A flora pode nos fornecer, entre outras coisas, beleza plástica, alimento e cura. Quando uma de suas espécies consegue a proeza de unir essas três peculiaridades é interessante que nos detenhamos sobre ela com maior afinco e cuidado para que possamos usufrui-la.
Pertencente à mesma família das margaridas, Asteraceae – a calêndula é originária da Europa meridional e se relaciona intimamente com o sol.
É cultivada há séculos graças à sua rusticidade, pois cresce facilmente em solos minimamente férteis – basta, na maioria dos casos, uma mistura de terra vegetal e solo típico de jardins, o que não significa que devemos ignorar os reforços de adubação – com exposição solar plena de até 4 horas.
Tolera o frio subtropical e há espécies que podem resistir às baixas temperaturas do norte europeu por pouco tempo.
O sol é responsável pelo florescer das pétalas da calêndula e quando ele se põe, o botão se fecha.
Alcança de 40 a 80 cm de altura. Suas flores são muito duráveis e atraentes, encontradas em tons amarelos e alaranjados.
As raízes fasciculadas dessa pequena herbácea suportam um caule cm pequenos pelos que o deixam com a textura aveludada, assim como as folhas, ora oblongas, ora lanceoladas, que formam uma cama levemente hirsuta para a inflorescência.
A flor propriamente dita é do tipo capítulo, com pétalas pronunciadas e que ficam dispostas em camadas, formando uma espécie de pompom em algumas espécies e cujo diâmetro chega a ter 8 cm. A principal tonalidade da flor é a amarela, com as variações alaranjadas e avermelhadas que tanto fazem sucesso em buquês.
A calêndula é uma flor de corte muito procurada, mas pode ornamentar maciços, renques, bordaduras, vasos e cachepôs. Para que ela cresça a contento, o substrato necessita de um aporte pequeno de adubo anualmente, além de replantio quando a calêndula apresentar-se debilitada.
Atenção às regas, que precisam ser regulares, preferencialmente no final da tarde para evitar perdas de água pela evaporação.
A calêndula é uma flor comestível, sendo muito usada sobre pratos frios, como saladas e sopas frias. O extrato da flor é usado na indústria cosmética, principalmente em xampus para cabelos claros graças aos pigmentos que acentuam suavemente a coloração.
Podemos multiplicá-la por sementes, que devem ser semeadas no outono para florescerem no inverno e primavera.