Muitas pessoas me escrevem com dúvidas na hora de escolher o vaso para plantar suas orquídeas. No mercado, existem diversas opções à venda. Os mais comuns são: de barro, de plástico transparente, de plástico em cores ou caixas de madeira, conhecidas como cachepôs.
Com tantas opções, como saber qual é a melhor escolha? Bom, a escolha do vaso dependerá, principalmente, de quatro fatores:
- Espécie cultivada;
- Clima da região;
- Substrato utilizado;
- Tempo disponível;
Qual o melhor?
Todos os vasos citados, são indicados para orquídeas e, cada um tem suas vantagens e desvantagens.
Nesta postagem, vou tentar explorar ao máximo cada material, para que você possa escolher aquele que mais se adapta ao seu cultivo, ou seja, o que é melhor para você.
Antes de se qualquer coisa é importante conhecer o ambiente do local onde cultivamos as nossas orquídeas e, na hora da escolha, leve em consideração a sua disponibilidade para molhar suas plantas.
Lembre-se que, quanto maior o número de orquídeas, maior o tempo de dedicação a elas.
Umidade
Os vasos de plástico retém mais umidade que os vasos de barros e que os cachepôs de madeira.
Se você não tem muito tempo para molhar suas plantas, opte pelo plástico, mas se é daqueles que adora aguar o jardim, escolha o vaso de barro ou os cachepôs.
Os vasos de barro e os cachepôs secam muito mais rápido. Portanto, deverão receber mais rega.
Lembrando que, a orquídea não deverá ficar encharcada e tão pouco deverá sofrer estiagem de umidade. O equilíbrio é fundamental para o sucesso no cultivo.
Clima
Em regiões chuvosas, em que a orquídea fique ao tempo, sem proteção da chuva, o vaso de barro e o cachepô são mais recomendados, exatamente por secarem mais rápido que o de plástico.
Já em regiões de climas secos e quentes, o vaso de plástico vai bem, pois mantém a umidade por mais tempo e evita o trabalho da constante rega.
Higiene
Antes de trocar de vaso, ou utilizá-lo pela primeira vez, é importante esterilizá-lo e limpá-lo bem. Este é um outro fator para a escolha do vaso.
Vasos de plástico são mais fáceis de reutilizar. Basta lavá-los com água e uma solução de sabão, cloro e água, para que possa plantar o seu exemplar.
Já os cachepôs e os de barro, precisam de uma atenção maior, pois, por terem poros, precisam ser bem esterilizados, evitando que fungos e bactérias que tenham se alojado, passem para a orquídea a ser plantada.
Para higienizar estes materiais, utilize uma solução de água com cloro, esfregue bem o vaso e lave abundantemente. Depois, deixe-o secar ao sol, de cabeça para baixo, por 24 horas.
Vale ressaltar que, esta preocupação será somente na hora de replantar a sua orquídea. Depois de plantada, não haverá necessidade de esterilizar antes do replantio, que ocorre anualmente ou a cada dois anos.
Obs: Você pode usar uma proporção de 2 a 3 colheres de sopa de cloro ou água sanitária por litro de água.
Quanto ao sabão, no vaso de plástico, pode esfregar uma buchinha de lavar louça com detergente ou sabão em barra, no vaso e depois de enxaguar, passar a água com cloro.
Hidratação
O vaso de plástico e os cachepôs ganham na praticidade, pois, depois de limpos, poderão receber imediatamente a sua orquídea.
Já os vasos de barro, deverão ficar imersos na água por alguns minutos, para que fiquem úmidos, assim, você evitará que ele retire a umidade da sua orquídea após replantá-la.
Beleza
Particularmente acho os vasos de barro mais charmosos e mais naturais, mas no cultivo de Phalaenopsis, sempre opto pelo de plástico transparente e nas Vandas, sempre pelo cachepô sem substrato.
Proteção de quedas
Vasos de plástico precisam receber pedra brita (esterelizada) no fundo para garantir um peso que evitará que sua orquídea tombe ao menor movimento ou a um possível vento mais forte.
Evitar a queda da orquídea é importante, pois além de quebrar folhas, com a queda, o substrato pode se soltar e abalar o apoio das raízes.
Os vasos de barro, pelo seu peso, não precisam receber pedra brita, apenas o substrato escolhido, e você não correrá o risco dele cair.
Os cachepôs, ao serem pendurados, deverão ficar bem firmes, para evitar que ao toque, ao vento ou a chuva, despenquem com a planta.
Gêneros
Phalaenopsis: Gosta de umidade e faz fotossíntese pelas raízes. Vasos transparentes são recomendados. Se seu clima é muito chuvoso e úmido, faça furos em toda a lateral do vaso para facilitar a secagem.
Cattleya: Vai bem em vasos de plástico, cachepôs e vasos de barro.
Dendrobium e Oncidium: Pode ser cultivada em qualquer vaso, mas aprecia s de plástico. Não é comum o uso de cachepôs. Para estes gêneros, o ideal mesmo é o cultivo em árvores ou troncos secos.
Vanda, Renantheras e Ascocendas: O ideal é o cultivo no cachepô. Dispensa substrato.
Quanto a irrigação, tome muito cuidado, não deixe o vaso muito encharcado, molhar duas ou três vezes por semana é o ideal, se fizer muito mais do que isso (especialmente para regiões mais úmidas) corre o risco de matá-las por excesso de água, é o famoso “melar” a planta.
Entre as irrigações você pode somente vaporizar suas folhas pela manha e quando estiver anoitecendo, nunca faça esse procedimento sobre a luz do sol.
Deixe as orquídeas pegar a luz do sol pela manhã (em média até as 9h no verão) ou a tardinha após as 16h de preferência todos os dias, se elas não forem banhadas pela luz do sol não irão florescer, é importante mantê-las em local bem arejado se forem colocadas dentro de casa.
Para adubar você deve usar os adubos líquidos (foliares) que são encontrados em supermercados, floriculturas e casas agrícolas.