De modo geral, as orquídeas, mais comuns de serem encontradas a venda no mercado, necessitam de poucos cuidados. a atenção deve ser voltada apenas na manutenção das plantas em lugares arejados (poucas espécies suportam ambientes fechados), luz solar indireta e regas moderadas, além de adubação adequada.
Sobre o que seria “regas moderadas”, podemos definí-la como a que molhe bastante a planta, sendo renovada somente após a secagem completa da orquídea e substarto (base onde a planta está fixada).
Foram relacionados os gêneros mais difundidos entre os leigos e colecionadores brasileiros, devendo-se levar em consideração que as plantas necessitam de cuidados específicos, respeitando as características de cada espécie.
Cattleya (e Hadrolaelia)
O cultivo das Cattleya é o mais específico, e muito variável segundo a espécie.
Ponto fundamental para manutenção dessas plantas epífitas é saber que nenhuma tolera encharcamento e forte insolação.
Este gênero adapta-se em vários tipos de suporte, como vasos cerâmicos ou plásticos, cestos de madeira, casca de arvore etc., e diversos outros substratos: xaxim, fibra de coco, casca de pinus, argilas expandida etc. A escolha do suporte e substrato é feita em função da espécie, disponibilidade para regas, arejamento, tipo de viveiro e clima local.
No caso de divisão para a obtenção de mudas, essa é feita através do corte do rizoma, portando no mínimo cinco pseudobulbos saudáveis.
Phalaenopsis
O gênero Phalaenopsis é bastante resistente é requer poucos cuidados, sendo seus híbridos muito populares.
Essas plantas toleram níveis variáveis de luminosidade, evitando-se apenas sol pleno. Normalmente deve-se levar em conta no cultivo o fator umidade. As plantas desidratam rapidamente, não suportando vento constante e principalmente invernal. O ideal é o cultivo em lugares arejados, mas não muito expostos.
Observações importantes são:
1º O ideal é o cultivo das espécies em vasos plásticos inclinados, de modo a evitar que o do miolo da planta acumule água (pode ser fatal).
2º As plantas desse gênero não se desenvolve bem em substratos com xaxim, sendo usado mais freqüentemente misturas com esfagno e carvão vegetal.
3º A haste floral, quando não cortada, pode produzir várias floradas, ou brotos (estes são induzidos a partir de hormônios especiais).
Dendrobium
Os Dendrobium do grupo nobile (e seus híbridos, que foram muito difundidos no Brasil), são extremamente resistentes e adaptáveis.
Normalmente os Dendrobium florescem na primavera, necessitando de um bom período de repouso e choque hídrico: durante o inverno, após os brotos se desenvolverem completamente, é ideal que se reduza as regas ao mínimo, suspendendo-se a adubação, ao mesmo tempo em que a planta seja exposta ao Sol. Esses são cuidados primordiais para a floração.
Essas plantas suportam bem qualquer tipo de substrato arejado e requerem uma boa e periódica adubação química.
Já as mudas podem ser feitas a partir da divisão de touceiras no verão, ou através do corte de ramos velhos. Estes devem ser mantidos em lugares secos e iluminados por algumas semanas. Nas calosidades dessas hastes brotarão pequenas plantas, chamadas de “keikis”.
Cymbidium
Os Cymbidium são plantas bastante resistente, belas e populares, que possuem apenas o inconvenientemente de não florescerem bem em regiões quente.
De modo geral, as plantas que se encontram facilmente no mercado são híbridos bem adaptados às condições brasileiras. Estas plantas dificilmente iram morrer se lhe forem dispensados os mínimos cuidados, como: substrato rico em matéria orgânica (pode ser uma mistura de terra com areia grossa), média luminosidade, circulação de ar e adubação regular.
Para um bom florescimento os Cymbidium necessitam de ambiente frio, e alguns cultivadores costumam estimulá-los substituindo as regas por gelo moído ou água gelada colocados nas bordas dos vasos alguns meses antes da floração.
Paphiopedilum
Os Paphiopedilum de modo geral são orquídeas que necessitam de muita umidade e toleram o encharcamento (não sendo recomendável por longo período). Cada espécie pode requerer um cuidado especifico, mas genericamente não podem ser cultivadas em sol pleno, sendo que as espécies de folhas rajadas são mais sensíveis.
No Brasil, eram muito cultivados em vasos de xaxim, sendo a terra usada como substrato. Hoje, o mais usual é o cultivo em vasos de plástico (que retêm mais umidade) preenchidos com uma misturas de areia, terra vegetal, carvão e isopor em porcentagens variáveis. O importante é produzir um substrato leve e arejado, que nunca fique compactado ou ressecado.
Algumas espécies formam touceiras, e as mudas acabam se separando quase que espontaneamente após algumas florações.