As sophronitis são plantas pequenas e delicadas. Encantam pelo charme e pela delicadeza.
São plantas que precisam de bastante umidade boa circulação de ar, temperaturas que vão de amenas a frias, cada uma de seu jeito. Conseguem sobreviver num meio encharcado, mas que desse modo garantem apenas a sobrevivência da planta não a floração
As cernuas comuns, brevipedunculatas, alagoensis e wittigianas são as mais fáceis de cuidar, são plantas que necessitam ter suas raízes expostas, portanto o ideal é mantê-las em cascas de madeiras rugosas ou porosas nunca as resinosas (eucalipto, seringueira), estas queimam as raízes com a resina expelida, mas depois de totalmente secas e de um fervimento também podem ser usadas.
Amarre-as em casca de madeira (peroba, vellózia, até mesmo aquelas das árvores derrubadas nas ruas pelas prefeituras) sem esquecer-se de preencher os lados com esfagno.
Esta tática ajuda a manter a planta úmida por mais tempo permitindo a emissão de raízes com mais facilidade para se embrenhar nas frestas da casca rugosa e pendure a sua planta a 1,5 m ou mais em um lugar que não tome sol forte mas com uma boa circulação de ar.
Outra ótima saída é mantê-la em um pau-de-barro e fazendo o controle de quantas vezes por mês ele deve ser cheio variando de acordo com a espécie.
A acuensis é a mais sensível de todas, necessita de muita umidade e só que ao contrário das cernuas não tolera lugares que não sejam bem sombreados (de 50 a 70%), é bom mantê-la num pau de barro e nunca deixa-lo esvaziar, é a que mais precisa de umidade.
A cernua amarela e a spring hill são mais delicadas do que as cernuas comuns e portanto mais complicadas de se cuidar, precisam de mais umidade e mais frio que as comuns (ao menos 2 meses com temperaturas inferiores a 18° C).
O ideal é cultivá-las num pau-de-barro que ficam vertendo água enquanto cheios e funcionam como um resfriador de ambientes, do mesmo modo que você sempre encontra água fresca dentro de uma moringa de barro.
Para o cultivo de sophronitis ou de outros gêneros que dependam muito de umidade relativa do ar é essencial que se faça um controle que assegure que essa umidade não abaixe de 50%.
Proteção contra fungos
Para as sophronitis que precisam de um convívio total (coccínea, riograndensis, acuensis, miniata, etc.) ou parcial (cernuas, brevipedunculatas, witigiannas) com a umidade, é muito importante que se faça a aplicação periódica de um antifungo, assim como também das cochonilhas, que aparecem com frequência nas sophronitis.
Muitos colecionadores de orquídeas costumam usar o pinho-sol (10 ml para cada litro de água) borrifado periodicamente de 15 em 15 dias.
Precisa ser o pinho sol original, pois as imitações não contêm o principio ativo que controla os fungos.
Esta mistura não elimina os fungos, apenas evita que ele se propague, por isso o uso periódico.
Ventilação
Para as espécies que precisam de uma boa umidade é necessário uma boa circulação de ar para que fiquem longe dos fungos, bactérias e demais pragas que aparecem sempre que o a circulação se torna escassa, eu utilizo um ventilador a luz solar.