Nome científico: Melissa officinalis L.
Nome comum: melissa; erva-cidreira verdadeira, cidrilha e melitéia.
Planta perene, pertencente a família das Labiadas. Nativa em Portugal e na Ilha da Madeira, sendo também encontrada em áreas submontanhosas do sul e centro da Europa, na região do Mar Mediterrâneo, na Ásia e norte da África, na Espanha e na Itália. É típica de climas temperados, mas quentes.
Os caules, ramificados a partir da base, formam touceiras. As folhas são de um verde intenso na parte superior e verde-claro na parte inferior. As flores, quando surgem, são brancas ou amareladas, podendo se tornar rosadas com o passar do tempo. Toda a planta emana um odor semelhante ao do limão, que se torna mais intenso depois que a planta seca. Sempre se acreditou nos poderes calmantes da melissa. Acredita-se que a melissa apresenta inúmeras propriedades medicinais: é usada para diminuir gases e cólicas, estimula a transpiração, é calmante, sedativa, digestiva, age contra a insônia, enxaqueca, tensão nervosa, ansiedade e ajuda nos casos de traumatismo emocional.
Suas folhas medem de 5 a 8 cm de comprimento, são pecioladas, opostas, ovais, com nervuras bem salientes, coloração verde-escura na face superior e verde-clara na inferior.
Floração: ocorre entre a primavera e o verão.
A melissa não deve ser confundida com o capim chamado erva-cidreira ou capim -limão ou ainda capim-cidreira. Também não deve ser confundida com a chamada melissa-bastarda, planta muito semelhante à melissa. Sua finalidade é para uso aromático e medicinal.
Partes da planta utilizadas
Uso medicinal: sumidades floridas e as folhas. As propriedades medicinais se devem ao óleo essencial e outras substâncias.
Cultivo
Clima: deve ter seu plantio renovado a cada quatro anos em climas com temperaturas médias de 20 0C. Necessita de luz plena ou sombreamento parcial. É sensível a geadas.
Plantio: por sementes, divisão das touceiras e por estaquia. A propagação por sementes pode ser feita em sementeiras para obtenção de mudas ou no local definitivo da cultura. As sementes devem ser plantadas bem próximas à superfície do solo. As mudas devem ser transplantadas quando atingirem a altura de 10 cm.
Espaçamento: entre fileiras, utiliza-se geralmente espaço mínimo de 50 a 60 cm; e entre uma planta e outra na mesma linha, distância mínima de 40 cm.
Solo: a melissa se desenvolve melhor em solos férteis, ricos em matéria orgânica, com boa umidade e profundos.
Preparo e adubação do solo: o preparo consiste em aração e gradagem. Quanto a adubação química e calagem, a recomendação é feita tendo-se por base o resultado de análise do solo. Como fonte de matéria orgânica pode-se adicionar ao solo, esterco curtido na proporção de 20 a 30 toneladas por hectare.
Tratos culturais: realizar o controle das plantas daninhas; irrigar e drenar o solo sempre que necessário.
Multiplica-se por meio de sementes, divisão de touceiras ou por estaquia. A divisão de touceiras deve ser feita de preferência na primavera e, no momento do plantio, as partes retiradas da planta-mãe devem ser enterradas com cerca de 5 cm de profundidade. Na divisão de cada planta, deve-se dividir também o rizoma. Em geral, a planta necessita de muita luz solar, mas deve-se evitar o excesso de calor.
A melissa pode se desenvolver também em locais parcialmente sombreados, protegidos contra geadas e frio excessivo. Para ter sucesso no cultivo, recomenda-se usar solos ricos em matéria orgânica, com boa umidade, porém drenados e sem encharcamentos. A adubação, com fertilizantes como esterco curtido ou composto orgânico, deve ser repetida a cada ano.