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lantana

O jardim pode ganhar ainda mais alegria com a presença da colorida lantana-cambará.
Originária das Américas, com ocorrência das Antilhas até o Brasil, a lantana-cambará  é considerada uma espécie nativa, sendo facilmente encontrada nas regiões Sul e Sudeste, além dos estados do Amazonas e Mato Grosso. Sua presença também é marcante na Ásia Tropical e Austrália.

Caracteriza-se por ser um arbusto perene, ramificado, lenhoso, florífero e com pelos curtos, cuja altura varia de 0,5 a 2 m. Possui ramos eretos ou reclinados, formando muitos galhos entrelaçados, às vezes com espinhos. Seu sistema radicular é forte e suas folhas são ovaladas, opostas (inseridas no mesmo nó e posicionadas em frente uma da outra), crenado-serradas (têm bordas serreadas, porém, com dentes arredondados), ásperas e de cheiro semelhante ao da erva-cidreira (Melissa officinalis).
Um atrativo dessa planta são as flores pequenas e de diversas cores, por exemplo, amarela, branca, alaranjada, rósea e vermelha, que constituem mini-buquês extremamente ornamentais. Por serem ricas em néctar e surgirem no decorrer do ano todo, são bastante visitadas por abelhas, borboletas e beija-flores.

Como estratégia, mantém as flores velhas no receptáculo (parte superior dilatada do “cabo” da flor), o que faz com que as inflorescências (conjunto de flores) apresentem maior durabilidade. Outra particularidade é a mudança de tonalidade da flor após o desabrochar.
Suas flores deixam de ser frequentadas por beija-flores quando outras plantas, como helicônias (Heliconiaceae) e estrelítzias (Strelitzia sp), estão próximas, pois oferecem néctar melhor e em maior quantidade, o que é mais recompensador a esses pássaros.
Em razão da beleza e da graciosidade de sua estrutura floral, a lantana-cambará é facilmente vista nos jardins, principalmente, compondo conjuntos e acompanhando elementos arquitetônicos, por exemplo, paredes, muros e grades.

É preciso atenção
Por florescer praticamente o ano inteiro, alguns floricultores a consideraram ornamental e, consequentemente, começaram a disseminá-la. No entanto, devido ao alto poder de germinação de suas sementes, é vista como planta invasora em determinadas regiões. la se espalhou rapidamente em países tropicais, adaptando-se como invasora em estado selvagem, tornando grandes áreas não-utilizáveis. No Brasil, apesar de ser encontrada em quase todo o país, não domina a vegetação.

Outra polêmica que envolve a lantana-cambará diz respeito a sua toxidade. Suas folhas e seus frutos contêm lantadeno A e lantadeno B como princípios tóxicos e, quando essas partes são ingeridas, em algumas horas, aparecem sintomas como falta de apetite, fraqueza, náusea, letargia, vômito, diarréia, efeitos hepatotóxicos (danos no fígado), pupilas dilatadas, fotofobia, cianose (coloração azul-arroxeada na pele e nas mucosas), fotossensibilização e, em algumas situações (no caso de ingestão excessiva), pode acarretar coma e até mesmo a morte. Além disso, quando tocada, é provável que cause dermatite por contato.

É importante lembrar que nem todas as espécies de Lantana apresentam propriedades tóxicas e que, apesar desse aspecto, tem sido muito utilizada na medicina popular como anticéptico, antiespasmódico e no tratamento de hemorragias, gripes e resfriados. São reconhecidas ainda suas propriedades alelopáticas (influência de uma planta sobre outra ou sobre um inseto) e efeitos repelentes contra larvas de mosquitos Aedes.

Mantendo a beleza
Seu hábitat consiste em áreas com solos de média fertilidade e argilosos e campos abertos, por exemplo, vassourais, capoeiras, cafezais, pastagens e culturas de palmeiras (Palmae) e algodão (Gossypium sp).
Com base nas características de seu ambiente natural, é possível afirmar que se trata de uma planta rústica e de fácil cultivo. precisa ser mantida a pleno sol e não requer um tipo específico de solo, mas responde bem a terrenos ricos e com boa quantidade de matéria orgânica. Em relação às regas, não é exigente, podendo tolerar excesso de água desde que não haja encharcamento.

Seu desenvolvimento ocorre de forma abundante em locais de climas tropical e subtropical, entretanto, é resistente a geadas.
Para o plantio, é importante atenção a alguns detalhes. Caso a terra apresente acidez elevada, deve-se corrigi-la usando calcário. Para fornecer nutrientes, é indicado incorporar matéria orgânica já decomposta e adubo NPK 4-14-8. Após o plantio é necessária irrigação mais constante por aproximadamente 15 dias para ajudar no ‘pegamento’ das mudas. Durante seu desenvolvimento, pode-se utilizar NPK 10-10-10, pois mantendo a boa fertilidade do solo, dificilmente será atacada por pragas e doenças.
A lantana-cambará aceita bem a poda e costuma receber esse procedimento quando adulta.

As miniaturas
Além da Lantana cambará, existe também uma variedade popularmente chamada de mini-lantana (Lantana spp). Ambas possuem características semelhantes, diferenciando-se sobretudo em relação ao porte. As mini-lantanas atingem, no máximo, 1 m de altura e apresentam ramos finos, sendo muito utilizadas no paisagismo. Suas flores aparecem nas cores amarela, branca e roxa e são levemente pendentes.

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