Gênero botânico de orquídeas, ou seja, pertencente à família Orchidaceæ, composto por cerca de vinte espécies originárias da América do Sul. Algumas de suas espécies são muito difundidas e bastante cultivadas pelos orquidófilos, principalmente pela abundância de suas vistosas flores que, por sua constituição espessa e disposição na inflorescência, à primeira vista podem ser tomadas por plantas artificiais feitas em cera.
São cultivadas apenas por colecionadores de orquídeas e institutos de pesquisa botânica, pois não existem utilidades conhecidas para suas espécies a não ser uso o ornamental.
O gênero Bifrenaria possui mais de 30 espécies distribuídas na América Tropical, do Panamá à América do Sul. No Brasil, no entanto dividido por duas áreas isoladas: a Floresta Amazônica, e a região da Mata Atlântica do Brasil. Esta última, onde dezessete espécies se fazem presentes, pode ser considerada seu centro de dispersão recente.
A área montanhosa dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo é particularmente rica, com quinze espécies registradas. Serra dos Órgãos no Estado do Rio de Janeiro é referenciada como habitat de catorze espécies das Bifrenaria.
As espécies de flores grandes são mais comuns na região sudeste do Brasil, contudo, existem desde as áreas mais iluminadas do litoral até áreas montanhosas bem iluminadas dos estados de Minas Gerais e Bahia, desde quase o nível do mar até cerca de 2.000 metros de altitude, algumas espécies atingindo até o Rio Grande do Sul.
Não há espécies deste grupo na Amazônia. Algumas espécies vivem apoiadas diretamente nas pedras do Pão de Açúcar no Rio de Janeiro as quais podem ser observadas pelos passageiros que pegam o bondinho. Os centros recentes de irradiação deste grupo são a zona litorânea da Serra do Mar e as altas serras de Minas Gerais.
As plantas do gênero caracterizam-se por possuírem pseudobulbos ovóide-quadrangulares, com uma ou duas folhas levemente e fibrosas. As flores crescem a partir da base dos pseudobulbos em hastes uniflorais.
Devem ser cultivadas em temperaturas intermediárias, com boa umidade e luz. São mais bem cultivadas em vasos com fibra de coco, sendo regadas regularmente e da mesma forma durante todo o ano.