As frutíferas podem ser plantadas em vasos e produzir belos e deliciosos frutos da mesma forma que acontece no plantio no solo. A única diferença é que no plantio em vasos o solo deverá ser mais estruturado nutricionalmente do que no cultivo tradicional. E a reposição nutricional deverá acontecer durante várias vezes no ciclo de cultivo da planta.
1 – Escolha do vaso
A importância de selecionar o vaso certo para plantar a sua frutífera é muitas vezes subestimado. O vaso (bem como as adições: seixos, casca de pinus, biobric) são elementos importantes na composição, e devem ser escolhidos cuidadosamente para manter a umidade do solo e ornamentar o vaso.
As árvores que apresentam tamanhos grandes na natureza devem ser colocadas em recipientes maiores, proporcionando às raízes espaço suficiente para que se desenvolvam ajudando a árvore a lidar com a limitação do vaso.
2 – Tratos Culturais
* Drenagem do vaso
A drenagem do fundo do vaso é uma das partes mais importantes do plantio. Vasos com drenagem ruim propiciam acúmulo de água, consequentemente, apodrecimento radicular.
Em contrapartida, vasos sem elementos drenantes propiciam o crescimento de minhocas que entram pelos furos dos vasos. As minhocas em áreas fechadas, como os vasos, formam torrões que compactam o solo, prejudicando a aeração e o crescimento radicular.
Como forma de drenagem, sugerimos: Seixos, Argila expandida, manta Bidin, brita, cacos de telhas, etc.
* Preparo do solo de plantio
Para ter sucesso no crescimento das plantas é importante utilizar produtos que sejam capazes de reter umidade, que tenham nutrientes em sua composição e que sejam produtos orgânicos.
Substratos são produtos utilizados apenas para substituir a terra por um curto período de tempo, pois não conseguem reter umidade, dessa forma as plantas poderão definhar por desidratação rapidamente.
É importante ter nutrientes no solo de plantio da muda, para que a mesma absorva-os durante o seu ciclo. Serão estes nutrientes que irão garantir a produção dos frutos e saúde das plantas.
Misture ao condicionador de solo os seguintes produtos: cinzas de churrasqueira peneirada, casca de ovo moída no liquidificador, húmus de minhoca, Formulação NPK 04-14-08, borra de café, calcário, etc.
* Plantio da muda
A planta ideal deve possuir tamanho médio, estar ereta, possuir galhos e boa quanidade de folhas, caule com grossura de 1 dedo, sistema radicular desenvolvido, pode ou não ter frutos e deve estar saudável (ausência de doenças – manchas foliares).
No plantio deve-se retirar o saco plástico e manter o torrão intacto. O vaso escolhido deve ser no mínimo 3 vezes maior que o torrão da muda para propiciar o enraizamento e crescimento saudável da planta.
Após a montagem do vaso (drenagem e camada de solo no fundo do vaso), coloca-se o torrão da muda e completa as laterais com o solo, apertando ao redor do torrão, para que a planta fique bem firme. Deve-se cobrir o torrão até a altura de 2 cm acima do torrão inicial.
Após o plantio da muda deve-se fazer a irrigação do vaso. É importante tomar cuidado para não lesionar o caule da planta, caso isso aconteça, pincele um pouco de canela em pó umedecida em água para que aconteça a assepsia do lugar machucado.
* Irrigação do vaso
Após o plantio o vaso deve ser irrigado até que a água escorra pelo fundo. A irrigação deverá ocorrer sempre que o solo do vaso estiver seco. E, sempre da mesma forma, com a água escorrendo no fundo do vaso.
* Nutrição vegetal
O ideal para o desenvolvimento da planta é utilizar adubos foliares que, após a aplicação nas folhas, escorram para o solo e possam ser absorvidos pelas raízes. A adubação deve ser com produtos completos na sua formulação, não apenas o NPK, mas macronutrientes secundários (magnésio e enxofre) e micronutrientes (boro, cobre, cobalto, ferro, manganês, molibdênio e zinco), para garantir o maior desenvolvimento das plantas.
Com o uso do condicionador de Solo, no solo e outros produtos na mistura, o fornecimento de nutrientes para as raízes já é suficiente. É importante que a adubação foliar seja feita durante os processos de crescimento da planta (época de crescimento: primavera e verão, florescimento e frutificação) com um produto que possua maior teor de Nitrogênio na sua formulação.
Na época de produção, a formulação ideal deve ter mais nitrogênio, potássio e boro em sua composição. A ausência de nutrientes propicia amarelecimento foliar e abortamento de flores e frutos.
* Controle de pragas e doenças
As plantas em geral, estão susceptíveis ao ataque de pragas e doenças. Estes danos podem ocorrer toda vez que a planta estiver em condições de stress, seja hídrico (falta ou excesso de água), luz (sombra ou excesso de sol) ou metabólico (falta ou excesso de nutrientes). Estes fatores podem ser facilmente contornados se buscarmos no mercado produtos orgânicos e de fácil aplicação.
Para pragas, em nosso site, temos disponíveis produtos para insetos, lesmas, caracóis e armadilhas amarelas que garantem o controle do inseto.
Para doenças, a simples poda de manutenção, esterilização da tesoura e aplicação de canela em pó (condimento – cicatrizante natural) no galho cortado e sulfato de cobre (fertilizante) nas folhas, são suficientes para o controle.
3 – Colheita dos frutos
Os frutos devem ser colhidos com o auxílio de uma tesoura de poda, cortando-se o pecíolo. Deve-se tomar o cuidado para não necrosar o caule. Cada ferida na planta é um risco para a entrada de doenças que irão definhar o seu crescimento saudável.
4. Adubação de manutenção
Após a colheita dos frutos é importante fornecer à frutifera todos os nutrientes gastos na produção dos frutos. Este fornecimento deve ser via adubação radicular com o uso da formulação NPK 10-10-10 (formulação de manutenção) e via adubação foliar com uma formulação o mais completa possível.