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brilhantina

Brilhantina – (Pilea microphylla)
Esta é mais importante invasora de vasos de orquídeas e vasos ornamentais. Éé originária das regiões tropicais da América. Seu nome popular está relacionado com as pequenas folhas brilhantes. Essa espécie possui variedades cultivadas como ornamentais de porte e folhas maiores. A Brilhantina é uma planta perene e não passa dos 20 cm de altura. Herbácea com ramos rasteiros, muito ramificados e com extremidades ascendentes. Folhas e ramos carnosos e quebradiços; e qualquer fragmento do ramo pode enraizar e dar origem a novas plantas. Seus frutos são cápsulas que ao abrirem lançam grandes quantidades de sementes pela redondeza do vaso, e sua infestação aumenta rapidamente. As sementes germinam sobre bancadas, paredes e até sobre as bainhas das orquídeas. A planta é quebradiça mas as raízes são fibrosas, e muitas vezes ao serem arrancadas se rompem logo acima do substrato e a planta rebrota em poucos dias. Quando o vaso está intensamente infestado é mais fácil e econômico trocar todo substrato, lavando-se bem a planta e o vaso (o vaso pode ser colocado no micro ondas, na temperatura máxima por 3 min,, ou colocá-lo com água numa panela de pressão) para livrá-los das sementes da brilhantina.

Oxalis corniculata

Trevinho ou Azedinha – (Oxalis corniculata)
Tem origem na Região do Mediterrâneo na Europa. Encontradas preferencialmente em lugares úmidos ou frescos, sendo consideradas “pragas” nos jardins. Planta perene, estolonífera ( planta com caule horizontal emitindo raízes e folhas na vertical) ramificando na base e nos nós. Suas características variam muito, ser pilosa ou lisa, estolões (talos) com entrenós curtos ou longos, folhas verdes ou avermelhadas, entre outras características.
Multiplica-se por sementes ou pos talos. Apresenta flores amarelas e frutos em cápsulas, e estas quando amadurecem, por meio de um mecanismo de adaptação, elevam-se sobre as folhas e se abrem violentamente, espalhando sementes a vários metros de distância. A azedinha possui dois tipos de raízes, uma pivotante que tem origem na semente, de desenvolvimento vertical e descendente, para o interior do substrato, são fibrosas e muitas vezes também carnosas; outras são fasciculadas e tem origem nos nós dos estolões (talos). No solo os estolões se desenvolvem apenas na superfície, mas nos substratos dos vasos ele pode se desenvolver tanto na superfície como no interior do substrato envolvendo as raízes e rizoma da orquídea. O trevinho é de crescimento vigoroso e exigente em nutrientes, sua infestação esgota em pouco tempo as reservas do substrato. Sua remoção deve ser realizada cortando-se as raízes logo abaixo dos nós ou abaixo da superfície e com muito cuidado que por serem fibrosos e estar entrelaçadas com as raízes das orquídeas, podem danificá-las ou deslocar volumes de substratos consideráveis.

Crianças costumam mastigar as folhas de algumas espécies deste gênero devido ao sabor levemente azedo e agradável decorrente da presença de oxalato de potássio. O oxalato de potássio origina o ácido oxálico, o qual é responsável pela toxidez do gênero.
O ácido oxálico, em sua forma solúvel, irrita as mucosas do estômago e do intestino quando ingerido. Esta irritação desencadeia vômitos, diarréia e dor abdominal. Uma vez no trato gastrintestinal, o ácido oxálico será rapidamente absorvido e reagirá com o cálcio cerco, formando oxalato de cálcio insolúvel.
Esta reação levará á duas graves conseqüências: hipocalcemia e depósito de oxalato de cálcio nos rins.
A hipocalcemia leva a uma violenta estimulação muscular tetânica, podendo causar distúrbios cardíacos e neurológicos. A deposição do oxalato de cálcio nos rins obstrui os canais, causando lesões renais por alteração da função tubular.
Apesar das sérias conseqüências que as intoxicações por oxalato de cálcio podem ocasionar estas só acontecem após a ingestão de grandes quantidades do vegetal. A digestão é lenta e, por isso, os primeiros sintomas (náusea, vômitos e diarréia) demoram a aparecer. O abdome pode apresentar-se distendido e volumoso devido aos gases de fermentação do material vegetal não digerido. Sintomas graves característicos da intoxicação com altas doses de oxalato de cálcio, como distúrbios cardíacos e neurológicos, raramente ocorrem.
O tratamento pode ser iniciado com lavagem gástrica e medidas provocativas de vômitos. Os distúrbios gastrintestinais são tratados sintomaticamente com administração de, antiespasmódicos e analgésicos.

Musgos-e-liquens
M
usgos
As várias espécies de musgos também podem ser consideradas plantas invasoras. Embora não sejam agressivas com relação á retirada de nutrientes, formam uma barreira que dificulta a penetração de água no interior do substrato.
A presença de musgo em grande quantidade sobre a superfície do vaso denuncia que o substrato se encontra decomposto, necessitando de substituição.

Cardamine bonariensis
Agriãozinho – (Cardamine bonariensis)
Muito semelhante ao agrião, espécie hortaliça consumida em saladas. Apesar de ser nativo da Europa, está bem aclimatado em nosso meio. Planta anual, ereta, sem pelos, tenra, pouco ramificada, com tamanho entre dez e 20 cm de altura. Folhas alternas são recortadas e as ramificações só aparecem depois que a planta inicia o florescimento. Tem crescimento vigoroso e precoce, surgindo flores brancas antes dos 30 dias da emergência. Os frutos se abrem violentamente, espalhando sementes em todas as direções.
Das plantas invasoras o Agriãozinho apresenta menor resistência para ser retiradas do vaso; seu sistema radicular é menos fibroso e pouco desenvolvido. Apesar disto são muito eficientes em retirar nutrientes do substrato. Sua agressividade está na precocidade e na grande quantidade de sementes que produz. É uma das espécies vegetais que tem um dos menores períodos para completar um ciclo, da emergência até a maturação dos frutos.

Phyllanthus tenellus
Quebra pedra – (Phyllanthus tenellus)
Originário do Brasil, é frequentemente encontrado infestando vasos de orquídeas e plantas ornamentais; habita lugares úmidos. Planta anual, ereta e pouco ramificada podendo atingir 50 cm de altura, folhas oblongas ou ovaladas, os frutos são cápsulas que arremessam as sementes ao se abrirem. O desenvolvimento da planta é rápido e o sistema radicular é ramificado e fibroso. Não precisa ser arrancada do vaso para ser eliminada, basta cortá-la junto á superfície do substrato, que não rebrota.
O nome quebra pedra vem do fato desta planta estar quase sempre nas quinas das pedras e do folclore popular de que é planta medicinal que tem o efeito de “quebrar cálculos renais”. Estudos científicos demonstraram que não há quebra dos cálculos renais mas talvez o impedimento de seu surgimento.

Hydrocotyle_pusilla
Cairuçu-mirim – (Hydrocotyle pussila)
Espécie nativa do sul do Brasil, tendo sido introduzido nos orquidários através se substrato contaminado e de mudas de orquídeas terrestres retiradas da natureza sem os devidos cuidados. Planta de caule filiforme, rasteira, ramificada, folhas arredondadas de bordos denteados com cerca de 1 cm de diâmetro. Inflorescência axilar mais curta que o pecíolo das folhas. Frutos elípticos, com sementes que germinam sobre o substrato. Muito agressiva, em pouco tempo forma um verdadeiro tapete verde sobre o substrato. Depois desta fase é mais fácil e econômico substituir o substrato.

Cyperus_rotundus
Tiririca, junça ou “barba de bode” – (Cyperus rotundus).
São introduzidas nos vasos através de substratos ou materiais contaminados. Anuais ou perenes. As anuais germinam, florescem e produzem sementes em uma só estação. As perenes têm órgãos de armazenamento subterrâneos, geralmente rizomas, que possibilitam seu crescimento por muitos anos. Elas podem se reproduzir tanto através de sementes quanto pela extensão do rizoma, do qual crescem plantas filhas.

Nephrolepis polypodium
Samambaia -  (Nephrolepis polypodium)
Planta cosmopolita tropical com ciclo de vida perene, introduzidas nos orquidários por substratos, vasos contaminados, e a proximidade com estas plantas que emitem esporos de longa resistência que são levados pelo vento e pássaros.
As samambaias são em geral plantas herbáceas, rizomatosas com folhas longas, subdivididas em folíolos que podem ser lisos ou rendados. De coloração verde, com diversas tonalidades, podem ser mais eretas ou mais pendentes dependo da espécie e variedade. Normalmente formam touceiras volumosas, demonstrando sua bela textura. Apresentam tamanhos muito variados, para todos os gostos e ambientes. A iluminação ideal para as samambaias em geral é a meia-sombra, salvo em algumas exceções. São plantas rústicas e que não gostam de frio. Os vasos devem ser irrigados frequentemente, porém devem ser bem drenados.

lago

Obrigada pela sua visita. Se você tem sugestões ou dicas sobre o assunto, coloque aí nos comentários, eles podem acabar virando temas para novos posts.

OBS: Este site não trabalha com vendas de plantas,sementes e afins, apenas são postados artigos com informações sobre como cultivar as plantas. Você pode adquirir sua planta desejada em qualquer bom Garden Center de sua região.



One Response

  1. #1
    Virginia Eliza Pivato 
    Tuesday, 23. October 2012

    Gostei muito do seu blog.Tirou todas as dùvidas que eu tinha sobre Plantas Invasoras.