Deve-se molhar não só as raízes, mas também as folhas com água adubada todos os dias. Por exemplo, se o fabricante de um adubo líquido recomenda diluir um mililitro desse adubo em um litro de água ao invés de um litro, dilua em 20 litros ou mais e borrife cada duas ou três horas, principalmente em dias quentes e secos.
- No caso de orquídeas monopodias, como Vanda, Renanthera, Rhynchostylis, que soltam mudas novas pelas laterais, deve-se esperar que emitam pelo menos duas raízes para, então, separar da planta mãe.
- As orquídeas do tipo vandáceas vão crescendo indefinidamente, atingindo metros de altura. Nesse caso, pode-se fazer uma divisão, cortando o caule abaixo de 2 ou mais raízes e fazer um novo replante. Se a base ficar com alguns pares de folhas, emitirá novos brotos.
- Plantas novas (que ainda não floriram) ou seedling que foram adquiridos recentemente de orquidários comerciais, devem sempre que possível serem retiradas do vaso original e se realizar o plantio conforme descrito anteriormente. Este procedimento se torna necessário em virtude do substrato que a orquídea estava plantada, pois como não sabemos sua origem, qualidade, idade e principalmente a adaptação da orquídea no novo ambiente (orquidário).
-  Orquídeas adquiridas via Internet, em sua grande maioria não vêm acompanhadas dos respectivos vasos e conseqüentemente sem substrato. Neste caso, quando da chegada das mesmas via correio, devemos tirá-las imediatamente da caixa, leva-las para um ambiente protegido, dentro do orquidário, mas na medida do possível longe das demais orquídeas, borrifá-las com água potável para a reidratação nas primeiras 24 horas, após devemos submetê-las há um tratamento a base de inseticida e fungicida. 48 horas após estes procedimentos, as mesmas estão prontas para serem plantadas/replantadas conforme descrito anteriormente.
- A divisão de orquídeas deve ser feito quando a planta estiver emitindo raízes novas, o que se percebe pelas pontinhas verdes nas extremidades das raízes, não importando a época, inverno ou verão.
- Quando for realizar a divisão, cada parte deverá ficar com, no mínimo, três bulbos, tendo-se o cuidado de não machucar as raízes vivas, o que se consegue molhando-as, pois ficam mais maleáveis.
- Sempre flambeie com fogo o instrumento (tesoura ou faca) que vai ser utilizado para dividir a orquídea, para ter certeza que a lâmina não está contaminada por vírus.

joaninhas

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