A Orquídea Cattleya walkeriana é mundialmente conhecida e apreciada pelos belíssimos híbridos que tem produzido, é encontrada nas regiões mais diferentes do Brasil, seja crescendo sobre pedras, ou sobre árvores, sempre próxima às águas de lagos, rios ou pântanos. Deve-se destacar que a maioria das plantas que hoje se encontram nas coleções foram produzidas por semente ou meristema (clonagem) e por serem plantas de cultivo extremamente fácil, os orquidófilos do mundo inteiro já dominam.
A fácil adaptação dessa espécie se comprova na maneira como é cultivada. No Brasil, que abriga todos os tipos de clima, temos visto a Cattleya walkeriana cultivada em vasos de cerâmica baixos e furados, em vasos comuns feitos com fibra de coco, em pequenos pedaços de casca de árvore (peroba, aroeira, ipê, etc), em casca de pinheiro, em placas de fibra de coco ou, ainda, em muros de pedra.
É uma planta que tolera muito bem a luz solar intensa, porém não direta. Gosta de ambientes úmidos e bastante ventilados, detestando substratos encharcados.
O pico de floração da Cattleya walkeriana é no mês de maior, por esse motivo ela é conhecida popularmente com os mais variados nomes: flor de Maria, flor das noivas, flor das mães, flor de inverno, etc. Após o aparecimento das flores, dá-se a brotação pesada, por volta do mês de Agosto, período em que se deve intensificar as regas e a adubação para a formação do bulbo vegetativo.
É importante lembrar que essa espécie de orquídea pode florescer em broto especial ou em broto com folha comum (Cattleya walkeriana variedade princeps, que floresce em Setembro). É uma planta extremamente sensível às divisões (separação de mudas). Para poupá-la, deve-se evitar a floração no ano seguinte à divisão da planta. Com este cuidado, ela economiza forças.
Quando a planta mostra os botões, deve-se cortá-los utilizando ferramenta esterilizada para evitar contaminações, vírus ou bactérias. Isto pode ser feito usando-se a chama de um isqueiro ou vela por uns trinta segundos na lâmina da ferramenta.
Nesta espécie, são encontradas as formas tipo lilás, alba (branca), coerulea (azulada), semialba (branca com labelo lilás), lilacínea (rosada), flammea (lilás com riscos púrpura), vinicolor (vinho), entre outras.
Cultivo A luminosidade deve ser de forte a mediana, desde que haja boa ventilação e umidade. A temperatura deve ser igual ao do seu habitat, com dias quentes e secos por longos períodos, com noites frias e com umidade relativa do ar relativamente alta, sobretudo à noite. As regas são realizadas todas as vezes que o substrato seca e diariamente antes do nascer do sol recebem borrifos de água, como se fossem gotas de orvalho.
A boa circulação de ar é essencial. Por ser orquídea epífita (que cresce sobre árvores), a Cattleya walkeriana prefere substrato bem arejado. Há muitas opções além da mistura básica de casca de pínus, chips de coco e pedacinhos de carvão: isopor picado, casca de arroz carbonizada, caroços de açaí, cavacos de madeira.
A casca de arroz carbonizada, aliás, oferece silício, um nutriente que ajuda a proteger a orquídea de pragas e doenças. Aceita os diversos substratos oferecidos às Cattleyas e plantio em vasos, mas prefere placas e palitos.
A fertilização, com adubo líquido, deve ser a cada terceira rega, com fertilizante balanceado. Com adubos orgânicos ou aqueles em grânulos, drágeas ou bastão, no início de cada estação, menos no inverno.
Deve ter-se cuidado extremo com o acúmulo de sais minerais no vaso e substrato, sendo que uma solução para isso é, pelo menos uma vez por mês, fazer uma rega intensa para remover resíduos. Nesse particular os vasos de plástico levam vantagem sobre os de barro e, ainda mais, os cestos de madeira ou de plástico.