Muitas vezes pensamos em como separar áreas sem utilizar materiais artificiais e fazendo uso do verde das plantas. As cercas vivas são a solução para esta questão. Esteticamente perfeitas, as cercas vivas representam uma forma bonita e natural de isolar áreas, disfarçar paredes, muros e formar uma bonita composição no jardim.
Entretanto, é preciso saber que para formar cercas vivas são necessários cuidados básicos para que realmente possa se obter bons resultados e plantas viçosas e sadias.
Os arbustos são ideais para a formação das cercas vivas, pois geralmente não passam de 3 m de altura, não possuem troncos e sim galhos que saem do solo e, também, por serem capazes de encher de folhas e flores coloridas todos os seus galhos.
Antes de escolher as espécies mais adequadas às suas necessidades, saiba como plantar, tratar e podar os arbustos. Estes cuidados valem para todas as espécies e são itens fundamentais para quem quer ter belas cercas vivas
Plantio
O solo ideal para o plantio deve ser permeável, ventilado e rico em substâncias nutritivas. Como conseguir isso? Prepare o solo com areia de rio, pois ela possibilita o arejamento e a drenagem da água, use terra comum para conservar a umidade do solo e acrescente terra vegetal para somar substâncias nutritivas.
A proporção irá depender da necessidade de cada espécie, entretanto pode-se utilizar como padrão a mistura: 2 partes de terra comum, 1 parte de terra vegetal e 1 parte de areia de rio.
Antes de iniciar o plantio, faca a limpeza do local revolvendo bem o terreno e retirando todas as pedras, cascalhos, etc. Abra covas com 30 cm de profundidade por 30 cm de largura.
Coloque as mudas nas covas sem forçar ou entortar as raízes. Regue bem, logo em seguida, e nos dez primeiros dias, molhe diariamente. Cuidado para não encharcar demais, o que pode apodrecer as raízes.
Em vasos ou jardineiras
Se não puder plantar os arbustos em canteiros, você pode usar vasos ou jardineiras. Neste caso, lembre-se de facilitar a drenagem colocando no fundo do recipiente um pouco de cascalho.
Para este tipo de plantio, use a seguinte mistura: 1/4 de composto orgânico, 1/4 de areia, 1/4 de terra vegetal e 1/4 de terra comum.
Tanto os arbustos plantados em canteiros, quanto os plantados em vasos necessitam de tratos e cuidados. O principal deles é a observação.
Verifique se as plantas se apresentam sadias, com caules firmes, retos e com folhas verdes e sem manchas. Retire todas as ervas daninhas, as folhas secas e os botões murchos. Se verificar sinais de pulgões, cochonilhas ou ácaros, combata-os com calda de fumo.
Transplantando
Se o arbusto for plantado em vaso, será necessário transplantá-lo para um vaso maior após algum tempo pois, do contrário, as raízes poderão enrolar-se causando bloqueio da passagem de ar e alimentação.
Antes de transplantar, regue a planta algumas horas antes e deixe-a descansar à sombra. A umidade facilitará a sua remoção juntamente com as raízes.
Após o replantio, coloque a planta em local com pouco sol e longe de correntes de ar por, pelo menos, uma semana.
Por que podar?
A poda é um trato importante para que a planta possa crescer forte e sadia. Mensalmente, é necessário fazer uma poda de limpeza para retirar as folhas murchas e os galhos mal formados e secos. Algumas espécies precisam de uma poda especial para conservar seu formato ou controlar seu crescimento. Mas atenção: este tipo de poda só pode ser feito quando a planta estiver bem enraizada.
Todas as plantas devem ser podadas acima da inserção de uma folha e na diagonal. Elimine sempre os ramos cruzados e conserve-os abertos para que os brotos recebam luz suficiente. Use sempre uma tesoura de poda ou canivete, bem afiados.
Algumas espécies indicadas para formar sua cerca viva:
Lanterninha chinesa (Abutilon); Bela-Emilia (Plumbago capensis); Violeteira (Duranta repens); Azaléia (Rhododendron); Roseira (Rosa sp.); Camélia (Camellia japonica); Mimo-de-vênus (Hibiscus rosa-sinensis); Malvavisco (Malvaviscus mollis); Cróton (Codiaeum variegatum).