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Para a execução de um projeto paisagístico, é fundamental que se tenha conhecimento das plantas. É importante saber tipo, porte, folhagem, época de floração, local de melhor adaptação, entre outras características.

As plantas ornamentais podem ser divididas em grupos conforme seu aspecto morfológico, hábito de crescimento ou mesmo usos mais freqüentes.
Essa classificação é bastante variável, mas basicamente podem ser divididas em forrações, arbustos, árvores, palmeiras, trepadeiras e plantas entoucerantes.
As informações abaixo correspondem a observações do  comportamento das espécies, podendo variar em função das diferentes regiões onde estiverem sendo cultivadas.

Grupo de Plantas – Do ponto de vista paisagístico/ornamental, as plantas, podem ser divididas em forrações, arbustos, árvores, palmeiras, trepadeiras, plantas entoucerantes, plantas aquáticas, gramas, bromélias e suculentas.

Forrações – Forrações constituem um grupo de plantas herbáceas de pequeno porte e que são utilizadas em paisagismo com as seguintes finalidades:
- Fazer o acabamento nos jardins, em composição com espécies de porte maior;
- Revestir o solo, evitando a ocorrência de áreas nuas, as quais podem sofrer com erosão ou ainda serem motivo de poeira ou lama;
-Quebrar a monotonia dos gramados quando são utilizadas intercaladas a esses;
- Recobrir o solo, em locais onde há a impossibilidade de uso de gramas;
- Manter a umidade do solo;
- Evitar a incidência de plantas invasoras (plantas daninhas).

O hábito de crescimento pode ser horizontal ou vertical, dependendo da espécie. As forrações não suportam o pisoteio como os gramados. Nesse grupo, incluem-se as floríferas e aquelas que ornamentam pelas suas folhagens. As forrações podem ser adaptadas a locais com incidência de sol pleno, meia sombra, sombra e até obscuridade.

Árvores – Constitui toda espécie vegetal lenhosa, geralmente sem bifurcações na base do caule, com portes variados e diferentes formas de copas. Quanto ao porte, este pode ser dividido em pequeno (até 5,0 m), médio (5,0 a 8,0 m) e grande (acima de 8,0 m). Quanto à forma da copa, as árvores podem ser colunar, cônica, globosa, pendente, umbeliforme.

Principais funções:
· Proteger contra ventos fortes;
· Proteger contra ruídos;
· Dar privacidade a determinado local;
· Fornecer sombra;
· Contribuir para aspectos estéticos da paisagem

Arbustos – Arbustos são espécies vegetais lenhosas, com ramificação desde a base, e altura média de até 4 m de altura. Quanto à luminosidade, existem arbustos de pleno sol, meia-sombra e sombra.
De modo geral, são plantas que aceitam poda, o que harmoniza a sua condução, permitindo obter um formato ajustado ao jardim onde estão inseridos ou ainda a formação de figuras, denominadas topiarias.

Os arbustos, em função do porte, podem ser utilizados em diversas áreas e com diferentes finalidades no jardim. Podem ser utilizados como elemento dominante em determinada área, na formação de cercas vivas, com a finalidade de delimitar uma linha de vista, orientar a circulação, podendo ainda ser utilizados isolados, em pequenos grupos, ou associados a forrações ou outros tipos de vegetação.

Gramas – Os gramados representam quase sempre de 60 a 80% da área ajardinada. Em geral, as espécies de grama necessitam de sol pleno ou meialuz para se desenvolverem bem. Existem algumas espécies de grama disponíveis para formação de gramado e a escolha deve ser em função do clima da região, da finalidade de uso, da luminosidade da área, da manutenção que será destinada à área, do sistema de irrigação disponível, do tipo de vegetação que circunda o gramado (existem espécies mais nobres e outras menos).

Palmeiras – As palmeiras pertencem à família Arecaceae (Palmae) e são espécies de grande uso nos jardins. Apresentam a desvantagem de crescimento lento, além da ocorrência de desprendimento das folhas quando envelhecem.

Existem quatro exemplos de modelos de arquitetura de palmeiras:
- Palmeiras monocárpicas não ramificadas;
- Palmeiras policárpicas não ramificadas;
- Palmeiras ramificadas;
- Palmeiras de caules solitários com ramificação dicotômica.

As palmeiras têm grande importância em projetos paisagísticos, principalmente em função de sua forma e rusticidade. Podem ser cultivadas isoladamente ou em grupos, sempre em posições dominantes no jardim. Existe um grande número de palmeiras nativas e diversas outras exóticas, mas bastante adaptadas ao nosso ambiente. A escolha deve depender das características do projeto em harmonia com as características de cada espécie.

Trepadeiras – Corresponde a toda espécie vegetal de caule semilenhoso ou mesmo herbáceo, que necessita de um suporte para se desenvolver. Como seu crescimento pode ser  conduzido, as trepadeiras geralmente são utilizadas na formação de cercas-vivas, separação de ambientes, revestimento de muros ou paredes, formação de pérgolas, arcos e treliças.

Elas podem ser:
- Volúveis: quando se enrolam em aspiral no suporte, não possuem outro tipo de fixação, portanto, não conseguem subir em paredes ou muros por si só, necessitando de suportes adequados;
- Sarmentosas: Quando possuem estruturas de fixação como gavinhas, espinhos curvos, raízes adventícias, etc. Conseguem subir em quase todo tipo de suporte;
- Cipós: Não possuem qualquer tipo de órgão de fixação e nem são volúveis. Possuem caules rígidos, que conseguem subir vários metros sem apoio, até que se vergam pelo próprio peso sobre algum suporte;
- Escandentes: São plantas mais arbustivas, que em locais abertos formam arbustos, quando plantadas junto a um suporte, seus ramos se apoiam neste e atingem vários metros de altura.

Plantas entoucerantes – Plantas entoucerantes são aquelas que se desenvolvem formando diversos caules, com crescimento indefinido, em forma de touceira. A propagação é geralmente feita através de divisão de mudas que são emitidas na base da touceira. Existem diversos exemplos de plantas pertencentes a este grupo, com grande importância nos projetos de paisagismo.

Plantas Aquáticas – As plantas aquáticas, em função da posição em que se desenvolvem na água, podem ser classificadas em flutuantes, emergentes e submersas.

a) Flutuantes – Não necessitam de nenhuma fixação em solo. Desenvolvem-se na superfície da água, da qual extraem todos os nutrientes que necessitam. Os melhores locais são os de águas calmas como lagoas, tanques, represas.

b) Emergentes – Estas plantas fixam suas raízes no solo e as folhas e caules iniciam o desenvolvimento submersos, mas emergem para superfície, onde também ocorre a floração.

c) Submersas – Desenvolvem-se fixas no solo, sem emergirem à superfície da água. Na água realizam fotossíntese liberando oxigênio para os peixes.

d) Palustres – São plantas recomendadas para cultivo em solos encharcados

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