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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

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Aqueles que convivem com animais de estimação logo aprendem que pequenos sinais corporais, como um movimento de orelha ou o balançar de uma cauda, traduzem perfeitamente os sentimentos e pensamentos destes entes queridos.

Com as nossas orquídeas, as coisas não são diferentes. Embora mais discretas e silenciosas, estas fascinantes criaturas estão constantemente dialogando conosco, relatando suas alegrias e dificuldades, através de seus componentes físicos.

Entender os sinais que as orquídeas emitem, através de folhas murchas ou amareladas, pseudobulbos enrugados ou raízes secas, é de suma importância para que as devidas ações sejam tomadas a tempo de remediar a situação.

De modo geral, a principal dúvida que assola o cultivador iniciante é o porquê de sua orquídea estar com as flores e folhas murchas. Existem algumas situações diferentes que causam este fenômeno, normais ou não, como veremos a seguir.

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Orquídea com flores murchas
Após a alegria de ganhar uma orquídea, geralmente uma Phalaenopsis, e apreciar a beleza das flores por alguns meses, pouco a pouco a pessoa vai percebendo que algo está errado.

O fato de as flores começarem a murchar e secar, para alguns iniciantes, costuma causar preocupação. No entanto, este é um fenômeno natural, que segue o ciclo de vida da orquídea. As flores murcham após terem cumprido seu papel.

Na eventualidade de serem polinizadas, produzirão frutos e sementes. Caso contrário, as flores murcham, secam e caem. No ano seguinte, uma nova floração surgirá.

A duração das flores varia de acordo com a espécie de orquídea. Algumas são famosas por durarem meses, como é o caso da Phalaenopsis. Outras duram poucos dias. Portanto, é importante saber o nome da orquídea que estamos cultivando, para adequar nossas expectativas.

A seguir, costuma surgir a dúvida sobre o que fazer com a haste floral. Leia o artigo abaixo:

folha murcha

Orquídeas com folhas murchas e enrugadas
Prosseguindo nos cuidados habituais é frequente que a pessoa comece a sentir que sua orquídea está murchando. Este fato, infelizmente, é muito observado em orquídeas do gênero Phalaenopsis.

Suas folhas, outrora carnudas e suculentas, começam a perder o viço e tornam-se meio amolecidas. Também é possível notar que as folhas estão enrugando. É neste ponto que o sinal amarelo acende-se, desta vez, com razão.

Folhas moles, murchas e enrugadas são um grande sinal de preocupação. Elas indicam que a orquídea está se desidratando, perdendo água através de suas folhas, em um ritmo maior do que suas raízes conseguem captar. É nesta hora que um equívoco por parte do cultivador iniciante pode piorar a situação.

Por acreditar que a orquídea está murchando por falta de água, a pessoa passa a regá-la com mais frequência. E, no entanto, as folhas continuam a enrugar e amolecer, em ritmo até mais acelerado.

O que acontece, de fato, é que as raízes estão apodrecendo por excesso de água, não por falta. Paradoxalmente, as folhas da orquídea murcham e se desidratam devido à quantidade exagerada de regas, não pela falta delas.

Para consertar a situação, o ideal é diminuir a frequência das regas. Concomitantemente, é importante colocar a orquídea em um local mais sombreado, protegido do sol direto e de ventos excessivos.

É de suma importância fornecer altos níveis de umidade relativa do ar, o que não significa dar mais água. O ambiente em torno da orquídea deve ser úmido, o que pode ser conseguido através de umidificadores de ar, fontes de água próximas ou bandejas umidificadoras.

Caso a situação seja grave e as folhas estejam muito murchas e enrugadas, é bom desenvasar a orquídea e observar o estado das raízes. Caso não tenham salvação, uma saída é recorrer à técnica de UTI de orquídeas, geralmente feita de forma caseira em garrafas plásticas. Nem sempre funciona e é meio arriscado, mas é uma última tentativa.

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Orquídeas com crescimento acelerado
Por vezes, assistimos orgulhosos ao crescimento vigoroso e bastante rápido de uma orquídea, sem suspeitarmos que algo de errado possa estar acontecendo. Quando submetidos a pouca luz, ou em ausência total dela, os vegetais sofrem um processo denominado estiolamento.

Todos os seus componentes, caule, folhas e pseudobulbos, passam a se alongar aceleradamente, em busca de luz. Como resultado, estas estruturas estioladas tornam-se frágeis e delgadas, devido ao seu crescimento anormal. Observamos este fenômeno claramente quando cultivamos uma planta suculenta, que gosta de sol pleno, em local muito sombreado.

Nas orquídeas, o mesmo fenômeno ocorre. Portanto, toda vez que verificarmos folhas e pseudobulbos muito finos e compridos, é bom atentarmos para a quantidade de luz que a planta está recebendo.

Cada gênero de orquídea requer um nível diferente de luminosidade para um bom desenvolvimento e floração. Por isso, é importante que todas as nossas plantas sejam corretamente identificadas, para podermos pesquisar suas necessidades de cultivo.

folhas amareladas

As cores das folhas das orquídeas
Ainda em relação à luminosidade, outra mensagem clara que as orquídeas nos enviam vem através da coloração de suas folhas. A principal fonte de preocupação dos iniciantes é quanto ao fato de as folhas de suas orquídeas estarem amarelando.

Podemos observar uma grande variabilidade de tons de verde, que podem chegar até o amarelado, de acordo com os níveis de luz que a orquídea recebe. Por outro lado, cada orquídea tem sua cor característica, própria de cada espécie.

Como existe uma grande variação individual nos tons de verde das folhas de cada orquídea, bem como seus híbridos, novamente é importante sabermos sua identificação, para averiguarmos se aquela coloração é normal e saudável.

De modo geral, o tom de verde ideal é aquele que se aproxima à cor da alface, nem muito escuro, nem muito claro. Orquídeas com as folhas em um verde muito escuro, via de regra, estão recebendo menos luz do que deveriam.

No outro extremo, um verde muito claro ou amarelado pode ser sinal de excesso de luminosidade. Há ainda aquelas folhas que podem apresentar tons avermelhados, devido aos pigmentos coloridos que suas flores possuem.

Orquídeas com pseudobulbos enrugados
Este é um sinal que costuma ser mal interpretado. Orquídeas com os pseudobulbos em forma de cana, como as do gênero Dendrobium, costumam perder todas as folhas, tornando-se completamente secas e enrugadas.

Muitos acreditam que suas orquídeas estão doentes ou morrendo, mas trata-se de um fenômeno normal, que antecede a floração.

Portanto, neste caso específico, folhas amarelas, que estejam secando, caindo ou com manchas, não são sinal de que há algo de errado no cultivo da orquídea.

Outro processo que também assusta muita gente, mas é natural, consiste no enrugamento dos pseudobulbos mais antigos.

À medida que a orquídea de crescimento simpodial avança pelo vaso, as estruturas mais antigas vão perdendo sua função e naturalmente acabam enrugando. As folhas caem e estes pseudobulbos por fim secam e morrem.

No entanto, quando este fenômeno ocorre com pseudobulbos mais novos, na linha de frente do crescimento da orquídea, é sinal de que algo vai mal. Aqui, mais uma vez, estas plantas costumam ser mal compreendidas.

As pessoas vêem a orquídea murchando e logo concluem que lhes falta água. Na maioria dos casos, está ocorrendo exatamente o inverso. Por excesso de água, as raízes acabam apodrecendo e morrendo, processo que leva à desidratação da planta, como já mencionado anteriormente.

raízes secas

Orquídeas com raízes secas
Quando comecei a cuidar de orquídeas, o que mais me fascinava era observar o crescimento das raízes. Chegava a olhar várias vezes por dia. No entanto, o que me deixava frustradíssima era perceber que elas não costumavam ir muito longe.

Após alguns centímetros de crescimento para fora do vaso, invariavelmente, aquela bela pontinha verde acabava secando.

Cheguei a me conformar, achando que era assim mesmo, até que visitei um orquidário de verdade, com a umidade relativa do ar em níveis corretos. Para minha surpresa, conheci a Laelia e a Cattleya em vasos suspensos, ostentando raízes que iam até o chão.

Mais compridas do que as de muitas Vandas que vi por aí. O segredo é que elas só se desenvolvem adequadamente quando os níveis de umidade relativa do ar estão acima de 60%. No apartamento, como é difícil controlar este parâmetro, as raízes só se desenvolvem enterradas no substrato.

Outro fator que prejudica o desenvolvimento das raízes de orquídeas é o excesso de adubação química. Os sais acumulados queimam as pontas verdes em crescimento. Os adubos orgânicos, por serem muito concentrados, também podem queimar estas estruturas, quando em contato direto com as mesmas.

Além disso, se plantamos nossas orquídeas muito soltas no vaso, permitindo que balancem, acabamos impedindo que as raízes progridam. Na fase inicial do desenvolvimento, as pontas verdes destas estruturas são muito frágeis. O constante atrito com o substrato faz com que elas sequem e parem de crescer.

Por fim, o grande inimigo mortal de todas as raízes de orquídeas é o excesso de água, como já enfatizado nas seções anteriores. Na natureza, as orquídeas de hábito epífito, que vivem sobre outras plantas, estão com as raízes permanentemente descobertas, aderidas aos troncos das árvores.

Nesta condição, elas têm a possibilidade de captar a umidade do ambiente, ao mesmo tempo em que podem secar rapidamente, após uma chuva.

No cultivo doméstico, principalmente quando as orquídeas são cultivadas em vasos, com as raízes abafadas pelo substrato, há o perigo de o excesso de regas causar o apodrecimento destas estruturas.

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Orquídeas com manchas nas folhas
Nem todas as manchas nas folhas de nossas orquídeas são sinais de doenças. Existem máculas perfeitamente normais, como as pintas vermelhas que surgem nas orquídeas cujas flores têm um colorido mais intenso.

Esta pigmentação da flor também se revela nas folhas, pseudobulbos e pontas das raízes, principalmente quando expostas a altos níveis de luminosidade.

Outro sinal bastante comum, infelizmente, é aquele causado pela exposição excessiva da orquídea ao sol. Neste caso, as folhas adquirem inicialmente um aspecto esbranquiçado, que com o tempo vai se tornando mais escuro.

A aparência é típica de queimadura, mas pode ser confundida com um ataque de fungos. O fato é que a lesão causada pelos raios solares acaba abrindo as portas para que infestações oportunistas se instalem na folha.

Insetos, tanto os sugadores quanto os raspadores, também costumam causar grandes estragos às folhas das orquídeas. A lista é interminável: pulgão, cochonilha, tenthecoris, tripes, lagartas, etc.

Os ácaros, embora não sejam insetos – são parentes das aranhas e carrapatos – também causam lesões na superfície da folha e são difíceis de serem identificados, devido ao seu tamanho microscópico.

Por fim, existe uma legião de fungos, bactérias e vírus que podem deixar suas marcas e malefícios nas nossas orquídeas. Para saber exatamente do que se trata, somente com a ajuda de um profissional da área, o engenheiro agrônomo.

Também é ele a pessoa credenciada para receitar os medicamentos apropriados para cada situação.

Oportunamente, em um artigo específico, falaremos detalhadamente sobre pragas em orquídeas. Existem também uma série de sintomas causados por deficiência ou excesso de nutrientes. No entanto, estes sinais são mais complexos e geralmente são corrigidos por profissionais.

Se fornecermos uma adubação balanceada, os riscos de que estes problemas aconteçam são mínimos.

Em resumo, nem sempre flores e folhas murchas, amarelando, secando ou caindo são motivo para preocupação. É importante que saibamos distinguir quando estes fenômenos são normais, fisiologicamente falando, ou quando são consequência de alguma anomalia ou equívoco no nosso cultivo.

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Muitos afirmam que é necessário falar com as plantas, para que elas cresçam e floresçam. Há até quem toque música para elas, jurando que este procedimento melhora a produção de frutos e flores.

Não sei se é verdade. O que posso afirmar, com certeza, é que o inverso é verdadeiro. Elas é que falam, com toda a certeza. Talvez não possamos ouvir, mas o fato é que as orquídeas estão constantemente emitindo sinais visíveis sobre seu estado de saúde.

Cabe a nós tentarmos compreender esta linguagem, de modo a corrigir nossas falhas e aprimorar nosso cultivo.

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Sophronitiscernua

Esta pequena orquídea alaranjada, de nome científico Sophronitis cernua, é bastante pontual. Todo final de verão, começo de outono, ela dá início aos preparativos para uma bela floração, a cada ano mais abundante.

Durante a época em que não está florida, ela se dedica ao crescimento vegetativo, emitindo novos pseudobulbos. Estas estruturas se esparramam pelo substrato, criando uma touceira de grandes proporções, em forma de tapete.

Quando a floração acontece, o conjunto todo nos proporciona um espetáculo memorável. Dentre as orquídeas do gênero Sophronitis, esta é a mais generosa quanto ao número de flores.

Estas florações, no entanto, em nada se assemelham às clássicas orquídeas vermelhas, representadas pela icônica Sophronitis coccínea. As flores da Sophronitis cernua também são bastante diferentes das grandes florações pink produzidas pela Sophronitis wittigiana, outra parente próxima.

Outro híbrido famoso, a Sophronitis Arizona, também apresenta flores muito maiores e geralmente solitárias, quando comparadas à espécie cernua. Embora a Sophronitis cernua seja assim conhecida desde o século XIX, atualmente há quem diga que nem Sophronitis ela é mais.

Sophronitiscernua

A Sophronitis cernua é uma orquídea presente em vários estados do território brasileiro. Há relatos de que também ocorra na Bolívia e no Paraguai. No Brasil, sua ocorrência concentra-se na região sudeste.

Descoberta em 1828, nas imediações da cidade do Rio de Janeiro, esta espécie foi utilizada por Lindley para descrever todo o gênero Sophronitis. Atualmente, há quem a considere parte do gênero Cattleya, sendo assim classificada como  Cattleya cernua.

A Sophronitis cernua é uma orquídea que aprecia elevados níveis de umidade relativa do ar em seu ambiente de cultivo, de forma similar à condição em que se encontra em seu habitat de origem.

Por esta razão, é tão complicado cuidar desta micro orquídea em apartamentos ou em interiores de modo geral. O ambiente urbano em que vivemos, notadamente os cômodos de nossas casas, costumam apresentar um ressecamento mais acentuado do ar.

A falta de ventilação também é outro entrave para o cultivo de orquídeas como a Sophronitis cernua.

Existem alguns artifícios que ajudam a elevar os níveis de umidade relativa do ar, em ambientes internos. O uso de fontes de água, próximas ao local de cultivo das orquídeas, ajuda neste quesito.

Sophronitis Cernua

Alternativamente, pode-se fazer uso das bandejas umidificadoras. Qualquer recipiente raso pode ser utilizado, até mesmo o pratinho. Contudo, ele deve contar uma camada de areia, pedrisco ou brita.

A lâmina de água fica no fundo e o vaso vai por cima deste sistema. Não há contato direto da água com as raízes da Sophronitis cernua.

Embora apreciem umidade no ambiente, as orquídeas detestam ficar com os pés molhados por muito tempo. Por isso, é fundamental evitar o uso de pratinhos sob o vaso, que acumulam a água das regas.

Estas devem ser espaçadas e somente realizadas quando o substrato estiver bem seco. Como orquídea epífita, o ideal é que a Sophronitis cernua seja cultivada em pedaços de madeira ou troncos de árvore. Nestes casos, as regas precisam ser mais frequentes.

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A orquídea que não se parece com uma orquidácea. Esta é a impressão que muitos têm, ao se depararem com o Dendrobium purpureum e suas magníficas inflorescências em forma de delicados pompons brancos.

Sem flores, no entanto, esta orquídea tem o aspecto vegetativo clássico de muitas espécies do gênero Dendrobium, com longos e finos pseudobulbos em forma de cana, que vão perdendo as folhas com o tempo e tornam-se levemente enrugados, como se estivessem mortos.

O Dendrobium purpureum, particularmente, fica com estas estruturas em um interessante colorido branco acinzentado, com um aspecto bastante outonal e ornamental.

A orquídea Dendrobium purpureum é nativa das Ilhas Fiji, Moluccas, Sulawesi e Nova Guiné. Seu habitat é caracterizado por úmidas florestas localizadas tanto em regiões costeiras como montanhosas.

As flores do Dendrobium purpureum surgem a partir das gemas localizadas ao longo do pseudobulbos, justamente nas regiões que conectam os diversos segmentos, e que anteriormente eram pontos de inserção das folhas.

Em um primeiro momento, estas estruturas aparentam serem keikis, brotos que costumam surgir em diversos representantes do gênero Dendrobium. No entanto, com o passar do tempo, os pequenos tufos verdes de aparência arrepiada vão se desenvolvendo e revelando delicados botões florais.

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À primeira vista, cada pompom branco parece ser uma flor. No entanto, trata-se de uma inflorescência, composta por centenas de minúsculas flores em forma de trombeta, densamente imbricadas, formando uma semi-esfera.

Sendo assim, o Dendrobium purpureum poderia ser classificado como uma micro orquídea, dado o tamanho diminuto de suas flores.  No entanto, ninguém se refere a esta orquídea como tal, muito provavelmente devido ao tamanho avantajado de seus pseudobulbos, que podem atingir grandes proporções, tanto em altura como em volume da touceira.

O desenvolvimento é rápido, uma vez que vários novos brotos são emitidos simultaneamente. Infelizmente, esta é uma orquídea que emite poucos keikis, ao longo da vida, de tal forma que as chances de multiplicação do Dendrobium purpureum ficam restritas à simples divisão das touceiras.

Além disso, como já mencionamos em um artigo aqui no blog, a propagação de orquídeas através de sementes é um processo bastante minucioso, técnico e demorado.

Trata-se de uma orquídea bastante resistente, que pode florescer em qualquer época do ano. Embora o cultivo da parte vegetativa seja fácil, fazê-lo florescer costuma ser um desafio.

Esta é uma orquídea que aprecia bastante umidade durante a fase de crescimento, necessitando de uma pequena redução nas regas durante o inverno.

Este método é denominado stress hídrico. Quando as temperaturas começam a baixar, no outono, as regas devem ser reduzidas, assim como a adubação. Desta forma, enviamos um sinal fisiológico ao Dendrobium purpureum, de modo que sua floração seja estimulada.

Durante as demais estações do ano, convém aplicar um adubo do tipo NPK, com um maior teor de fósforo, a letra P do NPK. Existem formulações próprias para o cultivo de orquídeas, de diferentes marcas.

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O vaso para o cultivo do Dendrobium purpureum pode ser de barro ou de plástico. Em ambientes mais amenos, com bons níveis de umidade relativa do ar, o vaso de barro pode ser utilizado, já que é mais poroso e permite que o substrato seque mais rapidamente, além de proporcionar um melhor arejamento das raízes.

Como orquídea de hábito epífito, o Dendrobium purpureum precisa ser cultivado em um substrato bem arejado e drenável. Existem misturas à base de casca de pínus, carvão vegetal e fibra de coco, à venda em lojas especializadas.

A troca de vaso somente deve ocorrer quando o material estiver muito velho, entrando em decomposição, ou quando a orquídea começa a sair do vaso, devido ao adensamento da touceira.

A luminosidade para uma boa floração do Dendrobium purpureum deve ser intensa, porém indireta. O ideal é que os raios solares sejam filtrados por uma tela de sombreamento, preferivelmente capaz de reter 50% da luz incidente.

O sol do início da manhã e do final da tarde também pode ajudar a estimular a floração. Apesar de todos os cuidados com as regas, stress hídrico, adubação e floração, há anos em que este Dendrobium se recusa a florescer.

Trata-se de uma planta meio temperamental, ao menos sob o meu cultivo. O lado positivo desta birra é que, no ano seguinte, com muito mais pseudobulbos, a floração se torna ainda mais espetacular.

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O interessante é que, mesmo que um pseudobulbo já tenha produzido flores, ele poderá voltar a fazê-lo, no ano seguinte, a partir de outras gemas adormecidas. Portanto, por mais seca e encarquilhada que esta estrutura esteja, cheia de bainhas brancas ressecadas, não devemos cortá-las. Há sempre a possibilidade de surpresas, em termos de florações.

Infelizmente, as flores do Dendrobium purpureum album ficam abertas por pouco tempo, simultaneamente. Se esperarmos demais para fotografar a inflorescência completamente aberta, veremos que as primeiras flores que desabrocharam já estão secando, ao passo que os últimos botões florais ainda estão fechados.

Ainda assim, o processo todo é um espetáculo. Existem vários outros representantes de Dendrobium que produzem florações desta forma, em diferentes cores, tais como púrpura, rosado ou laranja. Embora sejam orquídeas consideradas de difícil cultivo, é impossível resistir à tentação de colecioná-las.

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Eu particularmente eu sou apaixonada pela Vanda, acho a flor um espetáculo. Além das cores vibrantes, o brilho das pétalas chamam muito a minha atenção.

É uma orquídea de origem asiática e costuma ser encontradas em regiões pantanosas, semelhante a mangues, onde, mesmo quando não chove, a umidade do ar é muito alta. Pelas características dessa região é fácil imaginar qual o ambiente ideal para ela: calor, muita luz, ventilação (circulação do ar), água e muita umidade.

Em condições ideais, ela pode florescer até quatro vezes por ano e suas flores podem durar cerca de 30 dias e são nas cores amarelo, laranja, vermelho, rosa e arroxeadas.

Ainda quanto a flor, há muitas variações de tamanho e algumas delas podem ser cobertas com manchas ou listras.

Quando a orquídea não estiver florindo, deve-se ficar atenta, pois alguma coisa deve estar errado. Pode ser por pouca água, pouca luminosidade ou falta de adubação.

Se uma Vanda adulta, bem enraizada, com folhas de igual dimensão do topo à base, que está em clima adequado (temperaturas maiores que 18ºC), não florescer, é porque faltou iluminação ou/e rega constante ou/e adubação.

Uma Vanda sem boas condições pode até florescer, mas sua haste será curta, com menos flores  e de menor tamanho.

As Vandas apreciam bastante água direto nas raízes, mas não gostam de ficar molhada muito tempo, pois isso pode causar o apodrecimento das raízes o que levará a sua morte.

Poderá ser molhada uma ou duas vezes no dia, sempre no início da manhã e/ou no final da tarde. É aconselhado nos dias de calor intenso, além de intensificar a rega para duas vezes no dia, molhar o chão onde sua planta fica, pois aumentará a umidade do ar.

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Uma boa dica para saber se elas estão sendo bem regadas:
- Raízes curtas em Vanda saudável e com bom desenvolvimento indica que ela está recebendo a umidade adequada.

- Raízes longas e em excesso significam que o ambiente está um pouco seco ou as regas estão insuficientes.

- Perdas das folhas de baixo (próximas as raízes), é sinal de falta de água, o que pode levar à sua morte.

A Vanda gosta de clima quente e não suporta temperaturas muito baixas. Em temperatura inferior a 15ºC, pode entrar em estado de repouso ou estagnação por vários meses, ou seja, não vai crescer e nem dar flores.

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Se a temperatura atingir 30ºC ou mais, mantenha o chão bem molhado, para aumentar a umidade relativa do ar ao redor dela. Ela suportará a temperatura alta sem problemas, contato que haja umidade no ambiente.

A planta requer mais adubo do que as demais orquídeas, porque suas raízes são aéreas e seu caule precisa crescer para uma nova floração.

O adubo deve ser do tipo foliar, e devido ao grande número de florações no ano, deve conter maior teor de fósforo, tipo 15-30-20.

É aconselhada adubação semanal ou no mínimo quinzenal, usando adubo foliar diluído e aplicando diretamente nas folhas e raízes.

Diferente das demais orquídeas, elas podem e devem ser adubadas quando estão floridas, somente deve haver cuidado para não atingir as flores.

Lembrando que, nunca se deve adubar em pleno sol, opte sempre pelo início da manhã ou fim da tarde.

A Vanda dispensa substrato, ela gosta de suas raízes limpas e soltas. Você pode deixá-la pendurada, ou amarrá-la num tutor vivo (árvores em geral) ou em pedaços de madeira. Neste caso, fixe-a voltada para o lado norte. Se for plantar em vaso ou cachepô de madeira, ele deve servir apenas de base e não deve ter substrato. Atenção! Nunca enterre suas raízes!

A Vanda deve ser colocada num local onde local onde receba luz direta do sol do início da manhã e do fim de tarde. É importante que a iluminação seja filtrada nas horas de sol mais forte.

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Uma Vanda bem cultivada, pode ter até 3 hastes florais com 10 a 20 flores em cada uma. O cultivo adequado e dedicado pode aumentar até a durabilidade das flores, de 30 dias até 3 meses.

Depois de abertas, as flores continuam a crescer. Você pode observar que a primeira flor que abriu chega a ter uma diferença de 2 a 3 cm em relação a que abriu mais recentemente. O número e tamanho das flores também varia de acordo com a idade da planta. As primeiras floradas são de 5 a 9 flores, já a partir da quinta, ela pode atingir até 20 flores com tamanhos bem maiores que as da primeira florada.

As vandas tem crescimento monopodial, ou seja, crescem sempre para cima. As vandas produzem mudas ocasionalmente.

Muitas vezes a produção de novas mudas em uma vanda adulta é determinada por dois fatores:
* Excelente cultivo
A planta muito bem cultivada pode interpretar fisiologicamente que poderá emitir novas mudas sem sofrer necessidades climáticas ou nutricionais.

* Sofrimento vegetal
Uma vanda adulta que esteja sofrendo por carência nutricional ou injúrias climáticas poderá emitir várias mudas na tentativa de preservar a espécie, já que a planta mãe corre o risco de morrer.

Neste momento as mudas alimentam-se por um bom tempo dos nutrientes da planta adulta, servindo este como substrato nutricional, uma vez que nos primeiros meses as mudas jovens ainda não emitiram suas raízes.

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