Epidendrum denticulatum
Espécie mineira que vegeta sempre numa altitude acima de 2000 m. É uma espécie terrestre vigorosa e de crescimento monopodial, com até 1 metro de altura e muita insolação. Inflorescências longas de 50 cm de comprimento, encimadas por um verdadeiro globo de flores de 1 cm de diâmetro. Elas são de colorido amarelo intenso e florescem no verão. É de muito difícil cultura fora de seu habitat.
Epidendrum setiferum
Planta terrestre com até 60 cm de altura cujas flores são muito semelhantes a de uma Cattleya. Vegeta em campos limpos e em cerrados, numa altitude entre 700 e 1000 m. Folhas largas, rijas e crassinervadas com 20 cm de comprimento. Racimos florais de 60 cm de altura com flores que se abrem em sucessão.
Flores com 15 cm de diâmetro de cor lilás-escuro brilhante, bastante parecidas com as de uma Cattleya libiata. Sua planta é muito difícil de ser transplantada por serem suas raízes e rizoma muito quebradiços. Floresce em novembro/dezembro.
Laelia alaori
Espécie classificada há poucos anos. Muito afim da Laelia pumila, pois faz parte das Adrolaelias. Seu habitat é no topo das árvores com mais de 50 m de altura, no litoral da Bahia, numa altitude entre 100 e 300 m Região de matas muito úmidas, cobertas sempre por densas neblinas.
Pseudobulbos roliços e curtos, com 2 cm de altura e uma só folha, igual à Laelia pumila. Flores de 7 cm de diâmetro que não se abrem totalmente e são geralmente concolores e de cor rósea-claro. Muito delicadas. Floresce em agosto/setembro.
Laelia blumenscheinii
Delicada espécie rupícola que vegeta sobre rochas numa altitude entre 900 e 1200 metros. Pseudobulbos cilíndricos com 10 cm de altura e folhas coriáceas, claviculadas e largas com 20 cm de comprimento de cor verde-lilacina. Inflorescências com 40 cm de altura, eretas e com oito a 15 flores de 2 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas amarelo-ocre. Labelo pequeno da mesma cor com estrias vermelhas. É muito vistosa e floresce no verão.
Laelia crispata (ex- Laelia rupestris)
Espécie com pseudobulbos altos de 20 cm, estreitando-se para cima e sustentando umas folhas grossas e claviculada de 25 cm de comprimento, de cor verde-acinzentada. Inflorescências eretas de 30 cm de altura com seis a 10 flores de 3 cm de diâmetro de cor lilás-magenta.
É bastante usada em hibridações modernas para obtenção de flores de tamanho médio. Pode ser cultivada em pleno sol. Floresce entre agosto e setembro.
Laelia flava
Espécie com pequenas flores. Pseudobulbos cilíndricos estreitando-se para cima com 10 a 20 cm de altura sustentando uma ou mais folhas estreitas e coriáceas de cor verde-claro. Inflorescências eretas com oito a 10 flores de 2 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas amarelas.
Labelo pequeno e bem encrespado, também de cor amarelo-canário. Seu habitat, a oeste de Minas Gerais, numa altitude de 800 metros, está quase totalmente destruído pela extração de pedras para construções e pelo fogo, porque essas vegetam no meio do capim. Floresce entre abril e junho.
Laelia ghillanyi
Espécie pequenas com pseudobulbos curtos e ovais de 3 cm de altura, com uma folhas carnosa e sulcada de cor verde-bronzeado. Inflorescências de 10 cm de altura, com duas ou três flores de 3 cm.
Pétalas e sépalas de boa forma e largas. Sua cor vai desde o branco-leitoso até a cor magenta-escuro. Seu habitat é muito úmido, sobre pedras, e numa altitude de 900 metros. Floresce em setembro/outubro.
Laelia jongheana
Espécie preciosa que já teve seus diversos habitats mineiros destruídos pela coleta indiscriminada de plantas. Vegeta em matas sombrias e úmidas, numa altitude de 500 metros. Pseudobulbos roliços densamente agrupados em rizoma rastejante. Flores de 12 cm de diâmetro.
Pétalas e sépalas de delicada cor lilás-róseo sedoso ou rosa-salmão claro. Labelo róseo encrespado e crispado na fauce de cor amarela-esbranquiçada. Floresce entre junho e agosto.
Laelia pfisteri
Pequena espécie que vegeta sobre pedras calcáreas em região bastante seca no interior baiano, numa altitude de 800 metros. Pseudobulbos com 5 cm de altura, folhas coriáceas e estreitas de cor verde-bronzeadas.
Hastes florais de 40 cm de comprimento, com três a seis flores de 3 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas lanceoladas e pontudas, de cor lilás-escuro brilhante e de delicada consistência. Labelo afilado da mesma cor. Floresce em outubro/novembro.
Laelia xanthina
Espécie robusta com pseudobulbos de 15 cm de altura e folhas elípticas e coriáceas de cor verde-escuro. Inflorescências com duas ou três flores de 8 cm de diâmetro, de cor amarelo-enxofre com pedicelos bastante compridos. Floresce em novembro/dezembro.
Oncidium crispum
Espécie muito decorativa e florífera com pseudobulbos oblongos e ovóides, lateralmente compridos, sulcados e de cor verde-bronzeado, com duas ou três folhas lanceoladas, coreáceas e finas, de 25 cm. Inflorescências com quinze a trinta flores ramificadas e paniculadas.
Flores de 5 cm de diâmetro com pétalas e sépalas com margens onduladas e encrespadas, de cor amarelo-esverdeado até marrom-chocolate bem carregado. Labelo grande, vistoso e aplainado do mesmo colorido, com as margens mescladas de amarelo com zona basal amarelo-brilhante. Vegeta numa altitude de 800 a 1200 metros e floresce de janeiro a março.
Oncidium sarcodes
Espécie que vegeta nas Serras do Mar, Cantareiras e Mantiqueiras, numa altitude de 200 a 900 metros. Pseudobulbos bem alongados, estreitando-se na base, com 20 cm, coroados com duas ou três folhas lanceoladas de cor verde-brilhante. Inflorescências que chegam a 1,5 m de comprimento, bastante ramificadas.
Flores de 2 cm de diâmetro com bastante variação de colorido, que vão do amarelo com máculas castanhas e outras que parecem retoques luminosos. Ela gosta de locais sombrios e um pouco úmidos. Florescem na primavera.
Oncidium spilopterum
Espécie rupícola que vegeta em campos ou rochas, em região saturada de umidade em Minas Gerais, numa altitude entre 1800 e 2000 metros. Pseudobulbos ovais, sulcados, de cor amarela, sustentando duas ou três folhas de 25 cm de comprimento. Inflorescências de até 60 cm de comprimento, com muitas flores de 2 cm de diâmetro.
Pétalas e sépalas estreitas de cor amarelo-pálido com pequenas manchas castanhas. Labelo levemente quadrilobado e crespo, cor amarelo-vivo. Crista curiosamente denticulada de cor lilás. Floresce em novembro/dezembro.
Oncidium varicosum Var. rogersii
É um dos nossos melhores Oncidium. Labelo grande e colorido intenso. Pseudobulbos ovais e oblongo ovais, sulcados de cor verde-claro pintalgados de cor marrom, de 10 cm de altura com duas folhas lanceoladas de 25 cm de comprimento. Inflorescências que atingem 1 metro de comprimento, ramificadas e paniculadas com flores de 6 cm de diâmetro.
Pétalas e sépalas levemente esverdeadas com manchas de cor castanho. Labelo de até 5 cm de diâmetro de cor amarelo-ouro brilhante, lóbulos laterais pequenos e arredondados. Lóbulo central reniforme e muitas vezes quadrilobado. Medra numa altitude entre 500 e 900 metros. Floresce em abril/maio.
Promenaea xanthina
Espécie com plantas pequenas e mimosas. Pseudobulbos pequenos com 1 cm de altura, sulcados e de cor verde-claro, encimados com duas folhas, de 7 cm de comprimento na cor verde-claro sedoso. Flores de 3 cm de diâmetro com pétalas e sépalas de cor amarelo-puro.
Labelo com lóbulo frontal ovóide, amarelo, e lóbulos laterais oblongos, salpicados de vermelho, calo grande, amarelo, com cinco dentes. Coluna com face inferior salpicada de vermelho. Vegeta sobre árvores numa altura de 1 m do chão, em matas da Serra do Mar, numa altitude entre 300 e 700 m. É de fácil cultura em locais sombrios e com substrato levemente úmido. Floresce no verão.
Psychopsiella limmingheii (ex-Oncidium limmingheii)
Curiosa espécie de planta rasteira formando verdadeiros tapetes no tronco das árvores hospedeiras. Pseudobulbos com 1 cm de altura que ficam deitados, chatos e enrugados, de cor verde-bronzeado e com uma só folha, fina, fusiforme, oval, medindo 2 cm, de cor verde maculada de marrom.
Inflorescências bastante finas, uniformes, cujas flores aparecem no seu ápice, uma após a outra. Flores de 2 cm de diâmetro de cor amarela com máculas marrom-avermelhado. Muito sóbrias. Florescem em abril/maio.
Rodiguesia lanceolata (ex-Rodriguesia secunda)
Espécie com rizoma alongado e ascendente. Pseudobulbos ovais, aproximados, sustentando uma única folha oblonga e acuminada de 10 cm de altura de cor verde-claro. Racimos recurvados com três a seis flores de 3 cm de diâmetro, de cor roxo-lilás e labelo cuneiforme de cor mais forte e cristas salpicadas de vermelho.
Florescem de fevereiro a abril. Vegeta em habitats ensolarados nos estados do Pará e Mato Grosso, até em praças públicas.
Scuticaria kautskyi
Rara espécie capixaba que vegeta em matas úmidas e sombrias, numa altitude entre 1200 e 1500 metros. Pseudobulbos curtos e cilíndricos de 2 cm de altura. Folhas roliças e eretas de 15 cm de altura de consistência coriácea.
Scuticaria steelii
Espécie amazônica com folhas cilíndricas e flageliformes com até 80 cm de comprimento. Inflorescências eretas de 5 cm de altura incluindo os pedicelos. Flores vistosas de 9 cm de diâmetro, muito perfumadas. Sépalas ovais, obtusas, de cor amarela maculadas de castanho.
Pétalas menores do mesmo colorido. Labelo quadrilobado, amarelo-claro com máculas purpúreo-arroxeadas. Calo curto amarelo-laranjado, listrado de vermelho. Coluna branca, levemente salpicada de vermelho. Vegeta em mata sombria numa altitude entre 100 e 300 m. Floresce no verão.
Zygopetalum sellowii
Espécie miniatura e terrestre que tem como habitat campos e barrancos úmidos e ensolarados de Minas Gerais, numa altitude entre 900 e 1000 metros. Pseudobulbos com 1 cm de altura que ficam semi-enterrados, sustentando duas folhas estreitas de 15 cm de comprimento.
Inflorescências com até 20 cm de diâmetro, portanto de cinco a oito flores de 1 cm de diâmetro. Labelo largo e totalmente branco. Floresce na primavera.