Nome Científico: Dyckia SP
Nome Popular: Dyckia
Família: Bromeliaceae
Origem: Brasil e América do Sul
Ciclo de Vida: Perene
A Dyckia é um gênero botânico da família Bromeliaceae. As Dyckias possuem folhas duras e espinhosas, são saxícolas (vivem em torno de pedras) e terrestres (crescem no solo árido) com incidência solar direta e têm uma tendência natural a aglutinarem-se formando espessas esteiras de grande porte.
A maioria das cerca de cento e vinte diferentes espécies de Dyckia, são nativas do Brasil central, com alguns exemplares sendo encontrados no Uruguai, Paraguai, Argentina e Bolívia.
A maioria dos exemplares cresce entre as rochas quentes em áreas ensolaradas variando de altitude de até dois mil metros do nível do mar.
Embora as Dycias não possuam tecidos de armazenamento interno de água, como as suculentas, na verdade elas são xerográficas e sobrevivem a longos períodos sem água em estado de dormência. Suas rosetas de folhas grossas acabam murchando, mas a recuperação é rápida quando recebe algumas gotas de água. Por serem muito resistentes e rústicas elas suportam bem a negligência do que qualquer outra planta cultivada rapidamente se multiplica.
Sua única exigência é um pouco de água e muito sol. Inflorescência
Na primavera começam a surgir finas hastes que emergem ao lado da planta variando o tamanho, que vai de aproximadamente de dez centímetros de uma espécie pequena como a Dyckia Choristaminea a mais de dois metros para a Dyckia Marítima.
Embora não possuam flores grandes, elas variam na cor vermelha, amarela e laranja, o que as tornam bastante atrativas para abelhas, vespas e beija-flores. Os exemplares possuem coloração que variam de acordo com a espécie e estes podem ser verde, rosa, marrom, bege ou prata, já suas folhas podem variar de formas como longas e finas, pequenas e largas, profundamente lobadas ou quase lisas.
No paisagismo são ótimas para comporem jardineiras, barreiras de passagem, demarcação de caminhos sempre com a incidência do sol direto.
A maior parte das Dykcias não são exigentes em sua cultura, bastando para tanto se levar em conta as seguintes observações:
Elas gostam de sol e meia sombra. Preferem temperaturas altas em torno de 26 a 40 graus, mas resistem bem a temperaturas inferiores.
A maioria das espécimes não serão prejudicadas pelo clima frio. Como todos os componentes da família das Bromeliáceas as fertilizações têm quer feitas com muito cuidado, pois elas possuem alto poder de absorção foliar. O elemento cobre em alta concentração nos compostos químicos devem ser evitados, pois este as leva a morte.
É recomendada a utilização de fertilizantes hidrossolúvel com NPK 14-14-14 ou 10-10-10 na proporção de uma colher de chá diluída em um litro de água e aplicada com auxilio de um aspessor.
Se optar-se pela fertilização orgânica ainda melhor, pois não se correrá nenhum risco e os exemplares responderão com mais vigor – embora que um pouco tardio, mas que com certeza compensarão.
Embora elas sejam muito resistentes a seca, as regas devem ser feitas em dias alternados, principalmente quando se tratando de mudas novas, e em dias muito quentes. Estas deverão ser feitas com o sol frio pela manhã ou no final da tarde.
O substrato deve conter uma mistura de terra vegetal, areia e grande quantidade de matéria orgânica – proporção de 25% de areia lavada, 25% de terra vegetal e 50% de esterco de gado ou cavalo.
As Dyckias podem ser tornarem invasoras quando cultivadas no chão, por esse motivo é sempre bom a utilização de contentores. Quando cultivadas em jarros, vasos, jardineiras, devem-se escolher os modelos que acolham o sistema radicular de plantas de grande porte.
As Dyckias apreciam um invólucro maior ou do seu próprio tamanho. Mas atenção: quanto maior o invólucro e mais adubo orgânico tiver maior será a planta.
A maioria das espécies de Dyckias têm folhas municiadas de espinhos afiados o que faz o seu manuseio um trabalho doloroso. Muitas vezes é difícil separar os brotos da planta mãe. Sendo assim, recomendo que se utilize luvas de couro de cano longo, remova a planta do vaso e inicie o trabalho a partir do fundo ou seja de trás para frente.
Tenha a mão uma faca afiada e resistente, uma pequena serra, e, em casos extremos uma machadinha que poderá vir a calhar na hora de se separar os brotos laterais. Sempre que possível procuramos preservar o sistema radicular dos brotos. Se ele ainda não tiver raízes, passe um pouco de hormônio enraizador antes do envasamento.
Saturday, 18. June 2011
Quando as dyckias se aglomeram por demais,devem ser rareadas ou não há problema em deixá-las por conta da natureza?
Monday, 23. September 2013
Gostei muito da matéria sobre as Dyckias, então para fins de esclarecimentos eu sou especialista na Dyckia ibiramensis Reitz, endêmica num pequeno trecho no Rio Hercílio, em Ibirama – Santa Catarina, sendo uma das mais raras do Brasil, tendo um pouco mais de 4.000 rosetas na natureza atualmente, em 09 pequenas colônias. Eu consegui fazer a reprodução, resgate e salvamento, congelamento, reintrodução desta planta, que é uma das mais bonitas da espécie. Abraços ambientais de Prof Murilo Cristóvão – Bio – Pres. ONG ACADEMA-SC