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Posts para categoria ‘Cercas Vivas e Arbustos’

cartamo

Em algumas regiões o cártamo é conhecido como açafroa, açafrão-bastardo, açafrão-dos-pobres ou sultana. A planta pertence à família das Compostas, a mesma do girassol e da margarida. A palavra “carthamus” vem do árabe “kurthum” que, por sua vez, vem do hebraico “kartami” que significa “tingir”. Isso nos dá uma boa indicação da antiga utilidade da planta.

Em termos de fornecimento de material para tingimento, o cártamo era tão importante quanto o índigo e só foi substituído lentamente com a descoberta e aplicação dos corantes químicos.

Os povos antigos extraíam de suas flores uma espécie de extrato vermelho e amarelo – ambos eram usados para tingir tecidos e também como corantes para uso culinário.
Já os nomes populares açafrão-bastardo e açafrão-dos-pobres têm origem menos nobre: é que suas flores já foram muito usadas como açafrão falsificado.

Como as flores produzem dois pigmentos – um amarelo e outro vermelho – sua aplicação como corante sempre foi muito bem explorada. O pigmento vermelho, por exemplo, misturado com um talco bem fino, era usado como rouge para embelezar a face das mulheres.

Das flores é que são as extraídas as substâncias usadas em tinturaria – especialmente a cartamina – que até hoje é utilizada em pinturas. Já as sementes são muito ricas no famoso óleo de cártamo.

Cártamo-3

As sementes apresentam elevada quantidade de óleos (35 a 40%) utilizados tanto para consumo humano, como para uso industrial.

O óleo de cártamo possui altos teores de ácidos linoléico (70%) e oléico (20%).

O óleo extraído das sementes do cártamo é ainda usado popularmente para dar alívio a paciente portadores de uma inflamação crônica do intestino conhecida como “doença de Crohn”.

Além das flores e das sementes, as folhas também eram usadas na medicina popular e sua infusão indicada como sudorífica e antitérmica.

Há registros de seu cultivo na Ásia, antes da Era Cristã. Atualmente, o cultivo do cártamo é mais difundido na China, Egito, Estados Unidos, Índia e no México.

A planta é anual e pode medir 1 m de altura, possui caule ereto e ramificado, folhas serrilhadas e espinhosas. Já os capítulos florais são volumosos, isolados, de coloração amarelo-alanjada, que surgem de numerosas brácteas. O sistema radicular é bastante desenvolvido e de característica pivotante.

Cártamo-9

Uso medicinal
O cártamo é uma planta rústica e resistente à seca, às altas temperaturas e aos ventos fortes. Sua capacidade de adaptação a diferentes condições de solo e clima também merece destaque.

Sua multiplica-se a partir de sementes e seu cultivo em larga escala é feito em sulcos, no espaçamento de 70 a 90 cm. O cultivo do cártamo tem se destacado atualmente não apenas com a finalidade de produção de óleo para consumo humano, mas também como alternativa para a indústria (especialmente na fabricação de tintas, esmaltes e sabões) e na produção de biodiesel.

Recentemente, o óleo de cártamo ganhou ainda mais destaque, desta vez contribuindo também para estética humana, além da saúde. Cápsulas à base de óleo de cártamo, estão sendo estudadas por suas propriedades na redução do apetite, queima gordura, enrijecimento dos músculos e ainda no combate ao mau colesterol

O óleo, segundo os estudos, ajuda o organismo a queimar a gordura acumulada, além de liberar uma substância que ajuda a reduzir o apetite, enviando ao cérebro comandos de saciedade. Além disso, o óleo de cártamo teria a capacidade de auxiliar na definição da musculatura.

O grande trunfo da planta neste aspecto é que suas sementes são ricas em ácidos oléico e linoléico. O ácido oléico é um ácido graxo que recebe o nome de ômega 9 e é encontrado em boas quantidades no azeite de oliva. Seu consumo traz grandes benefícios para a saúde, pois ele ajuda a equilibrar os níveis de colesterol e desempenha um papel importante ao regular os processos metabólicos do organismo.

Estudo realizado na Universidade da Califórnia (EUA) comprovou que o ácido oléico estimula a produção do lipídio oleiletanolamida, substância que reduz o apetite, aumenta a perda de peso e diminui a produção de LDL, o chamado “mau colesterol”.

Cártamo-7

Já seu companheiro, o ácido linoléico é o chamado ômega 6, também utilizado como auxiliar na queima de gordura e tonificação dos músculos. O ácido linoléico é encontrado naturalmente nas carnes vermelhas, nos laticínios e em óleos como o do cártamo.

As cápsulas à base de óleo de cártamo, ricas em ácido linoléico são indicadas para quem vive em “guerra” com a balança ou busca uma opção para tonificar a musculatura. Ao inibir o aumento do tecido adiposo, o óleo de cártamo faz com que o organismo acumule menos gordura e, consequentemente obriga o corpo a queimar suas reservas.

O uso do óleo de cártamo, segundo os estudos, pode mesmo ajudar na aceleração do emagrecimento e na tonificação muscular, desde que – é claro – seja acompanhado de uma dieta equilibrada e da prática de exercícios físicos.

Rega
Devido a um sistema de raiz forte, para que período seco atinge o seu tamanho máximo, a planta é menos exigente. As raízes penetram no solo a uma profundidade de 2 m. As folhas carnudas retêm bem a umidade. A planta consome muita água e tolera períodos secos. Durante o desenvolvimento de brotos é necessária uma grande quantidade de umidade do solo para altos rendimentos.

Solo
O cártamo não é exigente quanto a qualidade do solo. A planta pode crescer em solos marginais, e até mesmo em solução salina. Antes de ser plantado o solo deve ser profundamente arado. Perfeito para o plantio em solos argilosos e arenosos. O alto nível de águas subterrâneas também é o preferido fator para o crescimento de cártamo. Mas, mesmo em regiões áridas e condições desfavoráveis, esta planta mostra um alto rendimento, em contraste com outras culturas de oleaginosas.

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Cuidados de culturas
A planta requer muito pouca manutenção. Em primeiro lugar, é romper a crosta do solo. Em segundo lugar, o desbaste de mudas após o seu aparecimento. Como acontece com qualquer planta, o cártamo não gosta de solo com ervas daninhas. Por isso, requer capina regular.

Curiosidade
Na Índia, onde é conhecido como “kusumba”, o cártamo é muito usado na medicina popular: de suas flores secas é preparado um chá para tratar a icterícia; além disso, o óleo de gergelim aquecido com pedaços da planta é usado para tratar dores reumáticas e artrite.

folhas caindo outono

Clerodendrum-bungei

O clerodendro-da-china, também chamado de hortênsia-mexicana e flor-da-glória é um arbusto decíduo, semi-lenhoso, de ramagem ereta e pouco ramificada, com florescimento ornamental. Pertence à família Lamiaceae e origina-se da Ásia – China e Índia.

Suas folhas são grandes, opostas, ovaladas a cordiformes, de cor verde escura, com margens serrilhadas e aroma almiscarado. As inflorescências surgem no fim da primavera e a floração permanece até a primeira geada.

Clerodendrum_bungei_

As flores se unem em inflorescências do tipo corimbo, muito numerosas, pentâmeras, de formato afunilado e cor rosa. No inverno, o clerodendro-da-china perde as folhas e aparenta estar morto, no entanto, rebrota lindamente na primavera. O fruto é uma baga pequena e azulada.

O clerodendro pode ser utilizado em maciços ou renques, preferencialmente em locais onde sua contenção seja possível. Assim, não é interessante plantá-lo junto a plantas menores, pois ele tende a sufocá-las.

Da mesma forma, como ele emite vigorosas brotações diretamente das raízes, pode ser difícil controlá-lo em alguns locais. Evite portanto locais acidentados, onde seu cortador de grama não possa chegar.

Uma maneira maravilhosa de conduzir essa planta é em vasos e jardineiras. Desta forma, não há porque se preocupar que ele se espalhe demais. Suas flores são perfumadas e ricas em néctar, e exercem grande atração em borboletas e beija-flores.

Clerodendrum_bungei_

Seu cultivo deve ser sob sol pleno ou meia sombra, num solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente durante o período vegetativo.

Aproveite o inverno para realizar uma boa poda, removendo ramos secos, doentes e dando forma à planta. É uma planta tolerante à estiagem depois de bem estabelecido. Não resiste ao encharcamento.

Sua multiplicação é feita facilmente por divisão da ramagem enraizada, separação das brotações que surgem entorno da planta mãe e por estaquia das raízes.

golfinhos

Strelitzia_reginae3

A strelitzia é uma flor colorida e de longa duração, cujo formato lembra uma vivaz e colorida ave.

Também conhecida como ave-do-paraíso, por seu formato nos fazer lembrar uma vivaz e colorida ave, é uma herbácea que pode chegar a 1,5 m de altura, capaz de produzir flores, 5 a 8 ao mesmo tempo por muda, durante todo o ano, desde que cultivada sob luz solar intensa.

Essa planta, no seu conjunto, produz um efeito exótico, muito elegante e extremamente belo.

Ela gosta de muita luminosidade, deve ser cultivada de preferência a pleno sol, em climas quentes, subtropicais e mediterrâneos, ao ar livre. Nos jardins encontra-se flores durante o ano todo.

Não tolera enfrentar temperatura inferior a 5ºC, já para florescer precisa de temperaturas superiores a 10º C, com irrigações moderadas durante o ano todo.

Por resistirem bem aos ventos, a strelitzia é ideal também para os jardins de zonas costeiras. Desenvolve-se bem na maioria dos solos, mas é adequado que sejam bem drenados, evitando poças e o consequente excesso de umidade.

estrelícia

Pela sua beleza e elegância, porque dificilmente suas folhas e pétalas correm o risco de ser danificadas por motivos ambientais, e também porque oferecem muita facilidade no cultivo:

As strelitzias são muito procuradas para composições de arranjos de flores e decorações de ambientes externos e internos. Estas flores, maravilhas artísticas da natureza, possuem cores incríveis e têm longa duração depois de cortada.

Por isso, se tornou o símbolo da cidade de Los Angeles. Além disso, ela é extremamente atrativa para os beija-flores.

Popularmente, ela é mais conhecida como “ave-do-paraíso”, apesar de receber também outros nomes como A espécie é popularmente conhecida como estrelícia, rainha-do-paraíso, bico-de-tucano, flor-do-paraíso, flor-da-rainha ou bananeirinha-do-jardim, dependendo da região, mas seu nome botânico é Strelitzia reginae.

Nos jardins, a strelitzia faz muito sucesso, formando vistosos maciços sobre os gramados, mas é na composição de arranjos e decorações florais que ela mostra a sua maior glória: suas flores, belas e exóticas, dão um show de durabilidade, colorido e versatilidade.

Parente próximo da helicônia e da bananeira, a strelitzia apresenta folhagem exuberante, de coloração verde escuro, que contrasta com as nervuras centrais das folhas, de tom avermelhado.

strelitzia

Já as flores, um verdadeiro trabalho artístico da natureza, são protegidas por uma bráctea em forma de barca, como colorações que variam do vermelho ao azul-violeta. As seis pétalas das flores formam dois grupos de três: as externas são ligeiramente lanceoladas e de cor alaranjada e, as três mais internas possuem o formato de uma flecha e apresentam tons de azul metálico.

O resultado é um efeito exótico, elegante e extremamente belo, que tem o seu objetivo: a natureza cria estas composições de formas e cores, num esforço para atrair agentes polinizadores e, neste caso, são os beija-flores os visitantes mais frequentes, em busca do néctar da strelitzia.

Outras espécies
O gênero Strelitzia pertence à família das Musáceas e compreende inúmeras espécies, todas originárias da África do Sul e introduzidas na Europa em 1770, de onde se disseminaram por todo o mundo.

Strelitzia alba

Strelitzia caudata

Trata-se de uma planta muito decorativa e, em razão de sua grande durabilidade, é bastante difundida tanto como flor de corte como para o plantio em jardins.

Existem também outras espécies, como a Strelitzia alba, de flores brancas e a Strelitzia caudata, de coloração azulada.

De um modo geral, as strelitzias são de fácil cultivo e requerem poucos cuidados, sendo de grande utilidade para a composição de arranjos florais e decoração de ambientes, pois dificilmente são atacadas por problemas que possam danificar suas pétalas e folhas.

Como cultivar
A Strelitzia reginae é uma planta herbácea perene que produz flores quase o ano inteiro, desde que cultivada sob sol luz solar plena. Sua propagação se dá por meio de sementes ou divisão de touceiras.

Cultive-a em solo argiloso (2 partes de terra comum de jardim, 2 partes de terra vegetal e 1 parte de areia. A planta gosta de água mas não de solo encharcado. Em geral, pode-se regar duas vezes por semana.

Em época seca, deve-se observar a superfície e regar sempre que apresentar-se seca.

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rosa vermelha

A rosa é uma das flores mais populares do mundo, cultivada desde a Antiguidade. Símbolo do romantismo, paixão e amor, elas estão inseridas em uma cultura ainda muito fechada no paisagismo e jardinagem.

Elas podem ser silvestres, híbridas-de-chá, sempre-floridas, miniaturas, rasteiras, arbustivas, trepadeiras ou cercas-vivas. Entender o universo e sua variedade imensa de cores, tamanhos e formas é tarefa difícil, mas que com um pouco de dedicação e cuidado, pode ser facilmente entendido.

As roseiras se desenvolvem bem em qualquer tipo de solo, mas é preferível uma terra mais argilosa, que tenha boa drenagem. O solo rico em húmus também é benéfico para as rosas.

Rosa-3

Plantio
Dê preferência a locais ensolarados e bem arejados. Quando bem cuidada, a roseira floresce o ano todo. Para isso, precisa de pelo menos de 6 a 7 horas diárias de luz solar direta. Um local arejado evita o surgimento de fungos nas folhas e flores.

O espaçamento entre cada muda plantada dependerá do tipo da rosa: as arbustivas precisam de um metro entre as mudas; as trepadeiras, de um a dois metros; as cercas-vivas, de 50 a 80 cm; as híbridas-de-chá e sempre-floridas, 50 cm; as miniaturas, 20 a 30 cm; e as rasteiras, 30 cm.

Se o plantio for feito com mudas prontas, vendidas em sacos plásticos, não há restrição de época. Já para o plantio com mudas “de raiz”, o período mais indicado vai da segunda metade do outono à primeira metade da primavera.

Comece a preparar a terra oito dias antes de plantar as roseiras. Cave a terra a uma profundidade de 30 a 40 cm e misture de 10 a 15 Kg de esterco curtido e 100 a 200 g de farinha de ossos por m².

Conserve as mudas na sombra até a hora do plantio, e plante-as o mais rápido possível. Retire-as da embalagem e mergulhe-as em água por 2 a 3 min.

rosa amarela

Localize o ponto de enxerto, ele fica na junção entre a raiz e o galho principal. Ao plantar, ele deve ficar fora da terra cerca de 1 cm. Coloque a muda e vá completando com terra aos poucos, colocando-a levemente em torno da raiz. Depois, regue bem.

Também dá para plantá-las em vasos, embora não se desenvolvam tão bem. Para isso, você deve misturar 10 litros de terra comum de jardim ou horta, 10 litros de húmus de minhoca ou composto orgânico, 100g de farinha de osso e 50g de fertilizante granulado NPK 10.10.10.

Cuidados
Logo após o plantio das mudas, até a primeira floração, regue uma vez por dia, de preferência à tarde. Depois, recomenda-se regar uma vez por semana no inverno e duas vezes por semana em época de seca. Na temporada de chuvas, é possível suspender as regas.

Seguir esses procedimentos é importante, pois roseiras não gostam muito de água, então, a terra deve permanecer ligeiramente seca entre uma rega e outra.Pode-se fazer de duas a três adubações por ano.

A primeira deve ser feita logo após a poda anual, que ocorre entre julho e agosto, já a segunda pode ser feita entre novembro e dezembro, e a terceira, entre janeiro e fevereiro.

A melhor adubação é a orgânica, com esterco animal, composto orgânico, farinha de ossos e torta de mamona. As quantidades, para cada metro quadrado de canteiro, são: 20 litros de esterco curtido ou 2 Kg de composto orgânico; 200g de farinha de ossos; 100g de torta de mamona.

rosa

A primeira poda da roseira deve ser feita um ano após o plantio, e repetida todo ano, entre os meses de julho e agosto. Os dias frios do inverno são ideais para se fazer a poda das roseiras, é ela que irá incentivar o surgimento de novos brotos e aumentar a floração.

Para começar, faça uma limpeza, cortando todos os galhos secos ou fracos, o corte depende da espécie (para as mais rasteiras, entre 20 e 25 cm, para as rosas maiores, entre 80 cm e 1 m).

Também é importante livrar a roseira das flores murchas, durante o ano todo, pois esse procedimento impede a formação de sementes e garante maior quantidade de flores

As pragas e as doenças são grandes inimigas das roseiras. Os pulgões são os mais comuns, e podem destruir a plantação se não forem combatidos (a melhor maneira é com calda de fumo, veja receita abaixo).

As formigas-cortadeiras também costumam aparecer para picotaras folhas da roseira, um bom formicida é suficiente para combatê-las. Há também ácaros, trips e besouros, que precisam ser combatidos com agentes químicos. Já as doenças, como mofo-cinzento, mofo-branco, mancha-preta e míldio, devem ser tratados com produtos específicos vendidos em casas especializadas em jardinagem.

Em vasos, a rega das roseiras deve ser diária, principalmente nos dias quentes. Após 50 dias, também é importante aplicar fertilizante líquido na raiz, de acordo com as indicações do fabricante, e repetir o processo periodicamente.

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Receita par combater pagas – Calda de fumo
Ingredientes:
20 cm de fumo de corda (adquirido em tabacarias ou lojas especializadas) e ½ litro de água

Modo de preparo: Deixe o fumo de molho na água durante um dia. Para aplicar sobre as plantas, utilize de três a cinco colheres de sopa desse preparado diluído em um litro de água. Pode aplicar com o auxílio de borrifador. O uso não é recomendado após oito horas do preparo.

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