Esta planta perene possui folhas compridas, espalmadas e finas, semelhantes a ervas alongadas e tem listas amarelas a todo o comprimento. Cresce a partir de um centro muito denso em forma de repuxo e pode ocupar 25 a 51 cm de largura, ramificando-se lentamente através de rizomas subterrâneos.
As folhas da Carex oshimensis são estreitas (0,6 cm) e podem atingir 25 a 38 cm de comprimento, curvando-se elegantemente desde o meio para os lados, formando um pitoresco ninho.
Esta espécie tem as folhas raiadas de amarelo no centro com uma margem verde escura, lançando flores na primavera, a partir do extremo de um caule amarelo fino ou haste, que se bifurca em vários outros caules triangulares, onde nascem folhas e flores brancas muito decorativas dispostas em jarra.
Origem
A origem desta planta é o Japão, daí ser também conhecida por Oshima japonesa sendo nativa da ilha de Honshu, onde surge em florestas e encostas pouco úmidas.
As espécies ornamentais entretanto desenvolvidas – ou cultivares – foram selecionadas por jardineiros japoneses e encontram-se em muitos jardins do mundo inteiro e naturalmente, em Portugal também em grande quantidade.
Cultivo
A Oshima gosta de um local com meio sol ou sombra leve, o que permite que os seus tons de verde e amarelo contrastem melhor. Em climas quentes podem crescer mais altas e delgadas do que o habitual.
Se dão melhor em solos úmidos desde que com boa drenagem, de forma a não permitir a acumulação de água e o apodrecimento das raízes. Em locais muito quentes a planta “queima-se” nas pontas das folhas com facilidade.
Propagação
Sua propagação é feita partir dos rizomas da base, separam-se em várias mudas no fim do inverno ou princípio da primavera, distanciando-as no terreno umas das outras, pois em breve ocuparão três vezes mais espaço do que o inicial.
Aconselha-se a espaçá-las umas das outras uns 40 a 50 cm. Os rizomas (raízes com aspecto de cabelos finos e delicados) têm no meio uma espécie de bolha comprida e transparente, que faz parte do sistema de propagação.
Podem também ser multiplicadas a partir de novos tufos de folhas que se criam no fim de cada haste, tendo o cuidado de deixar um pouco das raízes juntamente com a nova planta e de regá-la cuidadosamente nos primeiros tempos para se agarrarem melhor ao solo.
Aliás quando não se cortam estas hastes e se deixam as plantinhas na ponta tocar o solo, estas podem enraizar facilmente no local onde se encontram o que aconselha um constante acompanhamento deste processo, pois obrigarão o jardineiro que não pretenda ter estas plantas por todo o jardim, a eliminar de quando em quando alguns destes filhotes da planta primitiva.
Usos
O aspecto elegante desta planta, que se desenvolve rapidamente para os lados em forma de chuveiro, torna-a muito adaptada a sebes baixas ou em bordas de canteiros informais, junto a gramados por exemplo.
Também se podem utilizar no meio de sebes verdes com outras plantas altas por detrás, para contraste de cor pela variedade das folhas verdes e amarelas. Num canteiro onde não se queira plantar flores mas se pretenda ter o solo limpo e ocupado, pode ser usada como cobertura de solo.
Pode também ser pendurada num recipiente, com a folhagem dourada a cair para todos os lados, onde ocupará rapidamente o espaço à sua volta causando um efeito muito interessante.
Estas plantas quando cuidadas devidamente, garantem um aspecto sempre novo ao seu jardim. Porém, se deixadas crescer sem manutenção adequada, tanto em vasos como no solo, facilmente terão um aspecto descuidado e pouco atrativo.