Na fria definição do dicionário, renque é uma série de objetos postados em uma fileira. Mais fria ainda é a utilização em um processo documental hierárquico, onde renque é uma série horizontal de conceitos coordenados. Ainda bem que falamos sobre paisagismo e jardinagem, não?
Qualquer projeto paisagístico pensa em renques que possam compor o ambiente e nas plantas e elementos que possam ser usados de maneira harmônica. Se o renque tiver pretensões de delimitar uma estrada ou trilho principais, opta-se por palmáceas ou coníferas frondosas, como as palmeiras-imperiais (Roystonea oleracea) do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Já projetos paisagísticos em jardins requerem renques mais modestos, mas não menos belos. As tradicionais cercas-vivas com arbustivos como o buxinho (Buxus sempervirens), as touceiras aparentemente irregulares feitas por beijos-de-frade (Impatiens balsamina) ou trilhas feitas com samambaias e emolduradas com pedriscos, pisos chamados ecologicamente corretos, feitos de cimento poroso ou com madeira de de que dão ares de passeio sensorial a qualquer jardim.
Mesmo quando o jardim limita-se a um pequeno quadrilátero no fundo de um quintal, há que se ter uma pequem fileira de flores, plantadas diretamente no solo ou acondicionadas em vasos, simetricamente colocadas uma ao lado da outra. Regá-las, podá-las ou apenas admirá-las neste pequeno e aconchegante renque dá alento aos dias em alta velocidade de hoje.
Sejam quais forem os caminhos a serem delimitados, os renques e suas plantas adequadas dão cor e vida aos espaços em que o verde impera. Se não puder contar com o auxílio de um profissional paisagístico, confie em sua intuição.