Uma das orquídeas que são consideradas ideais para criadores iniciantes, estão as do gênero Brassavola, que têm destaque pelo seu manejo de baixa ou média complexidade e pela extrema beleza de suas delicadas e aprazíveis inflorescências.
Endêmica das Américas tropicais, as orquídeas Brassavola pode ser epífita ou rupestre – desenvolve-se tanto nos caules das árvores tropicais quanto em rochas – e tem compleição tropical.
Floresce no Verão, embora algumas espécies produzam flores também sob baixas temperaturas. A variação climática ideal para as Brassavolas é de máxima de 33º C, com umidade relativa do ar alta, e mínima de 10º C. Suporta por pouco tempo temperaturas menores que a mínima indicada, mas pouco tempo mesmo.
A orquídea Brassavola nasce de um caule aéreo, chamado pseudobulbo, e se propaga de forma entouceirada. As folhas lanceoladas e finas servem de base para a haste onde se desenvolvem a inflorescência.
Cada haste comporta uma única flor. Esta flor possui cinco pétalas estreitas, diria até finíssimas, também lanceoladas como as folhas, formando uma estrela gráfica, cujos tons podem variar do branco creme ao verde.
O labelo destaca-se proeminente na base, com seu tom creme com eventuais manchas esverdeadas ou amareladas. O perfume é peculiar e muito agradável, sentido principalmente no período noturno.
O substrato onde a orquídea Brassavola deve ser plantada precisa ter drenagem eficiente, pois, como é de praxe entre as orquídeas, ela necessita de regas frequentes mas não tolera encharcamentos (lembre-se: as raízes e bulbos podem morrer por apodrecimento).
Pode-se usar fibras parecidas com o xaxim ou cascas de madeira, colocados em vasos ou cachepôs de fácil drenagem. A iluminação deve ser mais intensa do que o habitual suportado por outras espécies de orquídeas, em ambientes com umidade relativa do ar alta (nunca plante nenhuma orquídea em lugares com ar condicionado!).
A orquídea Brassavola é naturalmente resistente à pragas se bem cuidada. A troca de vasos e substratos deverá ser feita de acordo com o vigor de crescimento da flor. A adubação de reforço deve ser feita de forma suave, geralmente diluída na água das regas, preferencialmente na época da floração.