De origem chinesa, a Pilea destaca-se pela estética simples com folhas arredondadas; Ela se dá bem em ambientes internos e exige apenas cuidados básicos
Com estrutura simples e minimalista, ela virou um hit e invadiu projetos de decoração e paisagismo na Europa e nos Estados Unidos. A novidade é que agora ela chega em terras brasileiras e já está ganhando o coração e as casas dos amantes das plantas,
Com a tendência minimalista, as pessoas começaram a se interessar mais pela Pilea, pois é uma planta muito bonita, que tem uma estrutura simples, com as folhas perfeitamente arredondadas.
A espécie é muito recente. Na década de 1940, um missionário norueguês a levou da China para a Europa, e apenas nos anos 1980 é que ela foi catalogada. A história rendeu um de seus muitos nomes populares: planta missionária.
Ela também é conhecida como planta do dinheiro chinês, planta da moeda, planta OVNI e planta Ufo, devido às folhas redondas, que lembram moedas ou mesmo discos voadores.
A planta vem ganhando espaço no mercado brasileiro. Tem crescido essa valorização das folhagens e plantas que não produzem flores. Por isso, a Pilea está conquistando o público. A Pilea produz flores brancas muito pequenas, que não são consideradas ornamentais. O que chama a atenção na espécie são mesmo suas folhas e sua estrutura.
Ela nos leva de volta à casa das nossas avós e tias. É uma planta simples, mas que rouba a cena em ambientes e arranjos porque tem uma forma natural, despojada, com um ar caseiro.
Da família das suculentas, a espécie apresenta boa resistência em ambientes internos e necessita apenas de cuidados básicos. Ela também é amigável para animais domésticos. Apesar de não ser comestível, essa espécie não é tóxica para pets e crianças.
Confira as dicas dos especialistas para manter a sua Pilea sempre saudável.
Muita luz
Indicada para o cultivo em ambientes internos, à meia-sombra, a Pilea precisa de muita luz indireta – ou seja, cuidado com o sol! “Se ela pegar sol diretamente, as folhas irão queimar e ficar enrugadas.
Além disso, se ela ficar próxima a uma janela ou local onde a incidência de luz é maior em um dos lados, é preciso rotacionar a planta.
Desta forma, ela mantém a sua estrutura arredondada, que lembra um globo. Sem a rotação frequente, a Pilea pode crescer torta em busca de luz. Girar o vaso cerca de ¼ de volta, uma vez por semana, é suficiente para que ela mantenha a estrutura uniforme.
Água na medida certa
Essa espécie não tolera o solo encharcado. Portanto, a rega deve ser feita em torno de duas vezes na semana. Não existe receita de bolo, é preciso observarmos bem a planta porque tudo vai depender do ambiente em que ela está.
Tem que olhar sempre o substrato: se ele estiver úmido, não é preciso regar. Um dos principais problemas com a Pilea é o excesso de água, pois apodrece o caule e as raízes.
Outra dica importante é: pulverizar água nas folhas uma vez por semana. Mas não sem antes limpá-las com cuidado. Como tudo em casa, as plantas também acumulam poeira. É preciso retirar o pó que acumula na superfície das folhas.
Solo bem drenado
Como a Pilea não gosta de solo muito molhado, é preciso que o substrato seja bem drenante. Para isso o indicado é utilizar duas partes de terra vegetal para uma parte de areia. E, embora possa parecer óbvio, sempre usar areia própria para jardinagem ou areia para construção civil.
Nunca utilizar areia da praia, pois a quantidade de sal é altamente prejudicial às plantas. Apesar de ser indicada para cultivo interno, em vasos, a espécie não costuma “brigar” com outras plantas num mesmo canteiro. Mas, no jardim, ela não pode pegar sol e não tolera geada nem temperaturas extremas – tanto no frio quanto no calor.
Nutrição correta favorece crescimento
É indicado indicam a utilização do fertilizante químico padrão NPK (Nitrogênio, Fósforo e Potássio), que pode ser encontrado em qualquer garden center.
A aplicação, no entanto, deve ser feita apenas no período do verão e da primavera, pois no inverno a planta entra numa espécie de hibernação e a fertilização pode ocasionar uma “overdose” de nutrientes.
O NPK também pode ser substituído por fertilizantes naturais, como matéria orgânica oriunda da compostagem ou húmus de minhoca. Com a adubação correta, a Pilea se propaga facilmente. Ela produz vários filhotes em volta dela, na base, o que possibilita distribuir mudas para várias pessoas.
Aliás, vem daí mais um dos nomes populares da espécie: “Planta da Amizade”, pois é possível presentear conhecidos com plantas originadas da sua.
Livre das pragas
A Pilea não precisa de podas, mas as folhas que amarelarem naturalmente podem e devem ser retiradas. Com o tempo e com a retirada das folhas velhas, o caule vai crescendo e ela ganha o aspecto de uma pequena árvore.
Se a planta for atacada por alguma praga, as folhas doentes também devem ser retiradas. Segundo Sophia, a praga mais comum na Pilea é o pulgão.
Se você ver os bichinhos na planta, é bom fazer a remoção manual deles, com um cotonete ou mesmo com o dedo. Para tratar, podemos utilizar óleo de neem 2%, conforme indicação do fabricante, ou fazer uma calda caseira.
Receita da calda para cuidar da Pilea
Ingredientes:
* 1 litro de água;
* 1 colher de sopa de sabão de coco ralado.
Modo de preparo e aplicação:
* Diluir bem o sabão na água, até que a mistura fique homogênea;
* Pulverizar uma vez por semana, durante um mês, na planta doente.