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Papaver_April_2010-13_crop
A Papoula-do-ópio é uma planta anual, pertencente à família Papaveraceaer, que atinge 90 cm a 1,2 m de altura, com folhas verde azuladas, pontiagudas e extremamente recortadas, que chegam a atingir 15 cm de comprimento.

O caule, quando cortado, emite uma substância leitosa da qual se extrai o ópio. De início as folhas emergem do solo quase em forma de alface, com folhas baixas que envolvem o núcleo inicial como uma roseta, após o que, já na primavera, surge um caule ereto que se enche de folhas e termina num botão que se vai desenvolvendo lentamente em direção ao céu, até abrir numa flor magnífica que chega a atingir os 10 cm de diâmetro.

As cores podem ser vermelha, branca, rosa, lilás e malva, tendo em geral pétalas dobradas. As flores duram pouco tempo, mas quando caem as pétalas, as cápsulas revelam-se grandes e verdes, continuando a desenvolver sementes, à medida que a planta vai secando.

Por esta razão e embora visualmente nesta fase a planta não seja muito atrativa, se se quiser guardar as sementes, não se deve arrancar do solo enquanto a cápsula não tiver maturado, o que se vê pela cor castanha e, sobretudo pelo barulho quase de chocalho que faz quando é abanada.

Caso não se corte a cápsula e se guarde no local para ser semeada na época seguinte, ela abrir-se-á espalhando as sementes em volta, que nascerão arbitrariamente na primavera seguinte no sítio onde tiverem caído.

papouladoopio

Origem:
Por serem úteis na produção de fármacos, hoje em dia estas papoulas são cultivadas em praticamente todo o mundo, embora sejam originárias do sudeste da Europa e da Ásia ocidental. Delas se retiram substâncias que servem para produzir analgésicos, tais como a codeína e a morfina e ainda outros narcóticos ilegais.

Porém podem ser cultivadas apenas pela beleza das suas flores, que tornam a papoula-do-ópio popular em muitos jardins em todo o mundo, sendo uma planta ornamental fácil de cultivar e bastante vistosa.

Cultura
Há mais de 6.000 anos que a papoula-do-ópio é cultivada para fins terapêuticos e medicinais, crescendo rapidamente e em qualquer lado, desde que o solo seja moderadamente poroso.

papoula

Deve ser cultivada em pleno sol embora nas regiões mais quentes beneficie de alguma sombra durante a tarde. Necessita de ser regada regularmente enquanto cresce.

Resistência: Dá-se bem nas regiões quentes, podendo porém, vingar se sujeita na fase inicial da semente a um abaixamento da temperatura ambiente ou a geada. Quando começa a ter uma altura razoável deve ser apoiada num tutor, pois tende a vergar e a cair para o lado.

Quando se pretende ter mais do que uma florada na mesma planta, basta cortar as cápsulas das flores fanadas e deixar que surjam novos botões, em geral nas “axilas” de folhas mais baixas.

Cortar com cuidado as flores velhas porque por vezes já se notam novas flores a nascer no mesmo caule que podem vir a ser prejudicadas pelo corte da flor antiga se não se tiver cuidado.

Com este método, que inviabiliza naturalmente o aproveitamento das cápsulas para reprodução futura, convém reservar dois ou três pés para amadurecimento das cápsulas grandes, a fim de manter uma sementeira anual, pois as flores de segunda geração provenientes da mesma planta, dão em geral cápsulas menores e portanto, plantas de menor porte e inferior qualidade.

Sua propagação pode ser feitas facilmente pelas sementes que se espalham no terreno no final do inverno ou início da primavera. Como já dito, podem também deixar-se na planta para que caiam e voltem a brotar espontaneamente na estação seguinte.

papaver

Contudo, neste último método, provavelmente será necessário retirar e deitar fora alguns pés que nasçam mais juntos e que por essa razão e porque a planta não gosta de ser mexida mesmo quando ainda é muito jovem, não permitirão que as plantas se desenvolvam de modo airoso e saudável.

Em geral, é mais fácil deixar as sementes cair na terra e depois retirar os pés que nasçam muito juntos, mas pode também retirar-se as cápsulas maduras com as sementes dentro antes delas se abrirem, deixando que amadureçam suficientemente para que tenham boa qualidade, e na altura certa semear em linha, distanciadas umas das outras, no local onde se pretende que as plantas se desenvolvam normalmente.

Mais uma vez atenção porque a papoula não suporta bem ser mudada de local, em virtude do sistema de raízes ser demasiado frágil e as muitas das vezes, quando sujeita a esse “trauma” acaba por não vingar.

Se tiver mesmo de transplantar alguns pés, faça-o com o maior cuidado levando a maior parte da terra junto com as raízes e regue regularmente enquanto a planta estiver a adaptar-se ao novo lugar.

Papaver_somniferum

Aplicações:
As papoulas tornam um canteiro extremamente alegre e agradável de ver, especialmente se estiverem em contraste com outras plantas de folhagem verde escura. Também pode-se cortar as flores para pôr em jarras, mas para isso convém cortar um pé com o botão quando este apenas começa a abrir, deixá-lo de cabeça para baixo num local escuro e fresco durante 24 horas e só depois pôr na água e trazer para a luz.

Existe mais de 70 espécies de papoulas, a maior parte originária das regiões de clima temperado na Ásia e na Europa.

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