Das aproximadamente 200 espécies conhecidas desse gênero, a orquídea-cometa é a mais estudada pelos botânicos que pesquisam a estreita relação entre uma planta e seu agente polinizador.
É um gênero de plantas muito interessante. Algumas espécies provem de outros lugares. A espécie mais famosa é a Angraecum sesquipedale.
É que essa planta carnuda e perfumada, típica de Madagascar, faz algo incomum para as orquídeas: produz néctar.
Para atrair o inseto certo que irá carregar seus preciosos grãos de pólen até outra flor, a orquídea-cometa coloca o líquido açucarado no fundo de um tubinho fino e comprido.
Só uma mariposa que tenha uma língua longa o bastante – e bota linguaruda nisso, porque o tubinho tem quase 20 cm, será capaz de alcançar o néctar e, consequentemente, polinizar a flor.
Não à toa seu sobrenome científico, sesquipedale significa, em latim, “de um pé e meio”, em referência ao tamanho do seu nectário.
Estas orquídeas são monopodiais, então há um único caule que cresce para cima com folhas alternadas e as hastes florais e raízes afloram logo acima das folhas.
Em algumas ocasiões, o caule se ramifica, mas isso acontece em algumas espécies mais do que outras. Elas costumam crescer como epífitas, mas algumas outras crescem como litófitas também.
É uma das mais perfumadas orquídeas e com isso atrai inseto de hábitos noturnos, pois ela só exala seu perfume à noite (o cheiro lembra o da gardênia e da dama-da-noite).
E como as mariposas não costumam enxergar as cores direito, essa planta inteligente produz flores bem grandes, brancas ou creme, para ficar bem visível a seu polinizador. É por essas e outras maravilhosas adaptações coevolutivas que a orquídea-cometa foi longamente estudada pelo naturalista Charles Darwin e ganhou destaque nos anais da biologia.
O clima, as regas e o substrato ideal para a orquídea-cometa
Suas necessidades de luz variam, porém a intensidade média é um bom meio termo, porém, algumas espécies se dão bem com uma iluminação alta.
Essa espécie aprecia clima quente, úmido e bem ventilado na primavera e verão e um descanso mais seco e fresco no inverno.
Mantenha seu vaso em local de muita luminosidade, mas sem sol direto, que causa queimaduras nas folhas.
O melhor tipo de substrato é uma mistura de carvão e casca de pínus, mas experimente também variações regionais que não retenham muita água, como semente de açaí ou babaçu.
Por ser uma orquídea de crescimento muito lento, evite transplantá-la – e, ao fazê-lo, dê atenção especial às raízes para não parti-las, já que a orquídea-cometa demora meses para se recuperar de machucados e ressente muito as mudanças bruscas de ambiente.
Estas plantas variam muito em questões vegetativas, pois algumas são muito pequenas, outras muito grandes, algumas crescem na vertical, já outras pendem para baixo. São plantas que afloram seu perfume a noite e são polinizadas por mariposas.
Regue-as assim que o substrato secar. Elas gostam de secar rápido, por isso evite cultivá-la em vaso de plástico e prefira os de barro e utilize substratos que não retenham muita umidade como é o caso do esfagno.