Presente em bordaduras, maciços em praças e canteiros e jardineiras, a vinca (Catharanthus roseus) é um arbusto semi-herbáceo vindo da ilha de Madagascar, na África. É uma planta eminentemente tropical mas que tolera climas subtropicais e amenos, desde que a temperatura não desça abaixo de 5º Celsius e que o clima não seja quente e úmido.
Os paisagistas urbanos gostam da vinca por ser volumosa e ter floradas praticamente o ano todo. Versátil, adapta-se à jardineiras bem cuidadas, trilhas e espaços verdes em prédios e chácaras. Suas flores são pequenas e tem diâmetro máximo de 5 cm. Com cinco pétalas e halo (o pequeno círculo colorido no centro da flor) com tons diversos, as flores da vinca são um pequeno delírio colorido, graças às tonalidades róseas, brancas, vermelhas, roxas e alaranjadas.
O solo onde a vinca ficará precisa ter matéria orgânica em abundância e ser bem drenado, arenoso até, porque o excesso de água é prejudicial à vinca. As regas, portanto, devem ser leves, apenas para umedecer o solo. O ambiente precisa estar a pleno sol; a reprodução e propagação é feita principalmente por sementes.
A vinca pode atingir até 50 cm de altura por ser muito ramificada; em suas hastes pendem folhas verde-brilhante em forma de elipse e com nervuras muito aparentes, auxiliando na composição ornamental do arbusto.
Os alcalóides (substâncias produzidas especialmente por plantas com diversos usos fármacos e terapêuticos) que a vinca produz, a vincristina e a vimblastina, são amplamente estudados pela comunidade científica por conta de sua eficácia no combate terapêutico de diversas doenças, como o câncer (os dois alcalóides são usados em quimioterapias), diabetes e malária. O processo de extração destas substâncias é muito caro pois para isolar uma grama de vimblastina são necessários 500 kg de folhas de vinca, por isso muitos especialistas debruçam-se em seus microscópios para tentar otimizar sua produção.