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Habitat – De acordo com o lugar de origem, as orquídeas são classificadas como Epífitas, Terrestres ou Rupículas.

Epífitas – São a maior parte das orquídeas. Vivem grudadas em troncos de árvores, mas não são parasitas, pois realizam a fotossíntese a partir de nutrientes absorvidos pelo ar e pela chuva. Portanto, ao contrário do que se pensa, não sugam a seiva da árvore.

Terrestres – São as que vivem como plantas comuns na terra.

Rupículas – São as que vivem sobre rochas.

Plantio – A maior parte das orquídeas pode ser plantada em vasos de barro ou plástico, cujo tamanho deve ser o menor possível. Vaso grande pode reter demais a umidade, causando apodrecimento das raízes.

Regras para o plantio:
1 – Coloque uma camada de pedra no fundo do vaso ( 2 a 3 dedos) para permitir a rápida drenagem do excesso de água.
2 – Complemente com fibra de coco desfibrado. Se houver pó, coloque o vaso de fibra de coco num balde com água para dispersar o pó. As raízes necessitam de arejamento.
3 – Encoste os rizomas na beira do vaso deixando um espaço na frente para dar lugar a novos brotos. Comprima bem substrato de fibra de coco para firmar a planta. Se necessário, coloque uma estaca para melhor sustentação.

Observações – Há orquídeas que dificilmente se adaptam dentro de vasos. Nesse caso, o ideal é plantar em tronco de árvore, casca de peroba ou palito de fibra de coco, protegendo as raízes com um plástico até a sua adaptação. Alguns exemplos dessas espécies são: C. walkeriana, C. schilleriana, C. aclandiae, a maioria dos Oncidiuns, Leptotes, Capanemias.

Orquídeas monopodiais, como Vandas, Rhynchostylis, Ascocentrum devem ser colocadas em um vaso SEM NENHUM SUBSTRATO e exigem um cuidado especial todos os dias. Deve-se molhar não só as raízes, mas também as folhas com água adubada bem diluída. Por exemplo, se a bula de um litro de água, ao invés de um litro, dilua em 20 litros ou mais de água e borrife, a cada duas ou três horas, principalmente em dias quentes e secos. Você pode perder a paciência, mas não a planta. Como são plantas que exigem alta umidade relativa, pode-se, por ex. usar um recipiente bem largo, como uma tina furada, encher de pedra britada e colocar o vaso sobre as mesmas, de modo que as pedras molhadas pela rega, assegurem a umidade necessária. A água que incidiu sobre as pedras que estão no fundo do vaso estará evaporando, dando a umidade necessária para a planta toda. Não se esqueça de que tanto o recipiente como o vaso, devem ter furos suficientes para a rápida drenagem do excesso de água.

Temperatura – A maior parte se adapta bem a temperaturas entre 15 e 25 graus centígrados. Entretanto, há orquídeas que suportam temperaturas mais baixas, como Cymbidium, Odontoglossum, Miltônias colombianas, todas nativas de regiões elevadas. Outras já não toleram o frio. É o caso das orquídeas nativas dos pântanos da Amazônia, como. C. áurea, C. eldorado, C. violácea, Diacrium, Galeandra, Acaccalis. Assim, devemos cultivar orquídeas que se aclimatem no lugar em que vão ser cultivadas. Caso contrário, o fracasso é certo.

Água e umidade – A umidade relativa do ar (quantidade de vapor d’água existente na atmosfera) nunca deve estar abaixo de 30%, caso contrário, as plantas se desidratarão rapidamente. Em dias quentes, a umidade relativa do ar é menor, por isso é necessário manter o ambiente úmido e molhar não apenas a planta, mas também o próprio ambiente. Num jardim, com muitas plantas e solo de terra a umidade relativa é bem maior do que numa área sem plantas com piso de cimento.

Observações: Nunca molhe as orquídeas quando as folhas estiverem quentes pela incidência de luz solar. Molhe pela manhã ou fim da tarde, quando o sol estiver no horizonte. Se precisar molhar durante o dia, espere uma nuvem cobri o sol por cerca de 10 minutos para que as folhas esfriem. Somente, então, borrife as folhas, pois umedecê-las é extremamente benéfico. Mas não encharque o vaso, pois as raízes podem apodrecer.

Luminosidade – O ideal e manter as plantas sob uma tela SOMBRITE de 50%. Assim elas receberão claridade em luz difusa suficiente para realizarem a sua função vital que é a fotossíntese. Se as folhas estiverem com cor verde garrafa, é sinal que estão precisando de mais luz. E se estiverem com uma cor amarelada, estão com excesso de luz. Existem orquídeas que exigem mais sombra: é o caso das micro orquídeas, Paphiopedilum, Miltônias colombianas. Há outras que exigem sol direto, como a Vanda teres e Renanthera coccinea que se estiverem sob uma tela, poderão crescer vigorosamente, mas dificilmente darão flor. Há outras que também exigem sol direto como C., warscewiczii, C. percivaliana, C. lueddemanniana, Cyrtopodium pelas simples razão de ser esse o modo como vivem nativamente.

Adubação – As orquídeas necessitam de alimento como qualquer outra planta. Quanto o adubo for líquido, dilua um mililitro (é igual a um centímetro cúbico) em um litro d’água. Uma seringa de injeção é um medidor prático. Quando for sólido, mas solúvel em água, dilua uma colher de chá em um litro de água numa frequência de uma vez por semana. Essas soluções podem atuar como adubo foliar, mas nunca aplique durante o dia, pois os estômatos (minúsculas válvulas) estão fechados. Faça-o de manhã, antes de o sol nascer, ou no fim da tarde, molhando os dois lados das folhas (o número de estômatos é maior na parte de baixo das folhas).

Concentração de adubo menor do que a indicada acima ou pelo fabricante nunca é prejudicial. Se diluir o adubo citado acima (um mililitro ou um grama) em 20 litros de água (ou mais) e com ela borrifar diariamente as plantas, você pode obter excelentes resultados. Corresponde a um tratamento homeopático. Dosagem maior que a indicada funciona como veneno e pode até matar a planta. Se o adubo for sólido, insolúvel na água, deve ser pulverizado diretamente no vaso, numa média de uma a duas colheres de chá , dependendo do tamanho do tamanho do vaso, uma vez por mês. Cuidado para não jogar diretamente sobre as raízes expostas.

Pragas e doenças – Plantas bem cultivadas, isto é, com bom arejamento, boa iluminação, num local de alta umidade relativa e bem alimentadas, dificilmente estão sujeitas a pragas e doenças . Falta de arejamento e de iluminação podem ocasionar o aparecimento de pulgões e cochonilhas (parece pó branco) podem ser eliminados por catação manual ou com o uso de escova de dentes molhada com caldo de fumo. Planta encharcada pelo excesso de água ou submetida a chuvas prolongadas pode ser atacada por fungos e/ou bactérias, causando manchas nas folhas e/ou apodrecimento de brotos novos. No comércio existem muitos tipos de fungicidas e inseticidas, mas o manuseio requer cuidados especiais, pois são tóxicos para o ser humano e para outros seres vivos. Deixamos aqui a velha receita caseira do caldo de fumo que não é nocivo e é fácil de preparar. Ferva 100 g de fumo de rolo picado em um litro e meio de água, acrescente uma colher de chá de sabão de coco em pó e borrife as plantas infectadas.

Quando plantar e replantar – O Plantio deve ser feito quando a planta estiver emitindo raízes novas, o que se percebe pelas pontas verdes, não importando a época, inverno ou verão. Quando for dividir a planta, a muda deve ter no mínimo três bulbos, tendo-se o cuidado de não machucar as raízes vivas, o que se consegue molhando-as, pois ficam mais maleáveis. Sempre flambeie com uma chama (de um isqueiro, por ex.) o instrumento que vai usar para dividir a planta por vírus. No caso de orquídeas monopodiais, como Vanda, Renanthera, Rynchostylis e outras, que soltam mudas novas pelas laterais, devem-se esperar que emitam pelo menos duas raízes, para então separar da planta mãe.

Floração – De um modo geral, cada espécie tem sua época de floração que é uma vez por ano. Convém marcar a época de floração que é uma vez por ano. Convém marcar a época de floração de cada espécie, pois, se não florescer nessa época, é porque há algo errado com a planta. Por ex., em janeiro, temos a floração da C. granulosa, C. bicolor, C. guttata. Em abril, temos a C. violácea, C. luteola, L. perrine, C. bowringiana. Em Novembro temos C.warneri, L. purpurata, C. gaskeliana. Existem orquídeas, como certas Vandas, que, bem tratadas, chegam a florir duas a três vezes por ano. O mesmo ocorre com híbridos cujos pais têm épocas diferentes de floração.

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