De intensas floradas e cores vibrantes, as azaleias (Rhododendron simsii) são uma das flores mais apreciadas para enfeitar ambientes.
Da família Ericaceae, que reúne mais de 1.000 espécies, elas são classificadas em caducifólias e perenifólias – ou azaleias japonesas.
Oriunda da China e dotada de folhagem verde-escura, a azaléia é uma planta perene, com portes que vão dos tipos arbustivos, capazes de formar cercas vivas, a cultivares de tamanhos menores, incluindo até a versão bonsai.
São várias opções de cultivares para quem quer começar o plantio. Simples ou dobradas, a possibilidade de ser cultivadas em vasos, jardineiras e jardins favorece ainda mais a escolha pelas azaleias para uma pequena produção.
Branco, rosa, vermelho e tons mesclados são as principais cores da flor, que tem plantio espalhado pelo mundo.
No Brasil, os volumes de produção e venda se destacam nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O custo do plantio estabelecido e praticado nessas regiões, dada a importância que possuem no plantio de azaleias no país, é base para a formação de preços da flor.
No varejo de várias praças com produtores tradicionais, os exemplares em vasos têm valores que vão de R$ 8 a R$ 30.
Apesar de resistentes, as azaleias estão sujeitas a ataques de algumas pragas, que podem ser combatidas com inseticidas biodegradáveis e à base de água.
Em geral, tornam-se vulneráveis ao avanço de pulgões, cochonilhas, tripes e moscas-minadoras por causa das condições inadequadas do processo de plantio.
Entre elas estão regas irregulares, condições deficientes de luz e/ou de ventilação, baixa umidade relativa ou muitas plantas instaladas em uma área muito restrita.
Aprecia um solo ácido e preferem temperatura amena. Seu plantio pode ser feito tanto em vasos, jardins ou jardineiras. Seu florescimento é a partir de um ano de formação da muda.
Há diversas opções de azaléias para começar o plantio da flor. Contudo, a mais popular entre os brasileiros é a espécie Rhododendron indicum (cv. simsii) Planck, que, após o melhoramento genético, exibe cultivares de cor roxa, rosa, branca, salmão, lilás, vermelho e mesclada.
Desenvolvem-se melhor em climas mais amenos, mas também florescem em climas mais quentes. Regas são necessárias ao longo da vida da planta, mas apenas a cada dois ou três dias, uma vez que as azaleias não são exigentes em água.
Elas ainda crescem melhor em solos ou substratos bem drenados e que permitem a variação de umidade.
Realizada sexuadamente, por meio de sementes, tem como fim atender a programas de hibridação para obter novas cultivares.
Quando assexuada, que é o método mais empregado pelos produtores, são retiradas com folhas estacas de aproximadamente 7 a 10 cm do ponteiro de ramos que não sejam muito lenhosos nem muito herbáceos.
Em seguida, devem ser tratadas com reguladores de crescimento, que promovem e aceleram a formação de raízes. Mas recomenda-se que o estaqueamento seja realizado em uma casa de vegetação, sobretudo nos meses mais quentes.
Em geral, são necessárias seis semanas para ocorrer o enraizamento adequado da estaca.
O plantio deve ser a pleno sol, porém, dependendo da espécie ou cultivar, também pode ser à meia-luz. O solo deve ser composto de terra de jardim e vegetal, sendo uma parte dele para uma de areia, além de 3% de matéria orgânica.
Não há necessidade de realizar a calagem, pois as azaleias gostam de solos ácidos. Para a adubação, adote formulações de liberação lenta (10:10:10), que permitem ser realizadas quatro vezes ao ano.
Como plantar
Abra um espaço que tenha o dobro do tamanho do torrão da muda e forre o fundo com 5 a 7 cm de areia.
Junto com a mistura de um composto com adubo animal, plante a muda de modo que as raízes fiquem protegidas de um contato direto com o material.
Até que a muda inicie o desenvolvimento, regue em dias alternados.
Podas são necessárias para a formação de novos brotos e renovação da folhagem após o florescimento. O desbaste pode ser feito de acordo com o formato da planta e a altura desejada.
Na primavera, realize a poda dos ramos secos ou muito compridos para maior aeração através das azaleias.
Esse processo dificulta a colonização de pragas e, ao mesmo tempo, provoca a brotação das gemas. Elimine ainda as flores murchas para forçar a abertura dos demais botões florais.
Cuidados
Fungos, bactérias ou vírus podem causar doenças nas azaleias. A queda de folhas cinza-escuro, que antes estavam esbranquiçadas, é sinal de ataque de oídio, cujo controle é reforçado com redução da frequência de regas e o isolamento da planta atacada.
No caso da presença da seca de ponteiros, podridão marrom escura que se inicia na ponta do ramo e pode atingir a haste principal da azaléia, faça podas da região doente e passe no corte uma pasta à base de oxicloreto de cobre.
Excesso de umidade no solo ou no ambiente estimula o aparecimento do fungo que deixa nas folhas manchas com aparência de ferrugem.
Por meio de técnicas de controle do fotoperíodo e da temperatura apropriada, a azaléia pode florescer dentro de ambientes em qualquer estação do ano.