Quando falamos em flores bulbosas, uma logo nos vem à mente por seu perfume inigualável. Estou falando da Angélica, uma planta originária da América do Norte e México, aqui no Brasil a planta também é conhecida como Angélica-de-bastão, Angélica-dos-jardins, Jacinto-da-índia ou simplesmente Tuberosa.
Pertencente à família da Agavaceae, e é encontrada nos climas equatorial, continental, temperado, mediterrâneo, subtropical, oceânico e tropical sob as condições favoráveis para florescer – como a incidência de sol pleno. Além disso, possui um ciclo de vida perene.
Como Identificar a flor?
Ao se deparar com um jardim florido, a primeira característica da Angélica que nos chama a atenção é o cheiro que ela exala. Em relação à sua aparência, trata-se de uma espécie vegetal com flores brancas e folhas longas e estreitas na cor verde que se assemelha com moitas de capim. No ápice do seu crescimento, pode alcançar de 0.4 a 0.6 m de altura.
Na inflorescência (parte da planta onde se localizam as flores), observa-se o tipo espiga, com hastes altas e eretas que se sobressaem sobre a folhagem e apresentam numerosas flores. Estas, por sua vez, são cerosas, pequenas e predominantemente da cor branca, mas também podem ser encontradas levemente rosadas.
Ao florescer, elas se abrem gradualmente da base da inflorescência ao topo. De acordo com a variedade, ainda podem ser simples ou dobradas.
No Hawai elas também enfeitam os noivos, a cerimônia e a festa de casamento, entrando na confecção de arranjos florais, buquês e de coroas para as noivas, os hakus, além dos famosos leis, os típicos colares havaianos, para os noivos. Os antigos astecas usavam o óleo essencial da flor para aromatizar o chocolate. Atualmente ele entra na formulação de perfumes e essências.
A angélica é encontrada duas versões: com flores simples ou dobradas. Sua haste longa e estreita dá origem a um aglomerado de flores brancas ou levemente rosadas.
No país de origem é encontrada também na cor vermelha. A espécie bulbosa, ou seja, com raiz subterrânea em formato de lâmpada, tem sua floração entre os meses de verão e outono. Após esse período, as folhas iniciam a seca e o bulbo entra em estado de dormência, para voltar a florir em uma próxima temporada.
Sem empecilhos para seu cultivo, a angélica requer apenas manutenção, como qualquer espécie vegetal. Atenção com as regas e quanto ao aparecimento de pragas e ervas daninhas, que devem ser eliminadas, são alguns dos cuidados básicos. A ausência desse zelo pode causar crescimento desordenado ou perda das mudas.
Cultivo
Os bulbos devem ser plantados em solos bem drenados e com boa incidência de sol. Deposite-o, com a ponta mais fina para cima, em covas de 5 cm de profundidade com espaçamento de 10 cm entre si.
Manutenção
Cuidado quanto ao excesso de água. O exagero na irrigação pode causar o aparecimento de doenças foliares e ataque de lesmas.
Adubação
As adubações podem ser orgânicas ou minerais. Os fertilizantes minerais requerem mais cuidado para evitar excesso de crescimento vegetativo e pouca flor, o indicado é o NPK na formulação 04-14-08.
Floração
O ciclo completo entre o plantio e a colheita leva em torno de seis meses, dependendo da condição climática. Cada bulbo solta uma haste de flor ao ano, que pode ser observada entre o verão e o outono.
Curiosidade
No México, a angélica era cultivada pelos astecas, que extraíam seu óleo essencial e utilizavam para dar sabor ao chocolate. Atualmente, sua essência é usada com frequência na fabricação de perfumes.
Uso
As flores exalam um perfume agradável e, por simbolizarem a pureza, são muito utilizadas na decoração de cerimoniais. Em alguns países asiáticos, a angélica pode até ser consumida como hortaliça em sopas.