Você gosta de cultivar flores mas no inverno teme fazer isso? Diferente de nós, humanos, as flores não podem usar agasalhos para se proteger. Assim, o ideal é cultivar plantas resistentes ao frio e que também nos presenteiem com belas flores. Por isso, trazemos aqui dez dicas que podem ajudar na escolha da melhor espécie para a sua casa.
Ciclame
Nome científico: Cyclamen persicum
Adequação: Gosta de ambientes com temperatura entre os 15 e 18 graus durante o dia e de 12 a 15 durante a noite, ainda mais se estiver dentro de casa. Mas agüenta temperaturas de 5 graus ou um pouco menos.
Cuidados: No período de floração, ela deve ser colocada em local iluminado por luz indireta. Pede rega regular, mas não exagerada, durante o período de crescimento e florescimento. Durante a floração, mantenha o solo úmido, impedindo que ele seque.
Dica: Disponha o vaso em local ventilado, mas sem ventos, onde possa receber luz pela manhã. No frio, irrigue a cada três dias ou quando estiver muito seco. Assim que as flores estiverem murchas ou caírem, retire as hastes, puxando-as pra cima. Recomenda-se que não deixe as hastes se deteriorarem, pois prejudicam a folhagem. A cada três meses utilize um fertilizante líquido para estimular a folhagem.
Giesta
Nome científico: Spartium junceum
Adequação: Boa para ser cultivada sob o sol em solos férteis, com boa irrigação e drenagem. Gosta de um solo arenoso e do frio mediterrâneo e subtropical. Para a adubação recomenda-se a periodicidade anual na primavera para garantir uma floração eficiente. As podas devem ser bianuais.
Cuidados: A giesta é um arbusto muito bonito, e deve ser cultivada em jardins de tendência campestre, mediterrâneo ou contemporâneo. Não gosta de calor excessivo, mas encara numa boa solos pobres e salinos, além de curtos períodos de seca. É uma planta tóxica, que contém alcalóides como esparteína e cistina, e deve ser mantida longe de crianças e animais.
Dica: Sua beleza transparece ainda mais quando plantada isolada de outras plantas. Por ser uma leguminosa, pode conter erosões e contribuir para a fertilidade do solo.
Glicínia
Nome científico: Wisteria sinensis
Adequação: Muito utilizadas em muros e jardins. Fixam-se em árvores e gostam de tomar sol. Além disso, elas são resistentes ao frio e às secas.
Cuidados: Para que suas flores sejam saudáveis, é necessário podas constantes no verão. O ideal é que isto aconteça entre quinze e vinte dias. Contudo, no inverno, uma única vez já é o bastante.
Dica: Acrescente adubo orgânico ao menos uma vez por mês para que a floração seja cada vez melhor.
Congéia
Nome científico: Congea tomentosa
Adequação: Quando bem adaptada é capaz de cobrir-se totalmente de flores. Seu crescimento é vigoroso e rápido. Ideal para climas quentes. Em regiões frias o resultado não é tão bom. Originária da Índia, necessita de sol pleno para florir em abundância.
Cuidados: Pede podas de contenção e suporte para o seu crescimento. Mantenha uma distância de um metro para o plantio. É muito vigorosa em seu crescimento aceitando podas de contenção e necessitando de suporte para seu desenvolvimento, o qual ocorre à pleno sol. Indicada para o plantio em muros e cercas.
Dica: Por necessitar de um suporte para crescimento, é ideal para o plantio junto a muros e cerca.
Calêndula
Popularmente, ela é conhecida como mal-me-quer e é muito parecida com a margarida, só que tem um perfume característico que a identifica.
Sua flor é graciosa e de cor forte, famosa por ser antialérgica e cicatrizante. Cura e diminui a gastrite e a úlcera duodenal, pois tem ação anti-tumoral. O ácido oleanóico encontrado em sua pétalas suaviza e refresca peles sensíveis e queimadas pelo sol. Favorece a regeneração de tecidos danificados e é antisséptico.
Pertencente à mesma família das margaridas – Asteraceae Compositae -, a calêndula (Calendula officinalis) é originária da Europa meriodional e se relaciona intimamente com o sol. Curiosamente, essa florzinha abre suas pétalas assim que o sol nasce e as fecha na hora em que ele se vai. Aliás, seu nome é derivado de uma palavra latina – Calendae – que significa “primeiro dia de cada mês”, de onde se derivou também a palavra calendário (que, sabe-se, é baseado no ciclo solar).
No Brasil, a calêndula adaptou-se facilmente, especialmente nas regiões Sul e Sudeste. Hoje, ela é cultivada tanto para fins ornamentais como para a fabricação de medicamentos e cosméticos. A flor, de coloração amarelo-alaranjada, caracteriza-se pelo inegável perfume e as folhas são macias e aveludadas. Planta anual, a calêndula pode atingir até 50 cm de altura e apresenta caules ramificados em duas hastes. As folhas inferiores são espatuladas e as caulinares são lanceoladas e alternadas.
Cultivo: Para cultivar calêndulas, você vai precisar de um elemento básico: luz do sol. É que ela precisa de no mínimo 4 horas diárias de sol direto. Lembre disso, ao escolher o local onde serão colocados os vasos ou mesmo na hora de plantar no jardim. A mistura de solo indicada para o plantio deve ser rica em matéria orgânica: 1 parte de terra comum de jardim, 1 parte de terra vegetal e 2 partes de composto orgânico. O ideal é adquirir as mudas já prontas, pois no plantio por meio de sementes o resultado é mais demorado. Lembre-se de regar a planta sempre que a terra apresentar-se seca – como a calêndula gosta de solo sempre úmido, é recomendável regar dia sim dia não e, nos meses mais quentes, todos os dias.
Caliandra
Nome científico: Calliandra tweedii
Adequação: Cresce e multiplica-se de maneira satisfatória em solos férteis, através de estacas.
Cuidados: Ela é bastante rústica, e dispensa cuidados especiais além de sol e solo fértil. Deve ser cultivada a pleno sol, em solo fértil, sem cuidados especiais pois é bastante rústica. Dica: Procure plantá-las em cercas ou isoladas, mas no segundo caso é recomendável poda para estimular seu adensamento.