As rosas são plantas de cultivo relativamente fácil. Podem embelezar qualquer jardim com suas magníficas cores e odores, em alguns casos durante longos períodos se as florações são prolongadas.
Existem diferente grupos com características bem definidas, como o porte, a época e quantidade de floração, ou o tamanho e forma das flores. Também serão necessários diferentes tipos de poda segundo se trate de um tipo ou outro. Quando se elege uma variedade, devemos levar em conta o uso que pretendemos dar, há que considerar todas estas peculiaridades para que cresça com êxito.
Contudo, existem algumas normas gerais que são aplicáveis a todos os tipos: exposição ao sol, em um lugar livre do vento mas com boa ventilação. Suportam quase qualquer tipo de solo, desde que tenha uma boa drenagem e que conte com abundante matéria orgânica, como esterco, húmus, etc.
Sobre o plantio – Cerca de uma semana antes de plantar as mudas, cave bem a terra até cerca de 40 cm de profundidade. Para cada m2 de canteiro, incorpore uma mistura de 15 Kg de esterco curtido de gado e 200g de farinha de ossos.
Existem vários tipos ou variedades de roseiras (silvestres, híbridas-de-chá, sempre-floridas, miniaturas, rasteiras, arbustivas, trepadeiras e cercas-vivas) e o espaçamento vai depender da variedade de rosa que estiver sendo plantada. É possível basear-se no seguinte:
arbustivas: 1 metro entre as mudas;
trepadeiras: de 1 a 2 metros entre as mudas;
cercas-vivas: 50 a 80 cm entre as mudas;
híbridas-de-chá e sempre-floridas: 50 cm entre as mudas;
miniaturas: 20 a 30 cm entre as mudas;
asteiras: 30 cm entre as mudas
Se o plantio for feito com mudas “envasadas” (normalmente vendidas em vasos ou em sacos plásticos), não há restrição para o plantio: pode ser feito em qualquer época do ano, mas os especialistas recomendam evitar os meses mais quentes, sempre que possível. Já para o plantio com mudas chamadas de “raiz nua”, o período mais indicado vai da segunda metade do outono à primeira metade da primavera.
Logo após o plantio das mudas e até a primeira florada, regue com moderação, mas diariamente. Depois disso, recomenda-se regar uma vez por semana no inverno e duas vezes por semana no verão. Na temporada de chuvas é possível até suspender as regas. Um lembrete: a terra deve permanecer ligeiramente seca entre uma rega e outra.
De preferência, deve-se fazer de 2 a 3 adubações anuais: a primeira logo após a poda anual (entre julho e agosto); a segunda entre novembro e dezembro e a terceira entre os meses de janeiro e fevereiro. A melhor adubação é a orgânica, baseada em esterco animal, composto orgânico, farinha de ossos e torta de mamona. As quantidades, para cada metro quadrado de canteiro, são as seguintes:
* 20 litros de esterco curtido ou 2 kg de composto orgânico
* 200g de farinha de ossos
* 100g de torta de mamona
Espalhe a mistura em volta das plantas e incorpore-a ao solo.
Conselhos sobre a rega de roseiras
1. Evite sempre o encharcamento: Uma roseira encharcada corre um grande risco. O excesso de água é um grave problema para a maioria das plantas; as raízes apodrecem e morrem. Este é um erro muito freqüente dos jardineiros: regar em demasia. Na rega é melhor que seja curta do que demorada.
2. É aconselhável regar pela manhã ou ao entardecer: Não o faça durante as horas de maior calor do dia.
3. Não molhe nem flores nem folhas: Posto que favoreceria as enfermidades por fungos, o maior problema das roseiras.Faça a rega ao pé da planta, com mangueiras (se plantadas em jardim), regador ou nebulizador.
As regas devem ser profundas. É melhor do que estar continuamente regando com pequenas quantidades. Além disso a rega espaçada favorece que se desenvolvam potentes raízes em profundidade. Isto sempre é bom, porque a roseira torna-se mais forte e auto-suficiente no caso de não poder ou não querer regar.
Muita gente rega três vezes por semana no verão, mas eu sou partidário de regar menos e acostumar a roseira com pouca água.
Sobre a poda – A primeira poda deve ser feita cerca de um ano após o plantio e repetida todos os anos, entre os meses de julho e agosto. Os dias frios do inverno são ideais para se fazer a poda das roseiras, tão importantes para incentivar o surgimento de novos brotos e aumentar a floração. Entre os meses de julho e agosto, faça a poda das roseiras sem dificuldades. Veja como:
A maioria das plantas necessita de podas regulares para que seu crescimento e desenvolvimento ocorram satisfatoriamente mas, sem dúvida, para as roseiras elas são indispensáveis e devem ser feitas anualmente. O período propício para se proceder a poda das roseiras é durante o inverno, entre os meses de julho e agosto. Isto porque, as roseiras entram numa espécie de sonolência quando a temperatura cai para próximo de 10 graus C.
Muito se fala, ainda, a respeito da “lua certa” para se fazer as podas. Não existe nada comprovado a respeito, todavia, não custa nada ajudar a natureza e podar as roseiras sempre na lua minguante, considerada a mais adequada.
Podas diferentes para cada tipo – Existem vários tipos de roseiras e, evidentemente, uma poda especial para cada tipo:
Poda Baixa: Ideal para rosas-rasteiras, híbridas-de-chá , sempre-floridas, miniaturas e biscuit. É considerada a poda mais drástica. Deve ser feita também, de tempos em tempos, nas roseiras trepadeiras, cercas-vivas e arbustivas, para rejuvenescer as hastes e favorecer uma floração abundante. Para realizá-la, comece fazendo uma limpeza, cortando todos os galhos secos, velhos, fracos e mal formados. A seguir, corte todas as ramas a uma altura de 20 a 25 cm, tendo como base o ponto de enxerto. Para favorecer a brotação, faça o corte em diagonal, sempre 1 cm acima da gema mais próxima.
Poda Alta: Recomendada para cercas-vivas e roseiras arbustivas. Primeiro faça uma limpeza de todos os ramos velhos, fracos e mal-formados. Depois, tomando como base o ponto de enxerto, faça a poda na altura de 80 cm a 1 metro. Deixe as hastes mais fortes um pouco mais longas e procure manter uma altura adequada ao local onde a roseira está plantada. Este tipo de poda pode ser usado também para as roseiras trepadeiras e silvestres, só que um pouco mais suave.
Poda Parcial: Indicada para roseiras silvestres e trepadeiras, que produzem hastes longas, com 3 a 4 metros de comprimento. Durante o primeiro ano de crescimento, estas hastes não florescem, sendo o período ideal para educar seu crescimento. Comece fazendo a limpeza das hastes secas, velhas e fracas. A seguir, poda-se as outras hastes, na medida de 1/3 de seu comprimento total. O restante da haste deve ficar preso ao tutor, em forma de arco, para que todas as gemas aparentes possam brotar.
Friday, 15. July 2011
Boa tarde.
Estava pesquisando sobre plantar rosas. Gostei muito das informações.
Adorei as dicas.