A beleza que um vaso exibe por fora, depende, em grande parte, do que está escondido dentro dele. São várias camadas, cada qual com sua função. Por isso, é bom conhecer o interior de um vaso (que muda um pouco de acordo com a espécie a ser plantada) e saber o que deve ser usado caso você queira, mesmo que só uma vez na vida, ser um jardineiro.
Existem vasos para todos os gostos e uso. Eles podem ser de plástico, de barro, de concreto, de vidro, de metal… mas não leve em conta somente a aparência na hora de escolher, pois alguns outros itens são bem importantes, como o tamanho, por exemplo, que deve ser proporcional à altura final da planta e ao volume das raízes. Por isso, antes de qualquer coisa, é importante informar-se a respeito da espécie que pretende plantar, procurando saber sobre seu crescimento e características.
Algumas plantas, como as ervas, crescem rapidamente, já outras, como as lenhosas (de caule mais alongado, tipo a espada-de-são-jorge) são mais lentas. De qualquer forma, à medida que a planta vai crescendo, o vaso pode ficando pequeno. E uma dos sinais que indica que sua plantinha está precisando de um vaso maior são raízes enoveladas, formando uma espécie de esponja. Mas para saber se esse é o caso, é preciso retirar a planta do vaso.
Se você notar que a planta está mesmo sofrendo com pouco espaço, providencie um vaso maior e trate de replantá-la. Na hora que fizer isso, nem precisa trocar a terra, mas é bom aproveitar para adubá-la com esterco, húmus de minhoca, farinha de osso ou outros nutrientes fortalecedores.
O que você vai precisar na hora do plantio:
Vaso; muda de planta; manta de poliéster; terra com compostos orgânicos; pá de mão e regador.
1. Drenagem – uma camada de mais ou menos 2 cm de cinesita, argila expandida ou brita tem a função de drenar a água da rega.
2. Manta Bidim ou manta de poliéster – tem a função de filtrar a água e evitar que a terra se infiltre por entre as bolinhas de argila (ou pedras), entupindo o dreno. Se você não conseguir comprar esse tipo de manta, pode usar areia grossa (dessas de construção), que também ajudam no escoamento da água e previnem doenças das raízes.
3. Solo – a composição da terra depende do tipo de planta que você vai cultivar. Por isso, como eu já disse antes, é sempre bom informar-se sobre cada espécie.
Alguns exemplos:
- plantas desérticas, como cactos e suculentas, precisam de uma porção com metade de areia e metade de terra adubada.
- para samambaias e avencas, o ideal é colocar 50% de fibra de coco e o restante de terra vegetal.
- as espécies ornamentais, como palmeiras e begônias, pedem uma terra com 90% de terra vegetal e mais 10% de uma mistura de fibra de coco e bagaço de cana.
4. Torrão – na hora que for transplantar, dissolva com os dedos a terra do torrão para facilitar a adaptação das raízes.
5. Acabamento – a função do acabamento é decorativa. Você pode usar a mesma argila expandida que utilizou no fundo para dar esse toque final, cascas de árvores, que ainda ajudam a manter a umidade do solo, pedriscos ou plantas rasteiras, que evitam que a água respingue na hora da rega. Aqui na Jardinaria, na maioria das vezes, usamos cascas de pínus ou pedriscos.
Impermeabilização
Os impermeabilizantes servem para proteger o vaso e manter a umidade, porém, alguns profissionais contra-indicam o seu uso, pois eles reduzem a respiração das raízes. Mas, caso você opte por utilizá-los, passe uma camada generosa no interior do vaso e espere que o produto seque completamente antes de plantar. Caso você não queira usar impermeabilizantes, saiba que o seu vaso pode ficar sujeito ao bolor, mas aí você pode eliminar as manchas com vinagre ou água sanitária.