Planta da família Asteraceae, originária da América do Norte – Estados Unidos, também conhecida como Margarida-de-cone, Purpurea, Flor-roxa-cônica
A equinácea é uma planta herbácea, perene e muito florífera, conhecida no mundo todo tanto por seu efeito ornamental como por suas qualidades medicinais. Seu caule é ereto e ramificado, formando moitas densas e arredondadas.
As folhas são lanceoladas, de cor verde escura, serrilhadas e ásperas. A floração é de longa duração e ocorre na primavera e verão. Suas inflorescências são do tipo capítulo, semelhantes às das Margaridas.
Elas são compostas, hermafroditas, com o disco central amarelo-amarronzado e pétalas marginais nas cores rosa, lavanda ou branca, com diversas tonalidades entre essas cores, de acordo com a cultivar. A polinização é realizada por abelhas e borboletas. Os frutos são do tipo aquênio.
A equinácea também é muito rústica e de baixa manutenção. Em invernos mais rigorosos, a planta perde a folhagem, rebrotando com vigor na primavera. As flores são duráveis e podem ser utilizadas em arranjos florais e buquês, assim como na forma de flores secas, acrescentando um ar campestre à decoração.
Seu cultivo deve ser preferencialmente sob sol pleno, em solos bem drenáveis, enriquecidos com matéria orgânica e irrigados regularmente. Não tolera encharcamentos.
Depois de bem estabelecida, a planta torna-se bastante resistente a curtos períodos de estiagem. O corte das flores velhas, além de devolver a beleza à planta, estimula a floração subsequente. Suscetível ao besouro-japonês e às lesmas.
Sua multiplicação é feita pela divisão da ramagem enraizada, estaquia de raízes, mas principalmente por sementes.
A partir do estabelecimento da muda, seu florescimento ocorre do verão até o inverno. Pode ser cultivada em quase todo o país, nas regiões de clima ameno a frio.
Como plantar a Equinácea
O local deve ser ensolarado, embora em regiões de clima mais quente, sombras à tarde propiciam cor mais intensa nas flores.
Não é uma planta exigente em fertilidade, mas solos bem drenados e com pH em torno de 6 a 7,5 são os melhores.
Preparar o espaço do canteiro, retirando plantas mortas e pedras, revolvendo até 25 cm de profundidade. Adicionar cerca de 500 g/m2 de adubo animal de curral bem curtido ou 100 g/m2 de adubo granulado NPK na formulação 4-14-8, incorporando ao solo do canteiro.
Em lugares muito argilosos, a adição de composto orgânico e areia será conveniente.
Plantar as mudas com espaçamento de 0,50 m entre linhas e entre plantas, pois produz touceira de grande diâmetro. Regar após o plantio.
Abonos anuais no inverno ou durante a estação das chuvas são benéficos para as mudas. Usar o mesmo tipo de nutriente recomendado para o plantio, incorporando ao solo ao redor da muda, regando a seguir.
A propagação da equinácea pode ser feita por sementes, pois sua produção é abundante, embora nem sempre com boa germinação.
Após a colheita dos capítulos secos, abrir sobre um jornal, separando as sementes melhores formadas. O uso de estratificação é muito usado em locais de produção.
Preparar o substrato, peneirando e colocando em um recipiente e semear, cobrindo com areia peneirada. Regar de leve, cobrir e levar ao refrigerador por dois dias.
Após este tempo, colocar o recipiente em lugar quente e iluminado para germinação, o que ocorrerá entre 10 a 20 dias.
Repicar para potes ou canteiros quando estiver desenvolvida, por volta de 8 até 20 semanas após a semeadura. A época melhor para esta prática é a partir da metade da primavera até o verão.
Produz sementação natural, quando então poderão ser aproveitadas as mudinhas para aumentar o canteiro ou substituir plantas muito antigas que não já não tem a mesma quantidade de flores.
A propagação vegetativa de mudas já desenvolvidas e de boa produção de flores também é outra forma de aumentar seu cultivo.
Abrir a terra ao redor da muda, cortar parte do rizoma, levando com ele raízes e parte de ramos, colocando onde desejar. A melhor época para esta tarefa é após a floração no outono ou no início da primavera.
As pragas da cultura são fungos, como Cercospora rudbeckii e Septoria lepachydis, causando das folhas. Besouros e trips são os insetos mais comuns.
Uso decorativo e paisagismo
No paisagismo, a equinácea é excelente para a formação de bordaduras, maciços e em misturas com outras espécies de plantas. Ela confere uma atmosfera campesina, rural, ao jardim. Mas isso não significa que se deva evitá-la em jardins elegantes. É apenas uma questão de como utilizá-la.
As cores complementares resultam em jardins mais sofisticados, enquanto que composições coloridas, livres e alegres se aproximam mais de jardins estilo cottage ou country.
Em paisagismo a equinácea tem um efeito surpreendente, podendo entrar em projetos para ornamentar grandes canteiros de cultivo único junto a gramados ou como acabamento de plantas altas como palmeiras e árvores grandes.
As flores atraem principalmente borboletas e os frutos são consumidos por pássaros.
A equinácea é considerada planta medicinal e é cultivada para fitoterápicos em diversos países, como Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Chile e Costa Rica.
Suas raízes contêm entre outros elementos, ácido cafeico, borneol, cariofileno, echinacina, eqüinosídeo e polissacarídeos.
É considerada afrodisíaca, antialérgica, anti inflamatória e antisséptica, para tratamento de problemas de pele, resfriados e sinusites.