Onde há um vasinho que seja de cóleus, não existe monotonia. Conhecida também como coração-magoado, essa espécie tem dezenas de variedades de padrões, formatos e cores, em combinações tão vibrantes quanto um carro alegórico completo desfilando em pleno Carnaval.
Em alguns cultivares, as folhas completamente roxas, quase negras. Em outros, as brotações jovens ostentam um alegre tom verde limão, contrastando com a folhagem mais velha, verde musgo riscado de vermelho.
Há variedades ainda mais elaboradas, bordadas nas margens, com delicadas nuances amarelas, com nervuras vermelhas, manchas rosadas no centro e o verso das folhas prateado, tudo culminando numa espiga floral pequenina, de quase imperceptíveis flores azuis.
Com tanta cor numa única planta, nem é preciso imaginar o impacto que um maciço de cóleus é capaz de causar mesmo nos gramados mais entediantes.
Sua origem é do Sul da Ásia e Malásia e pertence à família Lamiaceae. Essa folhagem não chega a 1 m de altura e fica ainda mais bonita se mantida em solo fértil, sempre úmido, tomando sol o dia todinho (ou, no mínimo, por 4 horas).
Por ser uma espécie tipicamente tropical, não tolera frio nem vento e queima na geada, mas vai bem mesmo nas cidades mais quentes do Norte e Nordeste brasileiros.
Suas cores e a facilidade de cultivo a tornam uma apreciada planta ornamental, que pode ser cultivada em jardins ou em vasos grandes.
Suas inflorescências ocorrem em espigas terminais, e são geralmente roxo-azuladas mas são muitas vezes eliminadas assim que surgem para que a folhagem permaneça compacta e exuberante.
A planta originou-se da hibridização entre espécies do gênero Solenostemon, como S. laciniatus e S. bicolor e atualmente conta com numerosas cultivares. Suas folhas são grandes, macias e podem apresentar diversas cores e combinações entre amarelo, vermelho, rosa, roxo, verde e marrom.
É interessante observar que as cores das folhas podem formar degradeés ou contrastar bruscamente. As flores azuladas surgem em inflorescências do tipo espiga, acima da folhagem, em qualquer época do ano e têm importância ornamental secundária.
É uma planta arbustiva perene e suas. Suas folhas variam bastante na forma, cor e tamanho, podendo ser variegadas ou uniformes.
As cores vivas desta vistosa folhagem podem ser aproveitadas em diversos ambientes. No jardim, ela poderá formar maciços ou conjuntos, além de bordaduras junto a muros.
Em pátios e varandas, ou em uma janela bem iluminada, o cóleus será uma espécie muito decorativa, podendo ser plantado em vasos ou jardineiras. Em climas quentes, é possível desfrutar de sua beleza colorida o ano todo. É uma planta de baixa manutenção, não exigindo podas e tolerando um pouco a estiagem. Atinge cerca de 40 a 90 cm de altura, de acordo com a variedade.
Deve ser cultivada sob pleno sol ou meia sombra, em substrato bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Adubações a cada 15 dias são suficientes para que a planta cresça bonita.
Apesar de perene, o cóleus deve ser replantado bienalmente, pois perde a beleza com a idade. Planta tipicamente tropical, que pode ser conduzida em clima temperado, requerendo estufa no inverno. Não tolerante a geadas. Multiplica-se por sementes e estacas de caule e ponteiros.
Como cuidar da cóleus ou coração-magoado
Depois de 1 ou 2 anos, precisa de poda para renovação da folhagem, que fica rala e quebradiça sem adubação regular. Aproveite a ocasião para fazer mudinhas retirando as ponteiras e enraizando-as em substrato para mudas rico em composto orgânico ou húmus de minhoca — deixe em local menos ensolarado até que surjam as primeiras folhas novas. Em poucas semanas, você terá ainda mais cor para acrescentar ao jardim.